Meus caros amigos, atentem nesta noticia, que é um mero exemplo de uma triste realidade portuguesa:
Esta noticia é de 15 de Julho de 2014. É uma nomeação politica, como tantas outras. Temos destas coisas todos os dias, e a todos os níveis da administração pública, seja ela central ou local.
Muito poderia ser dito sobre as nomeações. São justificadas, pelos seus defensores, por serem para o desempenho de "cargos de confiança politica". Outras nomeações formalmente diferentes mas iguais na sua essência, são aqueles "contratos de prestação de serviços" que tanto se assinam por esses (estes?) municípios fora.
Ora, mesmo dando de barato que tal processo, só por si, não é criticável (já que essa discussão daria para um rio de argumentos), o que me parece indesmentível é que ele, uma vez iniciado, deve ser levado até ao fim. E como tal, deve produzir consequências quando as coisas correm mal.
Para tentar ser mais concreto, vou exemplificar, usando o caso acima identificado: a ministra nomeia este sr. António Brigas Afonso (este e nenhum outro... tinha que ser ESTE), ao invés de levar a que o cargo entre numa natural progressão de carreira, porque o cargo exige CONFIANÇA POLITICA!
Muito bem. Senhora Ministra, mas tem que ser mesmo este cavalheiro? "Sim, este e só este... este é que é o special one, aquele em quem eu confio, do ponto de vista técnico, pessoal, politico...".
Ora, acontece que as coisas por vezes não correm bem. O homem fez asneira, e o governo limita-se a dizer que "ele fez muito bem em demitir-se" e a fazer uma cara de virgem ofendida.
Fica mal, meus amigos. Fica muito mal, até porque há menos de um ano, este mesmo governo nos obrigou a pagar o ordenado a este senhor porque "este é que é o tipo que tem a minha confiança".
No mínimo, é preciso assumir o erro da escolha. Mas bom mesmo era que o aval que lhe deram para o contratar, fosse efectivamente cobrado agora, que se viu o erro. Só assim se tinha (a meu ver) legitimidade para se continuar a nomear pessoas. É que isto de cometer erros com o dinheiro dos outros, é muito bonito, e particularmente fácil.
O exemplo dado foi para pegar num caso actual, que todos reconhecem. Mas isso também se passa por cá, a nível municipal. Vamos começar a apontar os casos?