Há dias, após longa ausência, resolvi marcar presença na
Reunião Geral de Militantes da Concelhia do PS de Pombal. A ordem de trabalhos
prometia: 1-Análise e balanço dos resultados eleitorais; 2-Análise da situação
politica. Prometia mas não cumpriu. De onde não há, não se pode tirar.
A reunião começou sem quórum, com 45 minutos de atraso. Uma
espera inglória por militantes que não existem. Cinco militantes de base e sete
dirigentes ouviram, resignados, as longas explicações do líder, resumidas desta
forma: o partido não tinha atingido os objectivos; tinha até perdido a única
junta que detinha, mas elegeu mais um vereador; perdeu votos, mas o PSD perdeu
muitos mais. Logo, atendendo às circunstâncias, os resultados não foram maus!
No final da intervenção do líder, o presidente da assembleia
perguntou se alguém queria intervir. Ninguém se manifestou.
O presidente passou de imediato ao ponto 2. Análise da
situação politica. O líder relatou as ações do partido no pós-eleições:
instalação dos eleitos, os (desastrosos) casos de Abiúl e Almagreira e anunciou
o calendário das eleições. Informou, ainda, que a última listagem de militantes
recebida na concelhia indicava que a concelhia só tinha dez militantes com as
quotas em dia e que as listas aos órgãos concelhios exigiam, no mínimo, 25
militantes (15 efetivos + suplentes).
Aquilo mais parecia um velório, e num velório aconselha-se
contenção.
Mas o cadáver não será enterrado, o ritual continuará!