Como os dados do ranking das escolas atestam, o estado da
Educação, em Pombal, é desastroso. Infelizmente, não é só na Educação; abrange todas
as dimensões da realidade socioeconómica. A situação não é nova. Será, até, o
padrão de vida secular desta terra. Se excetuarmos o período do novo-riquismo reinante
na década de 90 do século passado, ligado à bolha da construção, a terra pouco
teve para oferecer aos seus naturais. Por isso, quem quis melhorar o nível de
vida teve que sair. Muitos o fizeram, muitos o estão a fazer e muitos o terão
que fazer.
Pombal continuará a ser uma terra com futuro adiado, por
muito tempo. Nunca teve e não tem políticos com visão. Pior: está entregue a
seitas e a dirigentes mal preparados. E tem uma gente virada para o ter, que
desvaloriza o ser e o saber, para quem a escola é para tirar o 9.º ano e este
para tirar a carta de condução. Uma gente que se emproa quando se sente
menos-mal que o vizinho ou se realiza na produção de caridade.
Talvez esta crise, longa e profunda, proporcione alguma mudança
cultural, reduzindo os tiques do novo-riquismo, mostrando que, salvo raras
excessões, estamos muito vulneráveis e desfavorecidos (comparativamente aos
nosso pares).
Sinceramente, o que mais me chocou nos dados do ranking das escolas
locais não foram os péssimos resultados dos alunos nas provas nacionais (apesar
de não esperar que pudéssemos descer tão fundo), foi existirem escolas com mais
30% e até mais de 40% de alunos carenciados num ou mais ciclos escolares.
A realidade é, mesmo, muito abusadora.
Bom dia
ResponderEliminarUm celebre estadista "SALAZAR" escreveu: de tempos a tempos há quadrilhas altamente organizadas que assaltam o poder.
Veja-se quadrilhas partidos
As quadrilhas, cada vez mais, norteiam-se por interesses pessoais e dos seus pares não podemos estranhar que as "bolhas " estoirem e que por sua vez os salpicos sobrem para as crianças.
O problema está na macroeconomia, a nível nacional portanto, não há políticos com visão como diz e muito bem. A provar a bolha que falou está o preço dos apartamentos que em Lisboa na década de 90 rondavam os 400.000,00 euros e hoje o mesmo imóvel custa 180.000,00 euros
Se políticos com visão houvesse não estava-mos como estamos, tinha existido planificação e programação no sentido de construírem escolas, em função do crescimento demográfico, casas e apartamentos em função das necessidades de mercado, cresces em função da natalidade, hospitais descentralizados e em função das necessidades vias estruturantes para servir a economia.
As escolas construídas na década de 90 hoje estão às moscas ou servem para a terceira idade recordar os tempos que passou na mesma escola em criança só que agora servem para uns petiscos e torneios de sueca .
O dinheiro gasto nestas escolas, dinheiro de todos nós, daria para suprir as necessidades dos referidos alunos