21 de junho de 2015

Sete Sóis Sete Luas


O sete é um número bíblico, um número místico. Não foi por acaso que Deus descansou no sétimo dia e que Newton, que era um místico, decidiu fixar o sete como o número de cores do arco-íris. Também são sete as petições do pai-nosso.

Em Pombal vivemos também sob o signo do sete. Depois de termos sido considerados a sétima melhor cidade para se viver na região centro, acolhemos agora o Festival Sete Sóis Sete Luas. Desconheço os desígnios do oculto mas, sejam quais forem os motivos desta coincidência, o que é certo é que são duas boas notícias.

Confesso que estava longe de pensar que a nossa autarquia decidisse apostar num evento inspirado nas personagens de Baltazar Sete Sóis e Blimunda Sete Luas do magnífico "Memorial do Convento" de José Saramago. Estamos sempre a aprender. Espero que essa decisão corresponda mais a uma opção de futuro do que a uma medida avulsa, aproveitando uma oportunidade circunstancial. Só assim se justifica o investimento.
 
A partir de quinta-feira vamos acolher um festival que tem dado ênfase à divulgação da cultura mediterrânea, privilegiando os pequenos centros e artistas de inegável qualidade mas longe de poder ser considerados mainstream. Porque reconheço enorme qualidade nos nossos novos artistas (Ricardo Silva é o pombalense em destaque), porque vejo o futuro de cidades como Pombal enquadrado em redes de centros urbanos de interesses e identidades comuns e porque acredito na nossa matriz mediterrânea, aplaudo esta iniciativa da autarquia. Estarei disposto a aplaudir de pé quando perceber se esta opção corresponde a uma efectiva política cultural.

9 comentários:


  1. Adérito,
    Em princípio, apesar do montante investido – 22.000 €, concordo contigo e compro a medida com o enquadramento que lhe destes.
    Só não percebo uma coisa: porquê realizar (todos) os espetáculos no castelo?
    O castelo não tem atractividade nem condições adequadas para a maioria dos espetáculos. Por que é que a câmara insiste em fazer do castelo uma nova centralidade da cidade?
    O tempo não anda para traz…

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  2. Caro Adelino,

    Concordo contigo. Eu teria gostado mais que os espectáculos (estes e outros) explorassem vários espaços da cidade. Pombal tem imensos locais interessantes para esse fim e é uma pena não se aproveitar estes eventos para os potenciar.

    O Castelo tem características únicas que fazem dele uma infraestrutura a ter em conta na dinâmica da cidade. Mas para que possa corresponder a uma aposta de sucesso não pode ser usado como pau para toda a colher. Muito menos ser imposto à população, negando os fluxos que a história moldou.

    Abraço,
    Adérito

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  3. Boa tarde
    Concordo convosco, além do mais, com tanta actividade junto do Castelo, pode haver mais danificação nas estruturas do monumento, além das nnaturais.

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  4. Parabéns à CMP pela ideia e pela iniciativa.

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  5. A Vereadora Ana está a fazer um grande trabalho na Cultura/Turismo. Depois de muitos anos em que tudo era Centralizado e controlado pelo Narciso, agora pelo menos o Príncipe dá carta branca a uma Vereadora... é pena os restantes ainda não terem tanta autonomia.

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  6. A mim parece-me uma das melhores iniciativas que já passaram por Pombal. É verdade que podia descer um pouco à cidade, sim. E se a aposta no Castelo está para durar, não era pior dar-lhe alguma "mobilidade", quer para quem vai actuar, quer para quem vai assistir aos espectáculos.

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  7. Quanto é que eu paguei conjuntamente com os outros contribuintes, nesta atividade, para a exibição dos autarcas? €22.000,00? São estas as contas que tê de ser sempre feitas...

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  8. Já tens feedback, Adérito? Gostava de o saber :)

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  9. Olá Paula,

    Nadinha! Continuo na expectativa. Infelizmente, temo conhecer o desfecho.

    Grande abraço,
    Adérito

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