Finalmente o doutor Pimpão apresentou as contas das Festas do Bodo, na reunião da “junta” de 6 de dezembro. Tentou esconder, até ao limite do insuportável, a sua irresponsabilidade extrema: prejuízo acima de 350.000 euros - provavelmente superior, se todas as despesas, directas e indirectas, forem contabilizadas.
Um prejuízo desta dimensão não se deve a ocorrências especiais, por exemplo eventos naturais que afastam as pessoas e penalizam a receita; deve-se unicamente à irresponsabilidade natural de quem gasta sem olhar a meios nem a critérios.
Percebeu-se pela discussão da coisa que, nem para um evento desta dimensão, com despesa muito acima de meio milhão de euros, existia um orçamento ou qualquer tipo de controlo. Já se sabia que o doutor Pimpão não sabe administrar uma junta, nem um evento da dimensão das Festas do Bodo, nem porventura uma simples quermesse de uma qualquer festarola de aldeia, quanto mais uma câmara como a de Pombal. Por isso, nos próximos anos não se lhe pode dar rédea larga. É indispensável obrigá-lo a apresentar um orçamento ao executivo, submetê-lo à aprovação e a designar um responsável pelo controlo do orçamento das festas. Só assim se poderá controlar os desvarios do doutor Pimpão e da sua trupe, num evento desta dimensão.
Talvez agora muitos percebam porque considero o doutor Pimpão, para além de incompetente, inepto (para o cargo que ocupa). A inépcia inclui a incompetência, mas vai muito para além dela; abrange a insensatez e a irresponsabilidade. Pior: a incompetência corrige-se; a inépcia não - é profundamente intrínseca. O doutor Pimpão não é um inepto indolente - o mais tolerável; é um inepto perigoso, porque é impulsivo, sofre da embriaguez da festa.
Já a doutora Gina não é responsável nem irresponsável. Nem perigosa. É simplesmente nada (neste papel). E o nada não comporta inferioridade nem superioridade, nem sequer comparação.
Somos claramente filhos da terra que não se governa nem se deixa governar. Siga a festa.
Agora fiquei em choque. Tanto dinheiro em Festas quando há gente que não tem dinheiro para aquecer a casa e meter comida na mesa...
ResponderEliminarSobre a apreciação aqui avançada pelo amigo Malho, embora 350.000€ seja muito dinheiro, não se pode inferir "tout court" que só porque se "gastou", na sua opinião, ou porque se "aplicou", na minha opinião, uma verba elevada nas principais festividades do concelho, é um dinheiro mal gasto e um desbaratar dos dinheiros públicos.
ResponderEliminarReparemos que na critica habitual dos críticos sempre se encontram melhores destinos para os dinheiros públicos do que aqueles em que foram efetivamente aplicados e com isso se põe em causa as decisões e opções dos que comandam, na ocasião, os destinos municipais, como é o caso agora.
Ora há uma vertente que me parece a Camara já avaliou e que passa pela satisfação dos comerciantes, da população em geral, da notoriedade e promoção do concelho, pelas condições criadas pela organização (CM) que proporcionaram um tempo de usufruto social com muitos atrativos e distrativos que só assim congregaram as gentes e as atenções às festividades que se promoveram.
Portanto 350 mil pode ser muito investimento, mas também pode ser a conta certa , ou necessária, para se promover o concelho com a grandeza e elevação que ele precisa e deseja.
Há muitas formas de administrar e eu não digo que não pudessem haver outras opções e iniciativas que ajudassem a balancear mais o deve e o haver das contas finais, mas certamente uma outra abordagem comercial do evento conduziria a um evento diferente, porventura pior, e lá estaria aqui o meu amigo a vituperar a insanidade diretiva que nem noção tinha da dignidade e exigência da apresentação da casa, uma verdadeira vergonha perante os nossos vizinhos mais próximos em particular e no restante país em geral.
Quer dizer, preso por ter cão e preso por não ter.
