"E na epiderme de cada facto contemporâneo cravaremos uma farpa: apenas a porção de ferro estritamente indispensável para deixar pendente um sinal."
11 de dezembro de 2013
Despesa inútil
Em
Set/13, a CMP deliberou, por unanimidade, aprovar o projecto de execução, o
programa de concurso, o caderno de encargos e abrir concurso público com vista à execução do Centro de Estudos
Mota Pinto no valor de 1.000.000 €.
Caro Rodrigues Marques Por esta e por outras é que anda por aí muito empresário de tanga, alguns a fazer de conta que ainda são ricos ou importantes. Face às dificuldades dos contribuintes, não se justifica de forma alguma construir um "Centro de Estudos" em nome de quem quer que seja. Se fosse em nome doutro estadista, eu diria o mesmo, aliás em coerência com o que sempre aqui tenho dito sobre estas coisas. Não se justifica que se gaste tanto dinheiro num edifício de pouca utilidade prática, mais não sei quanto em equipamentos e mais não sei quanto de forma permanente em pessoal, funcionamento e manutenção. É que eu (e outros) vou pagar e não quero enão necessito daquilo... É sempre a mesma coisa, constrói-se um edifício e nome de um ídolo, de uma pessoa “importante”, mas são sempre os desgraçados dos (pobres) contribuintes anónimos e “insignificantes” que pagam... Esta notícia deixou-me mesmo bastante irritado… Resta dizer que a igreja católica, tal como outras seitas, que tanto diz estar preocupada com os mais desfavorecidos, alimenta a sua máquina à custa dos impostos dos contribuintes e está isenta do pagamento. "Santa" hipocrisia...
O anterior executivo era fortissimo em "paredes e betão", mas sempre se esqueceu das pessoas e dos projectos. Investimentos avultados (Celeiro do Marquês, Teatro Cine, Auditório Municipal, Arquivo Municipal, Cadeia Velha, entre outros), por vezes até interessantes, do ponto de vista da "obra física", mas destinados ao esquecimento por falta de programação ou programação deficiente, falta de projectos e falta de pessoas competentes e dedicadas à frente dos respectivos (mas inexistentes) projectos. Não me choca o investimento, se ele servir para alguma coisa. Para já, tenho pouco fé, porque ainda não vi alterações de perspectivas nos exemplos que já referi. Vamos ver...
Concordo com a intenção dum museu das gentes de Pombal, onde o Sr. Carlos Mota Pinto tivesse um espaço proporcional à sua importância para Pombal (quanto ao contributo para o país, suponho que outras instituições possam ver disso). Não concordo com um espaço de uma única pessoa.
Temos milhentas coisas para mostrar a quem nos visita mas também a quem é pombalense. Esquecendo-me já de algumas individualidades posso falar do Sebastião José de Carvalho e Mello, do Salgueiro Maia, do Carlos Mota Pinto. Falando de retratos sociais e económicos podemos falar da emigração, da indústria ligada à resina ou ao barro e da peregrinação religiosa. Falando de história podemos falar da reconquista, dos templários ou das invasões francesas.
Porque no final podíamos ter um grande museu, assim teremos umas coisas desgarradas, pequenas no rigor e na pedagogia.
Disse-me a minha professora Dona Adultéria da Conceição que o Mota Pinto saiu novo para Coimbra e não quis mais nada com Pombal nem com o pai. Conforto-me com as homenagens do dia 25 de Novembro, mas em Pombal quem passou o dia num carro de som a pedir a população para sair a rua no apoio da revolta foi o senhor Manuel Pimentel, esse mesmo que era do Partido Socialista. Não mandem os vossos filhos para a catequese olhem que a seguir eles vão para os escuteiros.
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Camarada Adelino Malho, sem boa noite.
ResponderEliminarValha-te Deus, homem de pouca fé.
Com quanto é que contribuiste?
Sem abraço
Caro Rodrigues Marques
ResponderEliminarPor esta e por outras é que anda por aí muito empresário de tanga, alguns a fazer de conta que ainda são ricos ou importantes.
Face às dificuldades dos contribuintes, não se justifica de forma alguma construir um "Centro de Estudos" em nome de quem quer que seja. Se fosse em nome doutro estadista, eu diria o mesmo, aliás em coerência com o que sempre aqui tenho dito sobre estas coisas.
Não se justifica que se gaste tanto dinheiro num edifício de pouca utilidade prática, mais não sei quanto em equipamentos e mais não sei quanto de forma permanente em pessoal, funcionamento e manutenção. É que eu (e outros) vou pagar e não quero enão necessito daquilo...
É sempre a mesma coisa, constrói-se um edifício e nome de um ídolo, de uma pessoa “importante”, mas são sempre os desgraçados dos (pobres) contribuintes anónimos e “insignificantes” que pagam...
Esta notícia deixou-me mesmo bastante irritado…
Resta dizer que a igreja católica, tal como outras seitas, que tanto diz estar preocupada com os mais desfavorecidos, alimenta a sua máquina à custa dos impostos dos contribuintes e está isenta do pagamento. "Santa" hipocrisia...
O anterior executivo era fortissimo em "paredes e betão", mas sempre se esqueceu das pessoas e dos projectos. Investimentos avultados (Celeiro do Marquês, Teatro Cine, Auditório Municipal, Arquivo Municipal, Cadeia Velha, entre outros), por vezes até interessantes, do ponto de vista da "obra física", mas destinados ao esquecimento por falta de programação ou programação deficiente, falta de projectos e falta de pessoas competentes e dedicadas à frente dos respectivos (mas inexistentes) projectos.
ResponderEliminarNão me choca o investimento, se ele servir para alguma coisa. Para já, tenho pouco fé, porque ainda não vi alterações de perspectivas nos exemplos que já referi. Vamos ver...
Concordo com a intenção dum museu das gentes de Pombal, onde o Sr. Carlos Mota Pinto tivesse um espaço proporcional à sua importância para Pombal (quanto ao contributo para o país, suponho que outras instituições possam ver disso).
ResponderEliminarNão concordo com um espaço de uma única pessoa.
Temos milhentas coisas para mostrar a quem nos visita mas também a quem é pombalense. Esquecendo-me já de algumas individualidades posso falar do Sebastião José de Carvalho e Mello, do Salgueiro Maia, do Carlos Mota Pinto. Falando de retratos sociais e económicos podemos falar da emigração, da indústria ligada à resina ou ao barro e da peregrinação religiosa. Falando de história podemos falar da reconquista, dos templários ou das invasões francesas.
Porque no final podíamos ter um grande museu, assim teremos umas coisas desgarradas, pequenas no rigor e na pedagogia.
Concordo!
EliminarDisse-me a minha professora Dona Adultéria da Conceição que o Mota Pinto saiu novo para Coimbra e não quis mais nada com Pombal nem com o pai.
ResponderEliminarConforto-me com as homenagens do dia 25 de Novembro, mas em Pombal quem passou o dia num carro de som a pedir a população para sair a rua no apoio da revolta foi o senhor Manuel Pimentel, esse mesmo que era do Partido Socialista.
Não mandem os vossos filhos para a catequese olhem que a seguir eles vão para os escuteiros.