Primeiro foi Ana Pedro. Depois, a Pombalviva que absorveu boa parte das competências de um vereador da cultura. Agora, Paula Cardoso. Será que a cultura não merece uma escolha mais vinculativa?
Gentil e Parreira começaram um bom trabalho, que depois não teve seguimento. Já lá vão mais de 8 anos desde que tivemos MESMO um vereador da cultura (o último mandato de Parreira não conta, porque a sua acção foi completamente desprovida de meios).
Não espero vida fácil a Paula Cardoso, nem posso ficar contente com a solução encontrada. Em causa não está a competência de Paula Cardoso, mas a legitimidade com que irá desempenhar o cargo. Legitimidade que não resulta das urnas, porque ela não foi eleita para o cargo. Nem o facto de ser o Presidente a assumir (formalmente) o cargo, o legitima. Temo que venham mais 4 anos de inacção cultural!
Meu caro (nuno)Gabriel, às vezes as gralhas ajudam a escrever direito por linhas tortas: "despenhar" o cargo, é coisa que Paula Cardoso não fará. Porque o mestre já o fez há muito. Pelos vistos a Paula (que é a chefe-salvação-de-gabinete há muito) vai contar com a ajuda de um dos Paulos, o Moreiras. Tem mais a ver com a área dele e...assim.
ResponderEliminarJá corrigi as gralhas. O meu portátil come metade das letras, tornando o texto ainda melhor do que eu o imaginei! ;)
ResponderEliminarPoderiam ser arranjados 10 ajudantes, isso não haveria de alterar o problema! A cultura, quando não tem a força de uma vereação, torna-se "uma tarefa",uma coisa menor... muito longe do vector estratégico que eu entendo que devia merecer!
Neste caso o problema não advém apenas da vereação, a própria população parece aversa à cultura.
ResponderEliminarNão arranjemos chatices, nem precisamos andar muito preocupados com a maioria dos pombalenses, que a nível de cultura andam muito satisfeitos. As telenovelas e as revistas cujo conteúdos são os acontecimentos das mesmas são suficientes para o bem-estar cultural de muitos, e podem ser usufruidos no conforto do lar, não exigindo grande esforço mental.
Porém, acredito que o responsável (ou melhor, os responsáveis) pelo pelouro da cultura procurarão ir de encontro aos interesses de uma minoria que considera fundamental que em Pombal se invista em cultura, BOA Cultura. E ao que parece a predisposição da Paula Cardoso para trabalhar nesse sentido é um bom ponto de partida, e a legitimidade será conseguida partindo daí e da confiança que o Presidente deposita nas suas capacidades.
Não podemos perder a Esperança!
Fazendo a vontade à maioria expressa dos eleitores pombalenses eu, se fosse alguém da e na vereação, estava-me nas tintas para a Cultura. O que faz falta é um Pelouro do Espectáculo e da Propaganda!
ResponderEliminarSaudações
Caríssimo Professor, muito boa noite.
ResponderEliminarEntão?! Mas já há…
Então já não falámos aqui, por diversas vezes, dos elefantes [cinzentos] laranjas que jogam sueca a troco dum subsidiozito de copas? [escolha o meu amigo o seu naipe favorito…]
Quanto ao espectáculo… basta ir a uma Assembleia… de Cartadas.
Caro professor, não leve a mal, nem considere um abuso, mas permita-me que faça das suas palavras as minhas. Só acrescento; meus senhores obedecam( obedeção )que é melhor para vocês!. Você não Sr professor que que já foi irradicado e é reformado já não precisa deles.
ResponderEliminarEm Pombal existe a cultura do "apareçe em todas para que todas estejam contigo" depois vem o discurso da ordem e o povo aplaude e é isto a cultura. Não ha estratégia, não ha rumo, mas o povo assim votou é porque está bem assim. Portanto deixa andar o barco á deriva. A Paula Cardoso como profissional é simplesmente excelente, posso dizer com conhecimento de causa, pois já trabalhamos juntos no IPJ em Leiria, mas como não vai ter autonomia ( quem manda é o Narsas) então vai ter um trabalho espinhoso pela frente.
ResponderEliminarNo inicío parece-me que li; - sinceramente -"A Cultura sem sorte!". Pensei, olha aqui está um "post" à maneira. Mas depois coloquei as gaifanas e aí sim já li o que estava lá; - "A Cultura sem norte!". Ora, se da primeira vez fiquei meio combalido e a pensar na sorte da cultura ou na falta dela, agora fiquei mesmo atordoado.
ResponderEliminarSem Norte???
Sr. Autor, em súmula, sem norte nem com sorte. A cultura em Pombal é coisa feia, mal educada, para uma classe de "betinhos" que vão tendo a mania de que são intelectuais e até vão ao teatro, imagine-se.
Os outros?
Esses vão ao cinema, aos bares, aos cafés e alguns mesmo por vezes até ao shopping, onde fazem tudo de uma vez só - tudo ao Domingo à tarde e em família!!!
Cultura?
Toma lá GoShopping e já tá!!!
Amigo e companheiro Nuno Gabriel, boa tarde.
ResponderEliminarNesta tarde triste de Sábado eu fico, ainda, mais triste.
Por um lado por não saber o que é “cultura” e, por outro, por não saber o que é “cultura sem norte”, ou Norte (ponto cardeal. E se for escreve-se com letra grande).
Se, no meu fraco entendimento, entender que cultura é o conjunto de conhecimentos acumulados e socialmente valorizados, que se constituem património da sociedade, ainda fico mais triste por não saber o que isso é.
Penso que o Engº Narciso Mota comungará comigo nesta reflexão.
Por outro lado, ainda, tenho-me apresentado ao eleitorado da minha querida Freguesia com uma vertente cultural.
E cultural porquê?
Somos uma povoação que já teve uma cultura industrial e, mercê de um conjunto de factores que não vêm agora ao caso, assumimo-nos, agora, com uma cultura rural.
Tenho-me apresentado ao eleitorado como pretendendo transformar o aglomerado rural num aglomerado urbano.
Com uma cultura urbana.
Não tenho a certeza que os valores rurais que perdemos são compensados pelos valores urbanos que ganhamos.
Mas não vejo outro caminho.
E é de culturas que estamos a falar!
E será que a cultura de que falo é a mesma que tu falas?
Não sei.
Alguém, entendido, que explique.
Abraço.
Não, não é a mesma cultura, caro Rodrigues Marques!
ResponderEliminarEste é um daqueles assuntos em que é facílimo "desnortear" a discusão. Em certo sentido, TUDO é cultura. Quer mais dicas para "estilhaçar" a conversa? Falemos em cultura democrática. Ou em cultura de arroz. Ou em cultura de bactérias...
A verdade é que não é sobre essas culturas que se espera acção do vereador da cultura. Nem sobre certa cultura rural ou urbana de determinado aglomerado populacional.
Poderia divergir da sua noção de cultura, mas não me parece relevante para o momento. Porque o que está em causa não é a definição formal, mas as acções que conduzem à sua boa prática, de forma consistente. A uma tal "politica cultural".
Amigo e companheiro Nuno Gabriel, boa tarde.
ResponderEliminarO nosso amigo, comum, Caravaggio chamou-me diabo e logo eu que sou tão bem comportado.
Reconheço que o tema dá pano para mangas.
Todavia aceito, de bom grado, o teu ensinamento.
Continua, que estás no bom caminho.
Eu continuarei a fazer o meu caminho e, de preferência, na auto – estrada.
Gosto de ti assim!
Abraço.
Boa tarde!
ResponderEliminarCultura:
Desenvolvimento intelectual?
Cultura física, actividades desportivas?
Cultura técnica, técnicas de Engenharia?
