Nem sempre foi a 11 de Novembro (chegou a ser em Junho, se não estou em erro). Mas não faria muito mais sentido o Feriado Municipal ser a Segunda-Feira do Bodo? Eu sei que assim as agraciações do regime poderão passar mais despercebidas, mas a ideia não é festejar o Concelho? E se a tradição já não é o que era e sendo certo que o Bodo é mais antigo que o 11 de Novembro como feriado, o que é que se perdia com esta mudança?
Concordo inteiramente.
ResponderEliminarDe resto, é tradição em alguns concelhos do Alto Alentejo, em que o momento festivo mais alto do ano é o período da Páscoa, que o feriado municipal seja a segunda-feira da Páscoa.
A questão passa pela "utilidade" a dar ao feriado municipal. E quanto a mim, ela passará muito mais por "juntar" os Pombalenses do que em "homenagear, apesar deste ser também um aspecto relevante (e que pode ser feito em qualquer data). Ora, se ao fim-de-semana juntarmos um feriado municipal, isso permite que o tal espírito (que, convenhamos, ainda vai existindo no Bodo) de juntar os Pombalenses ganhe "mais terreno".
Cá para mim o 11 de novembro mantem-se. Tem a ver com o perfil dos Pombalenses o S. Martinho. Os Pombalenses desde que haja comes e bebes querem la saber de boa gestão, de soluções para o concelho, de progresso. Diz o ditado muito antigo aqui na aldeia dos GAULESES; "Pelo S. Martinho vai á adega e prova o teu vinho"
ResponderEliminarSendo o orago de Pombal, S. Martinho, acho bem que se continue a celebrar o patrono, no seu dia, em 11 de Novembro. A Igreja Matriz, que agregou a si os fiéis residentes em Pombal, é muito anterior à Capela do Cardal e ao Convento de S. António que depois a absorveu. É também anterior, creio eu, à lenda que deu origem à Festa do Bodo. Embora a instituição de feriados municipais seja coisa já do post República, acharam por bem os edis de então, homenagearem o S. Martinho, seu protector tradicional. Quando se mexe no que está bem e não incomoda normalmente estraga-se. Saudações.
ResponderEliminarGrande é o S. Martinho nosso padroeiro!
Professor, ainda durante o Estado Novo chegou a ser em Junho. Nuns Guias de Portugal da década de 40/50, o feriado municipal era noutra data, pelo que a alteração não é assim tão antiga.
ResponderEliminarIrei ver melhor, mas permita-me a discordância quanto ao estar bem. Um feriado deveria ser bem aproveitado (veja-se Lisboa, Porto ou Coimbra) e a conotação religiosa estaria sempre presente, ao mesmo tempo que se liga a data a outra que, no imaginário de todos acaba por ter muito mais relevância. De outra forma, o 11 de Novembro é um dia mortiço (em que se calhar faria mais sentido comemorar o armísticio), enquanto a 2ª feira de Bodo podia dizer algo mais. Pão e Circo? Talvez, mas convenhamos que é uma mudança bem mais simbólica que outra coisa...
Alvim, na minha opinião, deve manter-se este dia de feriado. Mas, na verdade deve mudar-se alguma coisa.
ResponderEliminarAcho que seria importante discutir como enriquecer ainda mais culturalmente o dia de São Martinho no concelho de Pombal. Que outras actividades se poderiam desenvolver? Como promover e potenciar este dia (muito para além das formalidades que têm lugar nos Paços do Concelho)?
O Bodo já tem por si só toda a projecção. E, seria negativo o feriado na segunda-feira do Bodo, isto porque: estaria o comércio fechado (numa altura em que tem o seu ponto alto)? Ou estaria aberto e os funcionários não gozariam o Feriado Municipal (teríamos os sindicatos à porta…)?
Por exemplo, tu – como deputado da Assembleia de Freguesia – poderias apresentar à Junta de Freguesia de Pombal um projecto em que se envolve-se a comunidade associativa e local a desenvolver um conjunto de actividades neste dia. A título de exemplo, o Bodo das Castanhas de Vermoil é hoje o que é, porque em 1998 a bancada da oposição, da qual eu fazia parte, apresentou e lançou o repto ao executivo de dinamização deste evento, o executivo abraçou a ideia e aí está o resultado.
