A primeira reunião ordinária da nova AM, que decorreu ontem ao longo de oito longas horas, confirmou o expectável: o desastre do que resta da oposição.
Os marketers defendem que não há uma segunda oportunidade para deixar uma boa primeira impressão. Por isso, aconselhava a prudência que na primeira e, ao mesmo tempo, a mais exigente reunião - debate e aprovação de Taxas Municipais, GOP, Orçamento, PPI, … - os protagonistas se centrassem no essencial. Mas a bancada do PS quis pré-aquecer o confronto com uma polémica estéril, neste contexto, sobre o não agendamento das suas propostas pela mesa. Sobre o mérito e a pertinência das propostas nem vale a pena gastar palavras; mas ficámos depois a saber que elas foram apresentadas fora do prazo. Contrariados pela mesa abandonaram a reunião durante o PAOD, sem serem acompanhados pelos vereadores (e presidente) do partido. A avidez de protagonismo é sempre má conselheira. Neste caso, resultou num verdadeiro hara-kiri, do qual vai ser difícil recuperar.
O verdadeiro debate começou pelas taxas municipais, com o especialista em conversa de ninharias – Leandro Siopa - a tomar o protagonismo. Avançou depois para a taxa de IRS, com João Coelho a defender, duplamente, o indefensável: devolver o IRS para ser aplicado no comércio tradicional e compensar a receita com endividamento. A coisa foi de tal forma anacrónica que até permitiu à rapaziada do PSD brilhar a discutir endividamento.
Continuou com outro especialista financeiro – Nuno Gabriel – a defender mais endividamento para alavancar o orçamento. Sobre aquilo de que a oposição devia falar, nada ou muito pouco de relevante. Pelo meio, até o José G. Fernandes, que sabe tanto da matéria como o místico sabe de mecânica quântica, botou discurso trauliteiro sobre endividamento (estrutura de capital).
E vimos ainda a vice-presidente e o presidente da câmara a dizerem que se podia aprovar, à-vontade, o agravamento das taxas sobre prédios rústicos abandonados, porque se depois se verificasse que alguém não conseguia pagar, perdoava-se!
Mas a verdadeira vedeta desta primeira reunião ordinária foi o agora presidente da Junta das Meirinhas – João Pimpão -, que fez um quarteirão e meio de intervenções, sobre tudo e mais alguma coisa, e até derramou sapiência sobre custos administrativos e transparência.
No meio do desatino geral, o “Presidente da Junta” – Pedro Pimpão –, com com discurso realista, responsável e relativamente consistente, mostrou que pode vir a ser um verdadeiro presidente de câmara. O presidente da Junta de Almagreira – Humberto Lopes – confirmou que, para além de excelente presidente de junta, é um bom parlamentar, com pensamento próprio digno de registo. E o Luís Couto – do Oeste Independentes – fez duas boas intervenções, no PAOD e sobre as GOP e Orçamento.
Malho, sabes se os mails das propostas não chegaram ao servidor a horas? Sabes se não foram entregues ao Sr. Presidente da Assembleia em tempo útil? Alguma coisa de anormal de passou, pois quero acreditar que se as propostas tivessem sido enviadas fora de tempo, os Deputados do PS não teriam a lata de abandonar a sala. Se abandonaram a sala é porque tinham alguma razão para o fazer. Na próxima é entregar as propostas em formato "papel" em carta registada ao Presidente da Assembleia, pois a Informática é como os Motoristas...são bodes expiatórios.
ResponderEliminarRoque,
EliminarNo Farpas comentamos factos e percepções.
Denominar “Presidente da Junta”, o actual Presidente da Câmara, é falta de respeito e de educação. O órgão foi legitimamente eleito e tomou posse dentro da mais estrita legalidade. Dura lex sed lex (por muito que a pimenta faça comichão).
ResponderEliminarO Partido Socialista só regressará ao poder Municpal, quando este Blog for extinto.
Por isso caros companheiros sociais democratas, a deixem a esquerda de pombal auto destruir-se, enquanto o PSD constrói o concelho. Viva Pombal. Viva o PSD.
Por todo o teu triste passado connosco, se tivesses um pingo de vergonha na cara não punhas aqui os dedos e os olhos.
ResponderEliminarMas como continuas ressabiado com as derrotas…
Malho, nós sabemos, há muitos anos, que de onde não há, não se pode tirar.
EliminarSe o Sr tivesse um pingo de dignidade e respeito pelas pessoas que vêm aqui colocar a sua opinião, e sobretudo pelo princípio da “liberdade de expressão” que lhe tem valido nos tribunais, não daria tao nojenta resposta. Sendo certo que, eu, nenhuma derrota tenho anotada.
EliminarSe o Sr tivesse um pingo de respeito pelas pessoas que aqui vêm, pelas suas opiniões e sobretudo pelo supremo princípio da “liberdade de expressão” que tao providencialmente lhe tem valido no Tribunai, não daria essa reposta. Aqui não há questões pessoais. Somente opiniões políticas. O seu verdadeiro ser revelou-se, eu continuo o mesmo. Ah, mais outra coisa: nunca fui derrotado. Publique este meu comentário se o supremo princípio da liberdade de expressão, significa e facto algo para si.