Cultura económica?
Cultura do desenvolvimento sócio económico?
O professor de educação física é fisicamente culto!
Afinal de que falamos?
Falamos do executivo municipal obviamente e, pergunto eu: a quem compete constituir a equipa de trabalho para os próximos anos? A quem ganhou as eleições justamente!
Será que são os vereadores que dão pareceres técnicos sobre os diversos projectos de obras públicas e particulares? obviamente que não! Quem dá os pareceres técnicos é o gabinete técnico especificamente criado, pelo executivo, para o esse efeito.
A semelhança dos diversos gabinetes, criados para as diversas áreas, também ao gabinete da cultura compete elaborar, criar, as diversas iniciativas e enviar as mesmas para apreciação à vereação.
Em qualquer organigrama que funcione deve ser assim, por isso, vamos aguardar para ver as capacidades da Sra. e depois o povo fará justiça daqui a 4 anos!
A questão, caro DBOSS, prende-se com a forma de legitimar a acção. Tolerar-se-ia que nos colocassem um "presidente de câmara contratado"? Alguém que fosse técnicamente capaz, mas cujo mandato resultasse de um "emprego" ou outra espécie de "nomeação" que não a dos votos? Não digo que não fosse ponderável, mas estaria contra tudo o que o nosso sistema politico preconiza. A mensagem é clara: a função em causa requer mais do que competência técnica (apesar de não a dispensar). Requer uma visão estratégica própria, reforçada pela representatividade popular que uma eleição (e só ela) pode conferir.
ResponderEliminarAqui o caso é semelhante: ou achamos que a cultura é uma questão meramente técnica, e por isso o seu responsável pode ser contratado, com base exclusivamente nas suas características profissionais; ou achamos que é um vector estratégico do concelho, e que nesse sentido necessita da tal força de representatividade que emana das urnas.
Repito-me: não questiono a competência ou a bondade de Paula Cardoso. A questão é institucional, e não pessoal. Não sendo eleito, o vereador até podia ser o Fernando Pessoa (ressuscitado), que a questão continuaria a colocar-se.
Amigo e companheiro Nuno Gabriel desculpa de eu voltar à liça.
ResponderEliminarVolto porque tenho muita estima e consideração por ti.
Parece-me que deveremos central a discussão no tema do teu post.
Cultura!
Não da batata, ou da beterraba, mas aquela que é, mesmo, intangível.
Todavia, primeiro, deixa-me dizer-te que, antes do 25 de Abril, os Presidentes de Câmara, os Regedores e os Presidentes de Junta eram nomeados pelo Governador Civil do Distrito.
Não era melhor, nem pior. Era assim.
A democracia participativa também tem os seus defeitos.
Nada é perfeito.
Centremo-nos no teu tema.
Houve Executivos Camarários, não muito distantes no tempo, em que a cultura era sinónimo de alguns concertos de Bandas Militares ou Para Militares.
Agora vires acusar o Engº Narciso Mota de nada fazer pela cultura (no seu sentido mais nobre) é estar, mesmo, muito distraído.
Sou um visitante assíduo do sítio da nossa Câmara e lá vejo inúmeros eventos culturais anunciados.
Para além daqueles a que a vida me permite assistir.
Também na Agenda da nossa Câmara leio inúmeras actividades culturais, um pouco por todo o Município.
Temos, no entretanto, de tomar uma decisão.
Queremos cultura a metro, cultura de qualidade, cultura encomendada (lê política, se quiseres), cultura comercial ou, por alternativa, queremos envolver o maior número possível de munícipes na participação da nossa cultura endógena, que a temos e de qualidade e com muitos cidadãos com muito valor cultural.
As campanhas eleitorais deveriam servir para este tipo de discussões.
E, aqui, voltamos à velha discussão dos subsídios às Associações.
Será que subsidiar, para despesas de capital, uma associação que cria condições para que os cidadãos se entretenham, nas suas horas livres, a jogar à sueca, ou ao chinquilho não será que estamos a contribuir para a nossa cultura genuína?
Inevitavelmente teremos, agora, que introduzir mais dois dados, a saber: Elites e a obrigação destas de nivelar por cima.
E a questão final: Queremos que o nosso povo seja culto? Todos queremos.
Mas o que fazer à cultura que herdaram dos seus pais.
Onde está a cultura Inca? A dos Índios da América? A dos africanos? A dos aborígenes?
Queremos acabar com a Feira ao Domingo no Louriçal?
É uma forma cultural que remota a… diz lá Dr. Nuno Gabriel.
Sabias que a Câmara Municipal de Pombal, em data de que já não me lembro, proibiu as feiras ao Domingo e que os “gauleses” do Louriçal nunca acataram essa postura municipal.
Só tenho pena que não seja uma feira franca, porque, se fosse, ainda montava banca.
Desculpa, mas penso que contribui para a discussão.
Reage!
Gosto de ti a reagir.
Abraço.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarMeus amigos:
ResponderEliminarÉ a primeira vez que escrevo neste blog, isto porque agora me toca a mim indirectamente, já que faço parte da secção da cultura desde de que exerço funções como funcionário do Teatro Cine de Pombal, ou melhor desde a sua inauguração em 2002.
Acho detestável de que ainda se passaram algum ‘dias’ da distribuição de pelouros na CMP e já haja 'atoardas' a coisas que realmente vos possam estar a passar ao lado de todos.
Por acaso já contabilizaram a quantidade de eventos que se realizam no teatro cine de pombal mensalmente?? Sejam espectáculos, teatros, colóquios, conferencias, acções de sensibilização, reuniões de pais, de escolas, de agrupamentos, festas de escolas, infantários, saraus, acções de carácter politico, etc, etc,? Tentem saber porque temos estatísticas totais na CMP.
Vamos deixar arrumar a casa primeiro, isto é: dotar o auditório da Biblioteca Municipal de Pombal e a sala polivalente da biblioteca com condições para estes tipos de eventos de natureza mais amadoras, para assim libertarmos um pouco o teatro cine para espectáculos de maior grandeza e de nível nacional. (o Centro Cultural já tem sistema de som e só não é mais usado porque não é solicitado). Só um exemplo de um espectáculo magnífico: Em Agosto, mais precisamente dia 8 em Pombal, esteve uma peça de nível nacional com um elenco de luxo: Sofia Alves, Victor de Sousa, etc. de nome “HEDDA GABLER”. Sabem qual foi o número de assistência? Perguntem… eu estive lá. E não me lembro de ver nenhum desses ditos ‘iluminados culturais’ a assistir.
O Dr. Fernando Parreira ex-meu chefe e Vereador da Cultura, rumou sempre para que fosse criado o cinema alternativo em pombal. Sabem por acaso quantas pessoas iram às sessões?? No máximo 10!!!!!
Dêem tempo a Dra. Paula Cardoso (Sim é Dra. É licenciada num curso com vertente cultural de organização e gestão de eventos).
Em vez das habituais atoardas, porque não dão ideias profundas e validas? Ou lá por serem da dita oposição não o podem fazer?? Cá para mim como são um pouco vazios de ideias é mais fácil criticar.
Estou à vontade para criticar quem quer que seja, ou de que partido for porque sempre pus o meu lado profissional à frente do meu lado partidário.
A rematar este desabafo e em relação ao Vereador da Cultura ser O Presidente da Câmara, e depois ter um assessor, só vos vou lembrar uma história que conheço na realidade. Numa vila um pouco longe daqui, mais precisamente em Torre de Moncorvo, no ultimo mandato o Presidente da Câmara também era o Vereador da Cultura, assessorado por outra pessoa. Digo-vos que aquela terra foi tudo o que é a ‘fina flor’ da musica nacional e até internacional. O teatro de Torre de Moncorvo também tem 300 lugares e em termos de equipamento fica a anos luz do nosso.
