31 de agosto de 2011

Oposição à Mário Palma!

Perdoem-me os entendidos em basket (a nossa selecção lá anda em terras bálticas a fazer pela vida) se a referência estiver errada. Até porque o assunto é outro. Tenho visto o "lider da oposição", em Pombal, muito próximo e sorridente do nosso Presidente e demais vereadores, nas fotografias que a comunicação social vai publicando. Será um novo estilo de oposição, tipo "marcação homem-a-homem"?

Miguel Relvas dixit



"os municípios terão também que acompanhar este esforço de racionalização ao nível da sua organização interna. A título de exemplo, basta referir que existem no actual modelo local 2078 eleitos, entre presidentes e vereadores, e quase três mil dirigentes. Repito: três mil dirigentes. Este notório excesso de funcionários para a dimensão do território resulta de uma acumulação de erros ao longo da última década e impõe-se agora corrigi-los com determinação."


Eu não diria melhor, senhor ministro. Armado em iluminado, é?

29 de agosto de 2011

Ponte D. Maria

Não sei o que se passa com a ponte D. Maria. Foi inaugurada e esteve aberta apenas durante as festas do bodo. Depois fechou e assim continua desde há cerca de 1 mês.
Talvez estejam a “fabricar” coragem para arrancar os cepos de granito, de quinas afiadas, colocados sobre a ponte para protecção não sei de quê, menos das pessoas.
Vi crianças colocarem os pés calçados sobre as quinas dos ditos “cepos”, sem avaliarem o perigo de escorregarem, caírem e ferirem-se. Pensei no que poderá acontecer às pessoas menos atentas ou com dificuldades de visão…
Talvez a dona da obra também tenha reflectido sobre estas questões, depois da obra executada e do dinheiro gasto. Talvez também deva pensar no dinheiro que foi (muito mal) gasto na zona envolvente ao castelo…

27 de agosto de 2011

O desarranjo ordenado

Em Pombal, a ordem urbanística é um desarranjo ordenado. Existem leis, planos e regras mas, acima de tudo, prevalecem as excepções. A câmara em vez de ser a entidade responsável por assegurar a ordem urbanística é o principal promotor da desordem. O presidente da câmara em vez de ser o garante da aplicação da lei e do bom senso é o incentivador do mau gosto e do desrespeito pela lei – “os senhores do terreiro do paço são uns teóricos, não sabem fazer leis”. Por outro lado, há muito tempo que a divisão de urbanismo se transformou numa placa giratória de interesses particulares imorais e procedimentos obscuros. O resultado é o crescente desarranjo urbanístico, de todo incompreensível e injustificável, nomeadamente, numa época de forte crise no sector imobiliário que deveria proporcionar opções mais sustentáveis e de maior qualidade urbanística.

26 de agosto de 2011

O “sócio” partidário

As reflexões que o JGF aqui tem trazido sobre a forma como os militantes partidários censuram a participação pública dos seus correligionários quando esta não é completamente concordante com a linha do partido ou a acção pública dos seus dirigentes ou representantes comprova que os partidos deixaram, há muito, de ter pensamento crítico. Se a nível nacional a realidade é preocupante a nível distrital e concelhio é doentia. O militante transformou-se no “sócio” partidário, e nos partidos, ao contrário dos clubes de futebol, os “sócios” resumem-se aos membros das claques. Estes novos militantes – “sócios” – não toleram a discordância pública nem o debate e a discordância interna. Por isso, há muito que os partidos deixaram de ter correntes de opinião, facções e debate interno. O unanimismo abafou tudo e reduziu a militância aos “sócios”, e estes não estão para perder tempo a discutir ideias e projectos, querem vitórias e os respectivos dividendos.

É preciso deixá-los desconfortáveis

Um dos principais propósitos do Farpas é acicatar o debate e o escrutínio da acção política. O JGF assumiu bem este papel e tem-nos trazido, aqui, boas reflexões sobre a importância da participação dos cidadãos na política, nomeadamente na fiscalização das acções e comportamento dos políticos. Não sei se, no geral, os cidadãos apreciam o nosso papel, mas acho que tem que ser feito. Estou convencido que a maioria dos nossos leitores é dirigentes políticos e militantes partidários, o que é mau sinal. Mas se não conseguimos chegar a muitos cidadãos comuns, ao menos que deixemos os outros, de vez em quando, um pouco desconfortáveis.

25 de agosto de 2011

“Eu também”… “e não falo”

No passado dia 20, durante a concentração prévia à inauguração da ciclovia do Osso da Baleia, um amigo do meu laranjal fazia-me notar que também teve aborrecimentos com outros membros do partido local e que não “fala” sobre os actos dos respectivos políticos. Concluiu que eu não deveria “falar”, face ao papel partidário que tive no passado recente.
Parece-me que este é o argumento favorável a quem quer abusar do poder e ocultar-se por detrás da disciplina partidária…
Também me parece que só não critica quem é incapaz (incompetente), ou cobarde, ou cúmplice, ou quem tem telhados de vidro…
Foram estas condutas que permitiram a subversão de valores, a corrosão das instituições e destruição económica do país.
Criticar, avaliar e intervir são deveres de cidadania; cada vez mais. Portugal é muito mais importante do que os partidos...
Mais me disse o amigo do meu laranjal que o facto de eu ter sido dirigente do partido e não me ter “aproveitado do cargo” não constitui argumento que legitime as minhas acções críticas ou os respectivos conteúdos.
Agora parece-me que, para os “donos” da coisa pública, a honestidade já não tem qualquer valor e só tem liberdade para “falar” quem os elogiar…

23 de agosto de 2011

... e mais esta!