Uma ideia: porque não juntar a Feira de Artesanato e Tasquinhas de Pombal (com ou sem Design…) ao 11-11?
Não se perca a tradição, mas sim enriqueça-se a mesma!
Quanto ao comentário do Roque, realmente tenho de o “pintar” de escuro: é tudo cinzento é tudo negro e preto… assim não consegue vislumbrar mesmo nada… caramba! Só mesmo o São Martinho para rasgar a capa e que se faça LUZ!
Bom feriado!
Ilídio
ResponderEliminarA manter-se o actual feriado, a ideia do "juntar a Feira de Artesanato e Tasquinhas de Pombal (sem Design) ao 11-11" é muito interessante.
Registo a sugestão, tendo presente que não é por não ser poder que não deixarei de defender o programa pelo qual fui eleito onde consta exactamente a dinamização de património, ainda que se tivesse que fazer algo não ao nível de município, mas da freguesia.
E devolvo a sugestão para que, desta feita, na Assembleia Municipal, tu ou outrém façam essa proposta de junção do Artesanato e Tasquinhas com o 11/Novembro.
No entanto, mantenho as minhas razões. E ainda que seja invocado o impacto negativo no comércio será que não estamos a falar de uma oportunidade em vez de uma ameaça? Note-se que estaremos a falar do sector da hotelaria e restauração onde, à partida, o aumento de receitas anularia as despesas adicionais. Digo eu...
Mas tudo bem, se calhar o problema mesmo é com os modelos de festejo de dias importantes.
A mim parece-me que há aí duas questões distintas: o dia do município - que a meu ver se deve continuar a celebrar no dia de S. martinho, sim, mas estendendo as comemorações ao concelho, que normalmente passa ao lado das comemorações. E por outro lado a comemoração do dia da cidade, que é em Junho, sim,e nunca foi celebrado de forma condigna. Basta estar atento ao que se passa, por exemplo, em Leiria e Marinha grande, para ver que há formas de festejar envolvendo a comunidade, para além de laurear meia dúzia de pombalenses em bicos de pés. Porque salvo honrosas excepções, é disso que se trata. Ou então homenageamos o tipo do aeromodelismo (que deve divertir-se à brava com Pombal). Ou ainda um impostor, como aconteceu no ano das cheias. lembram-se?
ResponderEliminarAlvim,
ResponderEliminarA sugestão é mesmo para a junta de freguesia, por estarem na cidade não podem esperar que o Municipio faça sempre tudo. A junta e as outras forças vivas da sede de concelho devem mostrar o que valem, também/precisamente, nestes momentos.
Quanto à parte económica, com o São Martinho mais enriquecido culturalmente e com mais actividades, seria mais uma oportunidade para a hotelaria, restauração e comércio. A época do Bodo é já de si é uma boa altura do ano para estas empresas (graças aos nossos emigrantes!). Devemos potenciar diferentes eventos ao longo do ano para lhes criarmos mais oportunidades, em vez de as concentrar.
Quanto à junção do São Martinho, Artesanato e Tasquinhas, na minha humilde opinião, acho que seria um ganho extraordinário para todos.
Um abraço
Caro João Alvim,
ResponderEliminarquando escrevi post República queria referir-me ao Estado Novo que, salvo melhor opinião, não transformou Portugal em Monarquia.
Julgo mesmo saber, que foi numa das Presidências de Sr Menezes Falcão, nos fins de cinquenta ou primeiros de sessenta, que foi fixado o feriado municipal em 11 de Novembro. Quanto ao resto estou de acordo em se dar mais solenidade e dignidade ao dia do Santo, que não é um Santo menor do Hagiológio Católico. A lenda da capa é mais ou menos folclore mas, como Bispo, S. Martinho, foi figura grada do proselitismo católico.
Saudações
Acho a sugestão do Ilídio Manuel sensata e acertada, como lhe é próprio. Para quem pretende trazer ao Centro de Pombal pessoas e actividades, quanto mais pretextos, incluindo os dias feriado e de festa ao longo do ano, melhor. A recriação dos mercados tradicionais (Ex. das 2ªs e 5ªs feiras),em moldes adequados também.
