12 de outubro de 2012

FINIS

Nos próximos dias poderemos gritar: ALELUIA, o governo caiu. Fiquei convencido disso ao ouvir ontem os comentadores da Quadratura do Círculo (principalmente os ligados aos partidos da coligação governamental). Para dizerem o que disseram, e tendo inside information, estão convictos disso.
 
Desaparece sem história mas fica para a história como o pior governo do pós-25 Abril 74. Nunca vi um governo, após um ano de governação, atingir tal grau de desacreditação.

Aceitam-se apostas: o governo cai antes do orçamento ou depois do orçamento?



9 comentários:

  1. Este Governo é mau... até muito mau. Explorador do povo e não tendo coragem para atacar os poderes económicos instalados. E na oposição esta alguém competente? Pelo que tenho assistido nos últimos tempos parece que também não. O PS continua na sua postura "gastadora" e demagógica ( o ultimo caso do A5 e dos Clios é prova evidente). O BE é o partido da esquerda-caviar, dos Homossexuais e dos legalizadores de tudo e mais alguma coisa. o PC é a velha cassete gasta e sem qualquer nexo para o século XXI. Conclusão a sociedade civil vai ter de encontrar formas de refundar esta "podre" democracia.

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  2. Caro Roque,

    Vou começar com uma citação de Setembro deste ano: “A Europa – mesmo a dita “rica” – começa lentamente a redescobrir lentamente a necessidade de tornar a produzir aquilo que os “economistas do sistema” lhe disseram ser incontornável: destruir o seu setor produtivo e passar a fabricar tudo no Oriente.”

    Não sei se reconhece a "velha cassete do PC". Acha que está gasta e não tem qualquer nexo no século XXI? Estamos mesmo em lados opostos da barricada.

    Abraço,
    Adérito

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  3. Pois é, Adérito... quando o PCP disse que "uma politica de austeridade não resovia nada, só traria mais desemprego, mais falências, mais recessão", todos acharam que era só "a velha cassete" a falar. Agora, o FMI faz uma tremenda cara de espanto e diz, de ponto de espantação colado ao nariz: "eh pah... esta politica de austeridade, afinal, e contra todas as expectativas, só trouxe mais desemprego, mais falências e mais recessão". E o povo encheu-se de espanto e saiu à rua! Para quê??? Para mudar alguma coisa? Porque acha que isto deve mudar??? Não! NÃO, NÃO e NÃO! Afinal, vem só queixar-se que "ai, e tal... isto tb não há grandes alternativas..."
    Vês, meu camarada Adérito, porque razão me falta a tusa para estas manifs "da pastilha elástica", de malta que aparenta estar muito indignada, mas que se as eleições fossem daí a meia-hora, votava exactamente da mesma maneira? Ou transferindo meia-dúzia de votos do PSD para o PS, que são a mesma porcaria, e nem o cheiro já difere muito?

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  4. Oiço muita boa gente criticar a política de austeridade, dizendo que existem alternativas, que é possível manter o nível de remunerações do trabalho e o nível de vida, como se existem recursos financeiros disponíveis. Mas não ouvi qualquer crítico concretizar as alternativas.
    Talvez a alternativa seja declarar insolvência, sair do euro ou desvalorizar a moeda. No 1º caso, insolvência, poderá não ser possível obter mais empréstimos para um país que come mais do que produz; no segundo caso, saída do euro, teremos a desvalorização da moeda e a brutal redução das remunerações e do nível de vida; no 3º caso, desvalorização do euro, estamos dependentes da política geral dos outros membros d EU, sendo certo que a desvalorização irá representar sempre a redução de remunerações.
    Naturalmente que a austeridade e a poupança reduzem a despesa dos consumidores e dos investidores, o que reduz a receita e a coleta fiscal. Mas quando os cofres estão vazios e se pede emprestado para comer, a quem tem dinheiro não empresta, e não há dinheiro para a comida, ou empresta e quer garantias de que o mutuário vai trabalhar para restituir ao mutante com lucro.
    Em qualquer quinta com o celeiro vazio e as terras hipotecada, qualquer solução será sempre difícil e dependerá sempre da vontade de trabalhar e de poupar dos respetivos donos.

