Há dias, cerca das 19 horas, um bmw comprado com os impostos dos contribuintes chegou a uma festa, vindo de uma outra festa da castanha e da água-pé. Parou em dificuldades, no meio da estrada, aparentemente devido ao “combustível”, e teve de ser auxiliado por populares para estacionar, o que não fez sem antes tocar numa corrente que vedava uma propriedade junto à estrada. Depois, abriu a porta e lá foi caminhando para um recanto mais distante das vistas de cerca de 150 pessoas.
"E na epiderme de cada facto contemporâneo cravaremos uma farpa: apenas a porção de ferro estritamente indispensável para deixar pendente um sinal."
31 de outubro de 2012
BMW avariado
Há dias, cerca das 19 horas, um bmw comprado com os impostos dos contribuintes chegou a uma festa, vindo de uma outra festa da castanha e da água-pé. Parou em dificuldades, no meio da estrada, aparentemente devido ao “combustível”, e teve de ser auxiliado por populares para estacionar, o que não fez sem antes tocar numa corrente que vedava uma propriedade junto à estrada. Depois, abriu a porta e lá foi caminhando para um recanto mais distante das vistas de cerca de 150 pessoas.
Os últimos medalhados, ou os medalhados Bis!
A lista parece mais extensa que o costume, composta de nomes mais ou menos conhecidos do cidadão comum (dependendo do habitat). Boa parte deles já foi medalhado noutros anos. Como este 11 de Novembro será o último presidido por Narciso Mota, já nada se lhe pode levar a mal. O que custa, afinal, fazer a felicidade alheia, hum? Certamente que todos merecem tão digna distinção, sobretudo quando é a dobrar.
Uma nota especial para o nosso comentador de estimação, Rodrigues Marques (bem que a Câmara podia dar um sinal de elevação e convidar a farpearia para ir lá, entregar a medalha. Fica para a próxima, ok?)
Uma nota especial para o nosso comentador de estimação, Rodrigues Marques (bem que a Câmara podia dar um sinal de elevação e convidar a farpearia para ir lá, entregar a medalha. Fica para a próxima, ok?)
24 de outubro de 2012
Isto precisa de entrar na ordem
Uma sala cheia, uma plateia interessada, um orador brilhante e um tema interessante fizeram da noite de ontem um momento raro em Pombal. António Marinho Pinto foi ao Teatro dizer umas quantas verdades sobre o país, que vão muito para além das teias da lei. Dos tempos de jornalista ficou-lhe essa habilidade excepcional de colocar o dedo na ferida, insistindo o suficiente para manter uma plateia desperta durante horas. Coisa rara.
A ideia era falar das Ordens profissionais, a convite do Rotary Clube de Pombal (que aproveitou a ocasião para prestar a costumeira homenagem a um profissional, desta vez a Tomé Lopes, o proprietário do Intermarché). Tudo estava bem até certo momento (como cantava uma banda punk-rock dos anos 80). Eis que o presidente da Câmara faz uma intervenção à sua maneira, fazendo mexer na cadeira muitos dos que o ouviam. Já sabemos que fala com o coração ao pé da boca. E que é impulsivo. E tudo e tudo. O que só não sabíamos era que, afinal, o segredo de Camarate é ele que o pode desvendar. Diz que viu. Que como era engenheiro mecânico e estava em Lisboa foi lá ver o aparelho. E que aquilo não foi acidente. Que o mataram. Que o avião caiu porque fez assim (para cima) e assim (para baixo).
Tanta comissão de inquérito. Tanta investigação. Melhor fora que tivessem vindo logo direitinhos à esquina do Cardal e pronto. Estava o caso Camarate resolvido.
Sugestão em tempos de crise
Fica o repto à sociedade
pombalense, principalmente numa altura em que a crise matou o nossa imprensa
escrita. Ou não terá sido a crise?
20 de outubro de 2012
Rendimento social de inserção
Com a entrada a publicação do Decreto-Lei 221/2012 de 12 de Outubro, em http://dre.pt/pdf1sdip/2012/10/19800/0585805861.pdf, e a respetiva entrada em vigor em 13-10-2012, parece que os beneficiários do chamado “rendimento mínimo” passarão a ter, pela primeira vez, também deveres. Falta saber se o “Tribunal do Santo Ofício” (Tribunal Constitucional) vai condenar também esta lei à “fogueira” por “heresia”…
18 de outubro de 2012
O Correio de Pombal (1990-2012)
Quinta-feira, 18 de Outubro de 2012.
O jornal que José Pimpão dos Santos fez nascer na primavera de 1990 deixou de sair para a rua. É um dia triste para Pombal, para a imprensa, para o que resta da democracia.
Eram conhecidas as dificuldades (financeiras, editoriais e sobretudo morais) em que o jornal se afundou nos últimos tempos. Até que esta manhã a edição já não chegou às bancas. Na sede/Redacção, um papel branco colado à porta anuncia "Férias", depois de ter sido comunicado aos poucos funcionários que o jornal tinha acabado.
