3 de março de 2016

O braço de ferro partiu

Os políticos experimentados evitam afrontar os trabalhadores e os sindicatos porque sabem que os custos políticos são elevados. Por cá a armadilha virou-se contra o armadilhas.
A afronta já tinha tido dois rounds, que só não terminaram em derrota porque os sindicatos tiveram o bom senso que o príncipe parece não ter. Na câmara o desfecho é conhecido: estrondosa derrota política, com a condenação da câmara ao pagamento do trabalho extraordinário e à reposição das 35 horas semanais.
Bem pode o príncipe responsabilizar o responsável dos Recursos Humanos por não ter ouvido os trabalhadores, os juristas da câmara por não terem assessorado bem a câmara e os advogados pela estratégia de defesa seguida e pelos erros cometidos. Nada apagará o odioso da questão, o falhanço da afronta.
O problema não é tanto de quem executa e de quem assessora - decidem pouco. É de quem decide. E é, também, de quem decide fazer obras de Estado com dinheiro dos munícipes. Serão, também, os chefes de serviço os responsáveis por estes dislates?
O príncipe pode achar-se possuído de todo o poder, mas isto (ainda) não é uma monarquia – Dura Lex, Sed Lex.  

E nesta Republica, que mais parece uma Monarquia, paga é o Zé: aos trabalhadores, aos funcionários e aos advogados. 

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