Agora claro!! A população aderia SEMPRE em massa, e não se notava a divisão do dizer mal só por dizer com nesta terrinha que é Pombal (atenção que eu gosto muito de cá morar!)
E já agora continuem a usufruir dos nossos espaços concelhios para os vossos eventos. É que até aqui o Sr. Presidente da Câmara Eng. Narciso Mota é amigos de todos, independente da cor política: NUNCA cobra nada de utilização, ao contrário dos municípios circundantes ao nosso.
Como disse: Dêem tempo a Dra. Paula Cardoso de organizar uma estratégia cultural para nosso concelho e não se limitem a criticar as coisas antes de acontecerem…
Um abraço amigo para todos do Paulo Ferro ("Sonoplasta" do Teatro Cine de Pombal)
É bom que tenhas vindo defender o teu trabalho e dos que trabalham contigo. É assim que deve ser. Mas o facto de poucas pessoas assistirem às produções culturais concelhias ou nacionais, mais tradicionais ou mais sofisticadas, é sinal de que o investimento em cultura não produz os resultados desejados. É uma questão de produtividade, se quiseres.
ResponderEliminarEstou disponível para aprofundar o tema com quem quer que seja, não por me sentir mais à vontade do que os licenciados e experimentados na matéria, mas porque simplesmente ainda não houve nenhuma discussão séria sobre o assunto.
Paulo Ferro, boa noite.
ResponderEliminarQuem, como tu, com conhecimento de causa, fala assim, fala de vida vivida e não de vida abstracta.
O teu escrito vai fazer doer a muitos.
Que as mãos nunca te doam.
Abraço.
Boa noite!
ResponderEliminarCaro Gabriel:
A questão que levantou é bem equacionada mas, vamos ser razoáveis,vamos dar tempo ao tempo e aguardar que a Sra. apresente soluções válidas.
Não queremos cultura de elite, a cultura não se impõem, procura-se, não vá impor os "U 2" ao homem que apenas sabe jogar Chinquilho.
Dos Serviços técnicos da Câmara não conhece ninguém que tenha sido eleito e não é por isso que eles têm maior ou menor legitimidade.
Amigo e camarada João Coelho, boa noite.
ResponderEliminarApanhaste-me na curva.
Não é que o teu comentário foi publicado antes do meu.
Não se faz.
Agora tu, com o estatuto que tens, vires tentar matar o elo mais fraco só demonstra fraqueza.
Mas será, mesmo, o elo mais fraco?
Choro!
E choro pelo cidadão Dr. João André Coelho que entende que o cidadão Paulo Ferro, no uso pleno (parece que não) dos seus direitos e deveres de cidadania, não pode dar a sua opinião sobre esta ou outra qualquer matéria da vida da sociedade.
Amigo.
Tu disponibilizaste-te para aprofundar o tema com quem quer que seja.
Escolhe as armas, que eu estou disponível para pelejar e com a humildade que me é peculiar.
O meu padrinho será o Engº Narciso Mota.
Ao nascer do Sol, no próximo dia 16 de Outubro da era de Cristo de 2009, no Largo do Cardal, em Pombal.
Escolhe padrinho.
Espero que as armas que escolheste sejam: Modéstia q.b.
Ai! Ai! Partido Socialista de Pombal, Quo Vadis?
Sem abraço, nem consideração.
Sr. Eng. deve andar noutra dimensão, deve ser a 4ª dimensão que permite o recuar e o avançar no tempo " Ao nascer dos Sol, no proximo dia 16 de Outubro de 2009" ????? Ja consegue recuar no tempo? Dê-me essa formula que eu tambem pretendo regressar ao passado e corrigir alguns erros que fiz.
ResponderEliminarEu não calei ninguém, nunca peguei numa arma na minha vida e isto não é nenhuma guerra, nem de pistoleiros nem de ideias. Não se trata de falsa modéstia é apenas um facto: tal qual está o resultado da intervenção cultural em Pombal qualquer um pode falar com propriedade porque seria apenas começar uma discussão séria. Eu aprecio muito o seu sentido de humor, Sr. Engenheiro, mas também nisto acho que já está na altura de nos sentarmos a uma mesa, que não de um café ou restaurante ou do computador lá de casa, para nos entendermos sobre o que Pombal precisa dos políticos nesta área. E noutras. E como a casa do Poder é sua em Pombal, eu só entro quando convidado. Que nunca fui. É este o meu desafio para si...
ResponderEliminarNão nos valha a pila de nenhuma figura sacrossanta que esses também devem andar desejosos que não fiquemos à espera que venha um salvador.
Amigo e companheiro António Roque, boa noite.
ResponderEliminarO meu problema não foi de dimensão.
Pensava eu, erradamente, que nos estávamos a reger pelo calendário Juliano, quando nos regemos pelo calendário Gregoriano.
É facto que só há 13 dias de diferença, mas é isso que faz toda a diferença.
Corrigindo: 16 de Novembro de 2009.
Obrigado e abraço.
Amigo, companheiro e camarada João Coelho, salve!
ResponderEliminar“Os que vão morrer te saúdam!”
Quem é que falou em pistoleiros?
Um bom duelo tem que ser com um florete, uma Florete (motorizada dos meus tempos de juventude) ou com uma flor, se se tratar de uma senhora.
Quanto ao âmago da questão duas questões se colocam:
- Para que raio servem as campanhas eleitorais?
- Por que raio há-de o cidadão ser convidado para a casa da democracia, já que lá tem acesso por direito próprio?
Quanto às pilinhas. Cada um com a sua. Ponto final.
E para mais a nossa amiga e companheira JA não gosta que se fale disso.
Mas voltemos ao calendário Juliano:
Quo Vadis, Partido Socialista de Pombal?
Agora Abraço.
Ferro, fica-te bem vir a terreiro fazer essa defesa.Ter a coragem de aqui vir assumir uma opinião não é só d'Homem. É de quem coluna vertebral.
ResponderEliminarPessoalmente, já dei para esse peditório (como sabes) de qualquer um dos lados da barricada (na assistência ou na organização). O que não quer dizer que baixe os braços. Devo isso aos meus filhos.
Sobre a lamentável falta de assistência da lamentável programação do Teatro, tenho uma opinião particular, passo a redundância. É este o Pombal onde só metade das pessoas votam. E dessas, a maioria vota como se sabe, nos candidatos que sabemos. E que assobia para o lado perante episódios como o do teu antigo vizinho JVV.Logo, tudo está bem quando acaba bem.
Meus caros,
ResponderEliminarda falta de assistência (que é um mal que eu também aponto), não me irão acusar, seguramente. Nem da falta de participação. Mas aceito esse (bom) contributo para a discussão. A falta de assistência prende-se também com a falta de coerência e de continuidade na programação.
Chamando os nomes às pessoas, é evidente que não é ao Paulo Ferro que pode ser assacada alguma responsabilidade pela politica cultural do concelho. Nem aceito como único critério de êxito cultural o número de pessoas que assistem aos espetáculos. Em último caso, camaradas... nem sequer ao número e qualidade dos espetáculos (apesar de, com estes, ser mais fácil estabelecer uma relação). A questão é de causalidade! Coerência! Intenção!
Qual é a politica cultural deste concelho? Alguém conegue prever o que vai ser da nossa cultura, daqui a 10 anos? Vamos ter um festival de teatro de nivel nacional, como em Almada? Ou vamos ficar célebres a nivel de recriações históricas,como em Alcobaça? Serão as sessões de cinema de qualidade, como nas Caldas da Raínha? O jazz, como em Espinho? A música de Câmara,como em Tomar? A guitarra, como em Vila do Conde? BD, como em Leiria ou Coimbra? Eu não faço ideia... porque parece que cada acto que se faz é um "fogacho", uma coisa vinda do nada, e que vai para o mesmo nada.