... ou para melhor expor a minha posição, e porque me revejo nas palavras do meu presidente da junta, aconselho a leitura desta Acta, em particular a página 7. Uma intervenção que marca com clareza a posição de uma freguesia.

Louriçalense me assumo...

... pelo que perdoarão esta minha teima! :)

Num comentário de um post recente, foi "sugerida" a falta de participação ou de voz, relativa ao Louriçal, no local próprio - a Assembleia Municipal. Isto não é (obviamente) verdade! Basta ler as Actas das Assembleias Municipais, disponíveis no site da CMP. Deixo este exemplo (vejam-se as páginas 24 e 25), e a repetição da pergunta final:


"Para quando um pólo escolar na segunda maior freguesia do concelho?"

Freguesias

José Neves, presidente da Junta de Freguesia do Louriçal, queixou-se recentemente n'OCP que "tem havido investimentos maiores noutras freguesias". E com razão! E o desequilibrio maior é na comparação feita entre os investimentos na sede de concelho e os feitos nas "freguesias rurais" (o resto).
O pavilhão das Meirinhas é muito grande? Muito caro? Não sei... o que acho perverso é que se o mesmo estivesse "enterrado" em Pombal, já ninguém achava mal. Isso é que está mal!

21 de agosto de 2011

Osso da Baleia

À ciclovia foi inaugurada. Os políticos locais estiveram lá todos ou quase todos. O presidente da Câmara até andou de bicicleta. Foi um bom sinal que deu e deve continuar a dar.
A obra, embora possa ter apenas utilidade para o lazer, talvez contribua para criar novos hábitos e nova mentalidade sobre o uso da bicicleta também nas povoações do nosso concelho.
Pena que a ciclovia (na própria data da sua inauguração) já tivesse danos. Urge proceder às reparações e levar a cabo outras acções que evitem que a ciclovia se degrade e se inutilize…

12 de agosto de 2011

Novidades de Pombal

D M “apareceu” e escreveu para um jornal de Leiria sobre os “caminhos da despesa”. Explicou como o estado gasta muito mais dinheiro por cada cidadão residente em Lisboa do que por cada cidadão residente em Pombal. Explicou os desequilíbrios entre as grandes cidades e os pequenos aglomerados populacionais e explicou a falácia do critério da diferença de PIB per capita entre os respectivos habitantes.
Concordo. Talvez falte mencionar que a falácia do critério também se deve à domiciliação na capital dos principais organismos públicos, dos governantes, dos funcionários públicos de topo, das principais empresas (como bancos e seguradoras), dos seus administradores e gerentes, etc, que consomem recursos económicos gerados nos diversos pontos do país e contabilizam os rendimentos na capital.
Como disse no início, D M apareceu. Resta esperar para ver como vai reagir o “capador” “ressabiado”; o que costuma tentar “castrar” todos aqueles que o rodeiam ou que ousam assumir algum protagonismo. O protagonismo está reservado ao “capador”…
Também é noticiado, no mesmo jornal, que a Câmara Municipal de Pombal, vai adquirir 100 bicicletas para promover os hábitos da respectiva utilização. “Acho” muito bem. Só espero que não seja uma medida demagógica (e de esbanjamento) para encher a ciclovia do Carriço na data da inauguração…

11 de agosto de 2011

Coisas que gostava de ver acontecer

Em Guimarães, os cidadãos vão fiscalizar o funcionamento da Capital Europeu da Cultura. São notícias que dão gosto ler. E perceber uma sociedade civil activa e mobilizada, perante o regabofe que até recentemente aquele evento estava a ser. 
E agora imagine-se isso aqui em Pombal, à devida escala e perante as ideias/projectos de quem manda, já que, por cá, a fiscalização de quem tem legalmente poderes para tal (Assembleia Municipal) é a que (não) é? Já sei, já sei, manias de iluminar aquilo que, convenientemente, tem de ficar na sombra. Assim é que o poder gosta e, como o JGF bem lembrava há uns posts atrás, todos aqueles que beneficiam da rede também.

8 de agosto de 2011

Aqueduto acidentado

No lugar de Crespos, no lado direito da estrada que liga a Charneca ao Marco e à Bajouca, na curva para o mesmo lado e a seguir ao entroncamento com a estrada do Monte da Cavadinha e Malhos, existe um aqueduto com um muro de protecção junto e paralelo à faixa de rodagem.
Para os condutores menos atentos, o muro do aqueduto parte-lhes os carros. O azar deles ou das seguradoras traz a sorte dos mecânicos…
Senhores autarcas, sejam mais atentos e tratem de recuar o dito muro meio metro. Bem sei que o projecto e a obra são baratos e que não há espaço para placas, mas tratem do assunto…

6 de agosto de 2011

Touradas

Citando na íntegra a RCP, e por lembrança do Alegria, cá fica a noticia deste protesto.
De resto, eu sou claramente contra as touradas, apoio o protesto, e vou tentar estar presente.

