31 de agosto de 2013

E se Narciso Mota puder continuar…

Anteontem, ao ouvir em direto a conferência de imprensa de Presidente do Tribunal Constitucional, – exemplar pela postura, clarividência e conteúdo – pressenti que o Tribunal Constitucional vai declarar improcedentes as impugnações aos candidatos que concorrem a mais do que três mandatos autárquicos, com o fundamento de que a lei de limitação de mandatos é inconstitucional (como defende Vital Moreira no blog “Causa Nossa”).
Ontem, ao discutir esta questão com um amigo jurista, percebi melhor as potências consequências de o Tribunal Constitucional declarar inconstitucional a lei de limitação dos mandatos autárquicos. Nesse caso, os presidentes de câmara e de freguesia poderiam impugnar as eleições e exigir a possibilidade de concorrer às correntes eleições autárquicas. Consequentemente, a CNE teria que adiar as eleições e permitir a candidatura dos autarcas afastados. E neste caso, Narciso Mota poderia concorrer às actuais eleições e, provavelmente, manter-se-ia no cargo.
Ele há coisas…

Subsídios (XIX)



Em JUl/13, a CMP deliberou, por unanimidade, distribuir cerca de 100.000 € de subsídios por diversas entidades.

O regabofe de atribuição de subsídios continua e atingirá, de certeza, máximos absolutos. Estamos em ano de eleições. 

30 de agosto de 2013

A RATA de Albergaria e as outras – Ou: Quando alguém se farta, alguém farpa

1. Há pessoas que vivem de esperar, cada semana que vem, vai & não volta, duas coisas:
a) o sorteio do euromilhões;
b) o que eu tenha a revelar acerca do Orlando Cardoso.
Insatisfarei essas pessoas por dois motivos:
a) o euromilhões nunca me saiu;
b) o Orlando Cardoso nunca me entrou.
No fundo como à flor, nada há a dizer do Orlando. E isso é o pior que se pode dizer de alguém: que, sendo nada, nada suscita. Juntemo-nos aqui, vo-lo mais encarecidamente peço, em roda franca: sinceramente, alguém, assim de repente, se lembra de uma notícia dele? De uma reportagem memorável feita por ele? De uma crónica bem esgalhada, interactiva, corajosa dele? De uma opinião que ele tivesse tido, e escrito, sozinho sem ser lambuzada/lambuzante? Ou dele, pelo menos em sonhos, ser parecido com o George Clooney?
Não. Ninguém. Não satisfarei, pois, os meus farpistas leitores (nem os meus ínclitos co-autores desta net-página arunquiana) quanto a este não-assunto – que muito é já o resistir à tentação de lhe chamar não-pessoa. Ao assunto.
Se, em vez de uma bola de alcatifa vomitada e envolta em sebo, certas pessoas usassem uma coisa chamada cérebro (que é onde se processa uma coisa chamada juízo), saberiam elas, sem quebra de luz, que há certas portas a que bem avisado anda quem não bate. Eu, no caso, faço de porta; o pobre Orlando faz de batente. Azar do mano.
Mas eu, que não gosto de deixar por satisfazer as pessoas que, por amabilidades umas, por esmola outras e por raivosa impotências umas quantas mais, não vou desenvolver muito este acertar, aliás fácil (dada a nulidade do visado), de contas. Seria crucial que o fizesse – mas prefiro alinhavar aqui um trocadilho de boa cepa. Este aqui: sabeis Vós qual a diferença entre um espectáculo tauromáquico e a carreira profissional do Orlando? A diferença está, sumária, naquilo dos touros ser uma corrida, enquanto ele é sempre corrido. Foi o triste caso dele na empresa Derovo, de onde também o puseram a andar (com estrepitosa banda sonora de malévolas e vindicativas gargalhadas da Câmara, aliás) – se calhar (como encalhou), por não ser mentira que ele escrevesse e publicasse (às horas do expediente pelo qual era remunerado) um blog anónimo (e o anonimato é o timbre da covardia moral e o da moralidade covarde). Foi por isso que se viu obrigado a humilhar-se em tribunal com um mea-culpa que faria chorar as pedras da calçada, no caso de as pedras da calçada não terem mais que fazer senão lamentar a via-pouco-sacra desse colega delas.
Por tudo isto, que já longo vai (e eu sabia desde início que longo seria, não compreis Vós ao desbarato o quanto Vos afianço), o Orlando Cardoso merece de mim (e, no fundo, de Vós também) a caridadezita má de ter(mos) só pena dele, sentimento que só me fica bem; a mim, sim, praticamente sósia que sou do George Clooney.

2. Nas andas & bolandas das muitas caixas de comentários aqui do Farpas, um regular utente deste serviço chamou “tonto” a outro costumeiro opinador. Até aí, nada de estranhar: por aqui, não raro o leite azeda. Mas, atenção, para tal invectiva recorreu ele à exortação de dois patetas. Ora, isto de recomendar a palermas que não liguem a tontos – é como perguntar ao meu Amigo Man’el Rodrigues Marques se Albergaria, enquanto freguesia, acabou com ele a presidente, ou se foi ele, Rodrigues Marques, a acabar com a freguesia com sede em Albergaria. Não é despicienda questão. Será e terá, concedo, o seu quê de capciosa – mas despicienda não é. Explico: quem é o pai da famigerada RATA tantas vezes abordada já aqui no Farpas? É o PSD. E o Rodrigues Marques é de que partido? É do PSD. Se o Rodrigues Marques é do PSD, o Rodrigues Marques votou em quem? No PSD. E o Relvas é de quem? É do PSD. O Rodrigues Marques, portanto, é do Relvas. O Relvas deu ou não deu cabo de inumeráveis Albergarias por este triste País? Deu. Então, o Rodrigues Marques compactuou com o Relvas, mas só para descobrir que, na despromoção de “alitém”, ali não tem mais nada. Parabéns, ó Manel! (Se bem me entendes, eu não acho nada que tenhas sido mau presidente. Mas, no vertente caso, foste um bom “tonto”. Agora, queixa-te aos palermas de fralda, anda.)

3. As eleições autárquicas são daqui a um mês (29/9). Não tenho em relação a elas nem grandes expectativas nem ilusões de mor monta. Espero, tão-só, que em certos (muito específicos) casos o eleitorado se redima da já muita e muito democrática estupidez com que ao cabo de mais de três décadas se tem dado tiros na pata. Para já, uma coisa boa é, ou pelo menos parece, que certa horda de malacuecos clementinas, constituinte de uma espécie de Rua Sésamo sem leituras, não embandeire já tanto em arco por esses arraiais de outras populares devoções. Bom sinal. Sinal de que a Charneca é uma lição. E de que o Farpas Pombalinas é outra. À falta de melhor & atempado chá em casa, que aqui isto lhes sirva de alguma coisa.
E sinal de que a minha, até hoje, mais secreta esperança, de cada vez que freguesias e câmaras vão à liça de votos, se cumpra: que o destino funcional da Ana Pedro se torne, no feminino, sósia do destino socioprofissional do Orlando Cardoso, como ele, fisicamente, me parece ser sósia dela. Ou do destino de Albergaria enquanto freguesia.

