A “Junta” lançou recentemente – à socapa e irregularmente – o concurso público para a concessão da cafetaria e camaratas de alojamento do CIMU-Sicó. Parece que ainda acreditam que aquilo pode ter alguma viabilidade económica – no que é que aquelas alminhas não acreditam?!
Os que acompanham estas matérias recordam-se do enorme fiasco que foi e continua a ser a Quinta Sant`Ana, adquirida e apresentada, já no século passado, como grande pólo de atracção turística, e deixada ao abandono (ou quase) por décadas. Mas todos poderão igualmente observar - porque estão pela cidade à vista de qualquer um - os espaços comerciais onde a câmara derreteu dinheiro, falhou na sua exploração, concessionou a particulares e, pelo caminho que as coisas levam, retornarão novamente para a câmara, para serem definitivamente abandonados. Alguém acredita que no CIMU-Sicó vai ser diferente? Não acredito. Não acredito porque nesta terra, onde estranhamente o poder nem de maduro cai, tudo se resume ao propósito simples de obter um fogacho propagandístico próximo e imediato; ao qual se segue, infalivelmente, um dano mais ou menos prolongado. É esta a principal causa do nosso atraso, de que não nos veremos livres por muito tempo.
Na generalidade dos casos, as comunidades, tal como os povos, não progridem devido à falta de recursos. Depois há os casos anómalos: os que, apesar de os ter (os recursos), marcam sistematicamente passo. Regra geral, tal deve-se à má aplicação dos recursos, no que o Município de Pombal é useiro e vezeiro. Não por terem faltado recursos financeiros à câmara, que se gaba regularmente de realizar avultados investimentos, milhões para aqui, milhões para ali, milhões para acolá. Contudo, o problema de Pombal não é – nunca foi – a falta de investimento público, foi a realização de maus investimentos. Porquê? Porque nada é pensado, integrado e avaliado em função de propósitos claros e consistentes. Tudo é impulso, tudo é benfeitoria, tudo é despesa, e muita é simples desperdício. O CIMÚ-Sicó é o exemplo extremo. E agora, depois de duas décadas a enterrar lá dinheiro, quando a obra está pronta e é preciso pô-la a funcionar, chegará a fase mais dolorosa - mais penalizadora do erário público. Mas dará sempre para o dotor Pimpão fazer uns eventos e muita propaganda.
Enquanto houver dinheiro no cofre (deixado pelo Comendador) e confiança na Banca (CA) a festa não pára. #festasebolos...Sigaaa. E pelo que eu assisto ainda não é desta que o nosso PS consegue chegar lá. Infelizmente a inépcia continua.
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