Depois do árduo e nada consensual “trabalhinho” do despedimento do engenheiro Carreira, a doutora Gonçalves partiu de férias para a neve – precisava, com certeza, de arrefecer os calores. Mas alguém a deve ter alertado, lá nos picos nevados, que o escândalo tinha sido colocado na praça pública, e gerado estupefação. Porventura, sentindo que o terreno lhe estava a fugir debaixo dos pés, agiu mas escondeu-se: mandou uma carta para a AM, assinada pelo presidente não-executivo, a justificar a trapalhada. A ladainha, para além de não esclarecer nada, reforça as dúvidas e expõe as sucessivas trapalhadas e as contínuas irregularidades.
Alega, na carta, que “o engenheiro Carreira foi contratado para Director Executivo da PMU (chamava-se assim na altura) em 2001, sendo que à data os acionistas decidiram não nomear um Administrador Executivo remunerado; e, mais tarde, em 2004, Manuel Carreira foi nomeado Administrador Executivo”. Depreende-se, destes dizeres, que o engenheiro Carreira foi contratado para Director Executivo e de imediato promovido a Administrador Executivo não remunerado, auferindo a remuneração do contrato como Director Executivo. Tudo coisas à moda da terra. E informa, também, que "em 2004, passa a ser remunerado como Administrador Executivo até Janeiro de 2022” – até à entrada da doutora Gonçalves para a sua função.
Perante todas estas trapalhadas e irregularidades, pergunto:
1 – O engenheiro Carreira alguma vez exerceu a função para que foi contratado?
2 – Quando o engenheiro Carreira assumiu o cargo de Administrador Executivo não remunerado manteve o contrato de Director Executivo? E acumulava as duas funções?
3 – Quando o engenheiro Carreira passou a Administrador Executivo remunerado manteve as condições do contrato inicial ou foi-lhe fixada nova remuneração?
4 – Entre Janeiro de 2022, altura de cessação de funções como Administrador Executivo remunerado, e a presente data, por que condições contratuais o engenheiro Carreira foi remunerado, como Administrador Executivo ou como Director Executivo?
5 – O organograma do PMUGest contempla o cargo de Director Operacional. Quem exerce este cargo actualmente? Não foi este o único cargo que o engenheiro Carreira efectivamente exerceu?
Lendo a lei e conhecendo minimamente a realidade da PMUGest e o trabalho exercido pelo engenheiro Carreira no dia-a-dia percebe-se que, tendo ele mantido o Contrato de Trabalho como Director Executivo, este despedimento, por extinção do posto de trabalho, não tem condições para vingar em tribunal. Por conseguinte, pergunto:
1 – O presidente da câmara foi informado e deu aval a esta malvadez que só desprestigia as instituições públicas e onera o erário público?
2 – Se o processo terminar com acordo, como se prevê e o presidente da câmara já deu a entender, quem é que vai fazer o trabalho que o engenheiro Carreira efectivamete fazia? É a doutora Gonçalves, que o “substtituiu”? Ou vão contratar mais um quadro dirigente?
Chega de trapalhadas, irregularidades e canalhices. A doutora Gonçalves está mais irregular e acrescenta menos à empresa que o engenheiro Carreira.
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