4. Como perdigotos em fagulha de cuspo, os clementinas praticam livremente o aborto que é verem-se ao espelho. Ou escreverem-se. Porque o problema (para eles) é o Farpas ser por escrito. Chatice, isto de pensar por escrito, para uma tribo de cabeleirinhas-cocós e sapatinhos-de-vela. Num mundo ideal, a interrupção voluntária da gravidez consistiria em matar os bacorinhos à chapada – de onde, menos JSD e mais fiambre. Ideal mundo, sim.
Confessionalmente falando, tenho-me divertido com os clementinas como um mulato de olhos verdes entre nórdicas: eu gosto de clementinas – porque as coisas como eles e elas assim pequeninas, assim inócuas, assim-por-assim-dizer púbicas me encaracolam sempre uma ternura predatória à Carlos Cruz em Casa Pia. No outro dia, surgiu-me até uma espécie de epifania retórica que sobremaneira me adoçou as partes. Foi esta: imaginai Vós que ali ao Cardal vai passando uma rapariga bonita, branquinha, mui delicado-laçarotamente ataviada de fresco. Na companhia dela, vão estes: o Pedro “Pensão” Brilhante, o Nuno “Doutor-Nunca” Carrasqueiro, o Tó-“das Gasosas para esta mesa”-Zé e mais quatro clementinas deles clonados a mando dos Manos Pimpão. Qual será o nome da rapariga? Branca de Neve.
(Pronto. Já está. Quase nem lhes doeu nada.)

5. Propostas concretas para soluções concretas de problemas concretos. Alguns têm, outros não têm, não querem ter e até têm raiva a quem as tem.
Pombal é tão mais simples do que nos mentem há tantos anos!
Aquele capacete de ferro no Castelo mais respectiva grua – será assim tão difícil de obliterar?
As pedreiras da Sicó: ver a Lua descida à terra do alto da ladeira das Leais é uma tenebrosa poluição ecológico-visual. Mas – pergunto eu porque quero saber o que aliás já sei – é ou não de lei que as exploradoras de pedra re-aterrem as cavidades já inactivas? É. E?
Um pólo de ensino tecnológico-superior no Concelho ligado às vocações económico-agro-industriais da região: mas algum deputado pombalense à Assembleia da República alguma vez mexeu uma unha (envernizada ou não, Ofélia, clementina ou não, Pedro) que fosse nesse sentido?
A idealidade territorial de Pombal (mercê da quase perfeita centralidade rodoviária do País) não atrairia sem grandes dificuldades mais interesse empresário-empreendedor ao Concelho, dada a proximidade do Mar, do Norte, do Sul, de Espanha e das Meirinhas? Atrairia. Com outra gente ao volante.
A articulação estratégica com os Bombeiros: e se, em vez de eles servirem para a promoção pata-choca dos patos-bravos locais, servissem para segurar o ouro-verde da mancha florestal íncola, ambientalismo racional metido ao barulho, renda celulósico-financeira-empregadora metida ao barulho?
Os três milhões de “aéreos” espatifados no Cardal: para quê, por alma de quem? Eu sei o “para”, como sei o “por”: para e por patafusca auto-homenagem de um edil que demonstrou, à saciedade até da CronoFísica, que o futuro se pode medir em 20 anos de marcha-atrás.
Desconheço, como todos desconhecem, o que seria Pombal ao cabo de duas décadas e meia de Guilherme Santos. A morte faz tábua-rasa de práticas como o faz de desejos. Descontada a mal gerida (em imagem, comunicação, proximidade, identidade & identificação) e célere passagem do meu Amigo Armindo Carolino pelos Paços cardalenses, o que veio depois – foi só isto. E dizer “isto” – não é cuspir no prato: é lavá-lo.
A questão dos subsídios às “entidades” vilã-aldeãs? Quanto de reles compra-votos-toma-lá-meu-santinho não é e/ou há no foguetório-sardinh’assada das pobres almas que, sem um clarão de livros, sem um, sequer mínimo, olha-te-ao-espelho-e-não-vomites, sem um resplendor de lixo, sem um televisor perpetuamente votivo à TVI e ao qu’-ela-TVI significa de açucarado santacombadãosismo?
Vale-me pensar, com razoável dose de pessimismo, que é desta que o Diogo vai lá. Não o Adelino Mendes. O Diogo. Vale-me pensar, com irrazoável dose de optimismo, que o Diogo, se eleito (mas eleito), queira ser, ao menos, como aquela malta de Ansião com saneamento básico a cem por cento há mais de uma década. Gramatinha, enfim, não é Meirinhas. Deve ser por isso que a minha mulher, de cada vez que me diz para ir ao contentor vazar os resíduos lixados, me pede por-amor-de-deus-usa-o-contentor-da-esquina-não-vás-a-pé-às-Meirinhas.

6. O Zé Gomes Fernandes tem andado muito calado. Isso é mau. Eu não gosto que o Zé Gomes Fernandes ande muito calado. Também não gosto que ele se enfarpele de calções à Joaquim Agostinho e vá andar quilómetros e mais quilómetros (até a Ourém já foram) com um gajo, aliás casado, chamado Adelino Malho. Eu não gosto que o Zé Gomes Fernandes seja tão saudável. Põe-me doente, a saúde dele. Um dos objectivos da minha vida, aliás, é pontuar por cima na tabela das vinganças existenciais. E o Zé Gomes Fernandes lá tem a sua alínea. Ah pois tem! Pois quantas não foram as vezes em que quase me desavim de bofes & fressuras subindo as escadas da sede local dos “laranjas” para o ouvir e ver, a ele presidente da Comissão Política ou em afim função, impingir-nos a mesma-coisice do mesmo-coiso candidato à Câmara, aquela inefável figura com nome genérico de velocípede e particular de mitológico egocentrismo que se vê ao espelho da água em pública e transida auto-adoração?

Talvez estes parágrafos, afinal brincalhões, me sirvam de “vingança”. Ou talvez, fora de politiqueirices, eu o tenha acompanhado, a ele Zé Gomes Fernandes, no funeral do Tó Silva (músico). Olhámos então um para o outro – e foi sem esforço nem desforço que ambos compreendemos quanto a vida é um fósforo que nos lixa, mas também que só ela nos alumia noite & dia, à maneira do saudoso Tó Silva.

À grande e à socialista II

O PS de Pombal começou por dizer estar “em defesa das pessoas”. Como tal slogan podia ser interpretado no sentido de que o PS passava a mensagem de atribuir uma posição de menoridade aos pombalenses, por se arrogar superior e dono da verdade, ao insinuar defender os cidadãos das votações que fizeram nos últimos 20 anos no PSD e ao anunciar “20 compromissos” demagógicos, com mais despesa e menos receita, veio agora reconhecer o erro e mudar de estratégia e de slogan para “Pombal em boas mãos”.

Mas se Pombal está em boas mãos, deixá-lo estar.

29 de agosto de 2013

Subsídios (XVIII)



Em JUN/13, a CMP deliberou, por unanimidade, apoiar a ADILPOM, com um subsídio de 45.210 € para pagamentos diversos.

Mais 45.000 € para o buraco negro!

