Tenho visto em noutros locais e monumentos acessos do mesmo tipo, mas com pedra e ferro ou madeira no corrimão, similares ou em concordância, na cor e aspecto, com o local ou monumento em questão. Talvez isso fosse demais para Pombal..
Será que o arquitecto o era? Ou foi só escolha do empreiteiro? E quem autorizou, terá as escadas verdadeiras em pedra rústica escurecida no seu jardim ?
JVerissimo, de facto há uma série de intervenções por aí fora, mas sempre com a preocupação de articular modernidade com antiguidade. Aqui parece-me uma evidente questão de mau-gosto, especialmente pelo material utilizado. Aquilo parece uma escada de um qualquer prédio, como alguém dizia. De toda a obra do Castelo, e havendo partes que estão perfeitamente enquadradas, esta é um exemplo do gastar dinheiro numa aberração.
Eu até admito que se projecte coisas destas, mas não percebo como são autorizadas. E obviamente, fosse eu responsável político nunca aceitaria um projecto destes. Mas já se sabe que a sensibilidade histórica, com raras excepções, ou vai atrás do que é fácil ou fica guardada num canto qualquer com medo que seja uma coisa contagiosa.
percebo por aí a malidicência das intervenções luxuosas da autarquia que paga com mais acuidade aos seus fornecedores. O arq. que autorizou deve ter sido o mesmo que pagou para projectar ao seu gabinete. E mais não digo, pois toda a gente o sabe e ninguém faz nada ...
Com tantas obras de luxo por aí, deve ter saído o Euro-milhões à Câmara de Pombal. E com tanto de essencial ainda por fazer! Mas há mais aberrações no projecto do Castelo: as pessoas de mobilidade reduzida têm troços de acesso possível, intercalados com escadas que terão de transpor por outros meios. Realmente o planeamento das obras deve ser tão difícil como acertar com as cotas do pavimento das ruas, nas construções urbanas cá em baixo, na urbe em geral. Saudações.
Para além das falhas do projecto que não são aceitáveis (em especial a mobilidade) há uma dúvida que tenho: quantas alterações levou o projecto? Como já me lembraram, as escadas de discoteca não constavam da apresentação multimédia, por exemplo.
Nos Pombalenses somos uns impacientes!. Com a conclusao e instalacao do teleferico entre a Praca Marques de Pombal e o renovado Castelo. Com o terminal a ser instalado no Parque de estacionamento (vulgo Elefante Branco)a ver se da movimento "aquilo" ali construido,pelo nosso inegualavel Presidente. Veem como se pode sempre recuperar um mau projeto e um pessimo investimento!!as ideias do Narciso sao sempre geniais. Deixem acabar os projetos...poooorra!!! EA
Bravo, sr. Ernesto Andrade! Se estivéssemos no Facebook e fosse possível, carregaria mil vezes em GOSTO. Quando este Presidente da Câmara se for embora, não faço ideia de quantos mandatos precisará o sucessor para limpar a borrada que ele tem feito. Saudações
Isso depende muito, se o conceito "Bimbo-estético" for o mesmo, vamos continuar a ter o concelho mais original de Portugal. Um autentico concelho de charneira...
Roque, formidável, o seu criativo neologismo pombalense: "bimbo-estético". Vou juntá-lo ao meu vocabulário activo para enriquecimento curricular. Obrigado. Saudações.
Bom dia! Caro Sopas o Sr. gosta de brincar com a ignorância, sai ao seu pai, não acredito que goste!
Onde está o IPAR? Só falta deitar o castelo abaixo!
Os materiais aplicados são dignos mas desajustados ao monumento logo o IPAR devia intervir. Só um ignorante, ou um péssimo profissional, pode escolher este tipo de materiais para um monumento nacional ou então quer transformar o castelo num Kitchs
Gosto da escada (só vi na fotografia). Gosto do volume do monólito e do contraste com os muros velhos. Preferia-a sem grades. Esteticamente falando, nada tem de kitsch. Não vejo, realmente, razões para tanto choque. Como sabem, devido às invasões francesas, cujo bicentenário se comemorou por aí este fim-de-semana, o paiol do castelo de Pombal explodiu e destruiu-o, deixando-o numa situação semelhante àquela em que ainda se encontra a Igreja de Santa Maria (salvo erro). O Castelo Altaneiro que nos habituámos a ver e que nos faz sonhar, verdadeiramente, é um Castelo de cenário ao estilo “novecento” do Duce e do Estado Novo de Salazar, que no local do antigo reconstruiu outro sem grandes preocupações de rigor. Ou seja, a maior parte das pedras que nos fazem sonhar com batalhas, tropéis de cavalos e mouras encantadas, têm pouco mais de 50 anos. Na minha opinião, kitsch seria optar por esse mesmo tipo de solução, de grades com lanças de bronze e com as pedras escurecidas que algum “pato bravo” possa ter levado para colocar nalgum jardim de alguma vivenda verdadeiramente kitsch. Como se costuma dizer, o tempo tudo harmoniza. Como no caso as raparigas giras, dos 20 ou 30 anos que nos põem com olhares “esgazeados”, mas que a diferença de idades nos impõe o dever da humildade de afastarmos delas os nossos pensamentos, sendo todavia, mais do que certo que daqui a mais 20 ou 30 anos já nada faz grande diferença. Peço imensa desculpa se isto choca alguém, mas o kistch foi mesmo uma perspectiva estética que se nos enraizou sob o epítome: “Monumentos Nacionais”.
