Agora que mês já vai a (mais de) meio, que pese embora a crise o Intermarché continua de prateleiras vazias, que a vacada da Ranha até calhou a um domingo e foi um sucesso ainda maior do que o habitual, que as festas do Louriçal registaram uma verdadeira enchente mesmo com um programa daqueles, que no Osso da Baleia quase não há gelados, que nos dias quentes até o parque aquático enche, mesmo com aquele serviço e o café a um euro (em copo de plástico e colher de gelado),
é tempo de relermos este escrito do Daniel - cujas crónicas bem falta nos fazem, a todos. Porque isto está tudo ligado. O Nel Monteiro já morou na Ranha e agora canta no Louriçal. Depois ainda se admiram de certas e determinadas voltas que a vida dá.
Obrigado, Paula Sofia, pela sugestão de leitura.
ResponderEliminarÉ um texto lindo, socialmente verdadeiro e didáctico até mais não poder.
Um abraço
Eu tb li o texto, masse se não me engano estamos a falar de nós próprios e a nossa maneira de ser enquanto povo hAbitante do rectangulo, tanta critica á nossa mneira de ser (grande parte de nós) que entretanto estamos a dizer que no Burkina Faso é que existe qualidade de vida porque lá não existem nem ranchos nem Sardinhadas em Agosto, Lindo e Profundo.
ResponderEliminarO meu jantar no Sabado foi uma valente Sardinhada
Boa tarde!
ResponderEliminarEu também li o texto e conclui que o autor do mesmo está cansado e a precisar de férias ou então está a ficar com comportamento anti social.
Tenho algumas máximas que nunca é de mais recordar:
-O homem é um ser iminentemente social!
-O desenvolvimento social é fruto de experiências e saberes acumulados!
-O Homem reage às adversidades da vida procurando melhorar o seu bem estar!
Os Portugueses não fugiram à regra, procuraram um meio de vida melhor, deram a conhecer novos mundos ao mundo e o seu sucesso proporcionou também um meio de vida melhor aos que cá ficaram.
A sua insatisfação, numa viagem interestadual, levou-os a melhorar a sua vida, a dos seus, os seus conhecimentos e a adquirir saberes que mais tarde trouxeram para a sua terra natal. Desta forma transferiram saberes e tecnologia, proporcionaram ao nosso País um incremento ao desenvolvimento sócio económico.
Logicamente estas pessoas, que melhorando as suas vidas melhoraram também as nossas, têm direito a umas férias merecidas, à semelhança dos que cá residem, e chegam à sua terra natal ansiosas por proporcionar aos seus pais, filhos, irmãos, avós e amigos um são convívio entre os vivos que pelos vistos o autor não gosta.
A tal Agostinada que o autor não gosta é o são convívio entre os vivos.
De facto, é impressionante. Quando queremos ver preto em vez de branco, não há óculos que valham. É o que se chama encher Pneu.
ResponderEliminarPeço desculpa se aqui o parolo não concorda
ResponderEliminarcom os intelectuais
ResponderEliminarEstá desculpado.
ResponderEliminarUma coisa é qualidade do texto, que é boa, outra é o seu conteúdo,
ResponderEliminarDe intelectuais e bem intencionados está o mundo cheio e eu poderei dizer que, embora não seja do agrado dos auto intitulados eruditos, Agosto é um Hino à sardinha e à nossa cultura.
Afinal temos uma democracia ou não? temos que viver com o constrangimento social?
Bom dia!
ResponderEliminarAo meu AMIGO Daniel Abrunheiro peço-lhe que continue a escrever como sempre fez e sabe!
Obrigado pelos seus escritos, sempre que aprece um com a sua chancela tenho que o ler e reler.
Por favor manda-me o teu mail
O texto do Sr. Daniel Abrunheiro transmite, penso eu, um estado de espírito. Terá algum sentido de desrespeito ou será uma afronta a uma certa “cultura popular”? Não conheço a pessoa, mas parece-me que não. Um texto literário não é para se concordar ou discordar. Nele está presente sobretudo a emoção, e estas, sentem-se e partilham-se, ou não.
ResponderEliminarGosto de melão, gosto pimentos assados, de sardinhas e de vinho tinto. Gosto de festas populares, sobretudo, quando feitas e vividas pelo povo de que sou parte. Gosto de pic-nics no campo, mesmo sem enchentes e sem parques de merendas. Gosto ainda do acordeão e da concertina. Para ouvir, contento-me com Gonçalo Pescada, Richard Galliano, Astor Piazola. O Alfaiate das Meirinhas, desde pequeno que me lembro de o ouvir e às vezes ainda me faz mover os meus mais de 120 quilos se a Moura quer, ou se outra donzela se faz disponível. São as festas. As nossas festas! Agora que estão desfiguradas e descaracterizadas estão. Culpa nossa pois, que não fazemos melhor.
