31 de janeiro de 2013

Quo Vadis ETAP (II)?

No seguimento do nosso anterior “post” sobre a ETAP, aqui publicado no dia 10-07-2012, vamos ironizar um pouco sobre algumas indemnizações laborais ou despesas “volutuárias” e negligentes semelhantes que consta) terão sido suportadas por aquela instituição, desde 2010, e sugerir uma profunda reflexão sobre o assunto.
Se eu estiver errado sobre os valores indicados, quem de direito que os corrija.

- Destituir o Infante D. Costa, contra travamento de inspeção, balúrdio de valor desconhecido.
- Desinfetar o cheiro de um ano da caca de bebé (ATL), perda do valor das obras.
- Substituir o Ribeiro de Sousa por cinco regatos, custos inerentes.

- Sarar as feridas de Lázaro, cerca de €35.000,00;
- Extinguir o perfume da flor Margarida, cerca de €35.000,00;
- Devolver a francesinha Natalie, desconhecido;
- Importar o aroma dos Jardins da Serra do Sicó, cerca de €30.000,00;
- Levar a certificação à putrefacção, equivalente ao custo inicial, cerca de €35.000,00…
O contribuinte não conhece estes dados e muitos outros, porque “não tem direito de conhecer”, embora tenha o dever de pagar.
Seria muito mais barato e muito mais prestigiante substituir a chefia do que os professores.
Quem são os responsáveis pela manutenção da organização?

26 de janeiro de 2013

Demissão de Paulo Júlio

Paulo Júlio pediu a demissão, e foi aceite, do cargo de secretário de Estado da Administração Local, porque foi acusado pelo Ministério Público de ter beneficiado um familiar, num concurso para chefe de divisão, em 2008, quando era presidente da câmara de Penela (coisa que se faz por outras bandas, às descaradas).
Fica, no entanto, uma dúvida: a demissão de Paulo Júlio revela sentido de estado ou pressa em abandonar a RATA?

22 de janeiro de 2013

Bravo, sr. presidente!

Eu sabia que alguma vez haveríamos de estar de acordo:
Em comunicado, o presidente da Câmara de Pombal, Narciso Mota, acusa a EDP de não ter feito o que devia, nem ter limpado as zonas de floresta adjacentes às linhas de alta e média tensão, de modo a evitar um apagão de uma dimensão tal que, em tempos recentes não há memória. O autarca refere mesmo que a empresa, agora dominada pela China Three Gorges Corporation deveria repensar o seu papel com o parceiro no desenvolvimento nacional. Narciso Mota afirma ainda ter notado a ausência de uma voz “amiga e solidária” da Administração Central e do Governo.

“Na madrugada do passado sábado, o Concelho de Pombal foi fustigado por uma das maiores intempéries de que há memória. A força da natureza derrubou centenas de árvores, dobrou sinais de trânsito, destruiu telhados, tornou estradas e caminhos intransitáveis, suspendeu comunicações e deixou milhares de pessoas e dezenas de empresas sem água e sem electricidade.

É de lamentar que a EDP tenha manifestado, nestes dias, uma tão profunda impreparação para acudir a situações de emergência nacional. Demonstrou que perdeu a capacidade de resposta às necessidades de abastecimento em tempo de crise, colocando-se hoje a dúvida de como corresponderá para providenciar o abastecimento energético em caso de crise mais grave.
Da mesma forma que terminámos com os nossos guarda-rios e guardas florestais, que providenciavam a manutenção adequada e equilibrada dos nossos rios e florestas, notamos hoje que a EDP delapidou o seu historial de manutenção das redes eléctricas assim como a limpeza adequada dos seus corredores florestais. Notamos ainda o desaparecimento dos seus quadros técnicos mais qualificados afectos aos diversos concelhos, por força de reformas antecipadas que os substituíram por jovens quadros sem capacidade de decisão no terreno, completamente dependentes de administrações centralizadas em Lisboa e Porto, que lhes cortam a capacidade de resolução de problemas locais e imediatos.

