15 de outubro de 2008

As palavras dos outros

Medina Carreira, ontem, na SIC-Notícias (a entrevista mesmo é a partir dos 7:30 mins). Com todos os defeitos que lhe colocam, o realismo dele continua inquestionável. Isso e o facto de nenhum dos seus críticos se disponibilizar para ir discutir com ele.

5 comentários:

  1. A entrevista ao M. Carreira é um flop, sempre o mesmo discurso e as mesams críticas, pouco fundamentadas. Se exceptuarmos as criticas aos politios e aos partidos, justas, o resto é uma mão cheia de nada. E memso neste caso a realidade portuguesa é muito semelhante a Espanha, França, EUA, ... Ou seja, as politicas são definidas e propostas pelas grandes consultoras. Os politicos limitam-se a aplicá-las, com muito esforço porque a polulaça não quer ouvir falar em sacrifícios (talvez com razão!)
    M. Carreira pega nuns dados do PIB e da despesa primária e discorre um conjunto de banalidades. Quando M. Crespo aprofunda os assuntos foge para as tábuas. Ignora que, apesar de todos os erros e dos politicos de fraca qualidade, Portugal foi o 2.º país que mais cresceu nos ultimos 30 anos. E ignora também que Portugal consegui, apesar dos erros, atingir níveis de qualidade de vida impensáveis à 30 anos e idênticos, em muitos casos, aos países mais desenvolvidos (mortalidade infantil, ...).
    M. Carreira continua a bater no endividamneto do País, mas sem nenhuma razão. O problema não é o nivel de endividamento mas o destino do endividamento. E o nosso não tenm sido muito mau, antes pelo contrário. Como pode uma economia pequena e sub-desenvolvida aproximar-se das economias desenvolvidas sem endividamento?
    M. Carreira tem uma visão retrogada e de fiscalista/financeiro. Para ele deveriamos poupar e depois investir. Seria bonito....! No tempo dos nosso pais e avós era assim: só comprávamos os bens (casa, carro, etc.) depois de termos acumulado poupança!

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  2. Mantenho: o realismo dele continua inquestionável. Que se evoluiu ninguém questiona, também, a questão é a sustentabilidade dessa evolução. O investimento nas pessoas onde ficou? Um endividamento nesse sentido é aceite, agora em obras públicas absurdas (vide TGV) que é o que ele questiona, parece-me acertado criticar. Se aquilo é uma visão antiquada, também comungo dela, pelo menos grande parte. Comungo dela na lógica do "um passo consoante a perna" e quando for maior, que depois o possa sustentar. Por isso é que continuo a ouvir os diagnósticos dele.

    PS: Retirei o anterior para corrigir uma expressão.

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  3. O Medina Carreira colocou (como sempre coloca) a boca no trombone.
    Apenas disse o que realmente está mal neste país, de forma nua e crua.
    Banalidades? essas são ditas todos os dias por quem nos governa (veja-se a questão do OE 2009).
    MCarreira não tinha por obrigação nem espaço de antena, para aprofundar as questões.
    Fez o que tinha que fazer e muito bem: alertar as consciências moribundas dos portugueses.
    Quem nos governa e os restantes politicos pagos com os meus impostos, é que deve aprofundar os assuntos, o que não fazem. Tratam tudo pela rama.
    Estou farto do discurso do "Está mal? Olha que já estivemos pior."
    Venham mais Medinas Carreiras.

    Edgar Domingues
    Pombal

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  4. Que evoluímos nos últimos 30 anos não há dúvidas, mas é também preciso não esquecer de onde se começou: Portugal era, há cerca de 30 anos, um quase pardieiro. Obviamente, podemos estar orgulhosos de indicadores como a mortalidade infantil, etc. Mas que os nossos actuais níveis de desenvolvimento económico estão ainda longe dos europeus, não há dúvida. E sim, isso deve-se aos empresários, mas também aos políticos. Ironicamente, será isso que terá atrasado (não penso que estejamos imunes) à crise internacional?

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