30 de novembro de 2009

Com líderes destes…

Na discussão da taxa da Derrama para 2010 o PS, por Odete Alves, contestou a taxa máxima e servindo-se da reportagem realizada pelo OCP junto de empresários locais argumentou que era necessário, numa época de crise, dar um sinal positivo aos empresários.
Rodrigues Marques, presidente da Associação dos Industriais de Pombal, contestou a argumentação afirmando que os empresários que se pronunciaram na reportagem não têm cultura empresarial.
Com um presidente destes, estão bem representados os empresários pombalenses, não haja dúvida!

Que bonito que é!

Neste artigo do Adérito Araújo (que continua actual, apesar alguns nomes serem agora diferentes), observa-se uma realidade qe nos caracteriza, pombalenses, desde há já muito tempo. Falo do aplauso fácil! Do elogio a metro! Da homenagem por sabe-se lá o quê!
Infelizmente, esse espirito também já chegou ao Farpas. Reparem nos elogios quase unânimes que mereceram Pedro Pimpão (grande currículo), Odete Alves (uma boa promessa), Adelino Mendes (o melhor candidato de sempre), ou José Miguel Medeiros, elogios vindos de todos os quadrantes, em especial dos contrários aos dos elogiados.
Sei ao que me sujeito: dir-me-ão mesquinho, ou invejoso, ou um "radical do contra". Arrisco, ainda assim!
Releiam os elogios, e depois digam-me: ou somos todos mesmo muito amigos em Pombal, e admiradores uns dos outros... ou os nossos elogios valem menos que a meia dúzia de cêntimos que trago no bolso!

Obras no IC2

O Sr. Presidente da Câmara estabeleceu como prioridade deste seu novo mandato a reivindicação, junto do governo, de obras de requalificação do IC2. Concordo em absoluto. Esta via de comunicação, estruturante para o nosso concelho, tem sido palco de numerosos acidentes de viação, muitos deles potenciados pela má qualidade da via. Mas, se o Sr. Presidente da Câmara quiser ser consistente e não se ficar apenas pelas palavras, deve também exigir à comissão distrital do seu partido que proponha, através do seu grupo parlamentar, a inscrição de uma verba substancial para esse fim no próximo Orçamento Geral do Estado.

Em tempos idos a CDU foi a única força política do distrito a reclamar a inclusão de uma verba no PIDDAC destinada à beneficiação do IC2. Folgo agora em saber que o PSD também tem a mesma preocupação. Resta-me perguntar: e o PS?

29 de novembro de 2009

Percentagem sobre percentagem

Na discussão das taxas dos impostos municipais o PSD recorreu a argumentos disparatados para justificar as injustas taxas. O argumento mais insólito foi utilizado pelo novo protagonista nos debates destas matérias. Recorreu a uma percentagem de percentagem para afirmar que o IMI, desde 2004, desceu 25%.
Percentagem de percentagem, e esta hein?

O exemplo de Ansião

O jantar de homenagem a José Miguel Medeiros, sexta-feira à noite, na Batalha, foi um exemplo maior de como ainda há, perto de nós, quem saiba separar as águas. É o caso da maioria dos presidentes de Câmara do norte distrito, eleitos também em maioria pelo PSD, o que não os impediu de se juntarem a uma sala maioritariamente PS. E o de Pombal? - perguntam vocês. Sim, aquele que vai a todas, não foi a esta festa. E parece-me um bocado inverosímel que algum dia, neste reinado, pudessemos assistir em Pombal a um discurso como aquele que o promissor Rui Rocha (novo presidente de Ansião) deixou a JMM na noite de homenagem. Ou como a mensagem que o antecessor Fernando Marques enviou, lesionado que estava, depois de uma queda. Ou então - imagine-se - como a cerimónia onde o município de Ansião entregou a medalha de ouro ao homenageado, em Maio.
Havia de ser bonito, sim. E depois Ansião é que é mais interior.

27 de novembro de 2009

A fome da água

Na minha aldeia, no verão, era uma guerra por causa da água. Como a principal cultura era o milho, e este exige muita rega, a água não chegava para todos. A situação agravava-se devido à cultura profundamente individualista e até invejosa reinante na aldeia que nunca permitiu um acordo de partilha da água. Assim, os que estavam mais próximos das nascentes regavam muito e os que estavam longe das nascentes regavam pouco ou nada.
Os meus avós paternos viviam junto à nascente e, consequentemente, achavam-se no direito de usar e abusar do uso da água.
A discussão das medidas preventivas sobre o aquífero da mata do urso trouxe-me à memória as histórias à volta da água na minha aldeia.
Decididamente, a natureza humana não evoluiu nada.