4 de agosto de 2011

O monstro

É que faltam palavras para classificar isto, sob todos os aspectos. Postaremos pormenores dentro de dias.

Estranho. Muito estranho...

É claro que prefiro ver o Correio de Pombal combativo em vez de submisso. A esse ou a outro qualquer jornal, cabe muito melhor o papel que lhe é destinado. Mas tão súbita mudança, acompanhada da razia na Redacção, faz-me estranhar:
1. Porque será que nenhum texto é assinado?
2. Como é que um único jornalista (que consta da ficha técnica) consegue produzir (e escrever em português escorreito) 28 páginas? hum?
3. Quem será o autor daquele editorial?
"Se podes olhar vê, se podes ver, repara", sic.

Daily show

Quando tenho oportunidade, vejo o daily show de Jon Stewart na tv. Lá, os políticos e outros actores sociais são criticados através da ironia e da comédia. Uma forma saudável de se reflectir e aprender sobre a política, os políticos e os seus actos.
Nos palcos de Pombal, qualquer indivíduo crítico ou qualquer local de crítica são censurados ou insultados. A tolerância, a educação e a cultura andam afastadas da personalidade da maior parte dos políticos locais. O daily show (espectáculo diário) é outro...

Figueiró, aqui tão perto!

No passado Domingo estive em Figueiró dos Vinhos, num torneio nacional de damas. Só por curiosidade, fui em representação de uma equipa de Coimbra, porque em Pombal, a única equipa que existia (e de qualidade, diga-se) - do NDAP - deixou de existir por falta de apoios.

O torneio foi organizado pela Federação Portuguesa de Damas, e contou com o apoio da CM de Figueiró dos Vinhos. Terá custado, ao todo, poucas centenas de Euros. Vieram os melhores damistas do país todo (como sempre acontece nestes eventos). Vila do Conde, Lagos, Porto, Aveiro, S. João da Madeira, Covilhã, Lisboa, Torres Novas... a maior parte deles visitou Figueiró dos Vinhos pela primeira vez. Sabendo disso, o Presidente da Câmara Municipal de Figueiró dos Vinhos fez chegar (e distribuir) informação turística (em suporte papel) a todos, clara e muito apelativa. Muitos prometeram voltar como turístas.

É uma coisa pequenina, de pouca expressão? É, sim! Mas com um orçamento igualmente diminuto. E à conta disso, nasceu mais um clube de damas, via-se já gente nova muito entusiasmada com a modalidade. Uma divulgação barata. Um desporto barato. E que em Pombal já teve grandes tradições. Porque se deixou acabar?

3 de agosto de 2011

Educar o bodo

Este ano, o bodo foi um pouquito menos barulhento, teve menos “paus” espetados nos passeios e foi mais barato. No dia seguinte começaram a “desmontar a tenda” e a remover os “paus” dos passeios. A “festa” está a dar sinais de querer ficar mais civilizado...
Porém, muitos cidadãos continuam a ser massacrados noite fora pelo ruído da festa. Um dia qualquer, alguém irá recorrer a tribunal para proibir a realização dos concertos. Seria melhor mudar esta parte da festa para o espaço envolvente dos pavilhões da “Expocentro” antes que a festa fique estragada…

2 de agosto de 2011

Não me entronizem!

A Confraria do Bodo está no seu direito de distinguir quem quer e quem bem lhe apeteça. Desta vez optou por enaltecer o percurso profissional de três dos irmãos Carvalho e Silva (e não os cinco, apesar de todos terem um percurso semelhante). Será que no próximo ano, mesmo ainda sem capa e cajado, iremos ver o senhor Reitor ou o senhor Bastonário a comer uma fartura no Cardal, a dar um tirinho nos “Amigos de Peniche” ou a beber a “abaladiça” no Esquina? Duvido. Assim como duvido que estas ilustres personalidades, a quem sou o primeiro a reconhecer o mérito, se revejam como pombalenses.

1 de agosto de 2011

Recados

Ouvi alguém dizer que as festas do bodo trazem a oportunidade para pombalenses se encontrarem e confraternizarem. Os pombalenses que cá residem e os que foram residir para outras paragens. Acho bem.
Assisti também ao envio de um recado (metade directo e metade indirecto) ao Presidente da Câmara para, no dia do Município, alterar os critérios de reconhecimento (condecoração) dos pombalenses, passando a reconhecer os que lograram atingir carreiras académicas e profissionais de destaque. Discordo.
Embora pense que não se deva “praticar” a “abundante” atribuição de condecorações, ao estilo de “foge cão que te fazem barão”, entendo, por outro lado, que algumas pessoas poderão ser “reconhecidas” mais pelo que fizeram pela nossa terra e pela nossa comunidade do que por eles próprios, sejam eles ricos ou pobres, cultos ou analfabetos…