Está aqui uma questão cuja resposta é de elevado grau de dificuldade. Penso que a solução tem que passar em grande parte pelo pelo poder autárquico e associações de comerciantes, no entanto, têm que existir acções concertadas e o "motor" para a solução terá que ter como principais actores os próprios comerciantes.
Ja agora, sem levar ovos nem galinhas , são os Biscoitos do Louriçal. Esta ja a ser criada uma confraria. O Sr. Prefeito esteve hoje de visita á terra dos Gauleses e referiu-se mais uma vez aos "Iluminados Bloguistas". O homem anda mesmo com a mania da perseguição, nem os Biscoitos o acalmam.
Companheiros, bom dia. A solução não é fácil, mas podem encontrar-se mecanismos que torne apelativo as pessoas voltarem a irem àquilo que hoje se chama o comércio de proximidade. As variáveis são muitas. Comecemos por aquela que penso que é a mais importante, com a afirmação de que os comerciantes são todos ricos. E são todos ricos porque compram a crédito e vendem a pronto. Todavia isto foi chão que deu uvas já que as mudanças foram de tal forma rápidas que nem os próprios comerciantes se aperceberam dessa mudança, em tempo útil. Neste momento não há pobres nem ricos, há sistemas. No tempo dos comerciantes ricos, os industriais já compravam a crédito, transformavam, dando valor acrescentado, e vendiam, também, a crédito. O jogo dos prazos era/é determinante. Mas os riscos lá estavam e nem os estudos de mercado lhes valiam. E nem o criar a necessidade ao cliente. É clássica a história do produtor de tamancos. Este, como não conseguia vender os seus tamancos aos comerciantes, dava umas moedas aos passantes para que fossem às lojas perguntar se havia tamancos. Os comerciantes diziam que não tinham. Então o “industrial” dos tamancos voltava lá e vendia, se não toda, pelo menos parte da sua produção. Isto é criar a necessidade. É que o industrial, que cada vez é mais comerciante, tem que produzir para a prateleira e o comerciante só lhe compra aquilo que entende que é capaz de vender, criando ou não a necessidade no consumidor. Mas voltemos aos mecanismos. Criar ruas de corporações? Lojas de marca? Produtos embalados de uma forma apelativa? Animação? Atendimento personalizado? Boa assistência post-venda? Vender produtos de qualidade? Das melhores definições que conheço para qualidade é: - Qualidade é a aptidão ao uso ao mais baixo preço. Mas já não chega. Só sei que isto é trabalho para especialistas. Há por aí algum especialista à vista? É que do meu cesto da gávia não avisto nenhum. Abraço.
O que não nos faltam são especialistas, engenheiro. O problema é que nos falta a especialidade. A este propósito, podia dizer-lhe mil coisas, mas neste momento só me ocorre uma: a malta não tem dinheiro. Mas no meio da desgraça, há ainda quem consiga fazer florir o pântano. Há meses moderei um debate em leiria,´sobre o comércio da cidade. Foi quando abriu o novo shopping e os comerciantes estavam à toa. Nunca vi, em tantos anos de profissão, um debate tão partcipado. Em gente e em intervenções. Percebi que, pelo menos ali, havia uma vontade grande de abanar as coisas, em réplica ao abanão que foi o leiriashoping. Pouco tempo depois surgiu uma iniciativa que mostrou como é possível devolver vida às lojas e aos centros históricos: o shop on. As lojas abertas até à meia noite, numa sexta-feira de verão. Claro que no inverno é mais difícil funcionar... (como se provou na edição da semana passada, ainda por cima em dia de temporal)mas, haverá outras ideias! O que lhe quero dizer é que, às vezes, as próprias estruturas que representam os industriais ou os comerciantes também precisam elas próprias de um abanão, para que as ideias surjam e as coisas mexam. um bom dia santo para si.
