Quando, em 17 de Junho de 2020, aqui postei o escândalo da construção do Centro Escolar de Vila Cã, que vai desde a aquisição do terreno, e todo o processo que se seguiu, passa pela localização do edifício e vai até à sua utilidade, poucos acreditaram em tamanha trapalhada.
O Edifício, já inaugurado, está lá e diz tudo sobre o tipo de (des)governação que por cá vamos tendo. Mostra até à saciedade a incompetência, o desleixo e a falta de senso da classe política local (poder e “oposição”).
Entretanto as partes foram chamadas a tribunal. E o juiz, perante os factos, deu como provado que a parte do terreno que a câmara reivindicava, com base no contrato e na matriz (posteriormente corrigida), pertence – sempre pertenceu - ao vizinho (ao queixoso). O novo vereador das Obras Particulares – Pedro Navega –, com certeza instruído pelo ex-titular do cargo (o Obras Tortas), ainda se esforçou por defender a posse de 6540 m2 adquiridos e pagos pela câmara; mas logo ali, perante as evidências (nomeadamente as cartas militares da zona), Pedro Pimpão o desautorizou, ao reconhecer razão ao queixoso e ao firmar acordo em que assume que a câmara comprou e pagou o que, em boa parte, não existia.
Estou convencido - porventura erradamente - que se o vereador Navega tivesse ido ao local observar a geometria e os limites dos terrenos jamais defenderia em tribunal ou fora dele que metade do quintal do vizinho pertencia à câmara. Se não foi ao local antes de ir depor ao tribunal é, com certeza, tão insensato e/ou desonesto como o Obras-tortas.
Terminada esta litigância com o dito acordo, logo o presidente Pimpão anunciou que vai comparar mais terreno para concluir a obra e apresentar queixa contra o vendedor do terreno, exigindo-lhe indemnização. Talvez uma boa oportunidade para se saber quem enganou quem, ou se ninguém foi enganado.
Assim segue a nossa (des)governação: de trapalhada em trapalhada e de processo em processo. Com a “oposição” a assistir, à espera de rebotalhos ou de cumprir a sua agenda pessoal.
Adenda:
O vereador Pedro Navega fez-me chegar o seu
desacordo em relação ao que afirmei sobre a sua participação no acordo com os
queixosos.
A bem da verdade aqui ficam os esclarecimentos/correcções
que se impõem. Assim, o acordo firmado em tribunal teve três actos:
Primeiro acto: uma reunião na câmara, na antevéspera
da sessão no tribunal, entre os queixosos, o vereador e o presidente, na qual o
vereador defendeu, com base nos papéis, e com os mesmos argumentos do seu
antecessor a anterior posição da câmara.
Segundo acto: uma reunião no local, sugerida pelos
queixosos, com o vereador, onde este percebeu e mostrou anuência em relação à
posição dos queixosos.
Terceiro acto: formalização do acordo depois de esclarecidas
as últimas dúvidas com a apresentação das cartas militares autenticadas.
Depois de melhor conhecida a cronologia e conteúdo
dos factos alguns comentários (a maioria colocada de forma condicional)
continuam a fazer sentido e outros não.
O que não fez sentido nenhum foi litigância com o vizinho/queixoso. Foi sempre esta a minha posição neste absurdo litígio.
Adelino Malho...Oposição? Mas qual oposição? A Drª Odete e o Dr Simões? Esses só queriam ser Vereadores...estão felizes assim. Pensam que são pessoas importantes. Ninguém os conhecia no Concelho...Ninguém os conhece o Concelho...Ninguém os irá conhecer no Concelho. São seres com agenda própria, valem pouco mais que eles mesmos. Tenho pena do meu PS estar representado por gentinha tão pequenina politicamente falando...claro.
ResponderEliminarEsta malta escreve, escreve e escreve, só porque sim. Não sabem factos inventam. Daqui a 45 anos quando o PS voltar á Camara municipal de pombal, estou para ver se o Farpas vai continuar com o “ser do contra porque sim”.
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