Depois da sessão de ontem da Assembleia de Freguesia de Pombal, deixei de acreditar nos regulamentos. Erro meu, má fortuna, tempo descrente...este em que as instituições da terra (supostamente laicas) estão rendidas ao trimestre que o Bispo aqui passou - e que teve de tudo, desde a benção das máquinas (tenho especial carinho pela roçadoira de Pombal) até às coreografias que as senhoras professoras ensaiaram com os meninos, num total desrespeito pela liberdade religiosa de cada família. Foram três meses apoteóticos para a comunidade. D. Virgílio é simpático, um líder cativante, e no dizer de uma beata cá da terra "um pedaço de mau caminho" - expressão do léxico feminino para descrever os homens bem apessoados.
Mas essa é conversa para outro post. Este serve para beatificar os 2.500 euros que a Junta de Pombal atribuiu à Fábrica da Igreja Paroquial. Para suportar as obras mais recentes da Igreja - respondeu-me ontem o senhor presidente da junta, à dúvida levantada.
Qualquer executivo de uma Junta é soberano para distribuir o dinheiro dos cofres (cheios, como felizmente estão os nossos). O único senão é que existe um regulamento, desde 2005, que estipula um tecto máximo de mil euros para apoio a associações e festas religiosas. E foi esse que suportou (!) a decisão autárquica.
Posto isto, não sei que diga aos dirigentes associativos que se desunham por apoios (às vezes logísticos, como a cedência de transporte). O melhor é irem à missa, todos os dias e com devoção. E uma vez praticantes, que integrem o Coro Municipal Marquês de Pombal, pronto para viajar até à Checoslováquia, e levar longe o nome de Pombal - com o apoio de 750 euros, que a Junta deu para a viagem, mesmo sem se tratar de uma associação e ser, como o nome indica... municipal.