O anúncio da extinção do cargo de Administrador-Executivo da Pombal Viva chega a ser anedótico. Ao cabo de todo o processo polémico em torno das contas do Bodo e do desempenho do rapaz (que era inatacável, até há poucos dias, no dizer do presidente), eis que Narciso Mota não perde a capacidade de nos surpreender: enquanto desanuvia numa viagem a Bruxelas, manda alguém mandar um comunicado.
Faz lembrar a rábula do director que chama a secretária e lhe pede,
- marque-me uma reunião para sexta-feira, com a administração.
- Sexta é um x ou ch, sr. director?
- Deixe...mude para segunda.
A minha análise à situação.
ResponderEliminarA decisão de Narciso Mota peca por tardia. Devia-o ter feito há bastante tempo.
No entanto, face ao que está escrito e às situações, refiro o seguinte:
- De acordo com os estatutos da Pombal Viva, «Os membros do Conselho de Administração, o Fiscal Único e a parte dos membros do Conselho Geral designados pela Câmara Municipal de Pombal, são nomeados e exonerados pela Câmara Municipal de Pombal, para mandato coincidente com o dos titulares daquela».
Ora bem, extinguir o lugar de Administrador Executivo é o quê? Uma alteração aos Estatutos? Uma exoneração? Onde está a deliberação da Câmara sobre isso? Ou a Câmara é só e apenas Narciso Mota?
- Pelo que entendi existe um conjunto de contradições no comunicado. Ou o mesmo foi ditado pelo telefone, ou o homem dormiu mal em Bruxelas e não analisou bem a minuta que lhe enviaram por fax para o hotel.
Diz ele que a decisão foi aceite como "melhor solução para o hiato existente". Se hiato é sinónimo de fenda...
"Também salvaguarda todos os direitos que a lei confere ao administrador". Ou seja, foi paga indemnização. Quanto? Quem a paga, Pombal Viva ou Câmara?
- Se a decisão prende-se com factores de futura reestruturação" já que a Pombal Viva será extinta até final do ano, então porque é que se extingue o lugar agora. Não se esperou pela sua extinção, porquê?
A conclusão disto tudo parece estar no final do comunicado, quando Narciso fala do défice do Bodo 2008. É aí que está tudo.
Seria muito mais compreensivel que João Vila Verde fosse exonerado por falta de confiança, ou até abuso de poder e fraude fiscal.
Narciso Mota saía muito melhor na fotografia.
Com este comunicado, pôs as mãos pelos pés e contradiz-se. Mas enfim, já estamos habituados.
Análise muito bem feita, caro(a) politica.
ResponderEliminarFalta uma outra hipótese: Narciso pode ter considerado que não ter administrador nenhum podia ser menos mau do que ter AQUELE administrador! :)
Olá Política,
ResponderEliminarNão costumo responder a anónimos, mas este merece. Excelente análise polítca, Política.
Merecia honras de post.
Todas as questões levantadas merecem desenvolvimentos.
O homem perdeu mesmo as estribeiras. E Esparramou-se ao comprido.
E não havia nexexidade!
Boas,
AM
As pessoas também só sabem dizer mal... Gente que trabalha tão bem... com tanto mérito... Gente pura, como o povo de Pombal... Gente que é do povo, que trabalha para o povo... Gente que trabalha bem...
ResponderEliminarO texto não é meu mas que o autor deve ter alguma razão aí isso deve.
ResponderEliminarEsta num blog chamado - Quinta do Marquês - parea que quiser ler na integra. e reza assim:
"Como é possível que num atropelo atroz à Lei se faça uma manobra politica destas sem saber ler nem escrever? Provavelmente terá sido aconselhada pelo mui jovem jurista do elenco que domina. Só pode. É um atropelo à legalidade e mais é uma tontaria que pode vir a custar mais uma vez muito dinheiro aos cofres da Câmara. Ah pois estava a esquecer a boa gestão da mesma, com transparência, rigor e honestidade dá para pagar isto tudo. Talvez por isso tenha estado ausente do pais quando se deu esta reviravolta na maneira de olhar para o problema. Razão tem o velho em dizer que é inatacável. Pudera, cada vez que sai do Burgo, nem que seja para uma mijinha, só há Merda e esta traz assinatura de Mateus 7:15.
Xavier"
e mais num digo.
A EXTINÇÃO DO CARGO DE ADMINISTRADOR EXECUTIVO SÓ É POSSÍVEL COM UMA ALTERAÇÃO AOS ESTATUTOS DA POMBALVIVA. ESTE CARGO É ESTATUTÁRIO.
