A compreensão disto obrigou este pobre escriba a reler o guião, a tentar encontrar na obra-prima de Maquiavel explicação para tamanha singularidade, para tamanha adversidade do nosso príncipe.
O nosso príncipe aparentava ser mui douto, mas na verdade exibiu pouca inteligência e má natureza. Começou mal, hostilizando o antecessor e a sua família, e terminou pior, em grande desnorte. Cometido o primeiro erro, no lugar de parar e arrepiar caminho, semeou desordens em vez de as vigiar e acautelar, prosseguiu nas afrontas, necessárias e desnecessárias, aos seus e aos outros, não a um só tempo mas a cada dia, sempre com a faca na mão. Parecia sagaz, e durante algum tempo foi temido por isso, mas revelou-se demasiado temerário e incauto. Deixou-se enredar em brigas de onde nada de benéfico podia tirar, só pelo prazer do desprazer, ao mesmo tempo deixava medrar o desafiador e não cuidava das alianças. Depois, quando era preciso fazer a guerra, evitou-a; mesmo sabendo que uma guerra (que tem que ser feita) não se evita mas apenas se adia em benefício do outro. No fundo, satisfez-se a contender por tudo e com todos, com as leis e com a força; ou seja, foi homem e animal.
Resultado: acabou em desgraça, escorraçado do reino dos Homens.
Amigo e companheiro Adelino Malho, somos amigos de peito há longos anos e não te fazia a desceres tão baixo.
ResponderEliminarPassaste uma, duas, três… linhas vermelhas.
Só acaba em desgraça quem é desgraçado e o nosso companheiro Diogo Mateus não é um desgraçado e muito menos foi “escorraçado do reino dos Homens”.
Tu, “pobre escriba”, leste mal o guião.
Eu fui um par de entre pares que vestiu o fato de autarca ao companheiro Diogo Mateus.
Sou um par de entre pares que vestiu o fato de autarca ao Pedro Pimpão.
Fui autarca, fiz de Egas Moniz aquando da união das Freguesias.
Ainda faço parte da Assembleia Municipal mas sinto-me o Senhor da Cana Verde.
Estou certo que, depois de passar este vendaval novas auroras hão de vir.
Saúde e Fraternidade