(Este post pode ser lido com a introdução 'pedimos desculpa pela interrupção no registo festivo, prometemos ser breves, para não incomodar o clima reinante. De que é que importa o desfalecimento?)
Fui à Gala do Desporto da Junta de Freguesia de Pombal e vim de lá muito contente: casa cheia (como seria de esperar, com tanta equipa, atleta e famílias), uma comissão de avaliação que contenta a todos (até a oposição), presença dos dirigentes máximos do Desporto no distrito e no país (mesmo que alguns julgassem vir a uma iniciativa da Câmara, e só aqui tenham percebido ao que vinham) e uma figura carismática do futebol para apadrinhar a iniciativa: Neno. Que ainda por cima canta e é o verdadeiro entretainer. Está perdoado Pedro Roma (ou quem lhe escreveu o texto) quando dizia que o Neno iria 'abrilhantar'a noite. Se aqui estivesse para aconselhar o filho Pedro, o 'velho' Pimpão haveria de lhe lembrar, ao ouvido: "só os bailes é que são abrilhantados".
Mas o que importa é que foi um bom momento, cheio de positivismo, foco e fé.
É importante reconhecer o trabalho e o talento dos nossos. Foram justamente reconhecidos os méritos de Íris Mendes (atleta feminina do ano, jogadora do NDAP, no basquetebol), Danilo Horebts e João Pedrosa (da Acropombal, na categoria atleta masculino), Tomás Conceição e Bruna Gameiro (categoria revelação, dupla da Acropombal), Nuno Marques (treinador), os juvenis masculinos do Agrupamento de Escolas de Pombal, e o Ricardo Mota (que todos conhecemos por Raikar, enquanto dirigente do ano pelo Núcleo do Sporting Clube de Portugal de Pombal).
Houve mais premiados/homenageados mas não passaram pelo crivo de uma votação online. Já lá vamos.
Logo ao princípio, o presidente da Junta, Pedro Pimpão, anunciou que a votação contou com perto de 1000 participantes. O que é muito bom, se tivermos em conta que, por exemplo, o Orçamento Participativo contou com um total de 2490 votos, e estamos a falar de um universo concelhio, enquanto aqui nos quedamos pelas fronteiras da freguesia de Pombal.
Mas faltaram dois elementos essenciais na Gala: quantos votos teve cada um dos nomeados, e também uma referência a cada um deles, na hora de entregar o prémio a quem ganhou. É básico, isso.
Se a Junta quer tornar este processo transparente, não pode deixar de o fazer. Ou então passa a fazer aquilo para o que tem toda a legitimidade: escolhe, no seu seio, e depois entrega os prémios.
Terá sido assim que aconteceu com a segunda metade dos (justos) homenageados, para categorias de carreira, dedicação e prestígio, com destaque para duas figuras: Isabel Serra, a carismática 'roupeira' do Sporting Clube de Pombal, e António Monteiro, ex-atleta, uma dos nossos maiores vultos desportivos, que preferiu não ir ao Teatro-Cine receber a homenagem devida. Coerente, igual a ele próprio.
O momento serviu, porém, para uns breves instantes de nostalgia: quando apareceram no ecrã as notícias, as entrevistas (que o Fernando Carolino lhe fazia para O Correio de Pombal), as reportagens, um tempo em que uma imprensa viva era o espelho da terra.
Foi uma festa bonita. Um bom momento de (re)encontro de muitos amigos, naquela noite de 30 de Abril, data em que nasceu António Gaspar Serrano (1903-2001) - noutros anos (e noutros executivos da Junta) escolhida para outra gala - evocativa do homem que se envolveu em todas as associações da terra. A quem Pombal ainda deve as justa homenagem de atribuir o seu nome a um espaço cultural, como deveria ter feito na reabertura do Teatro-Cine.
E por último, mas nem por isso menos importante: Diogo Mateus voltou a primar pela ausência. Não é notável - mas foi notório. E também não é extraordinário. É só lamentável.
Ai está. A Corte e o Príncipe D. Diogo não se associam a essas "Pimponas" festas populares.Já todos vimos que O Pimpas e o seu club são o contra poder a D. Diogo, mas este bem poderia disfarçar este incómodo provocado pelo brilho desta Junta.
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