ResponderEliminarREI MORTO REI POSTO!
DISCUTAMOS O FUTURO E JÁ BASTA DE ANDAR SEMPRE O MALHAR NO MESMO, NÃO HÁ SÓ UM CULPADO.
FESTAS DO BODO PARA QUE SERVEM? SÃO PARA CONSUMO LOCAL? REGIONAL? NACIONAL? QUE DIMENSÃO? QUAL O FUTURO? PROMOVEM A CIDADE? A REGIÃO?
Se a Pombal Viva é para se extinguir, porque é que não se esperou para nessa data exonerar o administrador-executivo e assim poupava-se na indeminização que lhe foi paga?
ResponderEliminarPorquê a urgência de Narciso Mota em tomar essa decisão, estando em Bruxelas? Não se poderia esperar por segunda-feira para o fazer?
Há muitas explicações a dar. Nomeie-se uma Comissão de Inquérito.
Votem neles! Votem neles!
ResponderEliminarAmiga e companheira da política, boa noite.
ResponderEliminarVomecência diz que é a sua análise.
Mas vomecência limita-se a elencar um conjunto de lugares comuns que servem para tudo e para todos.
E, quiçá, mesmo, para vomecência, mesmo.
E, particularmente, quando diz que hiato é sinónimo de fenda está a roçar o erótico.
Coisa de amor não se trata.
Ou, por alternativa, está a oferecer algo, ou a oferecer-se a algo.
Mas tem seguidores, mono e plu. Choro!
Valores? Quais? E onde?
Faz-me lembrar aquele acontecimento acontecido, num jantar de angariação de fundos para determinada associação, quando um ilustre convidado encontrou um cabelo na sopa.
O anfitrião, muito incomodado, mandou, de imediato, chamar a cozinheira para que esta explicasse ao ilustre convidado a razão, inexplicável, do cabelo na sopa.
A cozinheira, muito à vontade, fez uma pergunta prévia:
- É dos encaracolados?
Não, responderam-lhe.
Então não há nada de mal. Continuação de bom jantar!
E podem ter a certeza que o nosso amigo Engº Narciso Mota não estava presente, pela simples razão de que ainda não tinha sido eleito Presidente da Câmara Municipal de Pombal.
Abraço.
Ò Sr Eng Rodrigues Marques, regresse lá para onde estava. Ninguém deu pela sua falta, nem vai continuar a dar.
ResponderEliminarA sua escrita é criativa, mas em nada abona para a verdade dos factos.
Estamos a discutir política de verdade, ok?
O senhor já nos habituou que não quer alinhar na discussão de coisas sérias do nosso concelho.
Amiga e companheira da política, boa noite.
ResponderEliminarFico contente de não terem dado pela minha falta.
Tem sido a minha postura ao longo da vida.
Agora faça-me a justiça de eu ter sido, ao longo de mais de 30 anos, um dos que tem dado o peito às balas.
Entro nas discussões das coisas sérias do concelho, quer sejam tangíveis, quer sejam intangíveis, mas sempre de peito aberto.
Mas fique certa que não entro em processos de intenções gratuitos, ou demagógicos.
Desmonto-os, à minha maneira.
Abraço.
Ó camarada R. Marques,
ResponderEliminarNão entras aos teus, porque aos outros és o primeiro a entrar.
E aqui são mesmo processos,com factos, e não processos de intenção.
Um abraço e aparece sempre, mesmo que seja para desconversar.
AM
"(...)ontem mesmo a Cardal FM, confrontou o vereador Diogo Mateus, que substitui o presidente da câmara na ausência deste. , o número dois do executivo afirmou que “isso não sei responder, porque se há novidades não sou eu que as tenho e portanto não conheço nenhuma decisão”, respondia assim à interrogação da provável saída de João Vila Verde de empresa municipal, menos de 24 horas depois e na ausência de Narciso Mota surge o comunicado conjunto, enviado por fax e assinado por Narciso Mota." In Rádio Cardal - site on line
ResponderEliminarEstranho, muito estranho não parece? Patrão fora e dia santo na loja. O que vale é que a memória fica tão curta e todos esqueçemos que à bem pouco tempo o sr. administrador se quis demitir e não foi aceite tal. agora por comunicado - extinto o lugar. há aqui qualquer coisa estranha.
Quanto mais não seja, o assunto já arrefeceu e portanto é uma altura mais "acertada" para este tipo de manobras, quando menos gente dá por elas. Parece-me ser essa a hipótese mais provável. Hoje em dia, vai tudo dar ao marketing. O mau tipo de marketing.
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