Quem conhece minimamente o doutor Pimpão, e sabe quão exigente é actualmente a empreitada de administrar uma câmara municipal, de média ou grande dimensão, sabia que o dito não estava minimamente preparado para o cargo que os seus comparsas lhe destinaram e que ele abraçou como desígnio de vida.
Apesar dos riscos conhecidos, (quase) toda a gente concedeu o benefício da dúvida ao Pedro. Não pelos seus méritos políticos, que os não tem, mas pela compaixão que toda a alma bem-intencionada merece. Até este maldizente escriba acreditou que o doutor Pimpão saberia rodear-se de uma equipa experiente, com sólidas competências autárquicas, técnicas e políticas; que o doutor Pimpão se focaria no trabalho complexo de administrar a câmara, no estudo dos dossiers mais complexos e na preparação das decisões difíceis; que o doutor Pimpão era pessoa sensata, discreta e consciente da oportunidade única que lhe foi concedida e das responsabilidades que assumiu.
Ora, toda a gente atenta, dentro e fora da câmara, já percebeu que o doutor Pimpão é inepto, como presidente da câmara. Serve para presidente da junta, mas não serve para presidente da câmara. Desgraçadamente, o doutor Pimpão não realiza nem ordena quem realize; tem poder mas não o sabe exercer. É uma alma pueril que esvoaça, esvoaça, e esvoaça para ser vista; que se ocupa e alimenta exclusivamente da encenação e da exposição com intuito de ser conhecido.
Bastaram três meses – três simples meses! – para o doutor Pimpão perceber que não sabe, que não é capaz administrar a câmara; e que, apesar de ter designado quatro vereadores a tempo inteiro, quando a lei indica dois, não tem quem saiba governar a câmara. Vai daí, quer contratar alguém que o substitua, que faça o que ele não é capaz de fazer: administrar a câmara. Prepara-se para contratar um Director Municipal, cuja missão será gerir a câmara.
Um Director Municipal, grau 1, recebe uma remuneração mensal de 3.734 € - acima do presidente da câmara! - mais 778 € de despesas de representação. Acarreta encargos anuais de cerca de 75.000 € e de cerca de 300.000 € no mandato.
A inépcia é muito cara, mais cara a que arrogância. O doutor Pimpão deixará a câmara pior que D. Diogo a deixou.
O doutor Diogo caiu pela arrogância. O doutor Pimpão cairá pela ignorância.
Toda a gente sabia que o Pedro nunca geriu nada, nem um simples Bar de Associação. Vez vida na politica parlamentar e como Presidente de Junta foi uma espécie de Rainha de Inglaterra. Mas até aqui tudo bem. Desde que tenha um rumo de desenvolvimento para o concelho, não precisa de saber gerir nada, mas somente delegar a quem saiba gerir. Aqui é que as coisas começaram a correr muito mal. Segundo me disseram, alguém dentro da Comissão Politica do PSD local, Pedro Pimpão escolheu e nomeou os seus Vereadores como assim o entendeu, teve pressões de vários quadrantes, mas ignorou e escolheu quem a sua consciência mandou. E as suas escolhas foram desastrosas, se Pedro Navega e Catarina Silva são competentes nas áreas que possuem Formação, politicamente são muito ineptos. Isabel Marto e a Gina Domingues, já se viu, foram um enorme erro de casting. Resultado disto tudo, é estar simplesmente refém das suas más escolhas. Se entrar um Director Municipal a Oposição só terá de apresentar uma moção de censura. Será chumbada, mas pelo menos o povo fica a saber que o Pedro anda a brincar com o dinheiro do contribuinte.
ResponderEliminarOh Roque, de certeza que esse "alguém" que te disse isso não era antes da Comissão politica do PS local?
EliminarNinguém é perfeito e acerta logo tudo à primeira vez, e os vereadores, nomeados pela Comissão Politica do PSD, ainda se estão a adaptar e logo logo entrarão em velocidade de cruzeiro e a dar conta do recado sem grandes sacrifícios.
Logo, só um apressado intelectual pode concluir pela incompetência na ação quando nem ainda a própria "incompetência" teve sequer espaço para se instalar.
E não, não senhor, o Pedro anda à procura da melhor forma de conduzir o município e vai encontrá-la.
As novidades demoram sempre algum tempo a produzir os seus frutos, tempo esse que ainda há pouco se iniciou.