Essa é uma doutrina um bocado socrática: só os especialistas é que sabem, só eles é que se pronunciam. Se assim fosse, sobre a Justiça só os juristas poderiam opinar. E pior estaríamos.
A pergunta (e a reportagem) são úteis para tentar perceber como (e se ainda) se pode inverter um ciclo, mas os primeiros especialistas a ouvir, parece-me, são os que vendem e os que compram. Depois entrem os outros, os técnicos, para ver que soluções podem encontrar com os que vendem. Mas especializar a questão é, uma vez mais, fugir-lhe. Com ou sem programas de regeneração.
Amigo e companheiro João Alvim, boa tarde. A nossa companheira Paula Sofia falou da sua experiência e deu dicas. Eu apelei aos especialistas mas também deixei algumas ideias. E fui dizendo que do meu cesto da gávia não avistava nenhum especialista. Equivale isto a dizer que temos que ser todos nós e cada um de per si a dar a volta à situação. Mais uma ideia que pratico há anos e de que já aqui falei. Compras radiais. Isto traduz-se em eu comprar no meu comércio local o que preciso e tendo este isso para oferecer. Não havendo, passo ao nível seguinte (lê sede de concelho). Não havendo…. Nível seguinte. E assim sucessivamente. E, por norma, os dois primeiros níveis satisfazem 90 % das minhas necessidades. Isto é como nos órgãos do Estado. Os meus problemas são tão pequeninos que não quero saber nem de Ministros, nem de Secretários de Estado, nem de Directores Gerais. Dos Deputados vá que não vá. Os meus problemas resolvem-se na terra, pois são muito terra a terra. Agora, reconheço, a questão não é de fácil solução, não é não. Abraço.
Mea culpa pela falta de respeito que cometi. Também não preciso dos dois Primeiros Ministros, que trato por tu. O actual, José Sócrates e o futuro, Pedro Passos Coelho. Dos Presidentes da República actual e futuro, Cavaco Silva, também não preciso. Desculpem-me qualquer coisita e façam o favor de serem felizes.
A questão levantada pelo Alvim é muitíssimo importante e espanta-me que não seja colocada por quem nos governa antes de qualquer investimento. Em 2002 escrevi sobre o mesmo assunto, no falecido "O ECO", um texto que agora respigo: http://cdudepombal.no.sapo.pt/tamanquinhas/dezembro02.pdf
Tenho uma sugestão ... com tantos milhões para gastar, arranjem um presidente para a associação comercial cedente... uma pessoa que lute pelos seus associados e não só pelos seus amigos, interesses pessoais e familiares. O que é que esse senhor tem feito pelo comercio da cidade e mais propriamente pelo comercio na zona histórica... NADA, mas é que é nada a muitos anos !!! ... até já membros da direcção da associação baixaram os braços na luta pelo comercio na zona histórica e voltaram as origens " o caso da k do livro ". Quando vimos o Sr. Fonseca a baixar os braços, um lutador nato com porta aberta a decadas na zona histórica. agora vai embora a optica lourenço ... tudo isto é mau demais para continuarmos quietos a vermos o barco a afundar-se.
O artigo do Adérito continua actualíssimo (ao contrário da minha escrita, que não vê forma de se acostumar ao (des)acordo ortográfico). De uma forma inteligente e objectiva, perspectiva os problemas com que se debate o comércio local, e responde a tentativas de solução (parque subterrâneo), lançano ainda propostas! Enquanto consumidor, que posso acrescentar a isto? Em primeiro lugar, o comércio local não pode pretender ser igual ao de centros comerciais. Ao comércio local vai-se ao fim da tarde, a pé. Vai-se a caminho da bica depois de almoço. Estive recentemente em Barcelona, num bairro com uma pitoresca actividade de comércio local (Sarria, para quem conhece), muito bem cuidada, e "imune" a centros comerciais. Claro que tem que haver adaptações. Nos horários, por exemplo. Na atractividade dos espaços (dentro da loja, claro, mas também - e principalmente - no espaço por onde os transeuntes/clientes se deslocam). Uma rua pedonal larga, com algum "verde" a polvilhá-la, ou um local onde as crianças possam andar à vontade - correr, brincar - é um atractivo poderoso. Isto obriga a uma nova postura dos comerciantes. As associações de comerciantes precisam de ter força e de mostrar serviço. Logo, os comerciantes precisam mostrar maior corporativismo, ao invés de tentarem, cada um por si, "resolver o seu problema individual".