Subsídios (XVII)


Em JUN/13, a CMP deliberou, por unanimidade, presentear a Fabrica da Capela do Casal Perneto, com 5.000 €, destinados a obras na capela. 
Em JUL/13, a CMP deliberou, por unanimidade, indeferir o pedido de isenção de taxas referentes a obras no local de culto de outra confissão religiosa.
Vergonhosa discriminação.

Subsídios (XVI)




Em JUN/13, a CMP deliberou, por unanimidade, distribuir cerca de 300.000 € por diversas entidades (Juntas, Associações, Fabricas de Igreja, …).
Estamos em ano de eleições. O regabofe de atribuição de subsídios acelerou.

28 de agosto de 2013

Silly season

O mês de Agosto faz bem ao Farpas! Chegado de férias, encontro a caixa do correio recheada de luzidias rosas, brilhantes clementinas e ácidos abrunhos, para já não falar dos tradicionais narcisos que teimam em não murchar. E se no ano passado o mote era o estádio das Meirinhas, este ano foram as festas da Charneca a marcar agenda.

Está visto: a campanha vai passar por aqui. É bom. Mas desengane-se quem pensa que o Farpas é independente e isento. Antes pelo contrário: é comprometido e tendencioso. Nascemos com o intuito de farpear os “interesses e os poderes instalados” e, goste-se ou não, em Pombal esses interesses são maioritariamente personificados em quem detém o poder político.

O que espero, tanto mais que muitos de nós irão participar activamente nas várias listas concorrentes, é que os argumentos  a esgrimir não sejam tão tolos quanto a estação. Estamos no fim de um ciclo político. A oposição tem o dever de esclarecer, de se afirmar como alternativa. Quanto ao PSD, tal como disse no início de 2009, basta falar menos e concorrer sem programa que a vitória está no papo.

O fabuloso destino da Associação da Feteira

Nunca se soube ao certo se nos alicerces da escola da Feteira havia ouro ou petróleo. Mas a verdade é que o edifício nasceu predestinado à fama, ao sucesso (que não escolar, pois que a escola fechou há anos), embora à conta da discórdia. Os mais adultos hão-de lembrar-se da guerrilha que incendiou os ânimos na pacata localidade, quando há mais de dez anos as freguesias da Ilha e Carnide reclamavam, cada uma para si, o direito de ocupação. Os anos passaram, o diferendo nem por isso. Corre ainda por estes dias no Tribunal Administrativo de Leiria a Acção Popular interposta por um grupo de moradores da freguesia de Carnide, que reclama os limites antigos da freguesia, que é como quem diz o terreno onde está construída a escola, alterados por ocasião dos censos 2001. 
Entretanto...nasceu há coisa de um ano a Associação de Moradores e Amigos da Feteira. Onde? No edifício escolar.  Se é associação precisa de uma sede.  Se precisa fala-se com a Câmara. Se a Câmara é amiga diz que paga as obras. As obras custam mais de 38 mil euros. Se a associação não tem dinheiro a Câmara paga tudo. Mas como tudo ainda é pouco, consta que a população assistiu, na sexta-feira passada, ao milagre da multiplicação dos euros: o presidente da Câmara foi à Feteira, levou ao cheque para o construtor (isto com ajuste directo é bem mais rápido) e ainda arranhou mais cinco mil euros para fechar um telheiro, na frente da escola sede. Depois houve festa no domingo e lá foi o presidente prometer a inauguração para o dia 13 de Outubro.
Com o tempo, deixei de acreditar em milagres. Por isso ainda me custa a crer que este - reportado por um grupo de populares  - tenha existido. A ser verdade, é legítimo que a Câmara justifique duas coisas:
1. Quanto é que foi ou vai ser gasto pela CMP nesta obra e quais os motivos de tamanha generosidade?
2. Se uma qualquer colectividade correr depressa, antes da despedida de Narciso Mota, qual é o máximo que pode pedir? Serão os 37 mil euros anunciados há dias no Pombal Jornal para a Associação Columbófila das Meirinhas?

27 de agosto de 2013

Vencer Vermoil - coisas do arco-da-velha

A mensagem “vencer Vermoil”, da candidatura do PS à junta de freguesia de Vermoil (vide https://www.facebook.com/profile.php?id=100006423683137), parece transmitir a ideia de que o PS pretende derrotar Vermoil, derrotar os seus cidadãos.
Muitas vezes, as mensagens dos candidatados autárquicos, criadas para resumirem a sua ação política e serem passadas para o eleitorado, são paridas sem critério, sem exigência e em verdadeira brincadeira, constituindo disparates ridículos e chicotes auto flageladores.
Quem sabe se o alcaide Ilídio da Mota já cuidou das muralhas, mobilizou as tropas e preparou as armas...

Marca Histórica

Ontem, atingimos uma marca histórica: mais de 1.000.000 de páginas vistas
É uma marca de que nos orgulhamos e, estamos certos, inquietará os nossos detractores. 
O Farpas foi lançado com o intuito de furar o cerco do acesso à opinião livre, à critica mordaz e à informação escondida. Consegui-mo-lo! A adesão dos leitores confirmam-no.
Os nossos agradecimentos a todos os que colaboraram connosco: postadores, comentadores e leitores.
Manter-nos-emos fiéis aos propósitos iniciais: "Farpearemos os interesses e os poderes instalados, os oportunistas e os manhosos, a hipocrisia e o servilismo, a obscenidade e o desperdício. E daremos nota do gesto simples e desinteressado, da exemplar cidadania e da excelência."

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26 de agosto de 2013

Base de dados ilegal

Desde há alguns tempos e até à data de hoje, 26-08-2013, qualquer cidadão que se deslocasse à Câmara Municipal de Pombal para requerer certidões (documentos), licenças ou outros serviços (inclusive a utilização da pista de atletismo em tartan), tinha de entregar o seu cartão de cidadão para ser fotocopiado (digitalizado) e inserido numa base de dados. Depois, em futuros requerimentos, já não necessitava de assinar requerimentos, bastando indicar o seu número de contribuinte fiscal para o funcionário o digitalizar no computador e verificar no monitor a identidade através da visualização do cartão de cidadão. A simples exibição do cartão de cidadão para identificação do cidadão utente não permitia a conclusão da formulação do pedido (apresentação do requerimento) no sistema informático ou, pelo menos, assim informava o funcionário.
Era a interpretação prática do “licenciamento zero” comum a várias Câmaras Municipais e outros serviços públicos do estado e organismos privados, mas é, sobretudo, a criação de uma base de dados (ilegal) sobre os cidadãos utentes dos serviços da Câmara Municipal, os quais são quase todos os munícipes. Os cidadãos não têm de fornecer cópia dos seus documentos para se identificarem, bastando exibi-los ou passá-los pelo mecanismo e leitura ótica.
O perigo da criação de uma base de dados, não decorre só da possibilidade de acesso abusivo aos dados dos cidadãos, mas também e sobretudo da utilização das cópias dos documentos pessoais para falsificação de outros documentos, de que damos como exemplo a abertura de contas bancárias e a utilização de cheques, o que já ocorreu no passado antes do reino da informática.
Depois de uma reclamação oral de hoje junto de um funcionário, recebemos um telefonema a informar que afinal qualquer cidadão pode apresentar requerimentos mediante a simples exibição do seu documento de identificação. A digitalização dos documentos passa a depender do consentimento do seu titular com vista à eficácia do funcionamento dos serviços, o que já aceitamos.