ResponderEliminarApesar dos ciclos da vida comunitária estarem radicalmente alterados, a festa de São Martinho deveria estar associada ao ciclo das colheitas de Outono, onde o vinho e as castanhas eram fundamentais (basta lembrar que o milho e as batatas só aparecem depois da descoberta da América e estas últimas só no Sec. XIX passam a ser usadas massivamente na alimentação, substituindo as castanhas). Possivelmente trata-se de uma tradição que remonta aos tempos medievais e à Fundação. Portanto, se às cerimónias oficiais se associarem manifestações culturais e festa popular, em havendo imaginação, bem se poderiam levar muitas pessoas ao centro de Pombal, com Design ou não. Um bom magusto é uma boa maneira de começar Vejam se a Festa da Golegã não é um êxito? Os Cavalos são um pretexto, mas castanhas e água-pé desde que com um bom embrulho cultural e publicitário, também o podem ser.
Se houver alguma coisa que o justifique, ao fim da tarde passo por aí.
Eu contesto é a ligação afectiva ao próprio S. Martinho. Pode ser que em Pombal (cidade) seja diferente, mas se perguntarem no Louriçal, por exemplo, não acredito que, se inquirissem uma ligação afectiva a alguns santos, o S. Martinho estivesse, sequer, entre os 10 primeiros.
ResponderEliminarDe igual forma desconheço a tal ligação "ancestral" de S. Martinho a Pombal. Concordo com o Alvim, quando diz ou indicia que, por exemplo, a ligação religiosa a Nossa Senhora do Cardal é bastante mais forte.
Já agora, fica a questão (de boa fé: na realidade, desfconheço por completo a resposta), há em Pombal alguma comemoração religiosa "particular" para o S. Martinho?
A Gabriel [respeitosamente], que é nome de Anjo, e tem sangue gaulês, eu digo… S. Martinho era romano, certo? Então?! Basta-nos o druida e as suas mesinhas. Agora, poderemos ajuntar-nos, mas só pelas castanhas…
ResponderEliminarCaro Gabriel, se entrarmos pela questão da ligação afectiva aos santos, o mais acertado seria a não existência do dia do município, pelo menos com a ligação particular a qualquer santo.
ResponderEliminarQual o objectivo do feriado municipal?
a)Homenagear - podemos homenagear em qualquer dia do ano.
b)Juntar os pombalenses - neste caso há exclusão daqueles que trabalham ou estudam fora do concelho.
c)Beber vinho e comer castanhas - com ou sem feriado, nesta altura do ano é isto mesmo que acontece, não só em Pombal.
d)Festejar o concelho - volto à ideia de que é possível fazê-lo em qualquer dia do ano.
e)Menos um dia de trabalho - nem para todos, mas não seria nada mau que o feriado fosse a uma segunda ou a uma sexta, constituindo a hipótese de um fim de semana prolongado que até podia ser aproveitado para umas mini férias (fora do concelho, já agora)!
Ou seja, o problema não está no dia, mas sim na forma como este não é potenciado. A hipótese de junção do S. Martinho às Tasquinhas e ao Artesanato é muito interessante, e assim viabilizaria a possibilidade anteriormente falada de a feira de Artesanato incluir a dinamização do centro histórico. E sendo que o S. Martinho se caracteriza pelo vinho e pelas castanhas, seria mais uma forma de enriquecimento gastronómico, porque as castanhas podem ser usada de diversas maneiras, nem sempre exploradas.
Em vez de duas festas, teríamos apenas uma, mas com maior imponência.
Amigos e companheiros, boa noite.
ResponderEliminarVocês são uns chatos.
Acabei de assistir a uma palestra, que faz parte das actividades da Confraria do Bodo, proferida por um ilustre Professor Universitário, sob o título “as tabernas e o seu esplendor”.
Gostei. Adorei.
Não é, propriamente, a minha especialidade mas gostei.
Perguntei ao nosso confrade Quim Pimentel se ele ratificava a minha ideia de que o Feriado Municipal foi mudado do dia 24 de Junho, dia de S. João, para o dia 11 de Novembro, dia de S. Martinho.
Na dúvida foi o então Presidente da Câmara e Gran Senhor Francisco Manuel de Menezes Falcão que propôs essa alteração.
Que quem tenha engenho e arte e sabedoria que nos ensine se foi ou não e quais foram os argumentos que, apesar da minha proveta idade, já não me lembro.
Abraços.
