O vereador não-eleito (doutor Coelho) monopolizou a reunião da “junta”, tanto no período-antes-da-ordem-do-dia como no seguinte, com assuntos e intervenções de todo o tipo, relevantes e irrelevantes, oportunas e inoportunas, atrevidas e azoinadas. Atreveu-se, até, por ignorância ou insensatez (política), a usar o surrealista tema da garantia da qualidade da água dos fontanários dispersos pelo concelho, em desuso para fornecimento de água para consumo humano há décadas, para abespinhar o presidente.
Quando o PS local teve um programa político estruturado, consistente e coerente, coisa rara, colocou em causa a qualidade da água do sistema de abastecimento público, e defendeu uma solução segura que felizmente foi implementada com sucesso. Mas nem nessa altura via nos fontanários arcaicos uma alternativa necessária ou adequada para fornecimento de água para consumo humano – coisa rara, irracional e totalmente desincentivada pela autoridade de Saúde Pública.
Qualquer pessoa minimamente esclarecida sabe que não é possível garantir a qualidade e a segurança da água nos fontanários, pela simples razão de a Natureza não ser controlável. Mas há criaturas, de cariz antropocêntrico, que julgam que sim! O doutor Coelho é uma delas. Pegou na ideia tonta do controlo da água dos fontanários por duas razões, uma oportunística, outra intrínseca. Oportunística porque tudo lhe servirá para abespinhar o presidente. Intrínseca porque tudo igualmente lhe servirá para passar a imagem do cândido romântico muito sensível aos sonhos revivalistas de algumas pessoas. Os fontanários caem-lhe, aqui, como sopa no mel. Deus lhe perdoe.