24 de agosto de 2013

Ao Daniel,

Conheço-te mais pela escrita do pelo contacto pessoal. O conhecimento pessoal aconteceu muito depois de usufruir da tua belíssima escrita. Tenho-te divulgado pelo meu grupo de amigos e conhecidos. Acredita: admiram-te, sem te conhecer pessoalmente.
Dirijo-te estas palavras simples, aqui, porque há momentos em que não devemos ficar calados. Não para te defender – tu faze-lo muito melhor do que eu - ou elogiar – sei que tu não valorizas elogios públicos -, mas porque sinto essa necessidade íntima, porque a consciência me obriga a fazê-lo. Todos os meus amigos sabem que não sou de elogio fácil - acusam-me até disso – e não é um simples elogio que te quero fazer. Também o é, mas é mais do que isso.
Elogiar a tua belíssima escrita é um lugar-comum - penso que até os teus inimigos honestos o fazem – mas reconhecer a tua superior inteligência menos o fazem porque nunca perceberem que a escrita superior, para além de técnica, é uma forma superior de inteligência.
Atacam-te pessoalmente porque – como sabemos- não te conseguem atacar pelo que pensas. Por isso lhes chamas, com a-propósito, anões. Alguns não percebem, sequer, que o que para eles é defeito para ti é efeito (e para muitos dos teus amigos também).
Daniel, como sabes, a vida é muito curta e eu, não sendo velho, já há muito o percebi e interiorizei. Por isso quero dizer-te e deixar aqui registado que ÉS GRANDE. Até nos excessos de linguagem.

Com um grande abraço,

23 de agosto de 2013

(Quase) Todos os nomes: Pedro, Man’el, João, Toninho etc.

1. Pedro Martins (marido da Júlia Paula e cunhado do Toninho Póvoa)  foi vereador da Câmara Municipal de Pombal por tempo de menos. Em exercício, esse meu franco e radioso Amigo colocou Pombal na vanguarda nacional da modernização administrativa por via informática. Na vanguarda. Em primeiro lugar. Nem mais, nem menos. Prémio? Foi corrido. Ai sim? – pensou ele. Saiu de rosto levantado e fundou uma empresa dedicada ao ramo em que é perito: hard/software. É a One Zero. Hoje, quando o município ao Cardal sediado precisa de alguma coisa, paga-lhe. Eis um exemplo magno da politiqueirice à la Meirinhas em que há duas décadas chafurdamos de arganaz na venta. Eis um evidentíssimo penhor da entrega, com chave na mão, do nosso destino colectivo-comunitário aos Manos Mota & afins derivados (ou “sucedâneos”, como é chamado o “chocolate” espanhol). Eis, pois, uma tristeza mais do legado narcísico.

2. Manuel Rodrigues Marques, excelentíssimo dinossauro nosso, fez uma vez, em sede plenária de Assembleia Municipal, uma intervenção que, de oportuna e acutilante, me ficou para sempre na acta da memória. Virando-se para a bancada PS com aquele vozeirão de Pavarotti d’Albergaria, foi ele assim:
“ – Mas os senhores querem ser e fazer uma oposição que se veja? Então virem-se ali para o senhor presidente da Câmara e lembrem-lhe que há sítios neste concelho que não têm um metro de saneamento básico!”
E continuam a não ter – acrescento eu, demasiados anos depois e já em pleno século XXI. Mas o maralhal vota (e “bota”) nos mesmos. Enquanto houver bodos e bolos, não faltarão tolos. Como alguém disse, e bem, “não é possível tornar o mundo diferente quando o povo é indiferente”. Ah pois não. E o povinho-povoléu (ao léu, béu, béu) desta terrinha não tem sido outra coisa. Sem saneamento, como sair da “fossa”? De maneira nenhuma.

3. Parecem ter sido os inefáveis “jotinhas da laranjinha” (que passarei a designar por “clementinas” para poupar tinta ao Farpas) a baptizar aquela aberração arquitectónica do Cardal como “Pala”. Generosa contribuição tributiva minha: dada a sua (dela) inestimável entrega à feitura do boletim paroquial, por que não chamar-lhe “Pala Marques”?

4. A Direcção-Geral da Administração Interna, face às indignadas reclamações de muitas famílias, retirou dos cadernos eleitorais para as eleições autárquicas os nomes de cerca de 100 mortos. Nos aziagos tempos do Morcego Eunuco, vulgo Salazar, é que os defuntos votavam que não se fartavam. Em Pombal, aliás, ainda votam: pelo PSD, os mortos de alma; pelos outros, os mortinhos por correrem com eles.

5. Fernando “Restaurador Olex” Ruas, perpétuo caudilho da Câmara de Viseu e vitalício “pró-residente” da Insolação Nacional de Municípios, anda, segundo o próprio, a dar cheques da Câmara (dele) à porta das missas. Veio no Correio da Manhã de 21 de Agosto último. Aos católicos. É como andar a cuspir lentilhas no rosto de Cristo. E é como aqui, via “política de subsídios”. Digo eu, à guisa de remate de homilia: povo que se deixa comprar, nem para dar serve. Ou então mais terrena e mais coloquialmente: povo de tostão não vale um cagalhão.

6. Porque esta crónica se chama “(Quase) Todos os Nomes”, não posso deixar de inscrever nela estoutro – João. Sim, João. Melo. Alvim. De lustral limpidez, o seu rosto radia uma bonomia ilustrada apenas ligeiramente contrariada pela mania de gostar demasiado d’Amér(d)ica. Tirante tal, uma jóia. O João Melo Alvim vai à vida dele. Lisboa, para já. Para o mundo, depois. O motivo é profissional – pelo que dele sei, ele por ela nunca daqui sairia. E vai ser feliz, como é de lei. Eu fiz o mesmo há muitos anos – mas, valha a verdade, tenho-me dado malzito. Por exilado, não há onde moro um bar como o do Toninho Póvoa, que me paga sempre uma garrafosa das mais lindas de cada vez que escrevo bem do cunhado dele, um tal Pedro Martins.

20 de agosto de 2013

Despedida


Comunidade Farpeira,

"Um blog é um blog", alguém resumiu uma vez num dos nossos jantares, tentando (re)centrar o papel do Farpas na vida política local.

Mas o Farpas foi mais que um blog ao longo destes 5 anos e meio. Foi também uma das minhas casas e o sítio onde tentei inquirir, debater e farpear os temas que me interessavam mais. Foi e é, uma forma diferente de exercer a cidadania, reunindo cidadãos que escolheram ou escolhem esta forma de participar na vida pública. Durante 5 anos, fomos louvados por uns, desprezados por outros, mas no que a mim me toca, mesmo com as naturais divergências que pessoas adultas e interessadas têm, estou de consciência tranquila e satisfeito por ter feito parte da história deste blog e, porque não, desta terra, na sua dimensão política.

