10 de julho de 2022

Tesourinhos deprimentes

Anteontem uma pessoa amiga enviou-me isto. Resisti durante por algum tempo vê-lo, porque não queria, por agora, voltar à temática abordada. Mas o respeito pela pessoa que me enviou o tesourinho deprimente…

Sempre me intrigou que, por cá (e por outras terras de alguma forma semelhantes), o número de votos brancos e nulos nas autárquicas fosse superior (o dobro!) ao de alguns partidos com implantação nacional e grupo parlamentar na AR. Mas depois de ouvir este tesourinho deprimente, que roça o indecente, reforcei a ideia de que o eleitor comum sabe escolher – não é estúpido como lhe chamam algumas estruturas partidárias – , prefere escolher o mal menor ou anular o voto.

Uma terra – umas estruturas partidárias – que o melhor que tem para oferecer à comunidade, para o mais relevante cargo local (presidente da câmara), é o Pedro, a Odete ou a Célia, perdeu definitivamente o sentido da exigência.

Infelizmente, nesta terra nada destoa - é tudo meio-á-toa ou por amiguismo.

1 comentário:

  1. Amigo Malho, não se trata aqui da manifesta exigência dos eleitores que, como sabe, nunca é por esse critério que se guiam, mas sim pela muito mais fácil, irresponsável e sentimental preferência das figuras ou das orientações políticas dos que se atrevem a dar o peito às balas e a cara às críticas.
    Conseguir-se uma governação e os governantes ideais ou apropriados aos desígnios sociais é tão incerto como acertar no Euromilhões.
    Os que se apresentam a votos têm pelo menos o mérito da coragem de assumirem a causa pública, embora muita ambição e gosto pela notoriedade social pessoal também estejam bastas vezes incluídos.
    A governança das elites é sempre aquela que mais qualidade garante, mas também mais insegurança na liberdade e maior risco da perpetuação dos métodos eventualmente maus, porque aí não há alternativa possível. É só ver as ditaduras mundiais e ver onde o desenvolvimento a todos os níveis se encontra mais tolhido, mesmo na Rússia do seu coração político.
    Apesar de tudo é sempre preferível esta escolha sofrível a uma imposição mais promissora.
    Logo, anime-se homem que a vida são dois dias e para a maioria um calvário de dificuldades com uns raros momentos de alegria e felicidade.
    E eu, valorizo bem mais esses fugazes episódios do que os mais dilatados períodos do purgatório nosso de cada dia, pelo que continuarei a apoiar os que se apresentam.
    Fica um fugaz abraço, até porque está um calorão maluco.😉

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