Quanto à Paula Cardoso, volto a dizer o que já disse tantas vezes: não ponho em causa a sua competência ou seriedade. Talvez até devesse ter sido eleita para o cargo. Só que... não foi!
Caro Rodrigues Marques,
ResponderEliminarEspero que a sua "notação" não denote saudades dos tempos em que os presidentes de câmara eram nomeados! Como não acredito que o seja, constato que não refutou a minha argumentação. Diga-me lá, acha que os destinos da cultura são um cargo meramente técnico (como parece defender o nosso amigo DBOSS), ou que "merece" uma natureza politica?
Posto isto, concordo consigo: achar que o eng. Narciso Mota não fez nada pela cultura, é estar distraído. Há eventos, claro que há. A minha intenção é precisamente louvá-lo e ajudá-lo! Com tanto dinheiro e esforço gastos, poderíamos ter resultados muito mais consistentes. E acho que, pela sua inexcedível abnegação, ele próprio merecia ter mais resultados culturais. Alguma coisa que o marcasse, de que as pessoas se lembrassem, para além das paredes que levantou. Espero que reconheça a nobreza da minha intenção! :)
Olá João André:
ResponderEliminarNão consideres isto uma questão de produtividade. Poderá ser isso sim de promoção ou divulgação, mas também não creio. Digo-te sinceramente que para a Hedda Gabler mandei cerca de 15.000, sim 15.000 mails principalmente para o Concelho de Pombal. O Vereador Fernando Parreira, sei eu, fez pendões pela cidade, e pelos arredores também sei que divulgou nas juntas de freguesia. Mas é a tal coisa. Será o preço? Achas que Pombal tem capacidade para pagar entre 20 a 50€, por exemplo por um bilhete para um espectáculo? Eu penso que não. Sabes que apresentar um programa arrojado cultural para a nossa cidade não é certamente para dar lucro.
É certo e deixo aqui uma palavra de apreço ao voto de confiança e de responsabilidade ao Vereador Fernando Parreira enquanto meu chefe de serviço e ao Presidente da Câmara de NUNCA me puseram entraves de adquirir o material necessário para que fossemos um Teatro de referência Nacional (dentro das salas de média dimensão, claro) Como sabes orgulho-me bastante disso. Olha, já agora deixa-me lembrar uma outra grande produção assim de repente, que tivemos a até os preços acessíveis e com grande divulgação, mas com pouca afluência: ‘AS Viagens de Gulliver’ da companhia do teatro do bulhão. Agora penso eu sim. Com já referi anteriormente a Dra. Paula Cardoso vai certamente fazer uma gestão de qualidade para que nos possamos orgulhar da nossa Cultura, mas Aviso já os ditos “Iluminados Culturais”: não esperem grandes lucros da área da cultura, porque voltando à terrinha de Torre de Moncorvo posso-te dizer que por exemplo para o espectáculo do Luís Represas os preços eram de 5€ para os moradores do concelho (mediante a apresentação do cartão de eleitor) e de 7€ para os restantes.
Um aparte (Eu por acaso até falei na altura lá com o Sr. Presidente da Câmara de Torre de Moncorvo sobre isto, ao que ele me respondeu: “a Cultura não é para se ganhar dinheiro. É para dar á população o saber e o conhecimento dos valores e das raízes do nosso pais e não só. É para as pessoas poderem confraternizar ao vivo com pessoas que só vêm na televisão e em revistas”)
Bem, voltando a Pombal e aos custos: Sem falar nas cedências que depois irão ser feitas para o Auditório Municipal, que também vai ser equipado com som, luz e material para todo tipo de espectáculos. Nesses tudo o que avariar é prejuízo. Como vez, a realidade de quem está por dentro é bem mais complexa do quem está por fora.
Mas agora tu dizes: então porque é que se investe e não se aluga quando é preciso?
Aluga-se claro! Para caso pontuais, como é evidente (Festas do Bodo, Natal da Cidade, Tasquinhas, e pouco mais) mas para o uso diário, por cada aluguer, e eu sei muito bem, da complexidade de material que é necessário para um espectáculo, nunca fica menos de 1000, 1500€, técnicos incluídos, até porque há espectáculos amadores bastante complexos (ex. saraus das escolas, João de Barros por exemplo). Agora vê: se tiveres por exemplo (isto é a supormos muito por baixo): 2 cedências para o AMP por mês mais 2 espectáculos no TCP, isto dá 5.000€ mês. (sem contar a utilização do mini auditório, do centro Cultural, dos Pavilhões desportivos, da Sala Polivalente da BMP, etc.) Ora vez 12 meses dá a módica quantia de 60.000€/ano, e com a agravante: gastaste uma fortuna e não tens património nenhum. E em um par de anos a trabalhar está completamente pago o investimento feito. Sinceramente, João eu, e atenção que é a minha opinião, não vejo que seria uma boa política a seguir e felizmente os meus antecessores e futuros chefes também não viram e não vem.
Um Abraço
Quando me refiro a produtividade não falo em relação ao aproveitamento dos espaços com mais ou menos iniciativas.
ResponderEliminarO investimento cultural que foi feito no concelho engloba tudo o que foi gastos nos edifícios que enumeraste, no tipo de iniciativas que enumeraste, mais nos subsídios a associações culturais e artísticas, etc. Muitos foram acertados, outros não.
Mas mais do que isso: em que é isso se reflectiu na criação de apreciadores de expressões artísticas? De gente com outra capacidade crítica? De gente com outra exigência?
É essa a produtividade.
Temos a nossa biblioteca muito bem aproveitada, com grande trabalho junto das escolas. Porque não se pega nesse exemplo e mostra-se o que é preciso fazer? Pegou-se na Leitura e fez-se disso uma cruzada. Pegaram-se nos alunos e transmitiu-se esse espírito. As escolas já assumiram também esse desejo. Confio que isto seja produtivo.
Defina-se o que se quer como resultado da cultura em Pombal e depois começamos a trabalhar. Eu acho que para Narciso Mota o que seria mais fácil de lhe "vender" seria trabalhar a cultura através do património concelhio. Então vamos assumir isso como um desafio concelhio e recuperar, seriamente, todo o referencial arquitectónico histórico e trabalhá-lo para que todos os pombalenses o compreendam. Esta é uma sugestão.
Tenho mais, muitos têm muitas mais. O Gabriel colocou antes de ti muito bem a questão e acredita que há outros com a mesma visão.
É que não há uma intenção com o investimento cultural em Pombal, é apenas arranjar uma agenda, sem objectivo. Podes dizer que não é essa o objectivo, mas é esse o resultado.
Ferro,
ResponderEliminarmas quem é que são os tais "iluminados culturais"? Qualquer um que critique a politica cultural da câmara passa a merecer esse "rótulo jocoso" (como se fazia no tempo da outra senhora), ou é distinção que cabe só a meia-dúzia?
Acho que se confundem alhos com bugalhos. Já o DBOSS faz o mesmo.