Posso não ter sido o farpeiro mais assíduo ou o mais acutilante, mas estou satisfeito com o meu contributo para esta casa. E orgulhoso do que esta casa acabou por impor aos poderes instituídos (e afins) desta terra. E isto porque este blog nunca foi um órgão oficioso de um qualquer partido ou de qualquer ideologia, mas um espaço aberto onde naturalmente o poder tem sido mais farpeado (mas não é isso algo de natural?). Um blog, e este blog em concreto, não é um órgão de informação, nem tem que o ser. Todos os que aqui escreveram, escreveram nas vestes de cidadãos e não investidos em qualquer cargo, missão política ou algo semelhante. Cidadãos comprometidos com a cidadania, passe a expressão. Querer ver mais nisso é uma perda de tempo. Querer ver tudo a preto e branco, ou noutras cores mais da moda, é um erro. Cada um de nós vale pelo que é e, sobretudo, pelo que pensa. E pela independência em relação a filiações (quando as há), projectos ou outras dimensões da sua vida pessoal, têm demonstrado isso mesmo.

No entanto, tudo o que começa tem um fim. Por isso, hoje, quase 5 anos e meio depois de ter começado esta aventura, chegou a altura de me juntar à lista dos antigos membros desta casa. Funções profissionais que irei iniciar em breve, longe de Pombal, obrigam-me a isso. Não que não tenha pensado em continuar, mas entendi que estando longe (física e "espiritualmente"), não havia razão para continuar, sob pena de, mantendo pouco contacto com a vida do dia-a-dia, nada de relevante ter para acrescentar à discussão sobre a nossa terra, mantendo o "posto" de membro da casa sem o merecer.

Fecha-se assim um ciclo e acaba a minha participação nesta casa (pelo menos nestes moldes), pela falta de disponibilidade que terei. E como ninguém é insubstituível, os da casa (presentes e futuros) estou certo que continuarão a honrar o mote do Farpas:

"E na epiderme de cada facto contemporâneo cravaremos uma farpa: apenas a porção de ferro estritamente indispensável para deixar pendente um sinal."

Eu, ao longe, não deixarei de acompanhar. Afinal, apesar de tudo, a minha terra é a minha terra.

Até breve,

João Melo Alvim

19 de agosto de 2013

Charneca não é China

Cardal etc. e Tal – 6
1. Tenho e mantenho por norma existencial não ir aos figos com altarrões nem à merda com anões. Nem perdão Vos peço pelo vernáculo: a Língua só faz mal a quem a mal trata. Começo assim por necessidade de aviso: não voltarei a comentar os meus próprios textos aqui vindos a lume. Se e quando tiver algo de pertinente e crítico-construtivo a propósito de publicações das outras pessoas que por aqui “farpeiam”, muito bem, comentarei. Mas os meus, não. Que eles, textos, se comentem a si mesmos, imperfeitos e ínvios que sejam. Aviso feito, passemos à lembrança de certa ocasião interjornalística minha com o já fisicamente desaparecido senhor Menezes Falcão.

2. Nos idos da década de 90 do século passado, há já coisa de uns quinze anos, mantive, nas páginas do saudoso semanário pombalense O Eco, uma polémica opinativo-cronística com uma das mais notórias e notáveis figuras do sinédrio pombalense: o senhor Menezes Falcão. Assunto da polémica: a entrega de Macau por Portugal à China em 1999. O senhor Menezes Falcão era toda uma figura: fisicamente afranzinado por mor dos seus já muitos anos, seguia porém sendo um peso-pesado da cena cardalense. Tínhamos, ele e eu, posições diametralmente opostas em relação àquilo de Macau. Ele era todo contra, eu era mas-que-remédio. Tratava-se, no fundo, de um duplo coice da nostalgia: para ele, era o derradeiro desfiar das pérolas do Império; para mim, que fiz a 4.ª classe no exacto ano do 25 de Abril, era a minha última oportunidade de ser português com  Macau, à imagem e semelhança do grande poeta Camilo Pessanha, que por lá nos representou e cumpriu a dura solidão de sonetista ímpar.
Nada mais natural, sermos de opostas divisões e mundivisões. O senhor Menezes Falcão era um homem que se tinha dado bem na Ditadura, tendo chegado a edil nomeado a dedo, como nesses tempos cinzentos se praticava sem remorso nem justificação. Em democracia, todavia, o senhor Menezes Falcão seguiu as regras do jogo. Muitas vezes o senti enojado perante certas avantesmas parolas que lhe sucederam (e sucedem ainda, aliás). Mas foi uma figura digna, merecendo ser recordado – por uns com saudade, por outros com respeito.
A polémica foi breve. Foi breve – e foi isto também: de uma subida amabilidade de argumentos pró-pessoais entre um senhor (e um Império…) que se finava e um Zé-Ninguém que assinava, como ainda hoje assina, com o nome que meu Pai me deu. Não é que tenhamos ficado amigos. Não. Décadas de mais nos separavam (e educações; e percursos; e credos; e expectativas; e, vá lá, filosofias). Mas também nenhuma baixeza mútua nos inimizou. Sou amigo dos filhos dele, o Zé e o Henrique. E Macau é dos Chineses, pois-que-remédio: como nós por cá também não tarda muito vamos ser, senhor Menezes Falcão.
Sit tibi terra levis, enfim, locução que o senhor padre João Paulo Vaz me fará o favor de explicar aos morangos-sem-açúcar que, dia 15 de Agosto passado, foram bandeirar tangerinamente a um sítio mal escolhido (por eles): a Charneca. Mas, e só porque lá não estive, não desenvolvo para além disto: a Charneca não é a China.
Só a merda é que nunca deixa de ser o que é.
Daniel Abrunheiro

17 de agosto de 2013

À grande e à socialista

Li o panfleto com as vagas promessas socialistas chamadas de “20 compromissos”, resumidas nos painéis exteriores, e vejo que Adelino Mendes promete fazer tudo à grande e à socialista: “mais emprego”, “menos impostos municipais” e “mais apoio social e saúde”. Se estas promessas fossem concretizadas, teríamos menos receitas e mais despesas, o que revela a falta de seriedade da política, a demagogia e a irresponsabilidade.
Todos deveríamos saber, antes, quanto teremos de pagar para termos, depois, determinados serviços ou bens públicos. Porém, o PS de Pombal continua a defender a política do endividamento que levou as finanças públicas ao caos e muitas empresas e famílias à ruína. É a política da vigarice, contra a qual já aqui (blog) me manifestei várias vezes.
Por outro lado, seria interessante saber se Adelino Mendes defende a manutenção da atual política local de atribuição de subsídios a associações, como tem feito cobardemente nas votações camarárias, ou se pretende alterar tal política.

16 de agosto de 2013

Descubra as diferenças (nas festas populares)

Há coisas que podem até não ser ilegais, mas são imorais. Foi o caso da cena a que assisti ontem, na festa da Charneca, quando uma comitiva do PSD chegou ao arraial para distribuir propaganda: carros a apitar, o hino do partido no ar, bandeiras a abanar, aquele registo de "isto é tudo nosso" que só é admissível num comício partidário, onde vai quem quer.
Todos sabemos que as festas populares são apetecíveis para qualquer candidatura. É indiscutível. É lá que estão (mais) pessoas. Mas há limites que devem ser respeitados, sob pena de se virar o feitiço contra o feiticeiro. Não sei de quem foi a ideia de invadir as festas populares como se fossem comícios, mas sei que há gente do partido incomodada com isto também.
Na Charneca, a coisa descambou. E quase acabava à porrada, como noutros tempos.
Não havia necessidade.