Constate-se, por exemplo, a noção de "concorrência". Várias lojas semelhantes JUNTAS são uma mais valia para todos! Serve isto para ilustrar o facto de os comerciantes não terem razões para temer os "outros comerciantes", antes deverão juntar-se e trabalhar em conjunto. À sua maneira, é o que, artificialmente, faz um Centro comercial: centraliza os interesses comuns (estacionamento, actividades, espaços de circulação entre lojas) para tornar o "todo" comercil mais apelativo!
A questão é mesmo do ovo e da Galinha quem surgiu primeiro, ou na versão comercial, quem dá o primeiro passo, os comerciantes ou os consumidores? Claro que sendo consumidor, tenho o cuidado de com regularidade comprar em Pombal, pois não posso andar constantemente a comprar em cidades vizinhas e dizer que Pombal não tem nada para nos oferecer. Assim, há um primeiro passo tem que ser dado pelos próprios consumidores, pois o comércio não vive do ar, mas sim do dinheiro que lá gastamos. Um outro aspecto prende-se com os investimentos, naturalmente que temos de ter forma de atrair as pessoas do Concelho e de fora para que venham nos visitar e comprar. Existem várias formas, que têm de ser desenvolvidas concertadamente, a saber: 1) Investimento na recuperação dos edifícios históricos; 2) Apoio aos comerciantes para que realizem alguns investimentos nas suas lojas, modernizando-as; 3) Apoio na formação e na captação para o negócio dos filhos dos actuais comerciantes, para que vejam Pombal como uma cidade com futuro nesta área; 4) Definição de zonas/áreas de investimento que devem ser complementares, recordo que antigamente existiam as ruas dos sapateiros, têxteis, , etc; e hoje os centros comerciais organizam-se da mesma forma; 5) Aposta numa empresa de distribuição domiciliária, em que a associação poderia ser a mentora, para que todas as lojas do comércio tradicional aderentes pudessem entregar os produtos em casa dos clientes; 6) Realização de eventos com alguma regularidade como tem feito ultimamente a ACILIS, dando alguma dinâmica á cidade; 6) Aposta em áreas que tornem o concelho atractivo, para quem venha de fora. Neste momento a única atracção que temos é o Manjar do Marquês. Porque não apostar em museus que sejam visitados por turistas e escolas (estamos exactamente a meio caminho entre Lisboa e Porto), por exemplo o museu do Bombeiro, o museu das artes tradicionais, etc. 7) Aposta na grande figura da nossa história que foi o Marquês de Pombal, criação de um verdadeiro centro de interpretação (explicação da vida e obra(s) do Marquês), criação de pequenas recordações da visita à Terra do Marquês que fossem comercializadas nas lojas do comércio tradicional, etc. 8) Aposta em roteiros gastronómicos e pedestres, apostando em determinados segmentos (deveria ser um trabalho da Terras de Sicó); 9)Por fim, uma aposta, que sendo mais arriscada, julgo que valeria a pena, colocar cobertura em algumas ruas da cidade, para que no inverno fosse mais agradável as pessoas fazerem compras;