EliminarSomente nabos da púcara. Que é onde a esquerda vai continuar pela eternidade.
EliminarAmigo Malho, não foi assim tanto desastre.
ResponderEliminarA malta vinha cheia de vigor e digamos que exagerou um bocadinho. Nada que o bom senso, alguma temperança e a continuidade não leve tudo aos carris, onde mais do que terçarmo-nos de razões e bravatas encontremos o diálogo produtivo onde as respetivas intervenções ultrapassem o folclore partidário e produzam reais soluções para o que Pombal precisa. Não temos de estar todos sempre em desacordo, mas também acrescento que agitar o enxame assim não será a melhor forma de colher o mel.
Registo com agrado que a sua visão se está a aclarar e onde só via um presidente de junta finalmente consegue perceber um presidente da câmara, e repare que só passou ainda mês e meio de mandato. Se essa acuidade mantiver este ritmo de recuperação ainda chegamos ao fim do mandato com o meu amigo a Jurar que temos o melhor presidente de câmara do país, incluindo a Madeira os Açores, as Berlengas e tudo.
Aquele abraço e uma correção, foram 7 e não 9 as horas de AM. 16,00-23,00.
Não podemos desperdiçar esse espaço, mas queremos ajudar a superar a crise da crítica para enxergar as coisas como estão num exercício socrático: foi o orçamento sob medida, para contemplar os especuladores - aproveitam o momento para adquirirem bens (majorar impostos) dos sofredores financeiros e/ou dos que não conseguirão pagar.
ResponderEliminarSugeriu-se, quiçá a mando de construtores/promotores da construção civil, alteração do PDM. Possibilidade para alargar as áreas rurais em áreas de construção. Lembremos da crise climática versus concentrações de árvores, pulmão-verde com florestas do concelho. Portanto, derrubam-se árvores e constroem-se moradias, mas afinal o mote da campanha não era um Pombal mais verde? Ou existe algum betão esverdeado? Já para não falar em mais custos de infraestrutura, dentre eles o saneamento básico que sequer atende aos moradores actuais. Como se fossem as únicas ideias possíveis e esquecem-se de revitalizar as freguesias e a Cidade com inúmeros prédios devolutos, que poder-se-iam tornar-se moradias condignas.
O Orçamento não responde, de forma real às demandas actuais, tudo deve ser pensado de forma híbrida [o remoto e o presencial], já que não chegámos ao fim do vírus, antes possibilitamos novas variantes e outras patologias causadas por outros agentes patogénicos. O mundo não funciona mais como antes, existem questões ambientais que urgem ponderação e superação concelhia:
(i) Projectar e incentivar o concelho à inovação, garante sobrevivências. E para prevenir acidentes por motivos de força maior, inundações, terremotos, incêndios, quais acções?
(ii) A Internacionalização do Ensino Superior com o IPL perpassa pelo acolhimento dos estudantes internacionais para garantir sucesso. Como viabilizar a integração real dos imigrantes que aqui se encontram, medidas concretas com acções efectivas. Temos no concelho inúmeras pessoas que contribuem nomeadamente, ao desenvolvimento e à Segurança Social e que sequer possuem a situação regularizada;
(iii) A Falta de emprego aos autóctones que saem para outras regiões para proverem o sustento, como ampliar a empregabilidade local?
(iv) A questão das indústrias, não apenas na reestruturação de polos, porque a desindustrialização quebra a transformação produtiva, encerra a possibilidade de crescimento e a Autarquia não propõe nenhum incentivo fiscal à compensação dos investidores como estamos a acompanhar em vários outros concelhos.
(v) O que concretamente se fará em: saúde, educação e segurança porque são áreas que qualquer investidor e/ou comércio de grandes plataformas têm em consideração;
(vi) E a pergunta que não se cala, é do incentivo de fixação e aumento da população: a construção de creches em lugares que não existe índices consideráveis de nascimento como pode ser resolvida?
(vii) Qual incentivo à Polícia de Segurança Pública que acompanha o crescimento da escalada de ocorrências no dia-a-dia.
(viii) Quais projectos intersectoriais, por exemplo, de prevenção e combate às drogas entre os jovens? De promoção e orientação académica, profissional e de vida saudável, serão somente as ciclovias?
(ix) De empreendedorismo, de habilidades artísticas, de inovação científica e tecnológica? Diga-se de passagem, que os jovens deveriam construir junto com outros grupos de associações culturais à Agenda Cultural em todo o concelho.
(x) Quais os planos de investimentos para incentivo ao Comércio e suas regiões? A questão do tratamento do lixo, como via secundária do saneamento básico na prevenção de doenças? Existirão usinas de compostagem?
A considerar que existia um plano de governo que antecedeu às eleições esperávamos vê-lo aplicado em estratégia/acções reais. O socialismo propõe destruir os aparelhos ineficazes de dominação, é para isto que existimos, em busca da sociedade igualitária que participa na justeza de todas as coisas e na lógica da preservação humana.
