27 de abril de 2015

A dança da cadeira

Uma das novidades introduzidas na gestão autárquica por Diogo Mateus foi a peregrina ideia da vice-presidência rotativa. De seis em seis meses, um dos vereadores a tempo inteiro assume o cargo de vice-presidente da autarquia, sabe-se lá com que finalidade. Esta decisão tem dois defeitos e, que eu saiba, nenhuma virtude: desprestigia o cargo e promove a incompetência. É o princípio de Peter no seu melhor, desta vez aplicado à vereadora Catarina Silva.

De acordo com o que aqui leio, o cargo de vice-presidente não é meramente decorativo. A ele cabe, para além das funções que lhe foram confiadas no âmbito da distribuição de pelouros: substituir o Presidente da Câmara nas suas faltas e impedimentos; representar o Presidente da Câmara em matérias administrativas e financeiras; assegurar as relações com a Assembleia Municipal; efetivar o trabalho de preparação política; realizar a coordenação geral da vereação no que às políticas implementadas diz respeito; monitorizar a execução do Plano de Ação Eleitoral sufragado; promover novas abordagens aos processos e incentivar a sua implementação nos serviços; proceder ao acompanhamento da Estratégia 2020.

E se todos reconhecem competência a certos dos vereadores da maioria, porque raio de carga de água o senhor presidente da câmara, ciclicamente, a quer desperdiçar?

5 comentários:

  1. Parece-me evidente que o presidente não gosta que se tenha muito poder nas suas redondezas. Um vice de prazos tão curtos é um vice enfraquecido. São estilos... E assim, ninguém arrebita cachimbo. É que o respeitinho é muito lindo!

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  2. Depois de decorrido o período de meio ano no exercício do cargo, o vice-presidente é despromovido. Todos acabam por ser despromovidos e ficar a saber o verdadeiro poder que têm ou que não têm.

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  3. Bom dia
    O post faz-me lembrar uma frase de Napoleão: " não há maus soldados, há maus generais". Como português digo: " O homem certo no lugar certo"

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  4. É curiosa, a interpretação que o anterior vice-presidente faz do cargo que ocupou.

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  5. Ja vamos quase a meio do mandato e já se notam algumas posturas. Uns com motivação para avançar para outros vôos e outros á espera de vaga. Continuo com a minha teimosia. O próximo Candidato á Presidência da CMP pelo PSD/CDS será o PEDRO PIMPÃO. Pelo tipo de oposição dos membros do CDS na AM, só poderá haver coligação, pois na AM actual só existem 2 partidos e uma coligação.

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