O artigo 51º, nº 1 da Lei número 50/2012 de 31 de agosto (regime
jurídico da atividade empresarial local e das participações sociais), que pode
ser consultado em http://www.pgdlisboa.pt/leis/lei_mostra_articulado.php?nid=1792&tabela=leis),
parece afastar a possibilidade das Juntas de Freguesia participarem no capital
social em sociedades comerciais “participadas” ou empresas locais, como decorre
ainda do disposto nos artigos 1º, 2º, 3º, 5º e 51º do mesmo diploma legal.
Aliás, as deliberações para participação no capital social não estão previstas,
em relação às Juntas e às Assembleias de Freguesia, na Lei º 75/2013 de 12 de Setembro (regime jurídico das autarquias locais), que pode ser consultado em http://www.pgdlisboa.pt/leis/lei_mostra_estrutura.php?tabela=leis&nid=1990&nversao=&tabela=leis,
o que constitui mais um argumento da ilegalidade de tais participações.
O caso é sério e muito complicado. Consta que o presidente da
Câmara propôs aos Presidentes das Juntas de Freguesia que estas participassem
no aumento do capital social da Pombalprof, ou seja, que, na prática, pagassem
um pouco da dívida da ETAP, entendendo-se ainda a proposta como um apelo à solidariedade
dos Presidentes da Junta para com o Presidente da Câmara no suporte do pesado
ónus político que está a ser a falta de solução.
Logo um presidente da Junta concordou de forma voluntariosa, mostrando
aos outros o caminho da aceitação e o seu convicto e “desinteressado” envolvimento.
Mas os outros Presidente de Juntas continuaram com dúvidas… Talvez só as
avenças construam um parecer favorável “esclarecedor”… Talvez a eleição de um
Conselho Geral do Agrupamento das Escolas de Pombal “amigável” traga a solução
com a transferência dos cursos técnico-profissionais… Talvez… Talvez…
Entretanto, e face à situação económico-financeira da ETAP, parece
que a mesma deveria seguir para a solução prevista nos artigos 62º e 70º da
citada Lei 50/2012.
Mas alguém já pensou na possibilidade de a ETAP realmente ficar com o rótulo de "definitivamente falida"? E assim dedicarem-lhe a Extrema Unção? Se calhar ficaria mais barato... Alguém me explique o interesse ( para além do da Educação, claro ) para manterem o moribundo ligado à maquina ventiladora?! Se falir, faliu, porra !!! Meter dinheiro dos munícipes para um poço sem fundo, é que não !!! Já bem bastou o exemplo da "Cagadeira Municipal", onde se gastou para construir e depois destruir...
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