A questão não é dar tempo ou não dar tempo à senhora. Nem é saber se ela é competente ou não. A questão é da força e legitimidade que se lhe dá. E a minha opinião é (mais uma vez) que essa força e legitimidade resultam EXCLUSIVAMENTE das urnas, em matéria tão relevante como é a cultura. Tu sabes melhor que ninguém, Ferro: quanto se investiu na cultura em Pombal nos últimos 10 ou 15 anos? Equipamentos, edificios, espetáculos, subsidios... tudo? Então, qual a razão para haver um vereador eleito para a defesa do consumidor, por exemplo, e não haver um para a cultura? Ou vais-me dizer que o sr. presidente se vai ocupar deste pelouro? A questão (de minha parte)resume-se a isto. Se calhar, vou achar o trabalho da Paula Cardoso muito bom (ouço relatos de grande competência dela, mas não a conheço suficientemente bem para me poder pronunciar). Se calhar, vou achar que ela devia ter sido eleita para o cargo. Mas não foi, e isso retira-lhe estatuto.
Quanto à falta de público, é um problema reinante em quase todo o lado. Coimbra (onde moro) tem mais de 30.000 estudantes universitários, e também vi as mesmas sessões especiais com 10 pessoas a ver. É dificil "construir" um público. Isso consegue-se, por exemplo, com uma regularidade e qualidade que apresentem garantias ao público. Vê o caso dos festivais de teatro, por exemplo. Apesar de distraído, o público reconhecia o trabalho do chapitô, presença frequente em Pombal. E aparecia, tiveram muitas vezes (sempre?) casa cheia ou perto disso. Uma das vantagens de se organizarem festivais (de toda a espécie) a datas certas, com moldes definidos, é precisamente essa: criar rotinas ao público. Agora vou ser mais polémico: dando ao povo (onde me incluo, que não sou nenhum "iluminado") apenas aquilo que ele quer ver, não é fomentar a cultura. É ficar apenas no entretenimento. Cultura é, forçosamente, mais. E isso demora a ser implantado, porque não temos ainda em Pombal (Portugal inteiro?) uma população que, em geral, esteja àvida de cultura. Foram muitos anos às arrecuas, Ferro, não se vai lá agora do dia para a noite!
Bom dia!
ResponderEliminarCaro Gabriel!
Não há qualquer confusão, temos uma realidade:
Um programa eleitoral para cumprir e uma senhora que acaba de ser empossada!
As fontes jorram água pura e cristalina as montanhas pelas suas escarpas, no inverno, brotam água, umas vezes pura e cristalina e outras turva; a qualidade da água, essa, tudo depende da natureza. Só toma e utiliza aquela água quem dela sente necessidade, a produtividade daquela água depende do número de pessoas que dela necessita a restante segue o seu percurso natural.
Fomentar a cultura é rigorosamente aumentar a oferta cultural, criar a necessidade no cidadão, promovendo uma diversificação de actividades proporcionando em simultâneo o
convívio ao maior número de utentes.
Cativar utentes para as diversas actividades demora o seu tempo.
O teatro Amador de Pombal iniciou a sua actividade e tinha na sua assistência apenas os familiares e amigos, venceu, hoje começa a ter assistências razoáveis. Demorou tempo.
Provavelmente os sociólogos devem estudar o comportamento social dos pombalenses de forma a saber quais as suas preferências culturais.
Os animadores culturais também trazem cultura Sr. Gabriel, Uma coisa já nós sabemos: os pombalenses e os gauleses do Louriçal adoram cervejolas, castanhas e Água pé até já têm uma associação. Com este item, castanhas e vinho, vai conseguir encher as salas de espectáculos.
Eu por mim, subscrevendo o essencial da intervenção do Gabriel (a forma como foi gerida politicamente esta questão), aguardo para ver qual a estratégia que vai ser adoptada. E espero que haja mesmo uma estratégia a adoptar. Já por diversas vezes aqui e noutros sítios deixei as minhas sugestões enquanto consumidor de cultura. E não pretendo deixar de as continuar a dar.
ResponderEliminarForam levantadas várias questões em várias intervenções, e descontando-se os ataques de trincheiras (desnecessários, acrescente-se), tocaram-se em pontos fundamentais: que tipo de cultura, que investimento, que retorno, que públicos. Todos concordarão que em Pombal não existia um grande público de Teatro, mas agora há. E esse público não caiu do céu: regularidade, diversidade e preocupações com qualidade.
Não será tão fácil criar outros públicos, seja por aspectos logísticos ou financeiros, mas tudo depende do que se quer fazer. E aí é que me parece lógico que haja uma estratégia, em que se defina onde se quer chegar e por onde se irá.
Note-se que no que toca ao cinema, e várias vezes tive esta discussão com o Fernando Parreira, era frustrante conciliar uma oferta alternativa com um público escasso (e isto dava uma enorme discussão - que deveria ser tida). Ainda que se falasse em serviço público, a sequência lógica passaria sempre por um cineclube (projecto infelizmente sempre adiado mas que terá de sair da cartola, não da Autarquia, mas de quem gosta de cinema, sob pena de estarmos sempre à espera do "guarda-chuva" estatal).
Haverá muito a fazer, assim como já há coisas feitas, mas se nem todas as ideias de futuro serão boas nem tudo o que foi feito no passado foi bom.
O que me parece, repito, importante, é que haja uma estratégia e que passe por ouvir quem está na área, quem percebe e que passe, e isso já é uma batalha onde participo há muito tempo, que envolva a vertente histórica deste Concelho, indo mais longe do que já se fez. E, já agora, que se faça não fugindo de espaços de discussão e sem ataques pessoais. Quando nos desviamos do nosso caminho para deixar e discutir ideias não será seguramente por outro motivo que não gostar da nossa terra.
Crie-se por isso uma agenda (não mera colectânea de eventos), mas um fio condutor de actividades, vocacionados para a criação de públicos, seguindo exemplos como o que o Paulo deixou (de Torre de Moncorvo) ou de Alcobaça.
Agora isto não invalida a discussão das opções políticas no que toca à cultura ou a outras áreas, discussão essa que é perfeitamente legítima (veja-se o barulho à volta da escolha do anterior Ministro da Cultura).
Viva Gabriel:
ResponderEliminarOs ditos “iluminados culturais” em Pombal, são tantos e de tal ordem que correm entre todas as forças partidárias! São os verdadeiros “falam falam falam falam e nunca os vejo a fazer nada!!!” Se se faz está mal feito, se não se faz é porque somos um concelho medíocre. Percebes onde quero chegar? Eu sei que sim. A critica quando é construtiva SÓ É SAUDAVEL, e mais nada. Então na minha profissão essa matéria é quase lei. Se os músicos não se sentem bem com o trabalho que estás a fazer no palco o espectáculo não pode correr bem. Lá por sermos os responsáveis do som não somos donos, soberanos e senhores da razão sobre eles. Eu pelo menos trabalho assim. Outra coisa: faz-me um favor: NUNCA mais compares este tempo com o da ‘outra senhora’. Porque a esta hora não estávamos aqui a escrever em teclados de computador mas sim nas masmorras do Tarrafal. (e com muito juizinho…)
Voltando à conversa: repara: Não sei nem me diz respeito qual foi o critério de entrega dos pelouros. Mas vamos nos entender de uma vez por todas: O VEREADOR DA CULTURA é o Presidente da Câmara e tem depois um assessor para essa área. Qual é o mal ou o problema nisso? Se o Pelouro da Cultura fosse entregue por exemplo a um Vereador e tivesse a Paula Cardoso como assessora será que faziam também disto um dilema? Sinceramente não vejo onde está o problema. A sério!
Em relação às sessões de cinema especiais, não era de modo algum comportável para Pombal.
E ainda em que falas de Coimbra. Porque esse talvez seja o problema da morte prematura do cinema em Pombal. E quem fala de Coimbra, fala também de Leiria aqui ao lado. São cidades universitárias que têm obrigação de zelar pelo cinema alternativo com clubes cinéfilos (o tal desde 2002, altura que entrei para o Teatro Cine ouvi falar que se ia formar em Pombal). Esses Clubes cinéfilos são que no meu entender têm que engendrar uma programação cultural nesse sentido, e aqui certamente com o apoio da autarquia.
