15 de maio de 2012

E ouvirão eles?


Ao fim de 20 anos, um partido que, a fazer fé em testemunhos dos seus próprios militantes, nem sequer os ouve, quer ouvir os cidadãos. Abertura? Pois, noblesse, leia-se, eleições de 2013, oblige. É pena que seja sempre porque um ciclo acaba e não porque devesse ser sempre assim. Mas ainda assim, regista-se. Pode ser que, querendo ouvir, ouçam mesmo. E continuando poder, mudem. Mas para já, permitam a quem já cá anda há algum tempo de duvidar de tamanha esmola. É que ouvir, seja o que quer e o que não se quer, é coisa que o PSD não tem, sistemática e consistentemente, feito. Mas até pode mudar. Até lá... espero sentado que é para não me cansar.

13 comentários:

  1. Sr. Dr. João Melo Alvim
    Posturas como estas nunca dignificaram o seu partido;é criticar por criticar apenas.
    Não se sente, espere em pé, e, enquanto espera lute pelos seus ideais...

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  2. Meu/Minha caro/cara

    Nunca foi meu apanágio criticar por criticar. E tanto não é que faça o favor de notar bem:

    "É pena que seja sempre porque um ciclo acaba e não porque devesse ser sempre assim. Mas ainda assim, regista-se. Pode ser que, querendo ouvir, ouçam mesmo. E continuando poder, mudem."

    Aproveito apenas para informar que já não sou militante do PS (e há quase 3 anos).

    Quanto a eventuais lições sobre lutar e como lutar, depois de deixar o anonimato, poderemos falar.

    Atentamente,

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    1. Ex.mo Sr. Dr.,
      Correndo o sério risco de o ofender com o meu anomimato, cumpre-me no entanto fazer um breve apontamento: falei de ideiais que são construidos num percurso de vida e não de filiações. Contudo no nosso país vai sendo hábido confundir ambos.
      Respeitosamente

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    2. Meu/Minha caro/cara

      Pode estar descansado/a que não me deixo ofender tão facilmente. Não tenho o coração ao pé da boca, felizmente, e percebeu muito bem o alcance da questão do anonimato, pelo que podemos deixar essas "provocações" de lado.

      Foi na sua resposta que começou a confusão quando falou em "seu" partido. Sobre a confusão de ideais e filiações, é bem pertinente. Talvez por os ter, fruto do meu percurso de vida, é que não tenho filiações (não comungo da lógica antipartidária, mas desprezo a falta de espinha dorsal e quando essa se põe ao serviço dos partidos, sejam eles quais forem, enoja-me). Isto para dizer que as filiações não excluem ideais e cada um saberá de si.

      Mas como aparentemente me conhece (e eu não sei quem é), trata-se de uma conversa desigual, como bem compreenderá. Não deixo de registar o apontamento, contudo.

      Por isso, creia-me disponível para conversar sobre isto e as tais formas de luta. Mas, reitero, sem anonimato.

      Atentamente,

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  3. Atenção que não é o PSD de Pombal a mudar, é a candidatura de Pedro Pimpão a somar votos. Não esquecer que será a proxima estrutura Concelhia do PSD a escolher os Candidatos aos futuros lugares de chefia ca na nossa Santa Terrinha. É altura de contar as espingardas e angariar apoios, a vida não esta facil nem para os "Funcionarios da politica"

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  4. Mas o ps não tem andado aí pelas freguesias, com os deputados do ps eleitos pelo distrito a ouvir a população?

    Ao menos estes sempre foram ao local, procurar o contacto com o povo. Agora nesta iniciativa do psd, "se queres que te ouça ( e vamos ver em que moldes...) vem cá à minha sede...", já estou a ver uma sala vazia de ideias e cheia de laranjas.

    Mais do mesmo.

