A subsidiação de todo o tipo de actividades e eventos, sem critério e
sem regras claras, começou por ser uma estratégia de sedução bem urdida e
melhor implementada, dos executivos do PSD na CMP, com recurso a muito dinheiro
público (nosso) e com a cumplicidade activa da oposição.
Com o tempo, a estratégia de sedução tornou-se praticamente consensual (se
exceptuarmos o Farpas) e evoluiu naturalmente para uma estratégia de dominação
com a adesão dos dominados (associativismo, oposições, instituições públicas e
pessoas em geral) aos valores e interesses do poder hegemónico, através de um
acordo (tácito) em torno dos valores considerados verdadeiros por todos, de
modo que a relação de dominação não fosse percebida como tal. Puro engano e
grande armadilha. Desta forma, instalou-se em Pombal um estado de menoridade,
por meio da preguiça de pensar e da covardia de agir, que goza de uma tal
amabilidade que vai ser difícil desvencilharmo-nos dele.
O associativismo que desenvolve actividades de interesse público (culturais,
desportivas, recreativas e outras) deve ser subsidiado, mas sem condicionamento
das actividades e sem aproveitamento político. O que se conseguiria se poder
político se limitasse a definir o montante da rubrica para subsídios e,
eventualmente, o montante para cada actividade, delegando a responsabilidade
pela avaliação do mérito de cada pedido a um órgão independente emanado das
entidades a subsidiar.
Parece um daqueles chefs culinários que mata um pato lindo para reduzir à isca mais saborosa, cara e exclusiva do planeta.
ResponderEliminarMeu caro, nada do que reduzes preto e branco, mau ou bom é-o assim tão elementar, há muitos tons de cinzento pelo meio e alguns arco-íris dos bons. Tudo isso merece o nosso empenho de reflexão, muito mais elaborada do que a demonstras ter vontade de fazer.
Ao Farpas, se mais ninguém falar, fica colada uma imagem de obscurantismo contrária à sua essência.
Ó João...obscurantismo? Só se recuperássemos as máscaras negras ;)
EliminarNem me parece teu esse exercício de tomar a parte pelo todo.
A politica de subsídios e cheques para pagar obras em clubes de jogo-da-sueca, foi o grande baluarte da politica "caciquista" e com muitos Galopins dos mandatos de NM... Agora acabar com isso tem o preço alto de perder eleições... nenhum politico arrisca isso, pelo que esta situação vai continuar independentemente de quem esteja no poder e o partido que represente. Para todos os que pretendam perceber como funciona a nossa "democracia" e o grande poder do CACIQUISMO aconselho a leitura atenta do Livro : "Os Predadores" Tudo o que os políticos fazem para conquistar o poder - do Jornalista Vitor Matos
ResponderEliminarHá criaturas que têm uma enorme dificuldade em assumir publicamente o que pensam (ou o que não pensam), mas que sentem um profundo incómodo por existirem pessoas que pensam e gostam de expor (e submeter ao contraditório) o que pensam. Apreciam, sem saber, o obscurantismo; e, pelos vistos, não sabem o que isso é. O modo de vida autêntico, transparente e luminoso cega-os.
ResponderEliminarVai daí apostam tudo na baixeza do ataque de carácter, na mais reles intriga e na guerrilha indireta. Procuram dividir para enfraquecer. Vaticinam sistematicamente divisões e o fim do Farpas. Mas desiludam-se: não conseguirão nem uma coisa nem outra. O Farpas é constituído por gente de outra massa: livre, corajosa e de carácter. Gente muito diferente, mas com denominador comum. E solidária o qb, predicado que as tais criaturas desconhecem. Mas com quem ainda tem consciência de ter consciência posso confrontar, sem receio e até com algum regozijo, práticas políticas. Aos outros, desprezo.
Incomodamos há 7 anos e meio de forma ininterrupta muita gente – oportunistas, manhosos - e vamos continuar a fazê-lo, cada um com o seu estilo e a sua forma de pensar, mas com um substrato comum. Os ataques (de carácter) e a guerrilha não nos enfraquecem, fortalecem. Cada vez chegamos a mais gente e isso motiva-nos a fazer mais e melhor.
Muito bem Adelino, seja lá contra quem falas estou contigo. Quando quiseres falar sobre isso estou disponível, como habitualmente.
ResponderEliminarJoão, sabes bem que estou sempre disponível para falar ou discutir com pessoas que pensam e se respeitam. Não tenho paciência nenhuma é para as outras.
Eliminar