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  5. Caro José Gomes Fernandes,

    Não ouviste tu nem ouviu quase ninguém pois os nossos meios de comunicação social são sectários e tendenciosos. Envio-te o link para um artigo do João Amaral (escrito em Abril de 1998) onde defende uma medida que agora se começa a falar na Europa: http://www.pcp.pt/avante/1271/7103h3.html

    Esta medida não é a "salvação da pátria", mas mostra que há alternativas ao saque brutal que tem sido feito aos rendimentos do trabalho. E há outras! Mas para as conseguirmos discutir temos que deixar alguns dogmas para trás. Um deles é o da sacralização do mercado.

    Abraço,
    Adérito

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  6. Caro amigo Adérito.
    Eu sei que uma das alternativas possíveis é a nacionalização das poucas empresas que existem e a ocupação das terras, é tirar a quem tem e é criar uma nova "nomenklatura" (classe dirigente privilegiada). Ou seja, destruir a economia, matando a já magra galinha dos ovos de ouro e tirando a vontade de trabalhar e de poupar, e é eliminar a liberdade.
    Esta é a tradicional solução política comunista que eu não quero...
    A globalização apenas veio mostrar que os que trabalham e poupam mais e não passam o tempo a exigir direitos podem ser mais ricos. Ex: chineses…

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  7. José Gomes Fernandes,

    Foi o que leste no artigo do João Amaral? E depois dizes que não és dogmático.

    Abraço,
    Adérito

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  8. Caro José Gomes Fernandes, a tua defesa da austeridade (ou da sua inevitabilidade) poderia ser admissível (embora eu não concorde) se não fosse feita por um homem do PSD. A menos que não te revejas no que foi dito pelo partido, e nesse caso, isto não te responde a ti...
    O PSD chegou ao governo após ter sido precipitada uma crise politica por razões de que todos nos lembramos. Ainda assim, vamos lá referir, para refrescarmos a memória:
    - As medidas de austeridade eram inaceitáveis...
    - O PS tentava resolver o problema sempre da mesma maneira... com impostos e mais impostos.
    - O aumento da carga fiscal não era uma medida inteligente, porque perdia eficácia. Em vez disso, deviam cortar nas "gorduras do estado"

    Foi mais ou menos por aí. Como todos seremos forçados a concordar, o PSD-GOVERNO é absolutamente coerente com estas suas "posições de entrada", não é????

    A treta do "não sabíamos que o buraco era tão grande" também não cola, José Gomes Fernandes. Nem acredito que um homem vertical como tu caísse nessa parvoíce de argumento. Se não soubessem o tamanho do problema do país, então o seu chumbo ao PEC IV teria sido uma irresponsabilidade. Aliás, terem feito um programa de governo e assumirem funções com uma realidade que desconhecem seria, em última instância, uma tremenda irresponsabilidade.

    Posto isto, o que sugiro eu? A minha análise é muito menos profunda que a tua e a do Adérito. Eu nem me atrevo a sugerir sistemas alternativos. Bastava-me que os políticos que me governam tivessem "os ditos" no sítio, agissem com verdade, fossem coerentes entre o que prometem e o que fazem... mas mesmo isso já é pedir demais, não é mesmo?
    E sabes que mais, meu amigo? A culpa é nossa. De nós todos, que nunca soubemos penalizar os troca-tintas. Eles podem fazer "da cara cú", como se diz em bom português, que o nosso "povinho" (nós todos!) acha muito bem, fica moderadamente chateado, mas na hora do votito, não chega para mudar a p*** da cruz...

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  9. Caro amigo Gabriel
    Concordo que todos os políticos conhecem o estado de pré-falência do país. Sei que se eles disserem a verdade não ganharão eleições, porque os eleitores querem que lhe mintam e querem que lhes digam que irão ter “vida fácil” mesmo que a verdade seja suportarem grandes sacrifícios. Apesar desta cultura de auto mentira, entendo que os políticos que apresentam um programa eleitoral diferente daquele que sabem ter de executar (ou os que censuram as políticas dos outros que depois adotam) devem ser responsabilizados e punidos.
    Porém, a apreciação que fazemos da conduta dos políticos é diferente da apreciação que fazemos sobre as medidas que entendemos possíveis ou necessárias para “salvar” a economia do país e a sobrevivência das pessoas.
    Voltando à primeira questão, já há vários anos que afirmo que Portugal está em ruína (falido) e que a restante Europa irá entrar também em ruína, tal como aconteceu no antigo império romano, agora às mãos de outros bárbaros.
    Entendo, assim, que teremos de fazer já e agora enormes sacrifícios, se não quisemos descer mais para o fundo do buraco.

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