Sinais dos novos tempos (II)

Na discussão das medidas preventivas sobre o aquífero da mata do urso botou discurso quem quis e foram muitos. Tudo no mesmo tom: temos que preservar e guardar, só para nós, a água da mata do urso. Era ver quem era mais bairrista na defesa da nossa água.
Na discussão das taxas dos impostos municipais as posições eram divergentes: PSD a favor e PS contra. Consequentemente a bancada do PSD decidiu parar o debate com um requerimento à mesa para se passar de imediato à votação. O debate terminou e aprovaram-se as taxas.
Sinais dos novos tempos. Depressa, que se faz tarde.

Sinais dos novos tempos (I)

Realizou-se ontem a primeira reunião da nova AM. Como tinha curiosidade em captar os sinais dos novos tempos resolvi trocar o treino do meu miúdo pela AM.
A agenda da reunião era longa. Assisti apenas a três pontos (importantes) da ordem de trabalhos: medidas preventivas sobre o aquífero da mata do urso e fixação das taxas dos impostos municipais.
Surpreendentemente, ou talvez não, o debate decorreu num espírito de grande concórdia (quebrada unicamente e pontualmente por Narciso Mota, no que foi prontamente advertido por João Coelho) e até de entreajuda.
Revelador dos novos tempos.

26 de novembro de 2009

É assim


... mas aqui é muito pior.

Amigos, amigos, IRS à parte

Hoje, em Assembleia Municipal, discutem-se as taxas dos Impostos Municipais para o ano de 2010: IMI, IMT e Derrama. Já quanto à participação variável no IRS, e ao contrário de Leiria, este munícipio continua sem lhe mexer, não criando mais uma dedução fiscal a quem aqui vive. A justificação continuará, suponho, por ter a ver com ser uma mexida que, em bom rigor, mais beneficia quem mais IRS paga, mas também é certo que para muita gente, que nem ganha assim tanto quanto isso, é mais uma folga no orçamento (para saberem o valor indicativo do vosso caso, vejam na vossa liquidação de IRS qual era o valor da colecta líquida e multipliquem-no por 5% para verem, no máximo, a quanto poderiam ter sido poupados).

Em termos gerais, em 2008, a Autarquia, graças a essa participação recebeu 1.028.121 € (ver verba 06030103 na página 80 do Relatório de Gestão de 2008). Admitindo que a justiça social - não beneficiar quem já tem mais rendimentos - obste à consagração da dedução seria interessante que, e porque a Lei fala em dedução até aquele montante, que houvesse uma proposta de afectar directamente o montante que corresponde à participação variável a respostas concretas de cariz social, como algumas destas, por exemplo (podem ir à página 82 do Relatório de Gestão - verba 2.3 - ver quanto se gastou directamente em acção social em 2008). A paternidade da ideia não é minha, mas apenas o resultado de várias conversas.. E atenção que a discussão da justiça social é sempre susceptível de discussão - basta centrar a discussão (a nível local e nacional) na forma como se gasta o dinheiro dos cidadãos.

Lembram-se do "se não ajudarmos as pessoas amigas, mal vai a nossa sociedade"? Pois, este era daqueles casos em que não era uma ajudinha que se impunha, mas uma opção entre ajudar directamente os munícipes ou a comunidade.

24 de novembro de 2009

Avidez pela receita

Na passada semana, o executivo municipal aprovou a proposta das taxas dos impostos municipais para 2010 a submeter à AM. Na reunião do executivo, o PS propôs a redução da taxa de IMI de 0,7 para 0,6 por cento referente aos imóveis avaliados antes da reforma da tributação do património e de 0.375 para 0,25 por cento para os imóveis avaliados após 2003. O PSD propôs a manutenção das taxas. Desta forma quebrou, mais uma vez, o compromisso, sistematicamente reafirmado, de obter um volume de receita em 2010 idêntico a 2003 (em 2004 entrou em vigor a reforma das finanças locais).
A avidez pela receita fala sempre mais alto.

A petição que faltava

Miguel Sopas é um rapaz da nossa terra que anda lá fora a lutar pela vida. Calculamos que se tenha sentido particularmente tocado pelas palavras emotivas de Narciso Mota a propósito de ser solidário no emprego para JVV. Ora, o Miguel, que também é jovem, que também precisa de ser ajudado, passou das palavras aos actos ("actos e determinação", lá diz o presidente) e avançou com uma petição a pedir um empregozito. Vá lá, não custa nada ajudar. É deixar passar a música!

