19 de agosto de 2023

Olarilolé, olarilolé: (des)governar assim sabe tão bem...

 Quando daqui por muitos anos se escrever a história deste tempo no município de Pombal, haverá um capítulo dedicado ao estranho caso dos que, sendo elementos das festas, não chegaram para as organizar com mestria. Já todos percebemos que o Pedro & amigos são muito bons a animar os bares e recintos de qualquer arraial, marcando aqui uma diferença abissal em relação aos antecessores. Olhando para os últimos 30 anos, é fácil perceber que saltámos do 8 para o 80: Carolino não era dado a festarolas nem ajuntamentos populares, Narciso passou  a marcar presença institucional em tudo o que era arraial, Diogo quebrou esse cordão popularucho e imprimiu solenidade ao ato de se fazer representar (ao Município, que é disso que se trata), mas veio Pimpão e abandalhou por completo a função: nunca percebeu que o poder de que está investido  requeria um pouco mais do que aparecer nas festas e beber finos. Ora, como quem anda com um coxo aprende a coxear, quem o acompanha incorporou o mesmo espírito. 
Não admira por isso que as festas do Bodo tenham sido assim meio sensaboronas, o que se refletiu na caixas de quem pagou - e bem - para explorar os bares. Nesta senda de "cumprir (aumentar) calendário" (e evitar as críticas ao despesismo, mesmo que nunca se tenha chegado a saber ao certo o prejuízo do Bodo passado - o Pedro poupou no cartaz, entregou os bares de cerveja a uns tipos que ninguém conhece (e por isso não havia qualquer interação entre vendedores e público cliente, coisa que também faz parte da festa), furtando aos funcionários municipais a possibilidade de ganharem uns trocos extra naqueles dias. É discutível, mas até se aceita. O que já não é aceitável são as condições em que centenas de crianças e jovens tiveram que atuar, no jardim do Cardal, numa clara falta de respeito pelo trabalho de escolas de música e de dança deste concelho. Na segunda-feira, a par das inenarráveis condições do som, chegámos ao cúmulo de nem sequer um apresentador ter sido designado para o espetáculo. Isso a contrastar com o domingo, em que o apresentador-estrela do folclore quase varria do palco quem não estivesse para ouvir as suas lérias. 
É por isso boa ideia o inquérito que anda a circular nas redes. É bom que se aprenda com os erros: O Cardal não pode ser aquela coutada da Igreja e afins. E acantonar as freguesias e clubes da terra na Praça Marquês de Pombal também não. É ir aos concelhos vizinhos e ver como fazem. Não é preciso inventar muito. 
No que toca aos espetáculos, Pedro Pimpão & seus amigos sabem que ficaram mal na fotografia do Bodo. E por isso, não estão de modoa: contrataram o artista do momento, Pedro Má Fama, para atuar na Feira Nacional de Artesanato - este ano transformada em festival de verão. Siga a festa!


11 de agosto de 2023

A juventude e a presidência

O doutor Pimpão entreteve a juventude (que se presta a estes números) com a presidência; e a presidência com a juventude.  

O doutor Pimpão é isto, e precisa tanto disto. Diz-se que a juventude é o futuro. Que futuro?


8 de agosto de 2023

Afinal, a cidade tem vida

Ontem esteve uma bela noite de verão, o Cardal cheio de vida com os cafés abertos e as esplanadas cheias.  

Numa cidade com vida somos mais cidadãos.


7 de agosto de 2023

Olh`ó passarinho

Religião e política em comunhão perfeita. Ou a felicidade tola.


1 de agosto de 2023

Quo vadis, doutor Pimpão?

A vida corre bem ao doutor Pimpão. Mas vai correr mal. Muito mal. Porquê? Porque para além de só (a)parecer, (a)parece mal.

D. Diogo juntava boas qualidades a alguns grandes defeitos. Caiu pelos defeitos, e pelas extravagâncias. No doutor Pimpão é difícil descortinar qualidades (políticas), falta-lhe (quase) tudo: preparação, dedicação, maturidade, maneiras. E decência - condição essencial para a respeitabilidade que o exercício do cargo que ocupa exige.



O poder é afrodisíaco, mas a vida não é brinquedo e a política não pode ser uma diversão. O deslumbramento, a embriaguez e a volúpia do exercício do poder possibilitam grandes êxtases, devassidões e extravagâncias, e até um doce viver transitório, que, quando excessivos, sempre acabam em tormento e desgraça.

O doutor Pimpão entregou-se definitivamente aos prazeres da vida (estilo de vida perfeitamente aceitável) e aos vícios do poder, sem perceber que os seus devaneios públicos já atravessaram o limite tolerável. Mas continua feliz, ostentando a felicidade tola (a infelicidade), sem perceber que só tem um anteontem, já não tem hoje nem amanhã*.

Para tudo é preciso sorte, ou algum talento. O doutor Pimpão precisa de muita sorte, e de bons amigos, mas a reserva está a esvair-se rapidamente. Senão, a coisa não vai ter bom fim – não o pode ter. E não há nada mais terrível, na carreira de uma pessoa, do que ela se entregar a uma ideia fixa, à qual se sacrificou toda a vida, para a qual não se tem vocação nenhuma, deixando correr descuidadamente a sua existência pelo declive fácil da boa-vai-ela até ao desastre.

E que dizer de quem o acompanha? Nada. Estão pelo mesmo. Caem com ele.

PS: * Tudo isto não invalida que o doutor Pimpão se mantenha no cargo que ocupa, por algum tempo, cumprindo os relevantes papéis de entertainer de festas e eventos e de influencer nas redes sociais.