Adenda: Ontem, domingo, na festa popular do Cabeço (Carriço), a caravana foi aconselhada por um mordomo a deixar as bandeiras e o material de campanha nos carros.

Hoje, segunda-feira, a caravana foi aconselhada por um autarca local a não repetir esta façanha nas festas da Ranha (Vermoil). Há, felizmente para a democracia e para o próprio PSD, quem se demarque de atitudes como aquela a que assistimos na Charneca, repetida mais tarde nos Vicentes. 

13 de agosto de 2013

O esquema Putin, em Pombal

Na Rússia, tal como no nosso poder local, o regime é presidencialista: o poder está centralizado no presidente.
Na Rússia, tal como no nosso poder local, existe limitação de mandatos políticos obtidos por eleição direta.
Na Rússia, apesar de existir limitação de mandatos, Putin conserva sempre o poder. Como? Simples: enquanto a lei lho permite, Putin ocupa o cargo de presidente da república e nomeia Medvedev primeiro-ministro; quando a lei o impede de continuar como presidente, Putin avança para primeiro-ministro e candidata Medvedev a presidente. Ou seja: vira o disco e toca, sempre, o mesmo!
Por cá o PSD adotou o esquema de Putin: os presidentes que não se podem candidatar vão em número dois e avança o número dois para número um. Quando o agora número dois se puder candidatar …
Há maior desprezo pelos eleitores?

10 de agosto de 2013

Escolhas que não lembram ao justo

Já aqui muito se falou de candidatos às juntas de freguesia que não lembram ao diabo (quase só os do PSD), relativamente à juventude de um, ao vínculo laboral de dois e à ausência (indisponibilidade) de outro. Pouco ou nada se falou das candidaturas do PS e nada se falou do perfil moral e ético da generalidade dos candidatos (decorrente das suas condutas no exercício profissional, no desenvolvimento de negócios e no relacionamento familiar e social) e das competências pessoais de cada candidato.
Seria necessário que generalidade dos factos referentes, pelo menos, ao relacionamento profissional ou patrimonial dos candidatos com terceiros ou familiares pudessem ser conhecidos e que os mesmos apresentassem uma “declaração de interesses” sobre o que fizeram, para podermos concluir que são ou que não são pessoas idóneas para o exercício do cargo.
Sobre os candidatos, interessa mais ao homem justo saber se aqueles não se apropriam de bens alheios (de sócios, familiares ou terceiros) e se são empenhados na atividade profissional e cargos públicos que desenvolvem do que saber se são jovens ou idosos. Interessa mais ao homem justo saber se o candidato tem vícios que poderá transmitir ao exercício do cargo do que saber se não tem experiência para alguns assuntos. A desonestidade mantém-se, a inexperiência ultrapassa-se.
Venham de lá as “declarações de interesses” de todos os candidatos.

Sinais


Quem é a figura central? O que significa? 

9 de agosto de 2013

Já chegámos às Meirinhas, pois.


Um ano depois, a obra está praticamente concluída. Como bem sabe toda a comunidade, foi graças à denúncia farpeira que se pouparam uns cobres (qualquer coisa como 300 mil euros) aos cofres do município. Depois deste post, o homem sonhou alto e a obra nasceu. Está praticamente pronto o novo Estádio das Meirinhas, essa bela localidade.

8 de agosto de 2013

O João Faria gosta é de dinossauros, não é de criancinhas

Pombal etc e Tal
1. Gostei de ver (e de ler) tantos comentários à nova candente questão da política à pombalense, nomeadamente Vila Cã. Eu não voto nem em Vila Cã nem em qualquer das outras freguesias do Concelho, por isso estou à vontadinha para achar mal que a dita freguesia possa vir a ser encarada como uma creche: uma questão de garotos, à imagem do que os partidos nacionais mostram e apontam. Se o anterior presidente “anda lá fora a lutar pela vida”, pois muito bem, não deve ser ele o presidente. Mas, pergunto eu, por alma de quem é que se lembraram disto? Não conheço o rapazinho, mas custa-me a hipótese de os próximos quatro anos serem uma imitaçãozita da tripa-forra que foi, lembram-se?, a Pombal Viva-Vila Verde. Tipo coisa assim: elege-se o miúdo e pronto, mini-queima-das-fitas no adro da Igreja Paroquial de São Bartolomeu, festival de “deejays” no meio dos carros-de-bois e das máquinas de sulfatar do Pocilgão, encontro de motards de mola nas calças na Garriapa, festival de tunas universitárias-tipo-Relvas na eira do ti’ Manel de Trás os Matos etc. etc. etc. etc.
Não acho bem. Acho que cada freguesia deveria merecer dos merceeiros do P(h)oder Local outra consideração. Acho que brincar com as pessoas não pode dar coisa boa – porque nunca deu. Sobretudo quando as pessoas não dispõem de, digamos, cabeça minimamente instruída para se não deixarem levar por cachopos. Aquilo bíblico do “Deixai vir a Mim as criancinhas” é para outro contexto. Vila Cã não é a Galileia, porra.

2. Jantei no passado dia 1 do corrente Agosto em sítio agradabilíssimo: nos Netos, Almagreira, em casa do há muitos anos emigrado Ernesto Andrade. Para além do gentilíssimo anfitrião, foram circunstante companhia o Zé Gomes Fernandes, o Adelino Malho e o Zé Guardado (candidato à Câmara pelo CDS). Só queria que vós fôsseis moscas para assistir à cena. A pombalidade foi, naturalmente, o mais recorrente assunto. As costeletas de vaca, largas como as raquetes do Luís Faria no tempo do Clube de Ténis de Pombal, pingaram suco. A pinga era boa, toda ela de marca não barata. O melão era daquele espanhol de Almeirim, mas entrou que nem mimo. Para acta de tal assembleia, fica este ponto 2. Com, naturalmente, um especial agradecimento ao Ernesto Andrade, esperando que para o ano haja mais.