22 de novembro de 2009

Água: problema recorrente

Os resultados do controlo analítico da água do 2.º Trimestre de 2009 mostram que os pombalenses continuam a pagar e alguns a consumir água contaminada (coliformes fecais, metais pesados, pH excessivo).
Eis um caso que junta o pior de dois mundos: a pouca exigência da maioria dos pombalenses e a irresponsabilidade de quem nos governa.

21 de novembro de 2009

Um bom exemplo!

Segundo o Notícias do Centro, a Assembleia Municipal de Ansião, hoje, será transmitida pela internet, através do portal Ansiao.tv. Vai passar-se às 18 horas, e mesmo não sendo o meu concelho, vou tentar ver.
Este tipo de medidas é particularmente relevante numa altura em que o eleitorado se mostra divorciado dos seus representantes. Bem sei que poderíamos ter maior participação, assistindo às Assembleias de Freguesia, por exemplo... mas aquilo que se puder fazer para que a relação entre as instituições políticas e o povo que as elege seja cada vez mais íntima, com mais canais de comuniação (não apenas durante a campanha, como é costumeiro), penso que deve ser estimulado.

20 de novembro de 2009

No meio é que está a virtude?


Situados na zona central do aglomerado urbano de Pombal, quer a Escola Secundária, quer o Hospital (e Centro de Saúde) contribuem para a pressão no estacionamento no centro da cidade, bem como para o aumento de tráfego. Se alguém precisar de chegar rapidamente ao Hospital, é útil ter que passar pelo trânsito urbano? As crianças que não são da cidade e frequentam a Secundária, têm um percurso a pé de mais de um quilómetro. É mesmo necessário ter estes equipamentos no centro da cidade?

19 de novembro de 2009

Ainda mais dúvidas

Depois do que se conhece da PombalVida, do "tacho" dado ao J. Vila Verde e das justificações de Narciso Mota; pergunto:
- É Narciso Mota que protege J. Vila Verde?
- É o J. Vila Verde que protege Narciso Mota?
- Eles protegem-se um ao outro?

Verdadeiro caso de polícia

Recebi em tempo oportuno o Relatório de Auditora à PombalViva. Prometi, aqui, que, divulgaria, aqui, as partes onde estão demonstradas as irregularidades que tipificam crimes. Mas prometi, também, que só o faria após a discussão do assunto na AM. Por motivos de força maior não pude estar na AM onde contava apresentar o assunto e optei por não levar o caso à reunião seguinte porque entretanto o J. Vila Verde tinha sido demitido (ou demitiu-se, nunca se chegou a saber). Dei, na altura, por encerrada a questão política, até como forma de proteger a criatura mais visada, apesar de estar convicto da enorme gravidade dos casos relatados e demonstrados pelo auditor.
Estava longe de imaginar que, uns meses depois, Narciso Mota fosse tão falso ao ponto de ter encapotado uma "pseudo-demissão" para, após as eleições, dar de mão beijada um “tacho” a um quadro que destruiu uma empresa e lesou o erário público de forma gravosa. É este o político, que diz que não o é mas que em pouco tempo absorveu os piores tiques dos piores exemplares da classe, que apregoa e reivindica sistematicamente isenção, transparência e ética na política e que, da forma mais indecorosa e descarada, atropela os mais elementares princípios éticos e goza, da forma como relata OCP, com os cidadãos, nomeadamente com os não têm ou perderam o emprego. Ridículo e nojento.

Dúvidas

Na edição de hoje do Correio de Pombal (a edição online é apenas para assinantes) encontram-se, entre outras, as seguintes afirmações de Narciso Mota:

"João Vila Verde desistiu de ser director da Pombal Viva porque não aguentou a pressão da oposição e a injustiça."

Mas afinal João Vila Verde desistiu ou foi afastado?

"O revisor oficial de contas nunca detectou nenhuma irregularidade – nada foi feito desonesta ou inadequadamente. Mas a auditoria foi minuciosa e não detectou o desvio de um cêntimo."

Mas o relatório não expunha claramente irregularidades... ou, se quiserem, inadequações?

"Não há necessidade de fazer qualquer concurso público. É um lugar de confiança política, tal como o PS tem muitos " boys". Que moral é que eles têm –até o próprio Adelino? Se não ajudarmos as pessoas amigas, mal vai a nossa sociedade".

Eu diria que mal vai é a sociedade quando o critério essencial para uma contratação é a amizade. Uma coisa é certa, se é confiança política, então assuma-se que o é e acabou, se é uma questão de competência técnica, então não há amiguismo que possa substituir o mérito e a capacidade. É que estamos a falar de dinheiros públicos. Seja aqui ou noutro lado qualquer. E não tem lógica, para quem gosta do discurso impoluto, a argumentação do "eles também o fazem".

