O que aconteceu em Pombal no fim-de-semana passado merece aplausos e incentivo. É sempre um balão de oxigénio para uma moribunda zona histórica ter alguma vida de volta, ainda mais se chegar acompanhada de música e dança, como foi o caso da iniciativa Montras Poéticas: artistas nossos a mostrarem, de uma forma original, o que fazem tão bem.
Depois, no domingo, quase em segredo (custa-me a crer como é que não se aproveita a marca do Marquês, numa coisa destas, como é que não se divulga isto à séria) uma nova Associação Artística apresentou-se no Museu, com um [belíssimo] quinteto de música de câmara, que pode voar tão alto...
A maioria das entidades locais tinha mais que fazer - está visto - e por isso chegou no final do concerto, só a tempo da fotografia. Uma pena.
Mas o que sobra deste tempo é a fixação pela idade média e pelos séculos passados. Foram os romanos no Natal, depois a feira medieval, agora o festival pombalino. Dir-me-ão que é melhor que nada, que o que importa é haver actividade. É importante preservar o passado, sim. Mas é igualmente importante projectar o futuro, e isso faz-se muito pouco, nos tempos que correm. Cheguei a pensar que as sementes lançadas na Casa Varela, no Bodo passado, iriam germinar. Mas os meses passaram, a casa não voltou a abrir-se, e os nossos artistas continuam a ser chamados por Leiria (por exemplo) para animar as inúmeras iniciativas culturais da cidade vizinha. Não se trata de copiar os outros, mas podemo-nos inspirar. E fazer mais coisas como a do fim-de-semana-passado. Mudamos esta agulha?
nota de rodapé: Se há um festival pombalino e um sarau, com música barroca, agendado para a noite de sábado; se acaba de nascer um quinteto em que os músicos até trajam à época e tocam tão bem, não faria sentido integrar uma actuação nesta iniciativa? Pois.
Ja repararam que o culto Monarca ( Marqueses, Condes, Condessas, Duques e duquesas ) regressou a Palumbar. Até temos 1 Príncipe e vários pajens e ainda no activo 1 Velho Imperador que agora virou pastor
ResponderEliminarAinda existem antigos descendentes da família real por estas bandas. Talvez pensem que com estas manifestações, em breve seja implantada a nova monarquia! Não podemos esquecer que no concelho moraram os Távoras, os Marquêses de Pombal,etc. Assim vai a cultura artistica em Pombal do tempo volta para tráz.
ResponderEliminarGostei muito da iniciativa de se pegar na marca do Marquês de Pombal, que para primeiro evento cumpre e está dentro dos padrões minimos de qualidade. Agora há que melhorar, continuar a inovar e fazer melhor na próxima edição. Muitos parabéns! Uma pequena sugestão/ideia: fazer um baile de época e de máscaras com roupa a alugar/vender no festival que sejam feitas por entidades das terras do marquês com um contexto social. Bem haja.
ResponderEliminarA ideia do baile parece-me bem, Hugo. Nota que não sou contra este tipo de iniciativas. Sou contra o exagero neste tipo de iniciativas, em detrimento da diversidade. Faz essa sugestão à autarquia, Hugo.
EliminarBoa tarde
ResponderEliminarÉ sempre bom ver iniciativas com cariz cultural e histórico que nos permitem reviver o passado .
Quanto ao quinteto de música barroca é uma sugestão muito boa e a maioria das pessoas desconhece a existência do referido quinteto e até do tipo de música com que nos podem presentear
Lembro aqui o altruísmo recente dum Sr. Lisboa ao doar um espólio maravilhoso ao Museu Marquês de Pombal e não só a influência que o Sr. Manuel Gameiro de Vila Cã teve nesse gesto como também a doação que ele fez ao Museu.
O povo de Pombal deve estar muito grato a esses Srs . Parabéns Pombal pelo riquíssimo museu que dispõe.
Se o Marquês alguma vez se imaginasse em espectáculos de rua... Ele deve "revolver-se na sua urna maçónica", em Lisboa, na Igreja da Memória. Ele cujo único espectáculo de rua, que o satisfazia, era o dos seus inimigos balançando nas forcas, ou esturricando nas majestosas fogueiras.
ResponderEliminarSerá que foi assim tão fantastico....ou será que não passou de fiasco....sem publico....perguntem aos expositores se voltam....
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