A reflexão que vale a pena fazermos é esta: há 20 anos existiam quatro jornais em Pombal. Nos últimos 100 anos Pombal sempre teve pelo menos um jornal. E neste século viveram-se guerras e revoluções, crises diversas, em épocas onde o analfabetismo e a iletracia se sobrepunham a quase tudo.
O Correio de Pombal foi o primeiro jornal em que trabalhei, e isso nunca se esquece. De resto, a verdade (a que temos direito) li-a por estes dias no mural de um camarada, no Facebook: "a expressão temos um jornal para fechar ganhou novo significado". Em Pombal e por esse país fora.
A úlitma edição, na semana passada.
O jornal que José Pimpão dos Santos fez nascer na primavera de 1990 deixou de sair para a rua. É um dia triste para Pombal, para a imprensa, para o que resta da democracia.
Eram conhecidas as dificuldades (financeiras, editoriais e sobretudo morais) em que o jornal se afundou nos últimos tempos. Até que esta manhã a edição já não chegou às bancas. Na sede/Redacção, um papel branco colado à porta anuncia "Férias", depois de ter sido comunicado aos poucos funcionários que o jornal tinha acabado.
A reflexão que vale a pena fazermos é esta: há 20 anos existiam quatro jornais em Pombal. Nos últimos 100 anos Pombal sempre teve pelo menos um jornal. E neste século viveram-se guerras e revoluções, crises diversas, em épocas onde o analfabetismo e a iletracia se sobrepunham a quase tudo.
O Correio de Pombal foi o primeiro jornal em que trabalhei, e isso nunca se esquece. De resto, a verdade (a que temos direito) li-a por estes dias no mural de um camarada, no Facebook: "a expressão temos um jornal para fechar ganhou novo significado". Em Pombal e por esse país fora.
A úlitma edição, na semana passada.
Etiquetas:
imprensa local
15 de outubro de 2012
Mais ETAP
Correm rumores de que a Direção da ETAP poderá passar para Fernando Parreira.
A 1ª interrogação que se coloca é saber se Fernando Parreira tem autoridade (vontade, força e bom senso) para conduzir os destinos da ETAP e se esta escola dispõe de recursos financeiros para se equilibrar.
A 2ª questão é saber o motivo porque querem enviar o Fernando Parreira para a ETAP…
A surpresa
A AM de ontem, destinada a
pronunciar-se sobre a RATA, mostrou o pior da política nacional: discursos
redondos, dissimulados, enfadonhos, tacticismo, chantagem,
desresponsabilização, etc.
Foram cinco horas de muita discussão e chicana politica para para não dizerem (quase) nada.
Mas houve excpeções (e veiram
de onde menos se esperaria), nomeadamente a intervenção inicial dos dois membros da JSD.
PS: A proposta de resolução apresentada
pela bancada do PSD é simplesmente patética e traduz tudo o que afirmo no
primeiro parágrafo.
12 de outubro de 2012
FINIS
Nos próximos dias poderemos gritar: ALELUIA, o governo caiu. Fiquei convencido disso ao ouvir ontem os comentadores da Quadratura do Círculo (principalmente os ligados aos partidos da coligação governamental). Para dizerem o que disseram, e tendo inside information, estão convictos disso.
Desaparece sem história mas fica para a história como o pior governo do pós-25 Abril 74. Nunca vi um governo, após um ano de governação, atingir tal grau de desacreditação.
Aceitam-se apostas: o governo cai antes do orçamento ou depois do orçamento?
11 de outubro de 2012
Quem tem medo de Diogo Mateus?
Quem acompanha de perto o percurso de Narciso Mota na política - que é o mesmo que dizer na Câmara de Pombal - sabe que Diogo Mateus sempre foi o seu calcanhar de Aquiles. Em 2002 (o ano das eleições mais aguerridas de todo o seu reinado) empurrou-o mesmo borda fora. Mas o tiro haveria de lhe sair pela culatra, já que o vereador avançou para uma candidatura à Junta de Freguesia de Pombal, que ganhou, provando-lhe que a monarquia também ensina a travar duelos. E então, quatro anos mais tarde, o presidente haveria de ver-se "obrigado" a aceitar-lhe o regresso, por pressão da própria comissão política e de alguns notáveis - no tempo em que os havia e ainda estavam para se chatear com isto.
Nos últimos tempos tem sido o que se sabe: Narciso vai embora daqui a um ano, e tudo fará para evitar que Diogo Mateus lhe suceda. Se dúvidas restassem, a entrevista que dá esta semana ao Jornal de Leiria vem dissipá-las. Mas afinal, de que tem medo o engenheiro?
Diogo Mateus é quem se perfila para seu sucessor ou poderá apostar-se num candidato mais jovem?