A EDP por força de estar mais preocupada com mega investimentos no estrangeiro, deixou de ocupar o seu desígnio nacional de parceiro no desenvolvimento económico do nosso país. Um parceiro de quem os nossos empresários dependem para poder laborar, produzir e criar riqueza, mas um parceiro que, pela ineficiência demonstrada neste fim-de-semana, é um parceiro que terá que repensar o seu papel na estratégia de desenvolvimento nacional.
Não podemos deixar de enaltecer o trabalho de todas as freguesias na sua disponibilidade total junto das populações. É caricato que estas estruturas autárquicas, que garantem a operacionalidade e manutenção do território local, mantendo um serviço de maior proximidade com os cidadãos, são aquelas que a muito curto prazo irão sofrer remodelações que seriam melhor aplicadas noutras estruturas de poder.
A diferença de actuação entre estes dois patamares [poder local vs administração central e EDP] daquilo que deveria ser o verdadeiro serviço público de interesse nacional, deve merecer uma profunda reflexão, questionando- nos se em pleno século XXI as actuais opções estratégicas são aquelas que melhor servem o nosso país.
A nossa primeira preocupação foi a de movimentar os serviços municipais e, com o apoio dos nossos incansáveis 17 Presidentes de Junta de Freguesia, colocar máquinas e equipamentos a trabalhar para acudir as nossas populações, desimpedindo estradas e caminhos, remover árvores caídas sobre edifícios e assegurar que o abastecimento básico de água às populações fosse reposto.
Compreendendo que as nossas obrigações, perante as calamidades imprevistas da natureza, são de atender àqueles que dependem de nós, não podemos deixar de lamentar que a nossa função enquanto autarcas tenha sido limitada, pela falta de preparação nacional para lidar com eventos desta natureza.
Quem, como eu, andou no terreno, motivando, liderando, decidindo e ajudando na resolução das diversas situações de calamidade a que tivemos de atender, notou bem a falta de meios de comunicação fixos e móveis, quer dos operadores privados de telecomunicações e lamentavelmente do próprio SIRESP - Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal.
Notámos também a falta de uma entidade nacional coordenadora na gestão da crise, que liderasse a acção prestimosa dos nossos bombeiros ou das nossas forças de segurança.
Notámos a ausência duma voz amiga e solidária com responsabilidade tutelar, que nos perguntasse se estávamos bem ou se precisávamos de ajuda por parte de quem tem a responsabilidade de governar um território maior que o nosso.

Da nossa parte fizemos o que nos compete fazer. Faltando-nos cumprir o total
reabastecimento de água ao concelho por nos faltar a tão necessária energia eléctrica que nos permita colocar os nossos equipamentos a funcionar.
Da mesma forma se sentem as famílias do nosso concelho, os Lares de Idosos e os Centros de Dia, bem como centenas de empresas que estão privadas de laborar normalmente condicionadas aos serviços prestados por uma empresa abastecedora de energia que, infelizmente, já não é nossa.”

2013-01-22

21 de janeiro de 2013

Pombal é um dos concelhos mais afectados? Jura?

O senhor da EDP fez ontem à noite uma revelação na TV que nem por isso nos deixou de olhos em bico: O distrito de Leiria é um dos mais afectados pelo temporal, particularmente o concelho de Pombal. As horas passam e há milhares de pessoas sem luz, sem água e sem telefone desde sábado. De Albergaria a Abiul, o concelho-charneira anda às apalpadelas. Na cidade, já sabíamos desde 2006 que atiramos a Veneza nas horas de muita chuva. À volta, ficámos a saber que a parte florestal dos 640 km2 pode dar mais chatices com o vento do que até com os fogos. Desta vez somos apenas uma gota no oceano nacional. 
Tendencialmente ignoramos os alertas. Só que desta vez era verdade, como na história de Pedro e o Lobo.
Escrevi este texto no Aventar à laia de crónica das horas difíceis. As fotos que aqui publico são do Louriçal, Santo António e da minha Moita do Boi, tiradas ontem à tarde. Na nossa página do FB há partilhas de outras imagens, de outros pontos do concelho.
Digam-me agora para que servem os planos municipais de emergência.

