"E na epiderme de cada facto contemporâneo cravaremos uma farpa: apenas a porção de ferro estritamente indispensável para deixar pendente um sinal."
19 de agosto de 2023
Olarilolé, olarilolé: (des)governar assim sabe tão bem...
11 de agosto de 2023
A juventude e a presidência
O doutor Pimpão entreteve a juventude (que se presta a estes números) com a presidência; e a presidência com a juventude.
O doutor Pimpão é isto, e precisa tanto disto. Diz-se que a juventude é o futuro. Que futuro?
8 de agosto de 2023
Afinal, a cidade tem vida
Ontem esteve uma bela noite de verão, o Cardal cheio de vida com os cafés abertos e as esplanadas cheias.
Numa cidade com vida somos mais cidadãos.
7 de agosto de 2023
1 de agosto de 2023
Quo vadis, doutor Pimpão?
A vida corre bem ao doutor Pimpão. Mas vai correr mal. Muito mal. Porquê? Porque para além de só (a)parecer, (a)parece mal.
D. Diogo juntava boas qualidades a alguns grandes defeitos. Caiu pelos defeitos, e pelas extravagâncias. No doutor Pimpão é difícil descortinar qualidades (políticas), falta-lhe (quase) tudo: preparação, dedicação, maturidade, maneiras. E decência - condição essencial para a respeitabilidade que o exercício do cargo que ocupa exige.
O poder é afrodisíaco, mas a vida não é brinquedo e a política não pode ser uma diversão. O deslumbramento, a embriaguez e a volúpia do exercício do poder possibilitam grandes êxtases, devassidões e extravagâncias, e até um doce viver transitório, que, quando excessivos, sempre acabam em tormento e desgraça.
O doutor Pimpão entregou-se definitivamente aos prazeres da vida (estilo de vida perfeitamente aceitável) e aos vícios do poder, sem perceber que os seus devaneios públicos já atravessaram o limite tolerável. Mas continua feliz, ostentando a felicidade tola (a infelicidade), sem perceber que só tem um anteontem, já não tem hoje nem amanhã*.
Para tudo é preciso sorte, ou algum talento. O doutor Pimpão precisa de muita sorte, e de bons amigos, mas a reserva está a esvair-se rapidamente. Senão, a coisa não vai ter bom fim – não o pode ter. E não há nada mais terrível, na carreira de uma pessoa, do que ela se entregar a uma ideia fixa, à qual se sacrificou toda a vida, para a qual não se tem vocação nenhuma, deixando correr descuidadamente a sua existência pelo declive fácil da boa-vai-ela até ao desastre.
E que dizer de quem o acompanha? Nada. Estão pelo mesmo. Caem com ele.
PS: * Tudo isto não invalida que o doutor Pimpão se mantenha no cargo que ocupa, por algum tempo, cumprindo os relevantes papéis de entertainer de festas e eventos e de influencer nas redes sociais.