Amigos e companheiros, boa noite.
ResponderEliminarO nosso amigo e companheiro Dr. Nelson Pedrosa (perdoa-me a inconfidência) enviou-me um sms que diz o seguinte:
É verdade que o Feriado Municipal de Pombal foi, inicialmente, instituído no dia 24 de Junho.
Isto deveu-se ao facto da população de Pombal se dirigir em massa ao S. João da Figueira da Foz.
Em 1966 alterou-se para o agora dia 11 de Novembro.
Os argumentos são de longa descrição pelo que fica para outra oportunidade.
Obrigado Nelson.
Abraço.
Aqui na Vila dos Gauleses o nosso feriado Concelhio, começou as 10:00 com a chegada da ovelha, segui-se um almoço de Chanfana de ovelha e vinho da quinta do Sr. Gabriel, seguidamente e durante a tarde castanhas agua-pé e jeropiga caseira. ao jantar chouriço caseiro e couratos. Tudo isto feito pelos Gauleses para todos os gauleses que pretenderam assistir na Associação do Louriçal. Não houve medalhas mas houve amizade e encontro de amigos. Na festa tanto teve o Executivo da Junta como a oposição ( O Zé Neves do PSD não foi convidado)
ResponderEliminarRoque,
ResponderEliminarEs um amigo da onça,eu não sou Zé Neves, podias ter a amabilidade de me convidar, ao menos, para uma malga de caldo da ovelha.
Abraços
Afigura-se-me dizer que, para a Câmara, o Louriçal vive em feriado o ano inteiro.
ResponderEliminarAmigo e companheiro Caravaggio, boa noite.
ResponderEliminarMesmo considerando que o meu amigo não está a falar de câmaras ardentes, mesmo daquelas que ardem, estou certo de que a sua alma estará já a arder no inferno, mesmo que de uma forma figurativa.
Não me refiro à sua intenção de querer atingir o Engº Narciso Mota, nosso mui digno Presidente da Câmara Municipal de Pombal.
Estou a referir-me aos tiros que mandou ao mui Nobre e Laborioso Povo do Louriçal.
O nosso companheiro e amigo António Roque deve ter ido a banhos para que ainda não tenha vindo à liça a defender-se a si e aos seus de tão vil acusação.
Valha-me Nossa Senhora da Boa Morte.
Sem abraço.
Oh!, Valha-m’o Seu Sagrado Pipi!
ResponderEliminarO que quer que lhe diga, meu bom Caro Amigo RM?
Depois de ter concordado interiormente consigo, grosso modo, sobre o que é que será a sua indefinição de cultura…
… deixe-me dizer-lhe que não é assim que se atira com um amigo para o inferno!
Não é ao Diabo que vou ensinar como é que isso se faz, pois não?
Bem, deixe lá ficar sossegadito o Senhor Mota, que fica bem.
Agora, não me referindo eu ao Povo do Louriçal [e se o meu amigo quer pôr, diabolicamente, ardentes palavras na minha boca… isso é lá consigo].
Ironia das ironias – apesar da ressalva minha sobre o povo – vou contar-lhe uma pequena estória: andava eu para trás e para a frente com uma petição sobre o serviço medíocre da EDP, quando me disseram, numa das fábricas cá da vila…
“Epá, deixe lá estar a luz! Enquanto ela não vier, não trabalhamos!”
O outro senhor, aquele que lhe pediu para vir da outra vez “desenhar” a constituição das mesas eleitorais – sim, esse mesmo! – disse-me, gozando, certa vez em Assembleia de Freguesia a mim, homem do povo, que a Junta nada tinha a ver com a EDP.
Certo, isso é verdade. O que só me leva a entender que o Presidente da Junta que o Povo elegera, entendia bem o que é “deixar estar lá a luz!”
E por aqui me fico.
De si desabraçado.
Tem juizo Nelson, Vai educar crianças e deixa a vida pública para quem entende.
ResponderEliminarOh!, Roque, olha que esta até tem piada! É Rodrigues Marques que diz “O nosso companheiro e amigo António Roque deve ter ido a banhos para que ainda não tenha vindo à liça a defender-se a si e aos seus de tão vil acusação.
ResponderEliminarValha-me Nossa Senhora da Boa Morte.” E tu é que me vens lixar a mona! Chiça, abre a pestana!