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  5. Caros companheiros. Agradecemos ao Farpas a colaboração na divulgação desta sessão. Convém apenas esclarecer (para que não haja equívocos) que esta sessão surge no âmbito de um projeto de candidatura aos órgãos da concelhia de Pombal e é dirigida a militantes e simpatizantes do PSD. Este é um projeto que visa inaugurar uma nova forma de exercemos a nossa cidadania ativa por intermédio da participação política. Aproximar o partido das pessoas, acolhendo no seu seio todas as boas ideias para o nosso concelho e todos aqueles que queriam dar o seu contributo em prol da causa pública.

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  6. Agradeço a rectificação, mas penso que a ideia não era totalmente clara, daí a farpa.

    No entanto mantenho a essência da farpa. Mas continuo a registar a intenção, tanto que a falta de abertura e diálogo - mais que em sessões de esclarecimento - é uma falha gritante na nossa partidocracia.

    Por outro lado, parece-me que também não andei assim tão longe quando falei em cidadãos, já que é a própria candidatura que defende "Aproximar o partido das pessoas, acolhendo no seu seio todas as boas ideias para o nosso concelho e todos aqueles que queriam dar o seu contributo em prol da causa pública". Ou seja, tal não se faz ouvindo apenas militantes. Mas isso, claro, já o sabem.

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  7. Caro João. Agradecendo as suas dúvidas, que nos permitem esclarecer os objetivos deste projeto, aproveitamos a oportunidade para referir que, no quadro de uma candidatura interna, pretendemos ouvir na sede do PSD os seus militantes e simpatizantes que devem ter uma palavra a dizer neste processo, sendo que o grande objetivo é construir um projeto de renovação e mobilização, aproximando o partido das pessoas, independentemente da sua tendência político-partidária.
    Estas quatro décadas de democracia acentuaram, no nosso país, um distanciamento muito preocupante entre as pessoas e os partidos políticos, daí que o objetivo deste projeto seja construir um novo paradigma de cidadania política, continuando a reunir no nosso seio, pessoas com competência técnica e política que queiram fazer parte deste projeto de futuro.
    Nesse sentido, o ato eleitoral de dia 26 de Maio é apenas o primeiro passo, onde será dado o pontapé de saída para uma nova era que mobilize os pombalenses na construção do futuro do nosso concelho.

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  8. Ou seja, pretendem começar a fazer o que não se fez durante grande parte dos últimos 20 anos.

    Posso apontar que um dos problemas é que o fazem com alguns dos actores responsáveis por essa realidade, mas estou certo que isso se discutirá e verá em tempo próprio.

    Não posso deixar de desejar boa sorte, como é da praxe. Estarei, enquanto cidadão, atento. E, como já compreenderam, com dúvidas. Mas o ónus da prova é vosso.

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  9. Obrigado João. Certamente que nos manteremos recetivos aos seus contributos.

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  10. Bom dia!
    Não resisto e tenho de farpear em cheio!
    É afirmado que:" nestes 40 anos de democracia, no nosso País, é acentuado cada vez mais o distanciamento entre as pessoas e os partidos políticos".
    Acrescento: o fosso será cada vez maior enquanto os partidos fizeram de máquinas para proteger e promover incompetentes.

    Os partidos têm o que mereceu, com a ausência de leis democráticas, criaram um "LOBO", e não conseguem libertar-se dele. A prová-lo está a impunidade com os que políticos se passeio na sociedade portuguesa, após cometerem crimes de Lesa Pátria. O último crime, das secretas, envolvendo ONEGOING e o Sr. Carvalho, num País a sério ele era preso após julgamento sumário e, nos EUA, China ou Rússia simplesmente executado. Este Sr. vendeu ou deu segredos de Estado e ainda vai ser condecorado.

    Se os políticos querem ser respeitados respeitem o voto do povo sendo honesto, trabalhando, justificando o dinheiro que recebem e fim para que foram eleitos.

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  11. O pior é que não são os partidos que "têm o que mereceram"... somos nós, a população em geral. Porque os maus partidos não se autoflagelam, apenas. Flagelam também a população que era suposto servirem!

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