Fala-se em muita gente, porque muitos gostavam de ser presidente de câmara. Para presidente da junta é que, se calhar, qualquer dia não temos candidatos à altura. Já temos de pressionar e convencer homens e mulheres para se disponibilizarem. Os presidentes de junta são aqueles que estão mais próximos dos munícipes e não são compensados financeiramente pelo esforço que fazem no dia-a-dia. Gostaria que fosse um candidato com experiência de vida, que não fosse muito partidário – em termos de convicção política –, que fosse um homem que procurasse fazer melhor e me desse a garantia que o destino deste concelho estará salvaguardado, sem ceder a clientelas nem fizesse elefantes brancos só para ganhar eleições de quatro em quatro anos.
Vê alguém com esse perfil?
Vejo, mas não quero tornar público. Quero que a comissão política do meu partido saiba seleccionar três pessoas e que faça uma sondagem para ver qual é a melhor solução. Aquela que o povo mais considera para ser eleita democraticamente e para seguir a minha gestão social democrata, que considero das melhores, imodéstia à parte.
A Câmara de Pombal é das poucas que apresenta uma situação financeira confortável. Considera--se um bom gestor?
Considero-me um médio gestor, mas um gestor responsável que não tira partido das funções que desempenha. Tenho tudo centralizado e nada é adquirido sem preço de comparação, nomeadamente em valores superiores a 500 euros. A situação financeira da câmara é de tal modo positiva que até permitiu um roubo. A nossa gestão está devidamente estruturada, foi certificada e não foi preciso alienar património ou privatizar qualquer tipo de serviço. Não tenho elefantes brancos: não fizemos nenhuma escola, centro de dia, piscina ou lar sem necessidade.
excerto da entrevista, que pode ser lida aqui. Cheia de pérolas. http://www.jornaldeleiria.pt/portal/index.php?id=8175
Nos últimos tempos tem sido o que se sabe: Narciso vai embora daqui a um ano, e tudo fará para evitar que Diogo Mateus lhe suceda. Se dúvidas restassem, a entrevista que dá esta semana ao Jornal de Leiria vem dissipá-las. Mas afinal, de que tem medo o engenheiro?
Diogo Mateus é quem se perfila para seu sucessor ou poderá apostar-se num candidato mais jovem?
Fala-se em muita gente, porque muitos gostavam de ser presidente de câmara. Para presidente da junta é que, se calhar, qualquer dia não temos candidatos à altura. Já temos de pressionar e convencer homens e mulheres para se disponibilizarem. Os presidentes de junta são aqueles que estão mais próximos dos munícipes e não são compensados financeiramente pelo esforço que fazem no dia-a-dia. Gostaria que fosse um candidato com experiência de vida, que não fosse muito partidário – em termos de convicção política –, que fosse um homem que procurasse fazer melhor e me desse a garantia que o destino deste concelho estará salvaguardado, sem ceder a clientelas nem fizesse elefantes brancos só para ganhar eleições de quatro em quatro anos.
Vê alguém com esse perfil?
Vejo, mas não quero tornar público. Quero que a comissão política do meu partido saiba seleccionar três pessoas e que faça uma sondagem para ver qual é a melhor solução. Aquela que o povo mais considera para ser eleita democraticamente e para seguir a minha gestão social democrata, que considero das melhores, imodéstia à parte.
A Câmara de Pombal é das poucas que apresenta uma situação financeira confortável. Considera--se um bom gestor?
Considero-me um médio gestor, mas um gestor responsável que não tira partido das funções que desempenha. Tenho tudo centralizado e nada é adquirido sem preço de comparação, nomeadamente em valores superiores a 500 euros. A situação financeira da câmara é de tal modo positiva que até permitiu um roubo. A nossa gestão está devidamente estruturada, foi certificada e não foi preciso alienar património ou privatizar qualquer tipo de serviço. Não tenho elefantes brancos: não fizemos nenhuma escola, centro de dia, piscina ou lar sem necessidade.
excerto da entrevista, que pode ser lida aqui. Cheia de pérolas. http://www.jornaldeleiria.pt/portal/index.php?id=8175
7 de outubro de 2012
Uma Praça Morta
Decididamente a CMP não sabe tratar da urbe. Ninguém consegue dar aquilo que não tem. As intervenções na Praça Marquês de Pombal são um bom exemplo.
Na praça existe:
Uma Igreja, sem devotos;
Um Café com Livros, sem café e sem livros;
Uma cadeia, sem guardas e sem presos;
Um Arquivo, morto;
Uma Sapataria, sem sapatos;
Um Celeiro, sem cereais;
Um Centro Cultural, sem cultura e sem cultos.
A CMP derreteu ali muitos milhões de Euros (e continua a derreter), mas a praça está, cada vez, mais morta. É verdade que embelezaram a praça e alguns edifícios, mas nada daquilo tem vida. Um cadáver pode estar muito embelezado, mas continua a ser um cadáver. .
1 de outubro de 2012
Narciso Mota baralhou e deu de novo
Na semana passada, Narciso Mota baralhou os pelouros e deu de novo.
Na prática ficou tudo na mesma: os pelouros são exercidos pelo presidente.
Formalmente prosseguiu o esvaziamento de competências do ex-vice-presidente Diogo Mateus.
A saga continua!
Subscrever:
Mensagens (Atom)