17 de janeiro de 2013

“Lingerie” bíblica


Conta a Bíblia que a conduta incestuosa entre Herodias e Herodes Antipas gerou escândalos públicos “silenciosos”, decorrentes da corrupção moral e económica do estado, e provocou a censura do crítico João Batista, cuja cabeça foi oferecida a Salomé numa bandeja.
A história atual (fictícia), já com alguns anos, também tem uma Herodias e um Herodes, sem incesto mas com troca de favores pagos com os recursos do estado. O escândalo é ainda maior, quando um dos aios, florzinha colorida pago com recursos públicos, gasta parte do tempo do seu trabalho a organizar viagens exóticas ou a escolher a “lingerie” que há de ser despida por Herodes a Herodias.
Ao João Batista dos tempos atuais não importa a conduta moral (particular) de cada cidadão, mas apenas ter de pagar vícios e divertimentos pessoais dos seus governantes e de suportar as consequências na governação. Também o preocupa o servilismos de alguns pedantes e petulantes, ditos pensadores livres e aspirantes a escribas, que “admiram” e apoiam…

16 de janeiro de 2013

Diz que é uma espécie de jornal

Queria chamar-se Jornal de Pombal mas pelos vistos a marca já estava registada. Sendo assim, ficou Pombal Jornal. O que aqui se publica - e circula por aí - é uma carta para angariar assinaturas para o mensário, que se anuncia para Fevereiro próximo.
O que dizer? Quando caminhamos no deserto, qualquer miragem serve para iludir.

15 de janeiro de 2013

Justiça de mierda

Macário Correia perdeu o mandato de presidente da câmara de Faro porque, enquanto presidente da câmara de Tavira, violou os regulamentos de urbanismo e ordenamento do território. Nada que não se faça por outras bandas, mas, apesar de denunciadas a todas as autoridades com poder sancionatório e após confirmação pela entidade fiscalizadora, ficaram impunes. 
 

13 de janeiro de 2013

A SAÚDE do PS de Pombal



O PS de Pombal decidiu mostrar-se. Que seja bem aparecido! E para tal escolheu – reparem só - a Saúde.
A malta que manda na Alexandre Herculano n.º 7, 1.º Esq, deveria saber que o PS de Pombal é para Pombal, e que o PS de Pombal não risca nada na Saúde, em Pombal ou noutro lado qualquer. Então por quê discutir a Saúde (nomeadamente em ano de eleições autárquicas)? Só pode ser por uma ou as duas razões seguintes: o PS de Pombal desistiu de ser poder em Pombal; ou, o PS de Pombal está muito preocupado com a (sua) Saúde.

O que é preciso é ter ambição

Ana Gonçalves, vereadora da CMP, em entrevista ao Jornal de Leiria, na semana passada.

11 de janeiro de 2013

EMPREGO

Entidade sem fins lucrativos, líder concelhio na criação de emprego, com avultados recursos financeiros e sempre disposta a ajudar os seus, procura:
Função:
- Avaliador de Imóveis
Perfil do candidato:
- Sem formação especifica;
- Sem experiência na função;
- Dos nossos (preferencialmente da Jota).
Oferta:
- Contrato de prestação de serviços;
- 3.570,00 €;
- Regime part-time.
Contacto:

10 de janeiro de 2013

O julgamento da Myriam


É hoje, em Lisboa. A Myriam  Zaluar vai ser julgada por "desobediência qualificada". E eu percebi, nos últimos dias, que a maioria das pessoas desconhece a história, tal como desconhece o que se passa, realmente, neste país supostamente livre.
Aqui um resumo dos acontecimentos (feito ontem pelo Público) que levam essa perigosa agitadora social ao banco dos réus. 
Falta dizer que conheço a Myriam. é jornalista, mãe e mulher. E que sei de como só quer o que deveria ser nosso: trabalho, dignidade. Por ela, por todos nós, espalhem a notícia. Porque isto não é ficção. Está a acontecer.

9 de janeiro de 2013

“Ai linda”, ai lindo jornal


Era com as palavras “ai linda” e com uma carta na mão a acenar, que um carteiro, no final da década de 60 do século passado, anunciava as cartas às destinatárias que corriam felizes na sua direção para saberem novas dos seus esposos deslocados para terras distantes.
Tal como o carteiro que distribuía o correio na freguesia de Carnide, Ana Pedro decidiu anunciar um novo jornal para Pombal e ainda anunciar-se como diretora do mesmo.
Para tanto, passou a visitar empresários e organismos públicos, onde anda a pedir apoios na companhia dos “avales/garantes da verdade” de dois ex-colaboradores do “Correio de Pombal”. Entre os vários apoios ou clientes que diz já ter angariado, estão a ETAP e a Câmara Municipal de Pombal.
A necessidade da criação do novo jornal estará ligada ao futuro incerto do “carteiro” na ETAP, face à incógnita das opções do próximo novo executivo camarário, e à proximidade da época de eleições autárquicas, geradora de eventuais notícias e apoios.
Tal como aconteceu há cerca de 20 anos, quando chegou a Pombal, o “carteiro” tem também agora de ir à luta, de conquistar corações e de garantir o futuro.
“Ai linda”…

7 de janeiro de 2013

Eu voto Farpas!