A questão é mesmo do ovo e da Galinha quem surgiu primeiro, ou na versão comercial, quem dá o primeiro passo, os comerciantes ou os consumidores? Claro que sendo consumidor, tenho o cuidado de com regularidade comprar em Pombal, pois não posso andar constantemente a comprar em cidades vizinhas e dizer que Pombal não tem nada para nos oferecer. Assim, há um primeiro passo tem que ser dado pelos próprios consumidores, pois o comércio não vive do ar, mas sim do dinheiro que lá gastamos. Um outro aspecto prende-se com os investimentos, naturalmente que temos de ter forma de atrair as pessoas do Concelho e de fora para que venham nos visitar e comprar. Existem várias formas, que têm de ser desenvolvidas concertadamente, a saber: 1) Investimento na recuperação dos edifícios históricos; 2) Apoio aos comerciantes para que realizem alguns investimentos nas suas lojas, modernizando-as; 3) Apoio na formação e na captação para o negócio dos filhos dos actuais comerciantes, para que vejam Pombal como uma cidade com futuro nesta área; 4) Definição de zonas/áreas de investimento que devem ser complementares, recordo que antigamente existiam as ruas dos sapateiros, têxteis, , etc; e hoje os centros comerciais organizam-se da mesma forma; 5) Aposta numa empresa de distribuição domiciliária, em que a associação poderia ser a mentora, para que todas as lojas do comércio tradicional aderentes pudessem entregar os produtos em casa dos clientes; 6) Realização de eventos com alguma regularidade como tem feito ultimamente a ACILIS, dando alguma dinâmica á cidade; 6) Aposta em áreas que tornem o concelho atractivo, para quem venha de fora. Neste momento a única atracção que temos é o Manjar do Marquês. Porque não apostar em museus que sejam visitados por turistas e escolas (estamos exactamente a meio caminho entre Lisboa e Porto), por exemplo o museu do Bombeiro, o museu das artes tradicionais, etc. 7) Aposta na grande figura da nossa história que foi o Marquês de Pombal, criação de um verdadeiro centro de interpretação (explicação da vida e obra(s) do Marquês), criação de pequenas recordações da visita à Terra do Marquês que fossem comercializadas nas lojas do comércio tradicional, etc. 8) Aposta em roteiros gastronómicos e pedestres, apostando em determinados segmentos (deveria ser um trabalho da Terras de Sicó); 9)Por fim, uma aposta, que sendo mais arriscada, julgo que valeria a pena, colocar cobertura em algumas ruas da cidade, para que no inverno fosse mais agradável as pessoas fazerem compras;
Companheiro João (que não sei quem é), boa noite. E ainda, por aqui, dizem que não há especialistas. Há especialistas e com especialidade. O que escreveu é uma cartilha exequível e que, estou certo, dará resultados se aplicada. Araço.
Boa noite! Para vossa apreciação cosntatei o seguinte facto: Aos Sabados, na zona da Avenida Heróis do Ultramar, não pagamos estacionamnento e os possíveis clientes querem um lugar e não há! Os lugares ficam ocupados desde as nove até às vinte horas donde se conclue que as referidas viaturas são dos empresários e seus colaboradores! Não seria melhor sensiblizar os empresários e colaboradores para não ocuparem os lugares perto das zonas comerciais e deixá-las para os possíveis clientes?
Engenheiro agradeço o seu elogio, mas o objectivo é discutir soluções, não apenas "cravar uma farpa". Pois não quero apenas deixar "pendente um sinal" mas contribuir para a mudança. E esse acho que deve ser o contributo do farpas, criticar sim, mas propor o caminho, a direcção a tomar. Temos Recursos Humanos para tal, porque não sermos um pouco mais ambiciosos?
O comentário que vai submeter será moderado (rejeitado ou aceite na integra), tão breve quanto possível, por um dos administradores. Se o comentário não abordar a temática do post ou o fizer de forma injuriosa ou difamatória não será publicado. Neste caso, aconselhamo-lo a corrigir o conteúdo ou a linguagem. Bons comentários.
