A campanha eleitoral decorre com uma pobreza ideológica e de pensamento preocupantes - deprimentes até. A pobreza, em si, não é vergonha; excepto se for pobreza de espírito. Mas quando num político se junta a pobreza de espírito com o saber precário o caminho para o desastre fica traçado.
Por isso, convém atalhar caminho, barrar opções, forçar compromissos. Deixo aqui sete questões que os candidatos à câmara e à assembleia municipal devem responder – a bem da Política, a bem da nossa terra.
1. CIMU-SICÓ – demolir ou terminar o projecto?2. Ponte sobre a Linha Férrea no Cardal: cancelar ou realizar a obra?
3. Encosta do Castelo: urbanizar a zona - com construção de habitação, parque de estacionamento, etc. – ou construir um parque verde até à Mata da Rola?
4. Jardim da Várzea – avançar com o projecto aprovado ou revê-lo mantendo a traça e os elementos figurativos?
5. Unidade da Lusiaves na Guia: se tiver matadouro de aves – vai ter - licenciar ou rejeitar o projecto devido aos impactos ambientais?
6. Casa Mota Pinto: avançar com o dito museu ou abandonar a ideia?
7. Vereadores a tempo inteiro: só os que a lei recomenda ou todos os que a lei permite?
Adelino Malho, ficam aqui umas boas perguntas para serem feitas nos debates na rádios. O Pedro Pimpão, que é o único que se candidata a Presidente da Câmara, tem de responder a isto tudo com verdade, se por acaso já se debruçou, com espírito de servir, sobre estes assuntos. O outros concorrem ao cargo de Vereadores sem pelouro, ou seja são meras figuras decorativas das reuniões de Câmara.
ResponderEliminarSão questões que já deviam estar há muito no debate eleitoral. Mas a rapaziada política entretém-se com uma bocas e outros(as) só em aparecer de boca calada.
ResponderEliminarAmigo Malho, você é um chato. Então isto são lá perguntas que se façam aos futuros ilustres responsáveis municipais? Acha que alguém se vai aqui comprometer com definitivas opiniões e antecipadas decisões, ainda antes de qualquer tomada de posse?
ResponderEliminarMas como eu sou normalmente o desalinhado de serviço, embora sempre solidário e leal aos meus, cá vão as respostas da minha pessoa ao seu repto, embora a minha opinião pessoal, que só a mim responsabiliza, inserida numa opção partidária e após interna discussão, pode levar a que apoie partidariamente aquilo que até posso estar em desacordo. Salvaguardo aqui as grandes questões fraturantes que pelo seu peso no futuro das populações podem exigir tomadas de posição mais fortes e porventura solitárias que a convicção pessoal impedirá de apoiar o seu contrário.
Mas vamos lá:
1- Cimu Sicó- Sempre me pareceu um elefante branco, embora para a freguesia tenha uma importância capital. O valor já investido só pode recomendar a conclusão para aquela ou outra utilidade que se lhe destine, logo terminar.
ResponderEliminar2-Ponte sobre a linha férrea, pedonal, 4.000.000€? Não vale o investimento, seria a obra do regime apenas como marco de um mandato. Aliás, na Guia, retirou-se 1.000.000€ ao novo centro escolar privando-o de toda a funcionalidade de acessos e solução de toda a segurança de todo o secundário como estava inicialmente previsto em 2016/17, porque contemplava a abertura da rua dos Lusíadas para a Rua do Barreiro, com paragens rodoviárias nas traseiras da escola, retirando esse movimento de camionetas e alunos da 109, tudo num circuito fechado e seguro entre duas rotundas da 109, mas para aí faltou 1 milhão, e quem localmente defendesse e exigisse o que se impunha. Mas para a passagem pedonal superior em Pombal já havia 4M? O critério foi absolutamente errado e a minha discordância é absoluta, aliás, tal qual é a na aquisição do Hotel Pombalense por mais de 2M de euros em final de mandato, com nebulosa e incerta utilidade.
3- Urbanizar, ou parque verde junto ao Castelo- Não tenho opinião formada sobre o assunto, mas é precisa habitação e conviventes espaços verdes. Julgo que se poderá encontrar uma solução que sirva os vários propósitos e necessidades e possa agradar à maioria das pessoas.
4-Jardim da Várzea - Apoiaria uma revisão e melhor auscultação da população e opiniões dos técnicos. Logo Revisão e melhor estudo e subsequente conclusão.
5- Lusiaves na Guia - Insistir em construir ali uma unidade industrial, com os sem matadouro, com ou sem impactos ambientais, é uma autêntica imbecilidade e uma aberração valorativa de todos quanto defendem essa causa, CM e Junta e mais alguns anjinhos locais, porque perturba a atual funcionalidade urbana e hipoteca o crescimento urbano da Guia. Há espaços alternativos a Oeste do caminho de ferro que servem bem as necessidades industriais sem comprometer as urbanas. Imaginem que aquele espaço seria revisto em PDM para urbano, em 12 Ha seria possível criar um núcleo urbano de qualidade e equilibrado, resultando numa nova centralidade para a Guia. Permitir a aberração industrial que impende sobre o pescoço da Guia que neste momento está no cêpo, é perder uma oportunidade de ouro para a Guia e condená-la a arrabalde industrial do concelho de onde todos passarão a querer distância. Portanto, absolutamente contra, NAQUELE LOCAL...
6 - Casa Mota Pinto - Também não tenho opinião formada, mas talvez fosse possível arranjar a casa para uma funcionalidade necessária e útil e ao mesmo tempo juntar-lhe uma sala ou exteriormente a homenagem e algum histórico desse nosso ilustre conterrâneo. Logo, sim, mas com previa discussão alargada.
7- Vereadores a tempo inteiro: Todos o que a lei permite, obviamente. Porque com a delegação de competências acrescidas sobra muito trabalho para todos os que for possível nomear, porque desse trabalho conseguido poderão resultar enormes vantagens administrativas, e logo funcionais, em benefício de todo o concelho. Óbvio que terão de justificar essas nomeações com a atividade de cada um. E talvez até fosse saudável, se possível, atribuir pelouros a algum ou alguns dos eleitos pelos outros partidos... parece coisa manhosa, mas não é. Será possível se todos encontrarem boas razões para essa solução. Logo: todos os possíveis.
Pronto aqui ficam as minhas respostas limpinhas e direitinhas. Reforço que não sou nenhum Garibaldi do PSD, mas sempre tive e continuarei a ter opinião própria e sem qualquer medo de a emitir e assumir, porque só assim a democracia faz sentido.
Um abraço