Por feitio ou por se sentir acossado por as coisas a não estarem a correr bem em várias áreas da administração municipal e na realidade concelhia, D. Diogo agarrou-se ao Estudo sobre o Poder de Compra Concelhio 2017, publicado recentemente pelo INE, para se vangloriar longamente na reunião do executivo e na AM. Afirmou que “Pombal consegue ser a única cidade da região de Leiria que cresce mais de dois dígitos”, no IPCC, entre 2007-2017, e que “vale a pena pensarmos nestas coisas e sermos bastante claros nessa identificação das causas e das diferenças políticas que podem de facto trazer aos nossos territórios comportamentos distintos. É o que isto diz, é o que isto diz, demonstrando inequivocamente: aqui há uma diferença sobre os outros territórios”.
Como em terra de cegos quem tem um olho é rei, D. Diogo pegou no indicador IPCC, no qual Pombal, apesar de mal posicionado, apresenta alguma melhoria, na última década, para pintar o quadro cinzento com cores alegres. Vendeu a sua banha-da-cobra; e a oposição (o PS) comprou-a sem reclamar.
D. Diogo pode confiar muito nos seus dotes de retórica e na sua capacidade para subjugar consciências, mas não conseguirá falsificar a realidade. D. Diogo mentiu literalmente e por meias verdades (igualmente mentiras), nos números, nas conclusões e nas explicações. Os dados e os gráficos abaixo demonstram-no.
Mentiras maiores:
- Diogo dixit: “Pombal consegue ser a única cidade da região de Leiria que cresce mais de dois dígitos”.
O IPCC de Pombal cresceu abaixo de dois dígitos, cresceu 8,35, e não foi o que mais cresceu. Porto Mós (12,31); Ansião (10,88); Figueiró dos Vinhos (9,87) e Pedrogão Grande (9,33) cresceram mais que Pombal; e a Alvaiázere cresceu quase o mesmo (8,18).
Perante isto, ressalta uma constatação inequívoca que contraria toda a argumentação de D. Diogo: Pombal compara muito bem - neste como em outros indicadores - com os concelhos do interior norte.
E perante esta evidência, pergunto (a D. Diogo e aos leitores): os concelhos do interior norte concertam as suas políticas de investimento? Nestes concelhos o IPCC está a ser influenciado significativamente por políticas concelhias?
O Concelho de Pombal com esta administração afastou-se progressivamente do desenvolvimento dos concelhos mais a sul ( Leiria, Marinha Grande, Batalha, Caldas e mesmo Alcobaça) e está cada vez mais próximos dos concelhos do pinhal interior tanto a nível de desenvolvimento económico como demográfico. Existem já freguesias no concelho de Pombal sem qualquer actividade económica de relevo, sendo só habitados por idosos e sem futuro. As aldeias vão ficando abandonadas, a floresta sem produtividade e a agricultura há muito que acabou. Esta nova administração nunca se preocupou com o desenvolvimento económico do concelho.
ResponderEliminarCaro Roque.
EliminarMuito do que aqui afirma é verdade, aliás é só olhar para certas freguesias cá do concelho para se concluir isso mesmo.
O futuro das mesmas infelizmente não se avizinha risonho, embora se possam ir mitigando os efeitos e adiando o desfecho que todos gostaríamos diferente.
A sua conclusão é que embora agrade aqui aos leitores habituais, porque o que todos mais gostamos de fazer é sempre encontrar os culpados dos nossos infortunios, não é assim tão garantida
Infelizmente o problema ultrapassa de longe o que a mais eficiente autarquia seria capaz de fazer.
Porventura esta administração poderia fazer melhor. É sempre possível fazer melhor, e se a solução residisse principalmente nesta administração eu seria o primeiro a propor a sua mudança.
Agora esta administração tem feito o melhor que pode e sabe e nada nos garante que a próxima seja melhor...
Eu sei que esperamos sempre melhor, mas diz-nos a história que normalmente é mais do mesmo independentemente dos mandantes, exatamente porque ninguém tem o toque de Midas que em tudo o que toca transforma em ouro. Antes tivessem!
E eu acho que estes nem têm sido maus e mudar sem garantias é sempre um tiro no escuro...
Mas o problema maior tem uma discussão muito mais diversificada nas causas, muito perceptível nos efeitos mas muito problemática nas soluções...
As administrações podem ajudar, orientar e incentivar, mas sem sorte e gente capaz de fazer o resto não há administração que valha a este concelho...
Ou ao país.
O problema é que as coisas têm vindo a piorar nos últimos anos..., o que não tendo graça nenhuma, merecia uma maior atenção por parte do poder local.
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Pedro Pinto,
ResponderEliminarBem observada a desfaçatez do propagandista: gabou-se da recuperação do Poder de Compra, quando, nos seus mandatos, Pombal foi dos que mais perdeu Poder de Compra.
Se as suas políticas influenciaram alguma coisa foi negativamente. É preciso ter topete!
A transformação das diversas aldeias em dormitórios é uma realidade, mas, isto é fruto da evolução social, à semelhança daquilo que acontece por toda a Europa. A CMP decidiu, e bem, acabar com as diversas escolas do Ensino básico e fazer centros escolares, só assim se conseguiu fazer a economia de escala. Os centros escolares proporcionam às crianças melhores convívios, melhores ginásios, melhores cantinas e a abertura de novos horizontes. Não era viável fazer um ginásio para cada escola, não havia retorno. É evidente que estas iniciativas levam à desertificação das aldeias, pois, todos procuram melhores condições de vida. Os parques industrias criaram melhores condições de trabalho, maior produtividade e acabaram com a anarquia das unidades fabris por aqui e por acolá diminuindo A POLUIÇÃO a céu aberto.
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