Está aqui uma questão cuja resposta é de elevado grau de dificuldade. Penso que a solução tem que passar em grande parte pelo pelo poder autárquico e associações de comerciantes, no entanto, têm que existir acções concertadas e o "motor" para a solução terá que ter como principais actores os próprios comerciantes.
ResponderEliminarJa agora, sem levar ovos nem galinhas , são os Biscoitos do Louriçal. Esta ja a ser criada uma confraria. O Sr. Prefeito esteve hoje de visita á terra dos Gauleses e referiu-se mais uma vez aos "Iluminados Bloguistas". O homem anda mesmo com a mania da perseguição, nem os Biscoitos o acalmam.
ResponderEliminarCompanheiros, bom dia.
ResponderEliminarA solução não é fácil, mas podem encontrar-se mecanismos que torne apelativo as pessoas voltarem a irem àquilo que hoje se chama o comércio de proximidade.
As variáveis são muitas. Comecemos por aquela que penso que é a mais importante, com a afirmação de que os comerciantes são todos ricos.
E são todos ricos porque compram a crédito e vendem a pronto. Todavia isto foi chão que deu uvas já que as mudanças foram de tal forma rápidas que nem os próprios comerciantes se aperceberam dessa mudança, em tempo útil.
Neste momento não há pobres nem ricos, há sistemas.
No tempo dos comerciantes ricos, os industriais já compravam a crédito, transformavam, dando valor acrescentado, e vendiam, também, a crédito. O jogo dos prazos era/é determinante.
Mas os riscos lá estavam e nem os estudos de mercado lhes valiam.
E nem o criar a necessidade ao cliente.
É clássica a história do produtor de tamancos.
Este, como não conseguia vender os seus tamancos aos comerciantes, dava umas moedas aos passantes para que fossem às lojas perguntar se havia tamancos. Os comerciantes diziam que não tinham.
Então o “industrial” dos tamancos voltava lá e vendia, se não toda, pelo menos parte da sua produção.
Isto é criar a necessidade.
É que o industrial, que cada vez é mais comerciante, tem que produzir para a prateleira e o comerciante só lhe compra aquilo que entende que é capaz de vender, criando ou não a necessidade no consumidor.
Mas voltemos aos mecanismos.
Criar ruas de corporações? Lojas de marca? Produtos embalados de uma forma apelativa? Animação? Atendimento personalizado? Boa assistência post-venda? Vender produtos de qualidade?
Das melhores definições que conheço para qualidade é:
- Qualidade é a aptidão ao uso ao mais baixo preço.
Mas já não chega.
Só sei que isto é trabalho para especialistas.
Há por aí algum especialista à vista?
É que do meu cesto da gávia não avisto nenhum.
Abraço.
O que não nos faltam são especialistas, engenheiro. O problema é que nos falta a especialidade. A este propósito, podia dizer-lhe mil coisas, mas neste momento só me ocorre uma: a malta não tem dinheiro.
ResponderEliminarMas no meio da desgraça, há ainda quem consiga fazer florir o pântano. Há meses moderei um debate em leiria,´sobre o comércio da cidade. Foi quando abriu o novo shopping e os comerciantes estavam à toa. Nunca vi, em tantos anos de profissão, um debate tão partcipado. Em gente e em intervenções. Percebi que, pelo menos ali, havia uma vontade grande de abanar as coisas, em réplica ao abanão que foi o leiriashoping. Pouco tempo depois surgiu uma iniciativa que mostrou como é possível devolver vida às lojas e aos centros históricos: o shop on. As lojas abertas até à meia noite, numa sexta-feira de verão. Claro que no inverno é mais difícil funcionar... (como se provou na edição da semana passada, ainda por cima em dia de temporal)mas, haverá outras ideias!
O que lhe quero dizer é que, às vezes, as próprias estruturas que representam os industriais ou os comerciantes também precisam elas próprias de um abanão, para que as ideias surjam e as coisas mexam.
um bom dia santo para si.