O Projecto original, tanto quanto era possível perceber, não tinha grades (ou corrimões). E há zonas do Castelo que estão engraçadas porque apesar de novas geram um contraste engraçado que não destoa. Isto no entanto, não se enquadra - e de gostos falamos - nessa lógica. Lembra-me quando se rebocou o relógio velho. E mesmo que o Castelo de hoje (e praticamente todos, incluindo o de Guimarães, o icónico berço da nacionalidade) tenham sido recriados para 1940, pergunto qual a necessidade daquelas cicatrizes, qual a mais valia das mesmas? Que vantagem trazem ao conjunto? São umas escadas em material que causa um contraste pelo choque com o material velho (na parte do que resta da Igreja de Santa Maria do Castelo, admito que havendo choque entre materiais ganha-se espaço e limpeza). Eu aceito que tudo se reconduza a gostos, mas também tem a ver com a forma como encaramos o nosso monumento maior e o que é certo é que à desfiguração de dentro (usar aquele ferro "ferrugento" para abraçar a torre de menagem) acrescentam-se elementos que não se percebem cá fora. E o Castelo, que podia albergar um núcleo museológico - e se calhar podia-se ter partido exactamente daí - fica ali altaneiro mas tipo um lego construído por um criança.
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Credo. O que é aquilo, parece as escadas para a Kiay. Anda tudo doido em Pombal?
ResponderEliminarÉ por esta e por outras do género é que eu sendo natural de Pombal, deixei de visitar a minha terra natal, já não a reconheço.
ResponderEliminarTenho visto em noutros locais e monumentos acessos do mesmo tipo, mas com pedra e ferro ou madeira no corrimão, similares ou em concordância, na cor e aspecto, com o local ou monumento em questão. Talvez isso fosse demais para Pombal..
ResponderEliminarSerá que o arquitecto o era? Ou foi só escolha do empreiteiro? E quem autorizou, terá as escadas verdadeiras em pedra rústica escurecida no seu jardim ?
JVerissimo, de facto há uma série de intervenções por aí fora, mas sempre com a preocupação de articular modernidade com antiguidade. Aqui parece-me uma evidente questão de mau-gosto, especialmente pelo material utilizado. Aquilo parece uma escada de um qualquer prédio, como alguém dizia. De toda a obra do Castelo, e havendo partes que estão perfeitamente enquadradas, esta é um exemplo do gastar dinheiro numa aberração.
ResponderEliminarEu até admito que se projecte coisas destas, mas não percebo como são autorizadas. E obviamente, fosse eu responsável político nunca aceitaria um projecto destes. Mas já se sabe que a sensibilidade histórica, com raras excepções, ou vai atrás do que é fácil ou fica guardada num canto qualquer com medo que seja uma coisa contagiosa.
percebo por aí a malidicência das intervenções luxuosas da autarquia que paga com mais acuidade aos seus fornecedores. O arq. que autorizou deve ter sido o mesmo que pagou para projectar ao seu gabinete. E mais não digo, pois toda a gente o sabe e ninguém faz nada ...
ResponderEliminarCom tantas obras de luxo por aí, deve ter saído o Euro-milhões à Câmara de Pombal. E com tanto de essencial ainda por fazer!
ResponderEliminarMas há mais aberrações no projecto do Castelo: as pessoas de mobilidade reduzida têm troços de acesso possível, intercalados com escadas que terão de transpor por outros meios. Realmente o planeamento das obras deve ser tão difícil como acertar com as cotas do pavimento das ruas, nas construções urbanas cá em baixo, na urbe em geral.
Saudações.
Para além das falhas do projecto que não são aceitáveis (em especial a mobilidade) há uma dúvida que tenho: quantas alterações levou o projecto? Como já me lembraram, as escadas de discoteca não constavam da apresentação multimédia, por exemplo.
ResponderEliminarNos Pombalenses somos uns impacientes!.