Esperemos bem que a comissão de fiscalização funcione diariamente no acompanhar da aplicação das verbas.
A tua análise é normalmente resultado da idolatria que dedicas a algumas personalidades (vg Sócrates e Galamba), dos dogmas que comungas à esquerda (vg economia estatizante) e das paixões amorosas ou aversivas que nutres pelos visados. No caso, sentiste mal a minha referência ao ídolo “pantomineiro mor”, autor ou repetidor da afirmação de que “as dívidas dos estados não são para se pagar”.
ResponderEliminarSei que entendes que, em situação de estabilidade financeira, a dívida não paga juros ou paga juros baixos e pode ser “restruturada” e aumentada e que, em situação de inflação galopante, a dívida desvaloriza apesar de pagar juros altos.
Ora, como percebo tanto de “endividamento como de mecânica quântica” e tu és especialista (e censor) em política, medicina, direito, economia e em tudo, dir-me-ás como poderá um estado não pagar definitivamente a dívida e aumentá-la permanentemente e ilimitadamente e poderás explicar os efeitos sobre as novas gerações (os adultos de amanhã), como poderão os estados pagar os juros em situação de inflação galopante e porque as economias emergentes, as que irão dominar o mundo, como a chinesa, são credoras e não devedoras e porque se arruinaram as economias de alguns estados endividados…
Venha a lição de endividamento…
JGF,
ResponderEliminarAntes de mais agradeço-te que partilhes comigo e com os leitores a opinião que tens sobre o que escrevo/opino - sobre o que sou. Na verdade, as nossas opiniões sobre os outros dizem tanto ou mais sobre nós que sobre os outros.
Não sabia que também és daqueles políticos que não gostam (têm vergonha) que se comente/critique as posições de força que tomam publicamente. Bem sei que, nas últimas décadas, fruto dos múltiplos desbocados que tomaram assento naquele palco (AM), se tornou comum achincalhar os adversários porque se sabia que aquilo nunca passava cá para fora. Mas esse cerco foi furado há muito, esses tempos acabaram.
Bem sei que, apesar de já o ter tentado várias vezes, nunca vais ser capaz de perceber que “As dívidas dos Estados não são para pagar” – são eternas; ouviste e repetiste tantas tantas vezes o rebate e o achincalhe desonesto a quem a proferiu que só serás capaz de perceber esta máxima de finanças públicas numa outra encarnação.
Infelizmente ou felizmente nós temos limitações, uns mais numas áreas outros noutras. Olha, eu que estudei mecânica tenho dificuldades em perceber a mecânica quântica. Mas tento…
Só ontem consegui ver mais alguma coisa da sessão, o suficiente para tirar duas ou três conclusões: 1. A atitude de abandono do grupo do PS é precipitada, na minha opinião; mas quanto ao resto do desempenho na AM, eu prefiro claramente esta atitude, com todos os defeitos, do que aquela que vigorou nos últimos dois mandatos, ao estilo vereação-perguntinha-fofinha. 2. Há coisas que nunca mudam, e talvez seja por isso que Pombal não sai da cepa torta. Imagino que tenhas tido um dejà vu Adelino Malho, pois que João Antunes dos Santos tenta ser uma réplica (mal amanhada) de JGF há 20 anos (espera, ele já lá anda há 30...): cada vez que tu te inscrevias para falar, ele inscrevia-se logo a seguir. Sempre. Mesmo sem ter nada para dizer, mesmo que tantas vezes usasse um "prescindo da palavra". Depois admirem-se que isto demore 9 horas...depois venham encher a boca com o respeito pelos munícipes, ou espantem-se com o desinteresse expresso nas urnas, que é maior aqui do que nos outros concelhos. Balelas...Faltou ainda na tua análise uma referência a outra estrela emergente, esse político de craveira que é Renato Guardado, pois que a par de JAS (gosto de o ouvir tratar os pares por deputado, é uma espécie de catarse) são as novas estrelas da AM. É a tal rapaziada que "brilhou", qual lustro do auditório municipal, a precisar tanto de uma reforma.
ResponderEliminarO Farpas devia, no mínimo, respeitar as Instituições e os seus órgãos. Mas não o faz. Continua na senda da “junta”. Não respeita nada nem ninguém.
ResponderEliminarO problema em Portugal e um pouco por todo o mundo livre, é ser dado tempo de antena á Esquerda. Reparem que não digo pouco ou muito, tempo de antena. Somente tempo de antena, já é demasiado. As políticas de esquerda são tao necessárias ás pessoas como um um furúnculo no anus. Quem quer ser pobre será sempre pobre. Amparar um pobre é colocar gasolina num depósito roto. Quem é oi te e quer sair da pobreza, a Direita proporciona lhe todas as ferramentas. A este respeito Há uma fábula que eu gosto muito: Dois ratos caíram num balde de leite. Nadaram até á exaustão. Um desistiu e morreu afogado. O outro esperneou até o leite se tornar manteiga e saiu do balde. É do PSD.
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