Depois vir na sequência da leitura unidirecional do assunto destratar a imagem do nosso PC, que não será um Einstein da governação, um Edison das inventivas soluções ou um Hudini das artes mágicas da organização, o que é facto é que promoveu, em conjunto com o seu executivo, uma festa que a todos nos honrou e que não ficou atrás das dos nossos vizinhos, como sempre convém que assim seja.
Já as classificações pessoais são da exclusiva responsabilidade do autor e, felizmente, nos tempos atuais, podemos tudo dizer das figuras publicas e elas nada mais têm que fazer senão aguentar... são os ossos do ofício público muito exposto.
Porem, o meu amigo sabe que eu sei que o meu amigo sabe que eu sei que o meu amigo sabe que eles fazem o melhor que podem e sabem, embora isso possa não ser o suficiente para o demover da sua crónica visão de em todas as iniciativas publicas do executivo o meu amigo só ver inépcia, incapacidade, sem visão nem idealização... mas isso, lá está, é o resultado da sua apreciação, tal e qual aquilo que critica quase sempre é o resultado da apreciação deles...
Certamente a festa seguirá mas cada vez mais apurada e eficiente em virtude das experiencias que o tempo vai trazendo.
Um dia destes ainda se vai orgulhar de ser filho da terra que afinal encontrou um rumo promissor e de sucesso.
Siga a festa.... e o resto.
Um abraço
Amigo Serra,
ResponderEliminarCompreendo que um político como o senhor faça um enorme esforço para relativizar e justificar os desvarios do amigo e companheiro de partido, e que o homem abastado não sinta qualquer incómodo com umas vastas centenas de milhares de euros dos contribuintes derretidos sem juízo nem critério na mera diversão do povo, mas há muita gente, e até dirigentes do seu partido, incomodadíssima com estes extravagâncias.
Para essa coisa etérea a que chama(m) promoção do concelho desconte a parte que não foi contabilizada para prejuízo, serão vastas dezenas de milhares de euros, suficientes para o seu ilusório fim.
Amigo Malho compreendo a sua argumentação mas lá estamos sempre a cair no habitual chavão da esquerda dos ricos gastadores e dos pobres indignados. É que nessa argumentação a conclusão está implícita ou seja, é sempre tendenciosa.
EliminarPara se avaliar um investimento há que avaliar as suas consequências e resultados. E no que argumenta só encontro indignação e zero de avaliação.
Claro que os mais pobres se indignam sempre com os gastos alheios porque nessa sua avaliação estão muito mais a dar o grito sofrido da sua condição para a qual são sempre os ricos e despesistas os culpados, do que a efetivamente opinar sobre a especificidade do assunto.
Oh amigo Serra, como é que pode ver nisto – prejuízo superior a 350.000 € - investimento e resultados?
EliminarE como é que não pode ver nisto só incompetência e irresponsabilidade?
Veja bem: todo este tipo de festas, nas aldeias, vilas ou cidades, são naturalmente lucrativas ou economicamente equilibradas. Se aqui, o que não faltou, nunca falta, festivaleiros; então não há nenhuma razão para não serem economicamente equilibradas.
Tolerar estes desmandos é o pior serviço que podemos prestar à coisa pública.
Compreendo o seu comentário e o seu lamento. Não é bem verdade que as festas são sempre economicamente equilibradas. Eu passei pela organização de algumas e sempre custaram bastante dinheiro, embora longe dos 350.
EliminarEstamos de acordo em que é desejável o equilíbrio econômico das ditas, embora para isso tenha de haver muito engenho e arte que é coisa que infelizmente não ocorre só por desejo mas sim por qualidades raras.
Julgo que está nossa troca de interpretações serviram já o objetivo de alertar os decisores que há que haver mais estudo prévio e moderação orçamental para todos ficarmos a ganhar. E julgo que estás nossas visões e sugestões não cairão em saco roto.
Todos ajudaremos sempre a eficiência e sucesso dos eventos da nossa terra e os autarcas estão na linha da frente para o conseguir.;)