Ponto de ordem

Para não estar a usurpar espaço aqui do Farpas deixem-me só, enquanto parte interessada, deixar a ligação para um "ponto de ordem" que fiz sobre a vacinação da Gripe A e as recentes notícias de fetos mortos.

Para pensar

A reabertura da zona do Rossio de Leiria ao trânsito automóvel aos domingos e feriados poderá ser uma realidade em breve (...). Como sucedeu nos últimos dois anos, a proibição de circular de automóvel no Rossio foi levantado devido à quadra natalícia, porque há muitos estabelecimentos comerciais que estão abertos aos domingos e feriados em Novembro e Dezembro. Agora, há a possibilidade de tornar essa medida definitiva porque "as restrições ao trânsito no Rossio de Leiria, que entraram em vigor em 2006, não têm colhido a receptividade esperada pela população", justifica o líder do município.

O presidente da Acilis confirma o descontentamento dos comerciantes. "O modelo de não fechar vai ao encontro da vontade dos lojistas, porque aumenta a circulação de pessoas e anima um bocadinho mais a cidade." Nesse sentido, considera que estes dois anos foram "negativos" para a actividade comercial, mas defende, porém, que a solução para o comércio não passa por abrir o Rossio ao trânsito, mas sim por atrair mais pessoas a Leiria. Encara, por isso, a abertura do LeiriaShopping, que resulta da ampliação do Continente, como uma oportunidade, desde que se consiga levar as pessoas que ali vão fazer compras a visitarem também o centro histórico.

O dirigente associativo defende igualmente que os comerciantes têm de ser mais activos e considera justo que deveriam alargar os horários para os ajustar aos interesses dos consumidores. Sustenta ainda que a própria Acilis, a autarquia e o Turismo devem promover mais actividades para atrair pessoas ao centro histórico. "É preciso uma cidade forte para concorrer com Coimbra, Lisboa, Caldas da Rainha e Santarém", observou.

(os sublinhados são meus)

São várias as questões que se levantam: conjugar investimentos, atrair pessoas, adequar horários e, sobretudo, a noção que a concorrência entre cidades numa lógica regional é importante. Também poderia mencionar que a própria Isabel Damasceno contribuiu para esta tomada de decisão sugerindo que se ouvisse o Conselho Municipal de Trânsito. Ou seja, tudo sugestões/ideias/contributos para que, a partir do exemplo dos outros, ainda que numa escala diferente, se pense no que fazer cá com a terra melhorando-a. Sim, sim, já sei, existe um projecto de regeneração e requalificação (com o qual concordo na generalidade) mas a questão é para onde se quer e vai caminhar. Se o GoShopping ou o seu sucedâneo avançar, quais as consequências para Pombal - vai ser um foco de atracção para Pombal ou apenas para o espaço comercial? Qual é a real capacidade de atracção de Pombal e por aí adiante. Tudo questões que, independentemente de ciclos eleitorais, e muito longe de partidarites, deveriam ser discutidas. Afinal é o modelo de desenvolvimento que se deveria, se não discutir, pelo menos saber claramente qual é. E isto sem falar em impactos em sede de urbanismo e mesmo de trânsito (mas isso fica para outros posts).

18 de novembro de 2009

2013 aí tão perto!

Diogo Mateus é o preferido para a sucessão. O preferido do povo (diz-se), dele próprio e de parte da máquina do partido.
Depois há os barões. O nome de Rodrigues Marques tem sido badalado, e visibilidade não lhe tem faltado. Também se fala numa "oposição silenciosa", dos que têm sido afastados nos últimos 12 anos (ou seja, os "não-jsd"), num grupo que inclui, entre outros notáveis, José Gomes Fernades. Só que, ao que consta, nenhum dos nomes tem o aval de Narciso Mota.
Como figura pacificadora (não é escolha gritada com entusiamo por ninguém, mas de que também ninguém diz mal), lá se vai falando de Fernando Parreira. Recentemente, até de Paula Cardoso, como "a herdeira" escolhida pelo quase presidente cessante.
Entretanto, e como é seu timbre habitual, o PS vai vendo a banda passar, sempre com grande tranquilidade.
A questão é: como se vai escolher o próximo candidato do PSD por Pombal? Em Lisboa? Em Pombal (na concelhia)? Nas Meirinhas (ou nos Paços do Concelho, o que vai dar ao mesmo)? Nas ruas, ouvindo os militantes?
"Cheira-me" que 2013 já começou, e que estes 4 anos vão trazer mais "sal" a esta nossa peculiar democracia.