Tens de ter calma e ir apreciando..... a evolução...
Abraço
Oh Malho, eu sei que estamos na época de espremer as azeitonas, mas o meu amigo ainda nem deixou o fruto amadurecer e já vai no tratamento do bagaço? Aguente lá as mós porque assim nem o azeite descansa nem o bagaço curte.
ResponderEliminarAinda agora o debutante começou e já se lhe anuncia o chumbo garantido porque a “inépcia” se anuncia?
Mas qual inépcia? A forma de fazer diferente do que é hábito garante o insucesso? Desde quando?
Eu sei que com o confinamento a malta anda meio saturada e para se ir distraindo sempre aproveita a abertura da época de caça do “Tiro ao Pedro”, a ver se cai já, mesmo ainda antes de ter tempo sequer de se levantar.
É claro que não só serve para ser presidente da câmara como principalmente inovou no estilo que, se não vier a dar todos os frutos esperados, pelo menos a maior parte deles acontecerão.
Por vezes estas apreciações precipitadas que me lembram a conversa em círculo da tribo índia, onde cada personagem ia passando a mensagem para o seguinte com o monocórdico -HUG, Hug, Hug, Hug, até que chega a vez do puto esperto, filho do chefe, que se volta para o pai e diz, Hag…e trás, levou logo uma estalada do pai que rematou assim: Toma lá que é para não estares a desconversar, mais não são que uma precipitação em relação ao que pode ser diferente. E diferente não é necessariamente mau.
A forma tradicional do PC assumir toda a gestão corrente, que vem de trás, onde é quase obrigatória essa entrega pessoal à administração da casa, rouba muito tempo e disponibilidade para a principal função do presidente que é fazer política e representação do município e assim angariar para o conselho o interesse dos investidores e de possíveis novos residentes, ou seja, ser o principal comercial do produto Pombal.
Portanto, não será assim tão esdruxula essa hipótese, que aliás estará prevista na lei por alguma razão útil, sendo que, este administrador se irá ocupar essencialmente dos assuntos correntes e não em substituição das decisões que só aos eleitos cabem.
Claro que isto tem um custo, mas temos de não esquecer que com a delegação de competências que a câmara irá ter de assumir, o trabalho administrativo vai aumentar e, que eu saiba, ninguém faz omeletes sem ovos, pelo que esta acusação de que é só despesas induz os espíritos mais ávidos de sensacionalismo de uma verdade que pode até ser errada.
Logo onde se tenta vender Inépcia poderá estar Inovação, e onde se fazem comparações entre o antes menos mau e o depois como um naufrágio completo poderá estar sim a vontade de fazer diferente e com isso deixar a câmara ainda melhor do que D. Diogo a deixou.
Há que saber olhar pelos diversos prismas e apostar que nem sempre a inovação é má e nem sempre o arrojo traz só insucesso.
E por isso amigo Malho, se o doutor Diogo caiu, como diz, pela arrogância, lhe garanto que o doutor Pimpão vencerá pela coragem, determinação e inovação.
Ele há azeitonas que nem o mais tenaz lagar consegue esmagar porque a resiliência e qualidade do fruto resiste estoicamente ao moedouro dos detratores, embora de lá brote sempre um óleo balsâmico que, em muitas dobradiças e “juntas” enferrujadas, irá fazer toda a diferença vitoriosa.
Amigo Serra,
ResponderEliminarObrigado pela confirmação.
Eheheh, grande Malho.
EliminarEu não sou porta-voz do município como sabe, logo nem confirmo nem desminto.
Apenas, como comentador honesto que tento ser, dei uma visão diferente a um tema que o meu amigo lançou que até pode ter um fundo de verdade, ou não!
Não é segredo nenhum que o Farpas mói quanto pode os meus e eu, sem vergonha nenhuma, defendo-os quanto honestamente me assiste a verve...
Porque julgar, julgar mesmo, só nas eleições aferimos as nossas razões.
Até lá vamos terçando as nossas dialéticas clubística onde os treinadores de bancada vaticinam as suas preferências.
Logo, confirmo que nada confirmo sobre o assunto. Apenas confirmo que, se for verdade alguma razão terá de ter o Pedro, obviamente, porque onde o meu amigo vê um inepto eu vejo um visionário e um vencedor.
É a política civilizada e respeitadora a funcionar, por isso fique lá com a bicicleta porque eu sou mais adepto do inovador veículo elétrico.