3. À guisa de rodapé, deixo-vos de seguida com a crónica que publiquei hoje em Santarém (semanário O Ribatejo). Porquê? Porque me parece que o assunto dela, sendo de mais lato objectivo, pode bem ser que vos interesse:

Lembrando Manuel Dias

A vida não me deu muito tempo para deixar crescer a flor-do-sal que era a minha amizade com um homem bom chamado Manuel Dias. Deu-se ele ao trabalho de morrer sem aviso, aqui há umas temporadas. Era um exímio cultor da Língua Portuguesa, que toda a vida foi o instrumento de trabalho dele. Jornalista, escritor, exímio narrador oral de episódios da vida, graves uns, hilariantes outros. Um destes últimos é o que me traz hoje a esta coluna.
Contou-me o Man’el que, de certa vez que um clube português da bola se deslocou à Grécia para um desafio uefeiro, um muito conhecido figurão dessa arte do coice e da cabeça que integrava a comitiva foi a uma “casa-de-tia”, como se diz no Norte. Era em Atenas. O referido figurão tinha consigo uma apreciável maquia, como parece ser costume entre os futeboleiros a partir de determinado nível. Acudindo-lhe ao faro venéreo certa senhora profissional circunstante, chamou o empregado e perguntou-lhe quanto é que em dólares lhe ficaria o gasto pela companhia e o doce usufruto da referida. O empregado foi e veio.
“ – Ela diz que são cem dólares”, informou.
O cliente nosso protagonista disse assim então ao rapaz:
“ – Diz-lhe que está bem, mas avisa-a de que eu gosto de bater um bocadito!”
O empregado foi e veio.
“ – Ela quer saber se o bocadito é muito ou pouco.”
E o figurão:
“ – Diz-lhe que é só até ela largar os cem dólares.”
Como o nosso jornal vai parar duas semanas para o mais que merecido descanso do pessoal, resolvi cronicar este episódio hílare em alternativa às coisas algo macambúzias que aqui costumo plasmar. Mas desde já aviso que há rabo mal escondido de gato irónico nesta minha prática. Por outras palavras: vou ser mauzinho. Noutros termos: vou figurar bitaite azedo. De outros modos: vou-me às canelas da Merkelzita local, aquela que mente que não mente.
A culpa é do meu saudoso Manuel Dias. Fosse ele vivo, que a história ateniense acima exposta seria rebuçado narrativo de bem melhor embrulho linguístico. Paciência, hei que ser eu a fazer-lhe as vezes. Ora, que poderá ter Maria Luís Albuquerque que ver com a anedota helénica? Pelo lado figurado (e, note-se, devidamente separadas as águas contextuais do prostíbulo de luxo que deu cenário ao episódio pícaro e caricato dos cem dólares), tem ela, não muito, mas tudo que ver.
Porque, tal como a mim, já várias vezes terá apetecido ao meu Leitor bater na agora ministra. Mas, claro, não muito.

Só até ela largar os “swaps”.

Daniel Abrunheiro

Um momento de (bom) humor


Uma rábula com semelhanças a outras rábulas ...

7 de agosto de 2013

Escolhas que não lembram ao diabo (IV)

Em Vila Cã, o PSD não recandidatou o atual presidente da junta (Jorge Silva) porque, sendo empresário da construção civil a operar em França, não tem, supostamente, disponibilidade para exercer o cargo.
Em Carnide, o PSD escolheu para encabeçar a lista um empresário da construção civil (Sílvio Santos) a operar em França,  onde se desloca frequentemente e permanece por longos períodos.
Dois pesos e duas medidas. O caso de Vila Cã continua muito mal explicado. 

Quem maquiou nas Swapes

A preocupação da comunicação social, no seguimento da argumentação pública do PS, é saber quem mentiu na informação sobre as swapes. Não lhes interessa saber ou discutir quem negociou as swapes e quem lucrou com elas. O que lhes interessa noticiar é que o governo anterior, do PS, informou o atual governo do PSD sobre os contratos, numa campanha para ocultar os resultados ruinosos das Swapes.
Já conhecíamos a posição contraditória da comunicação social entre os 3 anos de estado de graça oferecidos ao governo do PS e a intolerância imediata atirada ao governo do PSD. Ficámos agora a conhecer a posição manipuladora.
Entrando na discussão atual, direi que não é provável que alguém (o governo PS) informe o sucessor (o governo PSD) sobre todos os pormenores de  negócios ruinosos para a nação. Isso seria confessar culpas e responsabilidades, políticas, cíveis, criminais, políticas, etc.
A comunicação social, tal como o Tribunal Constitucional, é um outro governo com muita força e muitos interesses…

6 de agosto de 2013

Escolhas que não lembram ao diabo (III)

Em Pombal, é agora moda candidatar funcionários públicos locais às juntas de freguesia. Não é ilegal – nem o deveria ser – mas é uma situação potencialmente pantanosa. Não estou a falar do aspeto formal (remunerações e tal, estabelecidas na lei), mas de outra dimensão do exercício dos cargos políticos, tais como, a liberdade política e o condicionamento da autonomia política e individual.
É eticamente insustentável que um presidente da junta acumule o cargo com o de funcionário na câmara ou, ainda pior, com o de funcionário da junta que lidera. Logo, os candidatos que são funcionários autárquicos devem assumir, durante a campanha, uma opção clara: funcionário autárquico ou presidente da junta. A bem da transparência.

5 de agosto de 2013

Obras de luxo e de lixo

Alguém me questionava recentemente sobre as obras de remodelação da cidade, dizendo que se há dinheiro para o luxo dos gastos nas obras também deveria haver uma pequena fatia para resolução das dificuldades de trânsito do antigo IC8 para o IC2 no entroncamento do Alto do cabeço em Pombal. As dificuldades de trânsito são visivelmente ainda maiores durante as festas do bodo e durante as férias grandes.
Depois, pensei eu, que também poderia despender-se um pouco de atenção e de tempo com a limpeza dos silvados do Barco, não só os que são visíveis do lado direito do antigo IC8, à saída de Pombal, como os que ficam ocultos atrás das casas de habitação do lado esquerdo.
Esta política de mostrar luxo nos locais mais visíveis e mais frequentados e de lá ocultar “mamarrachos em evolução” ou de ignorar ou ocultar o lixo nos outros locais, faz-me lembrar a história que me contavam sobre a conduta de alguns habitantes de algumas aldeias mais afastadas dos centros urbanos que, durante a década de 50 do século passado e em vésperas da visita pascal do pároco da paróquia, varriam o ciscalho da sala para baixo do arquibanco.

3 de agosto de 2013

Escolhas que não lembram ao diabo (II)

Em Vila Cã, o PSD resolveu não recandidatar Jorge Silva e apostar num tal João Santos (um rapaz de 22 anos, recém-licenciado, sem qualquer experiência autárquica ou outra).
É esmagadoramente reconhecido que Jorge Silva exerceu o mandato de forma empenhada e tranquila, sem controvérsias (o que nos tempos que vão correndo deveria ser uma boa carta de recomendação). Toda a gente, apoiantes e opositores, contava com a sua recandidatura.
O que terá levado a direção do PSD local a riscar Jorge Silva?
Ou, mais estranho ainda, que razões estiveram por detrás da aposta no rapaz João Santos?
Os eleitores de Vila Cã merecem uma explicação para tão estranho golpe.