Eng.
ResponderEliminarEssa é uma doutrina um bocado socrática: só os especialistas é que sabem, só eles é que se pronunciam. Se assim fosse, sobre a Justiça só os juristas poderiam opinar. E pior estaríamos.
A pergunta (e a reportagem) são úteis para tentar perceber como (e se ainda) se pode inverter um ciclo, mas os primeiros especialistas a ouvir, parece-me, são os que vendem e os que compram. Depois entrem os outros, os técnicos, para ver que soluções podem encontrar com os que vendem. Mas especializar a questão é, uma vez mais, fugir-lhe. Com ou sem programas de regeneração.
Amigo e companheiro João Alvim, boa tarde.
ResponderEliminarA nossa companheira Paula Sofia falou da sua experiência e deu dicas.
Eu apelei aos especialistas mas também deixei algumas ideias.
E fui dizendo que do meu cesto da gávia não avistava nenhum especialista.
Equivale isto a dizer que temos que ser todos nós e cada um de per si a dar a volta à situação.
Mais uma ideia que pratico há anos e de que já aqui falei.
Compras radiais.
Isto traduz-se em eu comprar no meu comércio local o que preciso e tendo este isso para oferecer.
Não havendo, passo ao nível seguinte (lê sede de concelho).
Não havendo…. Nível seguinte.
E assim sucessivamente.
E, por norma, os dois primeiros níveis satisfazem 90 % das minhas necessidades.
Isto é como nos órgãos do Estado.
Os meus problemas são tão pequeninos que não quero saber nem de Ministros, nem de Secretários de Estado, nem de Directores Gerais.
Dos Deputados vá que não vá.
Os meus problemas resolvem-se na terra, pois são muito terra a terra.
Agora, reconheço, a questão não é de fácil solução, não é não.
Abraço.
Mea culpa pela falta de respeito que cometi.
ResponderEliminarTambém não preciso dos dois Primeiros Ministros, que trato por tu.
O actual, José Sócrates e o futuro, Pedro Passos Coelho.
Dos Presidentes da República actual e futuro, Cavaco Silva, também não preciso.
Desculpem-me qualquer coisita e façam o favor de serem felizes.
A questão levantada pelo Alvim é muitíssimo importante e espanta-me que não seja colocada por quem nos governa antes de qualquer investimento. Em 2002 escrevi sobre o mesmo assunto, no falecido "O ECO", um texto que agora respigo: http://cdudepombal.no.sapo.pt/tamanquinhas/dezembro02.pdf
ResponderEliminarMudam-se os tempos, mantêm-se os erros.
Tenho uma sugestão ... com tantos milhões para gastar, arranjem um presidente para a associação comercial cedente... uma pessoa que lute pelos seus associados e não só pelos seus amigos, interesses pessoais e familiares. O que é que esse senhor tem feito pelo comercio da cidade e mais propriamente pelo comercio na zona histórica... NADA, mas é que é nada a muitos anos !!! ... até já membros da direcção da associação baixaram os braços na luta pelo comercio na zona histórica e voltaram as origens " o caso da k do livro ". Quando vimos o Sr. Fonseca a baixar os braços, um lutador nato com porta aberta a decadas na zona histórica. agora vai embora a optica lourenço ... tudo isto é mau demais para continuarmos quietos a vermos o barco a afundar-se.
ResponderEliminarO artigo do Adérito continua actualíssimo (ao contrário da minha escrita, que não vê forma de se acostumar ao (des)acordo ortográfico). De uma forma inteligente e objectiva, perspectiva os problemas com que se debate o comércio local, e responde a tentativas de solução (parque subterrâneo), lançano ainda propostas!