Um hino para Pombal



Depois daquele rasgo que tiveram os funcionários da Câmara de Portimão, aqui há dias, bem que Pombal poderia ser notícia, também. Bastava que os futuros funcionários adoptassem para hino esta pérola de Sérgio Godinho. Sem perder de vista que nunca devemos vestir demasiado uma camisola. Um dia ela pode ir à lavagem, encolhe, e aí ficará um bocado ridícula. Tenho assistido a vários exemplos desses, ultimamente, numa Câmara conhecida.

16 de novembro de 2009

A revelação de Novembro

O senhor presidente foi à minha Moita do Boi revelar toda a verdade. Ele, que há tantos anos passa os fins de semana num périplo intensivo por todo a actividade festiva de todo o concelho, chegou à hora da sobremesa (mandara em sua representação a vereadora Ana Gonçalves àquele banho de povo) mas com todo o brilhantismo do costume. Lá discursou e tal, e deixou a justificação: "Não se pode almoçar três ou quatro vezes".
Posto isto, partimos todos para uma semana mais descansada.

15 de novembro de 2009

Agência de Rendimento Garantido

Há muito que a autarquia se transformou num Centro de Emprego, para os amigos e familiares.
Mas nos últimos tempos transformou-se numa Agência de Rendimento Garantido.
E até os muito empreendedores a ela recorrem!

Narciso Mota no seu melhor

Nunca tivemos um executivo tão numeroso: em número vereadores e vereadores com pelouros. No entanto, Narciso Mota quis ficar com uma boa parte dos pelouros e, estranhamente, entregou o pelouro da Cultura à Paula Cardoso (Chefe de Gabinete da Presidência). Fica melhor entregue.
Esta inovação de Narciso Mota na forma de administrar a Câmara tem um enorme potencial. Senão vejamos: Narciso Mota pode, a pouco e pouco, ir passando os seus muitos pelouros para a Paula e esta vai, assim, passo a passo, assumindo a presidência. Em 2013, a Paula, com o curriculum entretanto obtido, candidata-se à Presidência (Narciso Mota não se pode candidatar (Lei de merda!) e não confia em nenhum dos outros vereadores). A Paula ganha e contrata Narciso Mota para seu Chefe de Gabinete.
E aí tudo recomeça: Narciso Mota, a pouco e pouco, reassume os seus pelouros. E tudo continua igual, no Pombal.

13 de novembro de 2009

A cultura sem norte!

Primeiro foi Ana Pedro. Depois, a Pombalviva que absorveu boa parte das competências de um vereador da cultura. Agora, Paula Cardoso. Será que a cultura não merece uma escolha mais vinculativa?
Gentil e Parreira começaram um bom trabalho, que depois não teve seguimento. Já lá vão mais de 8 anos desde que tivemos MESMO um vereador da cultura (o último mandato de Parreira não conta, porque a sua acção foi completamente desprovida de meios).
Não espero vida fácil a Paula Cardoso, nem posso ficar contente com a solução encontrada. Em causa não está a competência de Paula Cardoso, mas a legitimidade com que irá desempenhar o cargo. Legitimidade que não resulta das urnas, porque ela não foi eleita para o cargo. Nem o facto de ser o Presidente a assumir (formalmente) o cargo, o legitima. Temo que venham mais 4 anos de inacção cultural!

11 de novembro de 2009

Hoje há medalhas!

A pedido de várias famílias, este blog dá a sua contribuição para o dia do município, homenagenado aqueles que mais se destacaram na vida pública pombalense.
Eis a lista dos premiados:

Prémio o Faz-tudo: João Vilaverde
Prémio Ninguém Pára o Narciso: Narciso Mota
Prémio Faltou-te Um Bocadinho Assim: Odete Alves e Pedro Pimpão
Prémio Eu Vou a Todas: Rodrigues Marques
Prémio Elas Ganham Tudo Ou O Que É Preciso Mais Para Ter Um Pavilhão?: Equipa de Andebol do Colégio João de Barros.

10 de novembro de 2009

Obviamente, reciclo-o!

... é o destino a dar a todo o lixo. Felizmente, o senhor presidente da Câmara também assim pensa, e por isso vamos amealhando prémios de "cidade limpa". Viva a reciclagem do que, aparentemente, já não presta!