Falas também nos festivais de Teatro e na companhia do Chapitô. Concordo em absoluto contigo que é uma das melhores companhias de teatro do Pais e deveria ser presença obrigatória em todos os festivais de Teatro em Pombal. Ora os tais “iluminados culturais”ouvi eu dizer…’é pá! são sempre os mesmos gajos a cá virem todos os anos’
Termino com: e esta hein??
Abraço Gabriel
O debate vai interessante mas, infelizmente, não leva a lado nenhum.
ResponderEliminarOnde não se satisfazem necessidades não se ganham votos. E este é o problema das gestões democráticas (mais ou menos éticas) orientadas para o voto. Ou dizendo melhor: uma origem (entre muitas outras) dos problemas que constantemente resultam dessas mesmas gestões.
Neste país, que é o nosso, o consumo cultural não é uma necessidade.
Logo: não importa.
Proporciona-se de qualquer maneira – ou nem isso.
Não merece sequer ser discutido – correndo-se o risco de, ao fazê-lo, estar a incorrer numa atitude “pouco democrática” (por definição, ele não toca a todos; é sempre uma questão de minorias e de elites).
Nada a fazer, senão tentar ser feliz na pele em que Deus nos quis meter.
Abraços!
Os Gauleses convidam:
ResponderEliminarO Grupo Desportivo Cultural e Recreativo das Cavadas vai organizar nos dias 22 e 29 de Novembro o seu 4.º Festival de Teatro.
PROGRAMA
22 de Novembro (Domingo)
15:00
"O dia em que troquei o meu pai por dois peixinhos vermelhos"
Peça infantil pelo TAP (Teatro Amador de Pombal)
29 de Novembro (Domingo)
15:00
"Um cliente especial"
Peça humorística pelo GRUTECA (Grupo de Teatro das Cavadas)
"Casamento à moda antiga"
Recriação tradicional pelo Grupo da Associação do Casal da Rola
A questão fundamental está, seja em Pombal ou em qualquer outro concelho do país. Em termos estruturais Pombal, no que tange à política para a cultura não será nem muito melhor, nem muito pior do que Torre de Moncorvo, Alcobaça ou Lagos onde resido. Mesmo nesta que tem uma agenda cultural diversificada e de relativa qualidade, vive-se o mesmo problema da falta de públicos.
ResponderEliminarObviamente que algumas das manifestações culturais mais importantes para estimulo das nossas percepções, formas de ver, de nos vermos e de nos pensarmos como pessoas e seres de cultura e de sociedade e, sobretudo de nos projectarmos como criadores de futuro, não são geradoras de vantagens a curto e a médio prazo ainda que possam ter grande rentabilidade nas gerações vindouras por gerarem novas soluções e novos paradigmas que, inclusive, com o tempo se tornam dominantes.
Porém, por não terem retorno tangível e imediato, não são fáceis de gerir politicamente, pois custam dinheiro, mas não mobilizam nem são vividas pelas populações. Por isso, o Gabriel tem razão em dizer que a legitimidade política e não funcional dão mais motivação e força a quem tutela e decide sobre a acção cultural: uma assessora por mais competente que seja obedece, enquanto um vereador, em nome do povo, tem o dever se informar, de saber, de discutir e decidir.
Digam o que disserem a vida de hoje faz com que as pessoas fiquem em casa. Evidentemente que uma boa programação e divulgação ajudam, mas apenas quando as pessoas já estão dispostas a aderir. Não se gosta do que não se conhece. E culturalmente falando, possivelmente, conhecemos pouco, pois vivemos não numa sociedade de cultura mas de espectáculo, em que só se dá valor ao ter do que ao ser e à “cultura” que vende, ou seja, a muito pouca.
O problema maior está na criação e formação de públicos. O que, a meu ver, passa principalmente pelas escolas, que em vez de venderem pragmaticamente aulas e cursos, deveriam estar fortemente inseridas nas comunidades em todas as suas vertentes, incluindo a cultural.
Possivelmente, aí como aqui, quantas vezes existem bons teatros e bons concertos na cidade, mas onde não se vêem nem professores nem alunos das escolas. Ora, na minha opinião, uma boa parte da acção dos professores e das escolas deveria passar pelas vertentes cívica e cultural, e, participar nos eventos culturais e cívicos também faz parte da formação para a vida. Daí ter de se empenhar os pais, os professores e as instituições. È precisa uma Aldeia para se formar um Homem e qualquer país.
De outro lado, talvez seja bom fazer um calendário em que nos momentos mais marcantes da vida da cidade se programassem os espectáculos de maior relevo do ponto de vista da qualidade e da captação de público, como será o caso do Bodo, das Festas de Natal e da Páscoa, seja sob a forma, por exemplo, de bienais de artes plásticas e performativas, seja um festival de bandas ou de coros. Seja uma reconstituição histórica, um encontro de ranchos etnográficos ou um Festival de Teatro. Por isso, a propósito das festas e do São Martinho eu disse que a solução não passa por eliminar o são Martinho por não ter tradição de relevo, mas sim, aproveitar a sua existência e a sua iconografia para dinamizar outras actividades que o qualifiquem e mobilizem pessoas para nesse dia e semana ocuparem a Praça e os equipamentos culturais circundantes, contando-se com as escolas e os alunos para o efeito.(...)
(...)
ResponderEliminarDepois existe a realidade das colectividades, em função das quais se pode tentar uma programação cultural em que as Câmaras definiam uma estratégia cultural a executar por intermédio delas ao abrigo de protocolos programáticos sujeitos a escrutínio público promovendo-se concursos em que melhores trabalhos apresentassem seriam premiadas, estimulando todas a fazerem cada vez melhor justificando os subsídios pela actividade e não o contrário como tantas vezes sucede. Depois existem tradições como a dos cineclubes e das bandas filarmónicas que às vezes fazem milagres graças aos seus sócios e dirigentes e que devem ser apoiadas, incluindo na formação e preparação de quadros que lhes assegurem uma progressão mais estruturada e qualitativa.
Quanto ao património, a experiência diz-me que deve ser recuperado e mantido. Todavia, o que realmente justifica os elevados custos da sua recuperação é o enquadramento e aproveitamento que se lhes dá em termos de fruição e uso pela população. Recuperar património para depois os edifícios ficarem vazios e abandonados é quase crime.
Concordo com a análise em relação à escola, com os ajustes a que o trabalhar numa escola me obriga.
ResponderEliminarNão concordo com a análise de que a política cultural no nosso país equivale-se regionalmente, mesmo descontando as diferenças de dimensão urbana.
Voltando à questão dos resultados da falta de estratégia eu pergunto:
- Porque é que a Hedda Gabler esteve vazia em Pombal, com 15000 emails e pendões espalhados, quando lotou noutros sítios?
- Porque é que o Sr. Presidente da Câmara sente-se na necessidade de pedir desculpa pela sala vazia a uma Banda Filarmónica de outro concelho durante o aniversário da Filarmónica de Pombal?
- Porque é que se as pessoas não querem sair de casa os bares estão cheios em Pombal, no Louriçal, nas Meirinhas, ...?
-etc, porque podia continuar a perguntar porquê, porquê, porquê.
Referi o investimento no património porque me parece que será aquele ao qual o Sr. Presidente da CMP estará mais sensível. Já que tem que se começar por algum lado, então que se comece por aí já que é o que ele gosta. Não é a minha preferência, é um remedeio, porque é como andamos, remediados.
Conta apenas uma história genérica para não estar sempre a falar de Pombal directamente.