ResponderEliminarEnquanto consumidor, que posso acrescentar a isto? Em primeiro lugar, o comércio local não pode pretender ser igual ao de centros comerciais. Ao comércio local vai-se ao fim da tarde, a pé. Vai-se a caminho da bica depois de almoço. Estive recentemente em Barcelona, num bairro com uma pitoresca actividade de comércio local (Sarria, para quem conhece), muito bem cuidada, e "imune" a centros comerciais. Claro que tem que haver adaptações. Nos horários, por exemplo. Na atractividade dos espaços (dentro da loja, claro, mas também - e principalmente - no espaço por onde os transeuntes/clientes se deslocam). Uma rua pedonal larga, com algum "verde" a polvilhá-la, ou um local onde as crianças possam andar à vontade - correr, brincar - é um atractivo poderoso. Isto obriga a uma nova postura dos comerciantes. As associações de comerciantes precisam de ter força e de mostrar serviço. Logo, os comerciantes precisam mostrar maior corporativismo, ao invés de tentarem, cada um por si, "resolver o seu problema individual".
Constate-se, por exemplo, a noção de "concorrência". Várias lojas semelhantes JUNTAS são uma mais valia para todos! Serve isto para ilustrar o facto de os comerciantes não terem razões para temer os "outros comerciantes", antes deverão juntar-se e trabalhar em conjunto. À sua maneira, é o que, artificialmente, faz um Centro comercial: centraliza os interesses comuns (estacionamento, actividades, espaços de circulação entre lojas) para tornar o "todo" comercil mais apelativo!
ResponderEliminarA questão é mesmo do ovo e da Galinha quem surgiu primeiro, ou na versão comercial, quem dá o primeiro passo, os comerciantes ou os consumidores? Claro que sendo consumidor, tenho o cuidado de com regularidade comprar em Pombal, pois não posso andar constantemente a comprar em cidades vizinhas e dizer que Pombal não tem nada para nos oferecer. Assim, há um primeiro passo tem que ser dado pelos próprios consumidores, pois o comércio não vive do ar, mas sim do dinheiro que lá gastamos. Um outro aspecto prende-se com os investimentos, naturalmente que temos de ter forma de atrair as pessoas do Concelho e de fora para que venham nos visitar e comprar. Existem várias formas, que têm de ser desenvolvidas concertadamente, a saber:
ResponderEliminar1) Investimento na recuperação dos edifícios históricos;
2) Apoio aos comerciantes para que realizem alguns investimentos nas suas lojas, modernizando-as;
3) Apoio na formação e na captação para o negócio dos filhos dos actuais comerciantes, para que vejam Pombal como uma cidade com futuro nesta área;
4) Definição de zonas/áreas de investimento que devem ser complementares, recordo que antigamente existiam as ruas dos sapateiros, têxteis, , etc; e hoje os centros comerciais organizam-se da mesma forma;
5) Aposta numa empresa de distribuição domiciliária, em que a associação poderia ser a mentora, para que todas as lojas do comércio tradicional aderentes pudessem entregar os produtos em casa dos clientes;
6) Realização de eventos com alguma regularidade como tem feito ultimamente a ACILIS, dando alguma dinâmica á cidade;
6) Aposta em áreas que tornem o concelho atractivo, para quem venha de fora. Neste momento a única atracção que temos é o Manjar do Marquês. Porque não apostar em museus que sejam visitados por turistas e escolas (estamos exactamente a meio caminho entre Lisboa e Porto), por exemplo o museu do Bombeiro, o museu das artes tradicionais, etc.
7) Aposta na grande figura da nossa história que foi o Marquês de Pombal, criação de um verdadeiro centro de interpretação (explicação da vida e obra(s) do Marquês), criação de pequenas recordações da visita à Terra do Marquês que fossem comercializadas nas lojas do comércio tradicional, etc.
