15 de fevereiro de 2015

A ETAP no seu melhor

Consta que foi a ETAP que organizou a animação para as crianças, após o desfile de Carnaval. O espetáculo foi uma oportunidade para a ETAP mostrar as suas competências na área da animação. Estamos esclarecidos.
O espetáculo está a ser fortemente criticado nas redes sociais e no boca-à-boca. Convenhamos: a ideia – se de uma ideia se tratou – é ousada e provocatória; mistura o fogo e a dança, com laivos de erotismo e até de sadomasoquismo.

Pelos relatos, as crianças ficaram indiferentes e os pais (des)coincidentes. Mas, para uma sexta-feira 13, véspera do dia de S. Valentim, não está nada mau. Foi até uma novidade em relação ao que se vai fazendo por cá. Até porque já estávamos fartos dos espetáculos pimba do padre Vaz.

Video em: https://www.facebook.com/video.php?v=797709523599904

15 comentários:

  1. Amigo e camarada Adelino Malho, boa noite.
    Estás no teu melhor.
    Não percebi se estás contra ou a favor.
    Deficiência minha, está visto.
    E como não vi, deduzo que gostaste.
    Fico contente.
    Abraço

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  2. Ó Malho você escreve bem depois de ter recebido a encomenda da senhora dona Luz que só comenta e nada escreve por aqui mas fica-lhe muito mal e ainda por cima direccionar para um video postado por uma pessoa particular numa rede social e espero que essa pessoa o autorizou a fazê-lo que Deus o perdoe pela figura ridicula que vem para aqui fazer

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  3. Boas
    Não sabia que o Sr. Malho frequentava os concertos do Sr. Padre Vaz, nunca o vi lá , também já vi que não gosta da música.
    Cada pessoa têm seus gostos música é sempre música. e ninguém têm o direito de rotolar uma manifestação cultural só porque não gosta .

    Provavelmente o Sr. Malho fala da música porque lhe disseram, nunca o vi lá!
    Estou como diz a Maria iluminada que Deus o ajude

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  4. Adelino,
    O espetáculo foi organizado pela CMP.
    A CMP olha para a cultura, no concelho, como um boi para um palácio.
    No entanto, para quem é, bacalhau basta! É atentar nestes comentários!
    Talvez tenhamos que nos resignar: para uma população ignorante, uma incultura peidante!
    O espetáculo servido às crianças, parecia saído de alguma casa de alterne. Mas a malta bate palmas e zurra de contente... Viva pombal!

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    1. Amigo e camarada Nuno Gabriel, boa tarde.
      Há muito que não me sentia tão lisonjeado mas, simultaneamente, preocupado, mais pela parte do tangível do que pela parte do intangível.
      Como sabes, sou um rural, sem hábitos urbanos.
      A excepção é o banho diário.
      Sabes o que me aconteceu quando fui a Lisboa.
      Estava na fila (detesto bichas) para apanhar o eléctrico, passei à frente dos urbanos e ouvi:
      - Ó compadre, com que então o carro à frente dos bois.
      Disse para a mulher:
      - Ó Maria, deixa passar os bois.
      Quanto ao bacalhau, faz-me justiça. Comidinha dos pobres. Não mo devias tirar da boca.
      Quanto à cultura, desde que o gás não seja gás pimenta, tudo bem.
      Quanto aos solípedes, estamos, também, conversados.
      Estão sinalizados e devidamente cadastrados e não castrados.
      É pena.
      Morra o burro, morra! (dedo apontador) Pim!

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  5. Boas
    Caro Sr. Gabriel. a modéstia fica bem ao pobre, ao rico, ao inculto e ao culto. O Sr, Considera-se culto, eu acho que é, demonstre-o com simplicidade, sem arrogância, aos cultos compete pegar a gambiarra e iluminar o caminho aqueles a quem os papás não conseguiram pagar os estudos, infelizmente cada vez há mais,

    Zurrar zurram os burros

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    1. Amigo e companheiro das Flores, que picam, boa tarde.
      Fazes-me lembrar o amigo Diógenes de Sinope que deambulava pelas ruas com uma lamparina acesa nas mãos, durante o dia, alegando andar à procura de um homem.
      Agora uma solução em italiano:
      “Se tutti la mundo portasse na ponta del corno um lampião, ai madre mi, madre mi, la nuite sera journo”.
      Vê tu o que é que se poupava em energia eléctrica.
      Morra o burro, morra! Pim!

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    2. A simplicidade e a tolerância divergem da mansidão e da falta de sentido crítico.

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  6. Espetáculo promovido pela Câmara Municipal, contratado pela ETAP, de conteúdo erótico e executado para crianças na soleira da porta da igreja deverá ser um misto de aulas de religião e moral com educação sexual. São sinais das novas alianças e dos novos tempos...

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  7. Pegando neste assunto pelo lado irónico, digo que é o Pombal "afrancesado" e, talvez, a inspiração de Catherine Millet e de Dominique Strauss-Khan, isto para não falar da inspiração eterna do Divino Marquês. Não o nosso, que não sendo divino, também gostava da coisa: dos jogos de prazer e submissão. Por um deslize sexual Real os Távoras e os Aveiros foram espancados, decapitados e queimados. Deste ponto de vista, o portal gótico, não podia ser mais adequado como cenário. Ocorreu-me logo a banda desenhada da “Vampirella”, de boa memória, que lia (via) às escondias, como se de um tesouro se tratasse. Se a inspiração fosse teutónica ou saxónica, isso sim, seria uma brutalidade. Assim não, temos o subtil, o sublime e a inocência a conviverem numa sexta-feira 13. Mas sem bruxas.