A propósito do Feriado Municipal

Nem sempre foi a 11 de Novembro (chegou a ser em Junho, se não estou em erro). Mas não faria muito mais sentido o Feriado Municipal ser a Segunda-Feira do Bodo? Eu sei que assim as agraciações do regime poderão passar mais despercebidas, mas a ideia não é festejar o Concelho? E se a tradição já não é o que era e sendo certo que o Bodo é mais antigo que o 11 de Novembro como feriado, o que é que se perdia com esta mudança?

9 de novembro de 2009

Sugestão


E os nossos estimados leitores, quem é que distinguiriam?

Hoje é dia de festa

Perdoar-me-ão a incursão a outros terrenos mas hoje, dia 9 de Novembro, é dia de festa (pese embora alguns outros significados desta data). Faz hoje 20 anos que se entrou no acto final de um dos capítulos mais negros da História da Europa, com a Queda do Muro de Berlim. E ao contrário do que alguns defendem, valeu a pena a sua queda. E eu festejo esta data por defender de forma intransigente a Liberdade, por defender o combate às injustiças sociais e por ser radicalmente contra a implementação e manutenção de regimes repressivos e totalitários sob desculpas utópicas. Naqueles dias fabulosos, os alemães bem que resumiram tudo a uma frase: “Wir sind das Volk!” (Nós somos o povo!). Por muito que, aqui e ali, custe perceber a quem governa. E datas como esta, que nos lembram essas coisas aparentemente simples, são o que inspiram todos os dias a actuação de quem por aqui anda a comentar a realidade.

Quem não deve...

Pretendia-se que a Câmara Municipal organizasse um recenseamento de todas as associações e outras entidades beneficiárias existentes no concelho acompanhado de documento de constituição acta da eleição dos corpos sociais lano de actividades e conta de exploração previsional e orçamento de investimentos e desinvestimentos para o ano seguinte (ou documentos equivalentes), relatório e conta de gerência respeitantes ao ano do exercício imediatamente anterior acompanhados do parecer do conselho fiscal ou de outro órgão que superintenda nas contas da associação ou entidade beneficiária.

Por outras palavras, queria-se transparência. Admito até que alguns documentos pudessem ser dispensáveis para chegar onde se interessa, mas a ideia percebe-se e é legítima: quem são, o que fazem e o que recebem do erário público as associações do Concelho. Não se trata de uma inversão do ónus da prova, mas sim da simples constatação se do apoio prestado nasce alguma mais-valia (corrigindo ou melhorando algumas situações) ou se, pelo contrário, o apoio prestado apenas mantém uma rede de interesses.

8 de novembro de 2009

Não mudam…

Não precisam!
Na primeira reunião do executivo os vereadores do PS resolvem apresentar uma proposta “no sentido de ser aferida a legalidade das associações beneficiárias de subsídios municipais” (podiam ter escolhido outra como entrada).
O executivo discute a proposta, os vereadores de ambos os lados da barricada trocam argumentos até ao momento em que o presidente, no seu estilo inconfundível, dispensa totalmente o recurso a argumentos de verdade e passa directamente ao ataque pessoal, nomeadamente ao vereador estreante.
No final da discussão passou-se à votação da proposta. Não da proposta, mas da admissão da proposta à discussão. E, acto contínuo, foi rejeitada a admissão da proposta, com os votos contra dos vereadores da maioria.
Mais palavras para quê?

7 de novembro de 2009

Na agenda


Hoje, às 21h30 no Teatro-Cine, a estreia da curta-metragem do pombalense C. Calika.

Colégio João de Barros


Nunca é de mais referir os feitos desportivos alcançados pela equipa de andebol feminino do Colégio João de Barros, das Meirinhas. Desta vez, fica a nota do apuramento para os oitavos-de-final da Challenge CUP, conseguido no fim-de-semana passado em Pombal.

Muitos parabéns!

6 de novembro de 2009

Afinal havia outro

Que falta memória nos jornais (nos nacionais, inlusive), já todos sabemos. Que o estilo "camaleão" de António Jorge Calvete baralhou aqui muita gente, também. Mas a edição de ontem do Correio de Pombal conseguiu fazer o pleno, quando noticia que "Calvete integra freguesia rosa", escrevendo que "o empresário louriçalense, que foi deputado pelo PS, esteve sob os holofotes da cena política, graças à sua progressiva colagem ao PSD, que culminou com a sua eleição para a Assembleia de Freguesia nestas eleições. Um regresso à política local, já que o empresário chegou a presidir ao executivo do Louriçal - na época eleito pelo PS".
Na verdade, Rui Jorge Calvete também foi presidente de junta, sim. E até é empresário, também. Mas é tio de António Jorge Calvete.
Livremo-nos de sermos notícia, nos tempos que correm.