2 de agosto de 2013

O que fizeram do Cardal

Que está melhor do que estava? Claro que sim. Melhor fora se não estivesse! Só continuo a achar discutível gastar qualquer coisa como dois milhões e meio de euros naquilo. Mas se o executivo considerou obras prioritárias...é porque isto está muito melhor do que parece.
A pála (inspirada na Expo'98, como se percebe) ainda é o mal menor. O mamarracho (que o candidato do CDS à Câmara promete demolir, se for eleito) é uma coisa que não lembra ao diabo, quanto mais a políticos crentes e devotos: o pior de tudo é o efeito muro em frente à Igreja do Cardal.
Os bancos também dão muito jeito ali, mas alguém se esqueceu de tirar as medidas. A maioria das pessoas não consegue estar sentada e bater com os pés no chão. Façam o teste, leitores.
E por fim, as "cardaleiras", como lhes chamou o meu amigo João Pimpão em jeito de brincadeira, no Facebook. À excepção do meu vizinho da frente, não conheço ninguém que tenha caído, efectivamente, e se tenha magoado (mesmo) naquela tontice disfarçada de pinos para delimitar o trânsito. Mas é um exercício interessante apreciar a quantidade de gente que todos os dias ali tropeça.
Como é? Demora muito para fazermos uma petição a exigir a retirada daquilo?

1 de agosto de 2013

Viva mas é a Família Araújo e Deus também!

Pombal Etc e Tal
1. Na quinta-feira passada, 25 de Julho, não publiquei aqui a crónica já habitual por causa de dois sábados, os de 20 e de 27 do mesmo mês, que me fizeram bem mas me entorpeceram a tropelia gráfica que tanta confusão por vezes gera a espíritos decentes e honestos e simples como os do António José Roque.
A 20, subi com a minha Senhora à Cafetaria do Castelo (que não conhecíamos, nem um nem outra) a saber da candidatura de Carlos Lopes à Freguesia de Pombal. Dele e da equipa, note-se. Fomos a convite, que de outra maneira não iríamos: isto de partidarizar autarquias sempre me arrepiou o espinhaço ateu em matéria de religiões (ou seitas) partidárias. Não foi o caso: o discurso das pessoas daquele projecto pareceu-me limpo e de gente para gente. Já lá vamos.
Em antítese, da apresentação do senhor Nascimento (também) Lopes, digo nada: pela simples razão de ninguém me ter convidado. Perda minha e prejuízo de ninguém.
Escrevo esta crónica para o Farpas a meras duas horas da apresentação pública, no Jardim do Cardal, da candidatura de Adelino Mendes y sus muchachos à Câmara. Também fui convidado, mas o ácido úrico decorrente da já não pouca idade e dos muitos copinhos de malvasia por desjejum não me permite tal boa hora. Também não fui à do Diogo Mateus, para prejuízo de ninguém e só perda minha: pois que sempre gostei de assistir, com estes que a terra há-de comer, à frivolidade tangerina de tanta juventude que não lê para um dia, como a gaja Espírito Santo, poder brincar aos pobrezinhos nalguma choupana de bifanas a caminho da Kyay.
2. A 27, entretanto, fui a outro acontecimento pombalense da mais supina importância: a Sardinhada anual da Família Araújo. Ali, de tão devotos, ninguém vai a votos. Toda a gente se sente eleita. Foi a 26.ª vez que tal efeméride viva se vivamente deu na História de Portugal. Bem hajam os Araújos.
3. Retomando o fio: Carlos Lopes, Adelino Mendes, Diogo Mateus e o moço António José Roque. Comecemos por este fim para lhe dar primazia de primeira. Quis a má-hora (dele) fazê-lo andar:
a) A incomodar telemobilisticamente amigos comuns inquirindo “por que raio me tinha eu vendido ao Diogo”. Foi por causa daquela minha brincadeira, em crónica anterior, dos bilhetes & bilheteiros do Estádio Municipal, de o PS não eleger vereador nenhum, das favas contadas do Diogo etc. etc. etc. etc. até à exaustão. Foi ele o único que não percebeu aquilo que o Zé Gomes Fernandes percebeu logo: brincar é uma coisa séria. Mas para isso, além dos dois deditos de testa, é precisa esta simples coisa: ter unhas nos dois deditos de testa.
b) Em página (minha) do Facebook, ousei eu fazer brincadeira (aliás indignada) com todo este carnaval a propósito do filhote real da monarquia britânica. Veio o Roque. Logo. Pois claro. Que até “estima aquela Família Real”. Que eu deveria ter “educação cívica e moral”. Ora, acusarem-me de não portador de “educação cívica e moral” é pior, para mim, do que me castrarem depois de me terem prometido coçadelas nas bolsas gónadas.
c) É portanto, educada, cívica e moralmente, que digo aqui em voz tão alta quanta me puder ouvir a Lua que ao Castelo da nossa praça sobe para iluminar a vergonha de betão daquelas escadarias: ninguém de boa prece e melhor deus anda por aí a mostrar a desfiliação do PSD como ele. Porque nem o PSD o quer para nada, nem o PS há-de querer – local como nacionalmente. NB: há quem, como ele, e aliás decentemente, viva de tinteiros; o problema é que eu vivo para a tinta. Os tais dois dedinhos de testa, pá. Que se lixe o bebé real. Ou os que nunca passam de bebés.
3. Agora o Diogo: a única questão dele é tomar o Poder, que se calhar merece. A “coisa” daquilo da América Latina etc. é propaganda. A minha dúvida é se ele se propõe, uma vez edil, trazer para o Cardal a banana do Brasil, a cocaína da Colômbia ou alguma milonga da Argentina. No resto, não acredito – como ninguém.
4. O Adelino: deveria, a meu ver, ter feito como fez o sempre correcto João Melo Alvim na apresentação do Carlos Lopes. Isto é: estive, não quiseram, que ao próximo queiram. Há um cansaço exposto na repetição. E a novidade fundamentada (na dignidade, por exemplo) é carta a ter em conta no baralho. Ao Adelino Mendes, atenção, nenhuma dignidade falta. Nem há-de faltar. Mas seria preciso outro nome, outra coisa não tão parecida com, digamos, uma tó-zézice insegura.

5. Acabo com o padre. Parece que se chama João Paulo Vaz, que toca viola e baladas tonycarreiro-litúrgicas. Mas repare-se agora nisto: a política de distribuição de subsídios da presente administração camarária é zona muito sensível. Críticas não faltam a certos rumos dados aos dinheiros públicos. Comissões fabriqueiras de igrejas incluídas. É ou não verdade que o boletim paroquial cá da parvónia (e a cores, santo Deus!) beneficiou de qualquer coisa como 2500 euros? Vindos de quem? Ora! Da Câmara. A qual, recorde-se, recorte-se e cole-se, é financiada por um Estado constitucionalmente laico desde 1910/11. Mas que só é laica até o velho Narciso se ajoelhar, cíclico e fatal como o sarampo infantil e o alzheimer senil, no Convento do Louriçal cada 15 de Agosto, à aparente mercê de uma Boa Morte (política) que não há modo de se dar, chiça. Parece, ainda, que o padre Vaz, moço de trintas e poucos, se arroga o direito de esmifrar “certificados de idoneidade” a este e àquela. (Sobretudo àquela). Prece, rogação e oração minha: tenha juízo, moço. Assistir ao pé das “entidades locais” (Narciso e Diogo) ao concerto da Ana Moura, vá que não vá. Mas cantar como ela, nem o Diabo lhe há-de dar. A não ser que, para o ano, queira vir comigo à Sardinhada dos Araújos, onde Deus aparece sempre ao terceiro garrafão mas o Narciso nunca, para bem dos nossos pecados. 

Daniel Abrunheiro