    Por outro lado, os pais das crianças também contam, havendo, porventura, a necessidade e a intenção de os motivar para trazer as crianças e de os manter atentos e concentrados. O que para as crianças, dos tempos de hoje, foi uma oportunidade para poderem estar mais livres deles e mais à vontade para se divertirem no seu próprio carnaval. Atracção pelo fogo é uma tentação ancestral, pelo menos desde a Idade da Pedra. Todos o sabemos.

    Gabriel Oliveira, todas as artes do espectáculo têm a sua função e dignidade. Mesmo as das “casas de alterne” e de outros similares de hotelaria. Sendo tu um apreciador do Divino Marquês e do Ducasse, sabes bem que eles não eram propriamente santos, nem pregavam moral católica, apostólica e romana e que não frequentava casas de alterne, mas das outras de serviço mais completo. Que diferença pode ter, do ponto de vista das crianças e dos adultos, entre um espectáculo de eventual inspiração sadomasoquista e os corsos de Carnaval que se organizam com muitas mulheres e homens quase nus e, ainda por cima, muitas vezes, transidas, apanhando chuva e frio. Para mim, acho que as vestimentas sadomaso sempre devem dar algum calor e conforto aos artistas que as vestem, sendo uma fantasia de carnaval como qualquer outra.

    Falando a sério, sobre o espectáculo nada digo, que não o vi. No entanto, o “Kitsh” (“mau-gosto”) é, hoje, uma manifestação artística catalogada, reconhecida exposta nos museus mais reputados. A Catherine Millet que o diga. Portando, questiono, do que aqui leio, se o que está em causa, mais do que o espectáculo – talvez feito por amadores carolas - não é um certo moralismo que, precisamente, criticamos quando são os outros que se viram para nós por razões semelhantes, quanto àquilo que para, nós, é visto como espectáculo e cultura de qualidade. A cultura e divertimento são diversidade, há-os para todos os gostos. Não se preocupem com as crianças elas são mais espertas e criativas do que julgamos e não se chocam com a facilidade que, como pais protectores, julgamos. Decerto, grande parte delas já viram, já presenciaram e já viveram coisas piores, incluindo nas suas próprias casas.

    Ora, como escreveu, na última revista Visão, o Professor José Gil: "(...) Ser de esquerda é dar uma atenção preferencial à libertação de fluxos e de linhas de fuga. Opções já inscritas no inconsciente. Há militantes "ideologicamente" de direita que são profundamente de esquerda: revelam-se anarquistas, igualitários, populares quando o investimento uma certa intensidade. Outros, de esquerda são intrínseca e inconscientemente de direita - tirânicos, prepotentes. paranóicos (na vida privada por exemplo). Eu penso que estes comentários, não andam muito longe das preocupações colocadas neste pensamento.

    Porra, pensem que “é Carnaval nada se leva a mal”. Há alturas mais próprias para se tratar de assuntos sérios.

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    1. https://m.youtube.com/watch?v=AUNEuDAYPOs

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    2. Amigo Jorge,
      Não nego o apego ao divino marquês (o que referes, bem como o que postei), nem ao Conde de Lautreamont. Mas se em alguns momentos sou Ducasse, noutros sou Dukas.
      Aprendiz de feiticeiro em busca do contexto certo para (o) ser! ;)

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  8. Amigos e companheiros, boa tarde.
    Chega de brincadeira.
    Foi o Adérito que começou com o Pim!
    Eu entrei no jogo, mas como não gosto de gozar com ninguém, por que não gosto que gozem comigo, vou esclarecer a coisa.
    Quando o Adérito postelou PIM! eu fui lá.
    Mas, como dizia António Aleixo:
    "Não sou esperto, nem burro
    Nem bem, nem mal educado
    Sou apenas o produto
    Do meio onde fui criado".
    E fui lá vendo que ele se referia ao Manifesto anti Dantas, de Almada Negreiros.
    Vale o que vale, mas vale muito.
    Morra o Dantas, morra! Pim!

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  9. Dizer que o espectáculo tinha laivos de erotismos (!!) é baixar em demasia a bitola.
    A senhora apresentou-se de fato de banho savana, a bambolear-se com umas tochas! O gentleman, visivelmente aflito (aqui entra o masoquismo), tentava dar umas voltas à (não “umas voltas com”) bem constituída senhora, ora para um ombro, ora até aos joelhos, em esforço, sem qualquer pingo de elegância ou erotismo. Houve momentos que pensei que a pobre se ia estatelar, ele não ia aguentar.
    E pronto, temos cultura! Não sei bem o que se aprende, mas se dizem que é cultura…É mais ou menos como a árvores de natal pífias, ou os chapéus de chuva que, já escangalhados, se mantiveram meses a fio ao dependuro pela ruas antigas ou as rendas a fantasiar as estátuas.

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