ResponderEliminarCom a conclusao e instalacao do teleferico entre a Praca Marques de Pombal e o renovado Castelo. Com o terminal a ser instalado no Parque de estacionamento (vulgo Elefante Branco)a ver se da movimento "aquilo" ali construido,pelo nosso inegualavel Presidente.
Veem como se pode sempre recuperar um mau projeto e um pessimo investimento!!as ideias do Narciso sao sempre geniais.
Deixem acabar os projetos...poooorra!!!
EA
Bravo, sr. Ernesto Andrade! Se estivéssemos no Facebook e fosse possível, carregaria mil vezes em GOSTO.
ResponderEliminarQuando este Presidente da Câmara se for embora, não faço ideia de quantos mandatos precisará o sucessor para limpar a borrada que ele tem feito.
Saudações
Isso depende muito, se o conceito "Bimbo-estético" for o mesmo, vamos continuar a ter o concelho mais original de Portugal. Um autentico concelho de charneira...
ResponderEliminarRoque, formidável, o seu criativo neologismo pombalense: "bimbo-estético". Vou juntá-lo ao meu vocabulário activo para enriquecimento curricular. Obrigado.
ResponderEliminarSaudações.
Eu até gosto.
ResponderEliminarBom dia!
ResponderEliminarCaro Sopas o Sr. gosta de brincar com a ignorância, sai ao seu pai, não acredito que goste!
Onde está o IPAR?
Só falta deitar o castelo abaixo!
Os materiais aplicados são dignos mas desajustados ao monumento logo o IPAR devia intervir. Só um ignorante, ou um péssimo profissional, pode escolher este tipo de materiais para um monumento nacional ou então quer transformar o castelo num Kitchs
Saudações
Quem herda não rouba.
ResponderEliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarGosto da escada (só vi na fotografia). Gosto do volume do monólito e do contraste com os muros velhos. Preferia-a sem grades. Esteticamente falando, nada tem de kitsch. Não vejo, realmente, razões para tanto choque.
ResponderEliminarComo sabem, devido às invasões francesas, cujo bicentenário se comemorou por aí este fim-de-semana, o paiol do castelo de Pombal explodiu e destruiu-o, deixando-o numa situação semelhante àquela em que ainda se encontra a Igreja de Santa Maria (salvo erro). O Castelo Altaneiro que nos habituámos a ver e que nos faz sonhar, verdadeiramente, é um Castelo de cenário ao estilo “novecento” do Duce e do Estado Novo de Salazar, que no local do antigo reconstruiu outro sem grandes preocupações de rigor. Ou seja, a maior parte das pedras que nos fazem sonhar com batalhas, tropéis de cavalos e mouras encantadas, têm pouco mais de 50 anos. Na minha opinião, kitsch seria optar por esse mesmo tipo de solução, de grades com lanças de bronze e com as pedras escurecidas que algum “pato bravo” possa ter levado para colocar nalgum jardim de alguma vivenda verdadeiramente kitsch.
Como se costuma dizer, o tempo tudo harmoniza. Como no caso as raparigas giras, dos 20 ou 30 anos que nos põem com olhares “esgazeados”, mas que a diferença de idades nos impõe o dever da humildade de afastarmos delas os nossos pensamentos, sendo todavia, mais do que certo que daqui a mais 20 ou 30 anos já nada faz grande diferença.
Peço imensa desculpa se isto choca alguém, mas o kistch foi mesmo uma perspectiva estética que se nos enraizou sob o epítome: “Monumentos Nacionais”.
Jorge
ResponderEliminarO Projecto original, tanto quanto era possível perceber, não tinha grades (ou corrimões). E há zonas do Castelo que estão engraçadas porque apesar de novas geram um contraste engraçado que não destoa. Isto no entanto, não se enquadra - e de gostos falamos - nessa lógica. Lembra-me quando se rebocou o relógio velho. E mesmo que o Castelo de hoje (e praticamente todos, incluindo o de Guimarães, o icónico berço da nacionalidade) tenham sido recriados para 1940, pergunto qual a necessidade daquelas cicatrizes, qual a mais valia das mesmas? Que vantagem trazem ao conjunto? São umas escadas em material que causa um contraste pelo choque com o material velho (na parte do que resta da Igreja de Santa Maria do Castelo, admito que havendo choque entre materiais ganha-se espaço e limpeza). Eu aceito que tudo se reconduza a gostos, mas também tem a ver com a forma como encaramos o nosso monumento maior e o que é certo é que à desfiguração de dentro (usar aquele ferro "ferrugento" para abraçar a torre de menagem) acrescentam-se elementos que não se percebem cá fora. E o Castelo, que podia albergar um núcleo museológico - e se calhar podia-se ter partido exactamente daí - fica ali altaneiro mas tipo um lego construído por um criança.