8) Aposta em roteiros gastronómicos e pedestres, apostando em determinados segmentos (deveria ser um trabalho da Terras de Sicó);
9)Por fim, uma aposta, que sendo mais arriscada, julgo que valeria a pena, colocar cobertura em algumas ruas da cidade, para que no inverno fosse mais agradável as pessoas fazerem compras;
A questão é mesmo do ovo e da Galinha quem surgiu primeiro, ou na versão comercial, quem dá o primeiro passo, os comerciantes ou os consumidores? Claro que sendo consumidor, tenho o cuidado de com regularidade comprar em Pombal, pois não posso andar constantemente a comprar em cidades vizinhas e dizer que Pombal não tem nada para nos oferecer. Assim, há um primeiro passo tem que ser dado pelos próprios consumidores, pois o comércio não vive do ar, mas sim do dinheiro que lá gastamos. Um outro aspecto prende-se com os investimentos, naturalmente que temos de ter forma de atrair as pessoas do Concelho e de fora para que venham nos visitar e comprar. Existem várias formas, que têm de ser desenvolvidas concertadamente, a saber:
ResponderEliminar1) Investimento na recuperação dos edifícios históricos;
2) Apoio aos comerciantes para que realizem alguns investimentos nas suas lojas, modernizando-as;
3) Apoio na formação e na captação para o negócio dos filhos dos actuais comerciantes, para que vejam Pombal como uma cidade com futuro nesta área;
4) Definição de zonas/áreas de investimento que devem ser complementares, recordo que antigamente existiam as ruas dos sapateiros, têxteis, , etc; e hoje os centros comerciais organizam-se da mesma forma;
5) Aposta numa empresa de distribuição domiciliária, em que a associação poderia ser a mentora, para que todas as lojas do comércio tradicional aderentes pudessem entregar os produtos em casa dos clientes;
6) Realização de eventos com alguma regularidade como tem feito ultimamente a ACILIS, dando alguma dinâmica á cidade;
6) Aposta em áreas que tornem o concelho atractivo, para quem venha de fora. Neste momento a única atracção que temos é o Manjar do Marquês. Porque não apostar em museus que sejam visitados por turistas e escolas (estamos exactamente a meio caminho entre Lisboa e Porto), por exemplo o museu do Bombeiro, o museu das artes tradicionais, etc.
7) Aposta na grande figura da nossa história que foi o Marquês de Pombal, criação de um verdadeiro centro de interpretação (explicação da vida e obra(s) do Marquês), criação de pequenas recordações da visita à Terra do Marquês que fossem comercializadas nas lojas do comércio tradicional, etc.
8) Aposta em roteiros gastronómicos e pedestres, apostando em determinados segmentos (deveria ser um trabalho da Terras de Sicó);
9)Por fim, uma aposta, que sendo mais arriscada, julgo que valeria a pena, colocar cobertura em algumas ruas da cidade, para que no inverno fosse mais agradável as pessoas fazerem compras;
Companheiro João (que não sei quem é), boa noite.
ResponderEliminarE ainda, por aqui, dizem que não há especialistas.
Há especialistas e com especialidade.
O que escreveu é uma cartilha exequível e que, estou certo, dará resultados se aplicada.
Araço.
Boa noite!
ResponderEliminarPara vossa apreciação cosntatei o seguinte facto:
Aos Sabados, na zona da Avenida Heróis do Ultramar, não pagamos estacionamnento e os possíveis clientes querem um lugar e não há! Os lugares ficam ocupados desde as nove até às vinte horas donde se conclue que as referidas viaturas são dos empresários e seus colaboradores!
Não seria melhor sensiblizar os empresários e colaboradores para não ocuparem os lugares perto das zonas comerciais e deixá-las para os possíveis clientes?
Engenheiro agradeço o seu elogio, mas o objectivo é discutir soluções, não apenas "cravar uma farpa". Pois não quero apenas deixar "pendente um sinal" mas contribuir para a mudança. E esse acho que deve ser o contributo do farpas, criticar sim, mas propor o caminho, a direcção a tomar. Temos Recursos Humanos para tal, porque não sermos um pouco mais ambiciosos?
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