A emancipação

Falta aqui registar que Adelino Mendes é agora chefe de gabinete da secretária de Estado da Administração Interna, Dalila Araújo (uma rapariga engraçada que aparece na Caras desta semana, numa pista de dança, o que é sempre bom sinal. Perguntem à vereadora Ana Gonçalves, que também por lá figura no social da revista, volta e meia).
É o reconhecimento da competência e do trabalho que indiscutivelmente lhe assistem. E que terão dado nas vistas do ministro Rui Pereira.
Paralelamente, é mais um exemplo de um santo da terra que por cá não faz milagres. Mas como está muito a tempo de, humildemente, se penitenciar e redimir de alguns erros (que existiram, no processo autárquico)...2013 ainda é mais que uma miragem.

5 de novembro de 2009

4 de novembro de 2009

Princípios de administração

Segundo o famoso Princípio de Peter, "num sistema hierárquico, todo o funcionário tende a ser promovido até ao seu nível de incompetência". Em Pombal, por estes dias, inventou-se algo ligeiramente parecido mas fundamentalmente diferente: "num sistema hierárquico, todo o funcionário tende a ser promovido para além ao seu nível de incompetência". É o Princípio de Narciso.

Vendo bem, se calhar nem fomos muito originais. Em alguns aspectos a fórmula seguida em Pombal é semelhante à estabelecida pelo Princípio de Dilbert: "os trabalhadores mais ineficientes são sistematicamente promovidos para os cargos onde podem fazer menos mal às empresas: a gestão.”

Qualquer semelhança com a ficção é realidade

Não sei se se lembram de um famoso sketch dos Gatos Fedorento sobre o referendo à IVG. Agora proponho a seguinte variação (e infelizmente dá para muitas, muitas mais):

PESSOA COM DÚVIDAS
Professor, gerir uma empresa pública onde se detectaram várias irregularidades é mau, não é?

MARCELO REBELO DE SOUSA (ou outra eminência qualquer)
É.

PESSOA COM DÚVIDAS
Portanto, devia haver apuramento de responsabilidades?

MARCELO REBELO DE SOUSA
Exacto.

PESSOA COM DÚVIDAS EXISTENCIAIS
Mas eu poderia gerir mal na mesma?

MARCELO REBELO DE SOUSA
Podia.

PESSOA COM DÚVIDAS EXISTENCIAIS
E o que é que me acontecia?

MARCELO REBELO DE SOUSA
Nada.

PESSOA COM DÚVIDAS EXISTENCIAIS
Mas estava a agir contra as regras de boa gestão?

MARCELO REBELO DE SOUSA
Estava.

PESSOA COM DÚVIDAS EXISTENCIAIS
E como é que eu era responsabilizado?

MARCELO REBELO DE SOUSA
De maneira nenhuma.

PESSOA COM DÚVIDAS EXISTENCIAIS
Isso não é um bocadinho incoerente?

MARCELO REBELO DE SOUSA
Pssht. Gerir mal empresas públicas é não cumprir a lei, mas pode-se fazer. A lei não o deixa, mas pode-se fazer. Só que não pode acontecer. O que é que acontece a quem o faz? Nada. Só que não pode acontecer, mas pode-se fazer. Só que não pode acontecer.

PESSOA COM DÚVIDAS EXISTENCIAIS
Então, posso gerir mal uma empresa pública?

MARCELO REBELO DE SOUSA
Pode.

PESSOA COM DÚVIDAS EXISTENCIAIS
Só que não pode acontecer?

MARCELO REBELO DE SOUSA
É.

PESSOA COM DÚVIDAS EXISTENCIAIS
E o que é que acontece?

MARCELO REBELO DE SOUSA
Nada... Quer dizer, depois das eleições arranja-se outro sítio qualquer.

PESSOA COM DÚVIDAS EXISTENCIAIS
Ah.

O balão do João


João Vila Verde já está na Etap. Diz que vai gerir (???) um gabinete de divulgação de cursos. Lá, onde a "bolsa de emprego" da Câmara tem sempre lugar para mais um.

Ou de como em Pombal vale tudo.

Questão

Se este executivo podia gerir o munícipio sem entrar em opções polémicas? Podia, mas não era a mesma coisa.

