28 de agosto de 2009

Crimes no urbanismo

O Público de hoje noticia que “A Unidade Especial de Investigação à Câmara de Lisboa acusou o arquitecto Jorge Contreiras de corrupção, branqueamento de capitais, abuso de poder e falsificação de documento. O arguido era assessor de uma das divisões de gestão urbanística da autarquia e terá dado pareceres favoráveis a processos elaborados por um gabinete de projectos de que era sócio”.
A notícia relata como foi apanhado o arquitecto aprendiz de vigarista. E os alfacinhas têm a mania que são muito espertos! Na província os arquitectos vigaristas já não são apanhados desta forma, são muito mais sofisticados, a coisa não é feita de forma tão directa, tipo toma lá dá cá, passa por umas triangulações mais elaboradas, mais dissimuladas e, acima de tudo, mais protegidas.
Anjinho!

15 comentários:

  1. Aos meus estimados colegas, deixo um desafio - podem consultar no meu blog.

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  2. Isto são coisas que só acontecem "lá por Lisboa" !!! :) :) ;)

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  3. Está-se mesmo a ver que é em Lisboa, esse reduto de irredutiveis Gauleses!

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  4. Boa tarde!
    Onde houver homens e mulheres sem formação, ou por necessidade, estamos sujeitos a este tipo de situações.

    Infelizmente deixamos ao Estado, em última análise somos todos nós, o dever de controlar as actividades municipais e económicas de todo o cidadão. O Estado não o faz e, na expectativa que o mercado funcione como regulador, o que não aconteceu, deixa-se andar o exemplo vêm de cima e continuam a passear a sua classe impunemente. É certo que começaram agora a apanhar alguns mas é só raia miúda.

    O efeito regulador não acontece porque o próprio homem impede que ele funcione com as suas engenharias financeiras,fraudulentas, e ajuda a criar no cidadão comum determinados hábitos de consumo por vezes insustentáveis à bolsa de um comum cidadão.

    Para satisfazer as necessidades criadas pelo mercado tudo fazem para auferir rendimentos suplementares sem olhar a meios e seguem o principio de que:"quem não rouba ou não herda não vale uma merda"

    A propósito conto-lhes um facto verídico ocorrido, com um familiar meu e com o seu sócio, na CMP na década de 80:
    Recebo um telefonema de determinado engenheiro, corrido pouco tempo depois da CMP, cujo teor era mais ou menos isto: O Sr. fulano está? não saiu à pouco! exclamei! Diga-lhe por favor que o requerimento está correcto mas, a fotocópia não serve, só aceitamos o original.
    Vim a saber mais tarde que a fotocópia era um cheque de cem mil escudos, só para o processo ser mais célere. Digo-lhes que investiguei o processo e não havia nada de ilegal.

    Este tipo de situações só tende a acabar quando o povo sentir que têm um Estado em que pode confiar e de onde provenham bons exemplos.

    Ainda, se na escola incutirem na juventude que os seus estudos, a polícia e as estradas, etc são pagas com o dinheiro dos impostos e que é fundamental pagar impostos para garantir a sustentabilidade do próprio Estado, os futuros contribuintes assumem que pagar impostos é uma questão de honra e não de obrigação.

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  5. Estimado parente,

    Tu és tão ingénuo.
    Então não vês que convém deixar apanhar um singelo e simplório correio (reconhecido pela nossa gíria como nabo) para poder passar um cargueiro de ilegalidades.
    Aqui no burgo temos uma triangulação perfeita, até a soma dos seus ângulos internos dão 180º. Lua Nova - lar da felicidade e, abre a boca parente, a CMP. O tal puritano que detém uma sociedade, aqui no burgo, por comandita e agradecimentos para o vereador que andou, anda e andará a coçar a micose ...

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  6. Um amigo meu diz que temos que proteger os politicos corruptos, porque se vamos a prende-los todos, quase ficamos sem nenhum para nos governar. Mas eu tenho cá para mim que ele está enganado... não sei...

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  7. Boa Noite!
    Mas há políticos que nos governem?

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  8. Os de Lisboa foram apanhados porque, tal com diz, foram ingénuos. Estes técnicos, aqui de Pombal, já são catedráticos. Até linguagem cifrada sabem usar com os empreiteiros que precisam de projectos apravados. Mas vá lá provar-se isso?!

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  9. Alguns arquitectos, engenheiros, ficais e outros profissionais do ramo costumam ter a barriguinha cheia à custa de cabazes de natal e jantarinhos ao longo de todo o ano, e ainda fazem colecção de pequenos envelopes. Tenho que admitir que nos ultimos tempos esta realidade tem vindo a diminuir, o que acredito ser sinal de maior fiscalização ou pelo menos de um medo crescente de serem apanhados.

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  10. Pelos indícios que vejo pela cidade, não acredito que a "realidade tenha vindo a diminuir". Basta reparar bem para alguns edifícios no centro da cidade! Como foi possível aprovarem-se tais projectos? Que o Presidente não veja, nem me admira, ele nunca morou em Pombal depois de adulto. (O seu domicílio fiscal, e da família mais próxima, é em Leiria.) Mas os outros e a fiscalização? Não percorrem as ruas da cidade? Ou quando olham não vêem, porque não estão de serviço?

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  11. Olá
    Sr. professor desculpe mas o JA têm razão quando afirma que os casos estão a diminuir.

    O Sr. presidente já correu com 3 artistas em pouco tempo.

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  12. Sr. Grilofalante, muito me apraz o que comunica. Esperemos que tenham sido três artistas certos.
    Cumprimentos

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  13. Em Pombal acontecem coisas muito curiosas.
    Enquanto que em Coimbra, por exemplo, os trabalhos de construção civil são sistematicamente fiscalizados, em Pombal chegam a ser construidas habitações que nunca recebem a visita de um fiscal. Creio que tem a ver com a confiança depositada nos trabalhadores da construção civil, que em Pombal seguem à risca os projectos e as leis, não havendo necessidade de fiscalização.

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  14. Exacto, JA. É por isso que nas nossas ruas, entre as soleiras das portas e os passeios, chega a haver desníveis de quase meio metro. Tal e qual como consta dos projectos elaborados por técnicos com conhecimentos qualificadíssimos em topografia.
    Se for preciso mostro fotografias...
    Cumprimentos.

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