As obras de requalificação (embelezamento) da zona adjacente à Central de Camionagem eram para ter terminado no final do mês passado, mas nas vésperas da inauguração prosseguem… - no modo “Faz & Desfaz”.
São, porventura, o exemplo maior do voluntarismo, do amadorismo, da incapacidade de realização e do desperdício de recursos públicos - só batidas pelo inenarrável CIMU-SICÓ. Mas no final ainda haverá muita gentinha a elogiar aquilo – “ficou muito bonito”.
Falhada a grande obra do regime, o CIMU-SICÓ, D. Diogo agarrou-se a este grande “projecto” que, segundo ele, mudaria toda a orgânica da cidade, aproximando as duas zonas da cidade, através da introdução de uma passagem superior que serviria não só como elemento ligante das duas zonas mas funcionaria como articulador dos serviços de transportes públicos, integrando-os no novo Interface Modal de Transportes; e redesenharia o espaço urbano com zonas verdes, espaços de lazer e ócio e a criação uma de ciclovia sobre a linha férrea.
Como o voluntarismo tem perna curta, e o inferno está cheio de boas intenções, boa parte “projecto” (das intenções) caiu na fase de debate público; e D. Diogo caiu antes do início da empreitada. Como a capacidade de realização do doutor Pimpão & C.ª é idêntica à de uma barata tonta, o lançamento da parte do projecto referente a Central de Camionagem e área adjacente arrastou-se, arrastou-se, até ter de ser amputado da parte essencial – Central de Camionagem – por incapacidade de concretização dentro do prazo de financiamento comunitário.
Restou, finalmente, o embelezamento da zona adjacente à Central de Camionagem. Mas nem isso, eles conseguem fazer (bem)… Naquele estaleiro próprio do terceiro mundo, as obras arrastam-se no "Faz & Desfaz" que, para além de desbaratar recursos, incomoda e irrita o cidadão mais pacato. O dono da obra – câmara - não sabe o que quer; o empreiteiro é o que se vê (no local)! O projecto está cheio de erros (o maior, o escoamento das águas pluviais, fica para o próximo arranjo); as alterações, por falta de planeamento e de revisão do projecto, sucedem-se; etc. Agora, quando se preparavam para a inauguração, lembraram-se que era preciso arranjar poiso para o busto do almirante. Toca a partir o que tanto custou a acabar.
Passámos, num passe de mágica, do mais maçante despotismo para o mais estéril desportivismo. Eis a nossa triste sina: sempre de cavalo para burro.
PS: Se não se pode correr (já) com o doutor Pimpão & C.ª, nem com doutor Agostinho, contratem um Director Municipal que consiga colocar alguma ordem naquela casa.