Do que não gosto é de um urbanismo caótico e em estado de sítio, do lixo espalhado a esmo, do plástico que invadiu tudo e se vai entranhando nas nossas festas, até nos andores das oferendas e dos Santos. Quase me apetece pedir que o petróleo acabe mais depressa. Não gosto. Não gosto. Mas, ainda assim, são festas, as nossas festas! Festas de saudade e de convívio, realmente.
Os rankings, como os da qualidade de vida, valem o que valem. A maior parte das realidades que o Adelino Malho tem mostrado, entram pelos olhos dentro. Dizer que Pombal é melhor do que a Castanheira ou que o Burkina Faso é, a meu ver e com o devido respeito, tão redundante como o contrário. Faço uma pergunta: consegue Pombal manter uma boa parte das centenas de jovens que todos os anos adquirem qualificação superior? Está Pombal a preparar o seu tecido empresarial e as suas gentes, sobretudo das novas gerações para o mundo da economia do conhecimento? A todas estas perguntas, gostaria que a resposta fosse positiva, mas temo, com todo o respeito e admiração pelos construtores e pedreiros, que continue a ser este o maior produto de consumo interno e de exportação.
Ter qualidade de vida, para mim, é acima de tudo, estar-se bem onde se está e onde se vai. Podem tentar dizer que em Pombal somos os melhores e os maiores. Essa será sempre a pior atitude a tomar. O pior dos cegos não é o que não vê mas o que não quer ver.
Do ponto de vista ambiental o Arunca e outras Ribeira estão abandonadas aos despejos e entulhos. A Arquitectura e o Urbanismo da nossa cidade e as freguesias, mesmo com as muitas casas luxuosas que proliferam pela beira das estradas, não deixam de ser uma arquitectura e um urbanismo de subúrbio e quase terceiro mundista, descaracterizada, sem harmonia, sem respeito pela tradição e pela paisagem. Basta fazer o percurso Pombal/Meirinhas para o confirmar.
Dantes tínhamos a desculpa da ignorância e das idiossincrasias, respeitáveis, das casas dos Imigrantes. Agora que todos, incluindo os Imigrantes, evoluímos cívica e culturalmente, ainda se continua a construir de qualquer maneira prédios de três e quatro pisos, no meio das aldeias e em qualquer lado, apenas por ganância de quem quer o lucro mais rápido e fácil, e, pior ainda, talvez por inércia e desleixo de quem aprova os P.G.U.s., P. Pormenor e tais projectos de Arquitectura. Dando ideia que não existe sequer (talvez exista) um regulamento sobre materiais e paleta de cores a seguir e a utilizar. Neste aspecto a lei 31/2009, de 3 de Julho, dirigida a este sector, talvez dê uma ajuda.
Terá Pombal outras vantagens? Seguramente que tem. Talvez agora, que se atingiu um bom nível de desenvolvimento e de emprego, esteja na altura de qualificar melhor e de inovar mais, mas, sem deixar de preservar valores essenciais do passado como o Centro Histórico e a paisagem rural que nos caracterizou e caracteriza. Nada disto é incompatível com desenvolvimento e progresso e tem tudo a ver com qualidade de vida. O contrário paga-se muito caro, mais tarde ou mais cedo, como as cheias recentes o demonstraram.
ResponderEliminarQuanto ao Burkina Faso é preciso alguma cautela. Quase de certeza que a sua pobreza e falta de desenvolvimento não os impede de, em muitos aspectos, terem excelente qualidade de vida, sobretudo valorizando o pouco de que dispõem, conseguindo transmitir a sua cultura para as gerações futuras e fazer a sua adaptação aos tempos modernos, nuns casos melhor, noutros pior, tal qual como nós. No que respeita à musica e a festas, parece-me ser um país excelente, a começar pelas cores da bandeira, tem muitas coisas em comum connosco como podem ver se abrirem os vídeos a seguir indicados.
Nota final: Pombal é a minha terra de nascimento, do que muito me orgulho. Se há quem pense que é o céu, que se desengane porque não o é, como nenhuma terra o é.
Os Intelectuais, acabe-se com eles? Eu cá puxo logo da pistola, pois então!