Não há muito tempo o Preço Certo em Euros da RTP1 foi repetido por engano dois dias seguidos. Manteve exactamente o mesmo share televisivo (arredondados). Não houve qualquer tipo de telefonema, emails, carta a reclamar pelo sucedido. Simplesmente mais de um milhão de pessoas viu o mesmo programa dois dias seguidos e não se questionou pelo sucedido.
Em Pombal há muitos pombalenses que vão morrer a verem o mesmo programa todos os dias. Não por falta de vontade, porque isso nunca se pode dizer que falte ao Sr. Presidente da CMP e alguns membros da sua equipa, mas por falta de estratégia clara e eficiente.
É esta a minha opinião e continuo disponível para dar os meus contributos.
Dr. João A. Coelho,
ResponderEliminarOlhe que infelizmente, tirando algumas situações pontuais, algumas delas aqui faladas ou como a bienal de Cerveira, alguns festivais e espectáculos de música como os do Orfeão de Leiria ou da minha Academia de Música e Orquestra de Jazz de Lagos ou, a outro nível, o Represas em Moncorvo, são como a cereja sem o bolo, acontecem, mas não correspondem a uma estratégia que traga a cultura ao dia a dia das pessoas.
Não sendo conhecedor de como se deve fazer a comunicação e divulgação de eventos, a ideia que tenho, é a de que dada a falta de público predisposto para os eventos culturais, a estratégia dos pendões, panfletos e e-mails não surte grande efeito. Todavia, se houvesse uma divulgação boca a boca, se as escolas mobilizassem os professores e alunos, se as Câmaras mobilizassem o seu corpo de políticos e de funcionários, se as colectividades mobilizassem os seus associados, se as empresas fizessem o mesmo com os seus gestores e funcionários, etc, aos poucos, criavam-se públicos que se reproduziriam e faziam mais e "melhores públicos". O modo habitual de comunicação e divulgação até pode ser bem feito, mas, assim, não tem grande campo para prosperar e surtir efeito.
Já os bares e discotecas estão cheios porque correspondem a um suposto modo de vida urbana com que, desde pequenos, somos bombardeados nas telenovelas, nas Anas Montanas etc. Dito de outro modo, são fenómenos mundanos ("cultura de massas") e "alienadores" que, facilmente, se enraízam e se repetem sem que se dê conta, porque fogem aos pensamentos, às percepções e sentimentos individuais e colectivos mais elaborados, com que se valoriza o passado, se vive o presente, se projectam e se constroem os futuros, que são, a meu ver, o cerne do fenómeno cultural. Pois, não sendo modismos, com o decurso do tempo acabarão por se sedimentar e valorizar como parte da história de vida de um povo ou localidade. Ao que, nessas circunstâncias, permanecer e ficar, podemos chamar Cultura.
Porventura, as boas lotações em outras localidades tenham passado, também , um pouco por aí. Por mim os pendões degradam o ambiente e pouco atraem os olhares, os flyers ou folhetos lemos quando lemos e metemos no bolso ou no lixo e os e-mails, pela quantidade com que se inundam as caixas de correio acabam por passar desapercebidos. Digamos que existe um excesso de solicitações e de ruído na comunicação que também cansa, distrai e nos afasta do que mais interessa. Estou convencido que o boca a boca, a insistência pessoal, o apelo aos amigos e conhecidos, produziria melhores resultados e seria sintoma de vivência colectiva do fenómeno cultural.
Acho, também, que o Paulo Ferro tem razão quanto ao retorno do investimento nos equipamentos e quando falarmos muito de cultura mas, por vezes, preferimos o conforto das pantufas e os copos com os amigos. Sim, se falarmos de culpa, ela deve passar primeiro por cada um de nós, porque somos nós que não mudamos, que não fazemos as escolhas acertadas, e depois, porque não usamos a cidadania para exigirmos o que deveria ser feito por quem o deve.
Abraços
Olá João André Coelho:
ResponderEliminarRespondendo às tuas questões com conhecimento de causa, aqui vai:
Questão 1 - Porque é que a Hedda Gabler esteve vazia em Pombal, com 15000 emails e pendões espalhados, quando lotou noutros sítios?
Porque o povo em Agosto, mesmo que lhe ofereças pérolas querem é esplanadas e estão-se a marimbar para uma peça de grande nível cultural. O papel de Sofia Alves como Hedda Gabler é simplesmente notável. ATENÇÃO: a sala não estava vazia. Tinha 119 pessoas (meia casa) perdoa-me a minha sinceridade mas para o tipo de peça e de publicidade feita eu gostava de ver casa cheia.(aqui também não funcionou a publicidade boca a boca)
Questão 2 - Porque é que o Sr. Presidente da Câmara sente-se na necessidade de pedir desculpa pela sala vazia a uma Banda Filarmónica de outro concelho durante o aniversário da Filarmónica de Pombal?
Porque é uma pessoa honesta e idónea. Se fosse outro calava-se porque a única responsabilidade dele no processo deste espectáculo (não sei de qual espectáculo é que falas), foi de ter autorizado a cedência das instalações para o referido concerto. Ora mesmo não tendo nada a ver com a organização do evento assumiu culpas para as quais eu não lhas imputo minimamente. Já agora em jeito de informação, a Filarmónica de Pombal realizou dois espectáculos num espaço de um Mês no TCP (mais coisa menos coisa), um a comemorar o Dia Mundial da Musica e outro a comemorar o seu Aniversário. No 1º a sala estava composta, ou seja, quase cheia, e no 2º super super lotada.
Questão 3 - Porque é que se as pessoas não querem sair de casa os bares estão cheios em Pombal, no Louriçal, nas Meirinhas, ...?
Desculpa mas aqui confundes um pouco diversão com a cultura. O pessoal não pode ir para teatro fumar umas cigarradas, por a conversa em dia e beber uns copos. Não dá muito jeit. Já as pipocas no cinema é um “Deus me livre”…
Questão 4 - Referi o investimento no património porque me parece que será aquele ao qual o Sr. Presidente da CMP estará mais sensível. Já que tem que se começar por algum lado, então que se comece por aí já que é o que ele gosta. Não é a minha preferência, é um remedeio, porque é como andamos, remediados.
Não, não é um remedeio. Terá que se começar por algum lado. Ou então sentam-se as pessoas em almofadas no jardim e os actores actuam debaixo dos candeeiros de rua. As ‘casas’ começam-se sempre pelos alicerces.
Questão 5 - … Não há muito tempo o Preço Certo em Euros da RTP1 foi repetido por engano dois dias seguidos. Manteve exactamente o mesmo share televisivo (arredondados). Não houve qualquer tipo de telefonema, emails, carta a reclamar pelo sucedido. Simplesmente mais de um milhão de pessoas viu o mesmo programa dois dias seguidos e não se questionou pelo sucedido.
Pombal teve em cena, que eu me lembre assim de repente (sabes que aos 40 anos a memória já me falha um pouco), O Musica Amália de Lá Féria durante 3 semanas com sessões de terça a sábado e duas ao domingo – e sempre esgotado. O “coçar onde é preciso” do Zé Pedro Gomes teve 2 sessões – esgotadas, o “Ilusões” de Luís de Matos teve 2 sessões esgotados, o “mais uma vez amor” dos actores brasileiros Ana Beatriz Nogueira e Marcos Palmeira teve 4 sessões esgotas, e outros que só vem actuar uma vez… esses já não têm conta.
Portanto não te preocupes… Em Pombal não há muitos pombalenses que vão morrer a verem o mesmo programa todos os dias. E tem calma que a estratégia vai ser clara e eficiente. Mais uma vez dá tempo ás pessoas. Roma e Pavia não se fizeram num dia.
