Os sucessivos escândalos políticos ocorridos nos últimos meses, no país e no Pombal, expuseram a enorme discrepância de julgamentos entre os detentores de cargos políticos e os cidadãos em geral, e alteraram substancialmente o clima ético na política.
Por cá, com o poder a resistir à mudança e a “oposição” a alinhar com a manutenção do status quo, alguém tem de dar um passo em frente, alguém tem de agitar o jogo (viciado). Resistimos sempre a dar esse passo, por respeito à Política e aos políticos mandatados; mas chegou o momento de saltar para o campo da verdadeira fiscalização do poder – dos podres do poder.
Assim, a bem da transparência e da responsabilidade política, da necessidade de esclarecer a polémica intalada sobre os pagamentos indevidos efetuados ao dr. Agostinho Lopes nos anos de 2006, 2007 e 2008, requeri à câmara cópias de documentos que respondam ou comprovem a resposta às perguntas seguintes:
1. Em que data e por quem foi detectada e informada a irregularidade?
2. Qual o fundamento da irregularidade que deu origem ao processo?
3. Que montante de pagamento indevido foi apurado?
4. Em que data o devedor foi notificado da dívida e da obrigação de a saldar?
5. Qual foi a resposta do devedor à notificação?
6. A dívida foi saldada ou não?
7. Se foi saldada, foi-o de uma só vez ou em prestações?
8. Se foi paga em prestações, qual o montante e a frequência das prestações, bem assim a data da primeira e da última prestação?
9. Qual a forma de pagamento (cheque, transferência bancária, numerário ou outra?
Amigo Malho, você não larga o osso.
ResponderEliminarO tempo das Cruzadas em demanda das Terras de Vera Cruz e da Inquisição purificadora pertence a um passado medieval longínquo já do nosso.
Bem sei que no Irão, na Arábia Saudita e no delirante Afeganistão ainda existem as leis e polícias dos costumes e da virtude, mas esses ainda vivem na época medieval onde os objetos da perseguição são lá às mulheres como cá eram as bruxas.
O seu inquérito muito minucioso, pretendendo expor a falta de virtude não irá resultar em grande coisa porque no nosso país o que vale são os comportamentos atuais e não as falhas passadas.
Vide Isaltino Morais atual presidente da câmara de Oeiras.
Bem sei que o meu amigo gostaria de ver tudo isto escondido, ou pelo menos rapidamente abafado e ultrapassado, não terá essa sorte.
ResponderEliminarOs nossos gostos e referências dizem muito sobre nós. Aceitemo-las.
Lá está você a sempre a ver intenção onde a não há. "Escondido ou abafado"? Eu não pertenço à "Cosa Nostra"! Lagarto, lagarto, nem mesmo ao Sporting, já que que o bicho veio à colação.
Eliminar"Ultrapassado" já serve porque de facto parece-me ser o estado atual do assunto, e sem qualquer efeito de minha iniciativa.
A sua preocupação é legítima no universo de liberdade em que vivemos e por isso eu não me pronuncio pelo mérito da causa, que não conheci, apenas refiro a conclusão lógica atual.
Mas o futuro a deus pertence e se a razão lhe assistir certamente ela irá aparecer, ou não.
Até lá, deixemos as coisas e as pessoas, funcionarem.
E já agora que lhe diz de mim o "gosto" por um bom almoço cuja "referência" ao tinto fica ao seu critério? Eu aceito, eu aceito! 😉
Nessa do bom almoço, bem regado e conversado, estamos alinhados. Marque.
EliminarAdelino, no pombal é onde tu vives.
ResponderEliminarDá um passo em frente para o abismo e leva contigo esta coisa a que chamas farpas.
Boa viagem.