O Aventar está a promover um concurso de blogues nacionais com vista a "promover e divulgar o que de mais interessante se faz na blogosfera portuguesa". Nós concorremos na categoria "Locais/regionais". Se quiserem dar-nos o vosso voto, podem fazê-lo aqui.

RATA cara

O Núcleo de Estudos de Direito das Autarquias Locais, que funciona na Universidade do Minho, concluiu que a reforma das freguesias vai aumentar os custos do Estado com estas estruturas.
Só pode! Feito, como tem sido...

4 de janeiro de 2013

Bem prega Frei Tomás

Tudo deve mudar para que tudo fique como está.
Giuseppe Tomasi di Lampedusa

Esta frase a propósito da recente notícia de que os gabinetes ministeriais ignoram austeridade, continuando a agir como sempre, sem respeito por tectos máximos, despesas com cartões, etc. Aliás, sem respeito pelo contribuinte. Pelo cidadão. Se antes já era censurável (o desperdício, a ausência de regras na gestão do dinheiro público é sempre censurável), agora, em que se apregoam exemplos (o ar condicionado nos Ministérios de Cristas já terá regressado?) e se quer e pratica um ajustamento, esta imoralidade descredibiliza todo e qualquer esforço. Notem que nem falo em vencimentos ou num regular funcionamento, com dignidade, de um gabinete. Falo de um esforço, um exemplo que, claramente não há. Porque não há consciência possível que justifique mais uma afronta a um esforço que tantos fazem, desde pessoas singulares a empresas.

Principalmente depois do Pedro, senhor que ocupa um cargo de debitador de banalidades, tutelado por um morto-vivo político, acossados por um fanático de Excel, ter escrito estas singelas linhas no Facebook:

"A eles, e a todos vós, no fim deste ano tão difícil em que tanto já nos foi pedido, peço apenas que procurem a força para, quando olharem os vossos filhos e netos, o façam não com pesar mas com o orgulho de quem sabe que os sacrifícios que fazemos hoje, as difíceis decisões que estamos a tomar, fazemo-lo para que os nossos filhos tenham no futuro um Natal melhor."

Acrescento que nunca uma utilização de pronomes me pareceu tão adequada: os vossos vs os nossos.


2 de janeiro de 2013

O candidato que falta anunciar


Nas eleições autárquicas mais esquizofrénicas de sempre (as de 2013, sim), o PS terá escolhido estes primeiros dias de Janeiro para anunciar as diversas candidaturas no distrito de Leiria. Em terreno adverso para conversas côr-de-rosa, ficámos a saber ontem mesmo pelo Notícias do Centro que já são conhecidos alguns candidatos, nomeadamente em Figueiró dos Vinhos e Ansião. A decisão de o anunciar publicamente terá acontecido na noite de 28 de Dezembro, em sede de comissão política.
Ora, nessa noite, quase passou despercebido aos media o anúncio que o vice-presidente da Câmara de Leiria, Gonçalo Lopes (o homem do aparelho no executivo) fez no Facebook, através da comunidade "Autárquicas 2013", revelando a recandidatura de Raul Castro.
Hoje mesmo, no vizinho concelho de Ourém, Paulo Fonseca também anunciou a sua recandidatura.
Acontece então que nos próximos dias o PS de Pombal também deverá apresentar publicamente o seu candidato. Perante a recusa do desejado José Manuel Carrilho, a indisponibilidade do líder Adelino Mendes, e a impossibilidade do veterano João Gouveia, ali de Soure, sobra para Carlos Lopes (vereador) a tarefa hérculea de encabeçar a lista do PS às eleições autárquicas deste ano da (des)graça de 2013.
Aguardemos então o anúncio oficial.