Em 2008, Luís Garcia era presidente da AM e Administrador do Hospital de Pombal, Narciso Mota era presidente da CMP e Diogo Mateus seu vice-presidente. Nesse ano, Luís Garcia afirmou à imprensa "nunca ter visto na agenda política da Câmara a vontade verdadeira de resolver a situação do novo Centro de Saúde". Dias depois, no decorrer de uma assembleia municipal, na sequência da decisão do presidente da AM de cortar a palavra ao presidente da câmara, por reiterado abuso de tempo; Diogo Mateus, num aparte, não anuído, usou da palavra para acusar Luís Garcia de ter quebrado a solidariedade política na assembleia, tal como já o tinha feito quando prestou declarações à imprensa a propósito da política de saúde e do centro de saúde. Diogo Mateus - apesar de não ser presidente da câmara nem do partido - aproveitou a oportunidade para, de forma inoportuna, censurar publicamente Luís Garcia, retirar-lhe a confiança política e, desta forma, desencadear o processo destituição do presidente da AM, conduzido pelo líder da bancada e da concelhia do PSD. O desfecho do processo é conhecido e deixou as suas marcas e as suas vítimas.
Agora, Diogo Mateus é presidente da câmara e Narciso Mota é presidente da AM. E é Narciso Mota que, a meio do mandato autárquico, anuncia a sua candidatura a presidente da câmara, justificando-a com o mau desempenho político de Diogo Mateus, consubstanciado no forte descontentamento popular. Com estes actores políticos e neste contexto de guerra declarada, uma pergunta se impõe: Diogo Mateus tem “tomates” para destituir Narciso Mota da presidência da AM, como o fez, por motivos insignificantes, com Luís Garcia? A coerência deveria impô-lo. Até porque, agora, o “pecado” é incomensuravelmente mais grave. Mas, terá “tomates”?
Agora, Diogo Mateus é presidente da câmara e Narciso Mota é presidente da AM. E é Narciso Mota que, a meio do mandato autárquico, anuncia a sua candidatura a presidente da câmara, justificando-a com o mau desempenho político de Diogo Mateus, consubstanciado no forte descontentamento popular. Com estes actores políticos e neste contexto de guerra declarada, uma pergunta se impõe: Diogo Mateus tem “tomates” para destituir Narciso Mota da presidência da AM, como o fez, por motivos insignificantes, com Luís Garcia? A coerência deveria impô-lo. Até porque, agora, o “pecado” é incomensuravelmente mais grave. Mas, terá “tomates”?