Um Abraço
Calma?! Já desde os tempos em que Gentil Guedes ficou sem a responsabilidade da agenda cultural que ando calmo, à espera de algo com pés e cabeça.
ResponderEliminarLá calmo sou eu. Querem mais calma, não precisam de pedir, os eleitos já a receberam dia 11/10/2009. A maioria está satisfeita, eu é que não. Mas como eu sou minoria, em Pombal eu não conto.
Ó João:
ResponderEliminarTenho por hábito, graças à educação que os meus paizinhos me deram, que só falo daquilo que sei e do que me diz propriamente respeito. Como sabes no tempo da Cultura do Gentil Guedes eu estava ainda a trabalhar na Rádio Clube de Pombal, mas sei que o Gentil foi uma pedra fundamental para muitos dos trabalhos culturais do concelho que ainda hoje se fazem. mas como já disse estava no RCP. (quando quiserem falar comigo sobre o RCP também contem comigo)
Olha… outro projecto que não referi aqui porque me esqueci e acho que é de extrema importância porque foi um projecto pioneiro do Vereador Fernando Parreira em Pombal foi o “cinema ao ar livre” na praça Marquês de Pombal e o “Cinema Drive In” na Expocentro.
Agora todos estes espectáculos de que te numerei são a partir de 2002. Peço-te por favor que dês umas olhas pelas agendas culturais desde 2002 e vejas. Tenho a certeza que vai haver alturas em que pensas… “É pá!! Isto também veio a Pombal… já nem me lembrava” Acho que não devias andar tão insatisfeito à espera que algo aconteça.
E lá por te considerares uma minoria, tu contas… porque sem minorias não há maiorias.
Abraço
O Ferro lembrou aqui esse grande momento para Pombal que foi a exibição do musical "Amália" durante três semanas. Esse sim, foi um rasgo de visão. Mesmo que para isso se tenha baptizado por dias o Teatro-Cine como "Amália Rodrigues", com o objectivo claro de convencer o La Feria. Foi de mestre. Só é pena não assistirmos a mais golpes de vista desses, noutras áreas, porque esses não fazem mal a ninguém.
ResponderEliminarLembro-me desse tempo do Gentil, sim. E de que nessa altura ainda estava o Ferro no Rádio Clube (onde comecei a trabalhar, e onde o conheci). Seria a fazer o saudoso "Olho Vivo", que tantas dores de cabeça deu ao poder?...
Ferro
ResponderEliminarEu já dei uma olhadela (mais que uma até) a várias agendas e é fácil chegar a várias conclusões:
a) há mais oferta de espaços culturais que oferta cultural - mas isso também depende muito da sociedade civil;
b) houve espectáculos de relevo (seja em termos de qualidade ou de reconhecimento) em Pombal, em especial em sectores como Teatro e Música;
c) houve actividades que não sobreviveram pela dificuldade em serem sustentáveis e por necessitarem de outro suporte que não seria apenas o público;
d) houve iniciativas diferentes que foram tentadas, mas nem sempre resultaram
Mas também posso dizer que havendo agenda de eventos, que há, não há uma Agenda cultural com estratégia. E foste tu que falaste em deixar a responsável (que eu preferia que fosse responsável política, mas essa discussão é outra) ter uma estratégia. E eu espero que essa estratégia apareça. Que aposte na diversidade, qualidade e regularidade e que, sobretudo seja coerente para adequar ofertas e aumentar públicos. Se se revelar boa, cá estarei para reconhecer. Se se revelar má (como a estratégia desenvolvida pela Pombalviva de reduzir cultura a concertos) será criticada.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarDois em um:
ResponderEliminarPrimeiro para a Paula Sofia:
Fizeste-me recordar os momentos de maior auge da Rádio Clube de Pombal desde sempre. Decorria o inicio do ano de 1994. Realmente o ‘olho vivo’ foi uma rubrica que até nós na altura não tínhamos a perfeita noção da verdadeira importância. Foi tal, e pioneira a nível nacional, que tivemos direito a uma reportagem num programa da SIC (Praça Publica), na altura com a Conceição Lino como pivot, por ser uma iniciativa inédita. Mas sabes tão bem quanto eu que não foi feito para dar dores de cabeça ao poder local, nem pouco mais ou menos. A iniciativa nasceu (o António Pinto pode comprová-lo porque a ideia tem cerca de 80% dele, verdade seja dita), para tentar ir ao encontro dos problemas da população junto da Autarquia. Na altura vinha-se de uma burocracia na CMP em que era bastante mais apertada e para se falar com alguém dentro da CMP era quase preciso pedir um requerimento a Bruxelas. Então a ideia nasceu daí.
As pessoas contactavam-nos, nós expunha-mos os problemas à CMP e á Sexta feira de Manhã lá ia o representante da Câmara responder às questões enviadas pelos ouvintes.
A fechar este episódio: peço-te um minuto de silêncio pelo nosso ex-colega que foi o pioneiro comigo no “olho Vivo”. O FILIPE MIGUEL ( ).
Agora João Alvim:
Como sabes não vou entrar pela vertente de gestão de dinheiros que isso não percebo nada (para mim é um traço ao meio de lado escreve-se há, e do outro não há e pronto. Tá feita a contabilidade). Mas a Pombal Viva, mais concretamente o Café Concerto, e sabes que sim, tornou-se um ícone de musica nacional e internacional (pois… internacional porque fiz o som a com uma banda alemã que fez uma torné por Portugal e escolheu Pombal na Zona Centro para actuar e chamavam-se ‘Global Tourists’). Tudo o que era bandas de Norte a Sul do Pais viam-se e desejavam-se para vir tocar a Pombal. É claro que tu poderás ter ideias diferentes do modo de administração mas enquanto parte de espectáculos (que é o que dizia respeito), veio cá muita coisa boa. Não podemos agora cobrir a PombalViva e o Café Concerto com um pano preto e pronto. Agora cada cabeça sua sentença e cada sentença um gosto diferente. ( e ainda bem que é assim.).Viva o pluralismo.
Paulo
ResponderEliminarMas eu tenho de entrar nessa vertente já que são dinheiros públicos. Se defendo custo/benefício para tudo, tenho que entrar. Senão, porque diabo é que não se segurou o cinema alternativo em Pombal? A opção que se fez, embora custasse a todos quantos queriam cinema (e ao próprio vereador) teve de ser tomada por uma questão de gestão. Agora há é outras saídas para resolver a questão do cinema que não se tornam onerosas e cabe a quem tem interesse procurá-las, como de resto há quem já ande a tentar fazê-lo.
Veio cá coisa boa em sede de espectáculos? Eu não o contradigo, muito pelo contrário, apenas digo que se "reduziu a concertos" a cultura no âmbito da Pombalviva, independentemente de algumas exposições que aproveitavam e bem o espaço (a última lá presente é excelente, já agora). E sendo a Pombalviva uma empresa municipal que tinha no seu objecto a dinamização cultural, falhou nesse aspecto. E essa é uma estratégia que, por ter falhado, não foi repescada e não o será seguramente, espero é.
Mas havia diversidade, qualidade e regularidade nos concertos? Havia. Havia público? Havia. Mas não havia sustenbalidade e essa também é uma opção política. Uma opção de estratégia. Nota que se a actual responsável incluir a realização de concertos no Café-Concerto (partindo do princípio que deixa de haver Pombalviva e a duplicação de atribuições culturais), pode aproveitar o que existia anteriormente e redimensionar ou reequacionar os espectáculos. Não será por aí que vem a crítica. A crítica virá sempre da falta de transparência (a haver), da ausência de estratégia ou da estratégia mal sustentada (e era algures entre estas duas que estava a gestão da Pombalviva). Haja é capacidade de fazer melhor, o que como cidadão espero sempre que seja feito.