3 de novembro de 2009

A Arte da Multiplicação dos Tachos

Primeiro passo: aumenta-se a estrutura na Câmara com mais vereadores a tempo inteiro e mais Chefes e Subchefes (Serviço, Divisão, Secção, …). Desta forma criam-se vagas para chefes, assessores e secretárias.
Segundo passo: criam-se umas empresas municipais e umas entidades equiparadas. Desta forma criam-se vagas e agiliza-se a criação imediata dos “tachos”.
Terceiro passo: colocam-se os familiares e amigos nas vagas entretanto criadas. Como as admissões para a câmara têm que passar pelo crivo da Administração Central, colocam-se os familiares e amigos nas empresas municipais ou nas entidades equiparadas até se desbloquear as vagas na câmara (sempre mais segura).
Como, regra geral, os tachos são atribuídos a gente mal preparada ou incompetente há que faze-los rolar de “tacho” em “tacho”, de forma a ir disfarçando a coisa.
Quarto passo: repete-se a fórmula de mandato em mandato.
É este o reino narcísico, de alguns…

2 de novembro de 2009

A arte de seguir a pista

Afinal de contas a pista de aeromodelismo sempre deu os seus frutos. Diz uma nota do Gabinete de Imprensa da Câmara de Pombal que o município recebeu um prémio de mérito desportivo, na pessoa do seu Presidente, Eng. Narciso Mota. Foi exactamente o prémio Personalidade do Ano, atribuído pela Confederação do Desporto de Portugal, durante a 14.ª Gala Anual do Desporto CDP, em cerimónia realizada no Casino de Estoril. Ora aocntece que, (segundo a nota da Câmara) "Para este prémio, contribuiu a nomeação da Federação Portuguesa de Aeromodelismo, tendo em conta o trabalho desenvolvido pelo Município de Pombal na realização do 26.º Campeonato do Mundo de Acrobacia Radiocontrolada, em Agosto, na Pista Internacional de Aeromodelismo do Casalinho, em Pombal."
Se dúvidas restavam, aqui fica a resposta aos críticos, ok?

O Alma Grande

Nos Novos Contos da Montanha, Miguel Torga deu-nos a conhecer o Alma Grande, uma personagem fantástica criada a partir da lenda do Abafador. Segundo se consta, no tempo dos Cristãos Novos, existia uma figura - o Abafador - cuja função consistia em acabar com o sofrimento alheio. Quando um moribundo se encontrava às portas da morte, o Abafador era chamado para cumprir o seu desígnio e pôr fim à sua agonia. O prestígio, e a função social, do Abafador eram enormes e quem tinha a seu cargo essa importante missão era alguém muito respeitado na comunidade.

Acontece que sempre houve franco-atiradores que se tentaram aproveitar desse papel: os Asfixiadores. Esses seres mesquinhos e desprezíveis, para além de não saberem distingir um moribundo de uma pessoa saudável, usavam meios pouco éticos e eram movidos apenas pela ganância pessoal. Valendo-se da ignorância generalizada, faziam-se passar por quem não eram e recorriam a um charme bacoco para tentar convencer o povo que os seus alvos mereciam tal sorte. Mas as sociedades, que sempre souberam distinguir “o trigo do joio”, acabaram por relegar à sua insignificância esses assassinos de meia-tigela.

Numa altura em que a asfixia, que nunca é democrática, voltou a estar na moda, é tempo de pormos os ouvidos atentos, os olhos bem abertos e não nos deixarmos enganar pelas imitações.

1 de novembro de 2009

Amigo não empata amigo

A ser verdade o que OCP noticia na sua última edição, os dois vereadores do PS abstiveram-se na questão das remunerações dos vereadores. Os outros (os remunerados) votaram favoravelmente, claro.
Quem criticou (como o PS fez) o facto de ficarmos com um executivo caro, quando se abstém, quer dizer que afinal a medida não é boa nem é má... é "mais-ou-menos". Começamos bem...

Nós na Assembleia da República

Confirma-se agora que nem Pedro Pimpão nem Odete Alves serão deputados. Dos nove deputados eleitos pelo círculo eleitoral de Leiria, nenhum é de Pombal. Será reflexo da nossa importância no distrito?

"Inauguração"

A mais recente aberração de que está a ser vítima a colina do Castelo já foi "inaugurada" com um graffiti. Para além da falta de civismo, fica o aviso para o futuro daquele projecto: já que se insistiu naquele absurdo, tomem-se as medidas necessárias para evitar que se repita. Por motivos óbvios.

Aquisições

A partir de hoje, esta casa conta com mais um farpeador. Gabriel de seu nome, comentador e entusiasta desta casa, aceitou o desafio de reforçar a equipa, pelo que lhe desejamos as boas vindas. Já agora, para além desta, haverá até ao final do ano mais novidades. Até breve.