BOA MÚSICA “PIMBA” EM QUALQUER LADO, COM FESTA CERVEJOLAS E TUDO:
Aly Verhutey - Soulard
http://www.musicvideos.the-real-africa.com/burkinafaso/ali_verhutey_le_soulard.html
Ali verhutey - ah les hommes
http://www.musicvideos.the-real-africa.com/burkinafaso/ali_verhutey_ah_les_hommes.html
faut pas divorcer
http://www.musicvideos.the-real-africa.com/burkinafaso/ali_verhutey_faut_pas_divorcer.html
Rosine
http://www.musicvideos.the-real-africa.com/burkinafaso/floby_rosine.html
BELA E BOA MÚSICA EM QUALQUER PARTE:
Gonçalo Pescada(acordeão) e João Cunha (violino) – Ambos Professores da Academia de Música de Lagos e excelentes músicos
http://www.youtube.com/watch?v=djZvXYHnjto&feature=related
Richard Galliano Trio with Gary Burton - Il Postino
http://www.youtube.com/watch?v=hw5daRi7PJk&feature=related
La valse a Margaux - Richard Galliano
http://www.youtube.com/watch?v=evtw_iAldpw&feature=related
Ocidental indigene "YAADA"
http://www.dailymotion.com/video/k4mJCE4U4N09FmbXzA
Kora meets Balafon - Two Mamadou Diabates
http://www.youtube.com/watch?v=RAmB5ENJ8Vs&eurl=http%3A%2F%2Fwww.musicvideos.the-real-africa.com%2Fburkinafaso%2Fmamadou_diabate_kora_meets_balafon.html&feature=player_embedded#t=53
Bekadiya plays Nyimaya
http://www.youtube.com/watch?v=1fxPlLdc8xM&eurl=http%3A%2F%2Fwww.musicvideos.the-real-africa.com%2Fburkinafaso%2Fmamadou_diabate_nyimaya.html&feature=player_embedded#t=31
Big and Small Moussa practicing the Sambla balafon
http://www.musicvideos.the-real-africa.com/burkinafaso/moussa_diabate_practicing.html
Djely Mamou & D-Tenus
http://www.musicvideos.the-real-africa.com/burkinafaso/djely_mamou_d_tenus_enfant_maudit.html
Bravo!
ResponderEliminarEstes sim! São Textos lucidos e coerêntes.
ResponderEliminarDiria até, cultura de raiz popular, se me permite a franquesa, o dignissimo dr. Jorge Ferreira.
Bem haja por este momento "literário"
Um abraço
Tal como o Sopas, eu tb te desculpo, alegria2!
ResponderEliminarQuanto ao texto do Daniel... é um texto do Daniel, e pronto. Muito bom! Mais que muito bom! E se o sentido era óbvio, também a mensagem se encaixava inteiramente neste nosso "luso-Agosto". Que os há que goste da meinha branca nas sandálias, meus amigos. Pois há! E a cuspidela no chão (estou a citar um amigo). E tudo isso é portugalidade "em bruto". E dizer-se que não se pode criticar porque cada um gosta do que gosta é tão absurdo como afirmar que a música da Romana é tão boa como a do Luis de Freitas Branco ou do Fausto Bordalo Dias, porque "cada um gosta do que gosta". E é também por tantos de nós gostarem do Nel Monteiro e da meínha branca, que estamos como estamos. Apesar (ou por causa) dos que acham que o estado em que estamos não é criticável, porque é melhor que o do Burkina Faso!
Bom Dia!
ResponderEliminarTextos são textos, música é música. recusar o comportamento dos nossos é recusar a nossa cultura ancestral. Cuspir para o chão é uma questão cívica e não cultural.
Para mim música é um conjunto harmonioso de sons e gostar ou não gostar dessa harmonia é outra questão, é uma questão de sensíbilidade.
Acho deplorável que os auto intitulados eruditos e iluminados, logo que são lançadas músicas dos artistas que arrastam multidões, apareçam logo a baptizá-las de músicas Pimba em nítido desrespeito pelos colegas de profissão e dos seus fãs.
Sempre que se fala em receitas de bilheteira fala se em Tony Carreira e eu tenho de arranjar coragem para ir ver um espectáculo noutro espectáculo, (as fãns a gritar)
Quanto à escrita, para mim, ela representa de facto um estado de espírito do seu autor.
O autor em causa escreve muitíssimo bem e em linguagem acessível e faz questão de ser meu amigo e eu retribuo a sua amizade na mesma moeda. A amizade nada têm a ver com uma apreciação de um texto que por sua vez pode servir de estímulo para outros textos ainda melhores e que com conteúdos com os quais eu goste mais.
Um texto pode ser admirado nas suas vertentes:
- escrita, construção de frases
- vocabulário utilizado
- pelo conteúdo
O conteúdo normalmente representa um estado de espírito ou então é meramente académico.
Concordo perfeitamente que tudo é criticável, e aceito, tambem é criticável a critica (que foi o que eu fiz)
ResponderEliminarO que não aceito de maneira nenhuma é o comentário da D. Paula Sofia que não aceitou a critica da critica,insurgiu-se contra quem o fez (que so estava a encher pneus) e aliás a dos óculos deve ser para o sr Dboss que eu graças a Deus até hoje (felizmente) ainda não preciso.
Bom dia!
ResponderEliminarSr.(a) alegria2 agradeço a chamada de atenção mas, há muitas pessoas com óculos, o barrete serve a quem serve e como ainda sei o que digo entendi que era melhor ser indiferente.
Sem dúvida nenhuma que a Sra. Paula Sofia foi incorrecta e se não cria críticas ao texto não o colocava em discussão.
Finalmente digo lhe que a Sra. não têm mais admiração pelo Sr. Daniel Abrunheiro do que eu. Quando há discussão é feita com elevação a democracia funcionam e não há constrangimento social.