Nós por cá temos o pior de dois mundos: água cara e sem qualidade.
"E na epiderme de cada facto contemporâneo cravaremos uma farpa: apenas a porção de ferro estritamente indispensável para deixar pendente um sinal."
30 de novembro de 2010
Água cara e de má qualidade
Nós por cá temos o pior de dois mundos: água cara e sem qualidade.
Em que estamos a pensar?
29 de novembro de 2010
As obras do engenheiro
Não restam dúvidas, quando escavamos as obras do engenheiro é assim: cada cabadela duas minhocas!
Manuel Domingues dixit
Manuel Duarte Domingues, a propósito da situação autárquica pombalense, disse na última edição de O Correio de Pombal: “A limitação de mandatos é uma regra que o bom senso deveria ter posto em prática há muitos anos, porque a rotação e a renovação de cargos públicos é extremamente saudável. Quando se está dez anos ou mais no poder cria-se a habituação, gere-se a rotina, perde-se a criatividade, criam-se clientelas, não se renovam equipas, estagna-se.”
Eu não conseguiria caracterizar melhor os últimos mandatos do Eng. Narciso Mota.
26 de novembro de 2010
Ainda o Orçamento Histórico
É verdade que a parte do orçamento que engloba o Plano Plurianual de Investimentos (PPI) assenta, em grande parte, em projectos financiados pelo QREN. Mas é igualmente verdade que a câmara, para os executar, vai ter que se endividar fortemente, e, no contexto actual, dificilmente conseguirá o volume de financiamento de que necessita para executar os projectos. Assim, infelizmente, uma parte significativa dos projectos anunciados ficará no papel, o que é mau porque a maioria deles é necessária.
Narciso Mota protelou ao longo dos vários mandatos os investimentos estruturantes (Saneamento, Sistema de Abastecimento de Água, Centros Escolares, Parque Verde, Despoluição do Rio Arunca, etc.) porque sempre lhe interessou mais a gestão populista, assente em obras de fachada e na subsídió-dependência, e arcaica, que se vangloriava do baixo endividamento (suposto indicador de boa gestão). No entanto, aparece agora, a propagandear um orçamento histórico de 70 milhões de euros, que vai obrigar a câmara a endividar-se fortemente. Porquê agora? Não teria mais racional realizar os investimentos estruturantes há dez ou quinze anos atrás, quando as percentagens de financiamento comunitário e as receitas próprias da câmara eram maiores e o financiamento era mais fácil e mais barato? A que se deve esta mudança radical de politica de endividamento? Ao peso na consciência de quem protelou desnecessariamente investimentos estruturantes (muito exigidos e muito prometidos) ou a um estratagema para esgotar rapidamente a capacidade de endividamento da câmara e assim cortar as asas ao sucessor?
Mais uma vez, alguns investimentos vão realizar-se não por convicção ou por razões económico-financeiras mas por capricho. É esta a nossa sina: no País e no Pombal.
Regeneração Urbana
24 de novembro de 2010
Viagens pela minha terra
Com efeito, e já em campanha o tinha dito, perante recursos escassos (e usando novo comentador insuspeito - os custos de manutenção), interessa saber como se vai fazer a manutenção. Por isso, de todas as vias "importantes" e "estruturantes" que vimos ontem, continua a ser interessante saber como ordená-las, até para pressionar mais eficazmente a autarquia. São critérios, senhores. Mas isso ainda é uma forma de trabalhar que deveria ser alterada. Seja como for, sendo o povo soberano e os resultados eleitorais um reflexo disso mesmo, esperemos até 2013, para comparar - no que é comparável em função da visita - e tirar as devidas conclusões. No entanto quero crer que, mais que oficiar e pedir, é demonstrar pela força dos números, o porquê de algumas intervenções serem mais importantes que outras. Isso e considerar outras alternativas à "simples" asfaltagem. E mais fica para depois.
Ideias para a crise
23 de novembro de 2010
A previsibilidade é uma arte
Ainda o cemitério
Antes de mais, quero deixar claro que não sei de que lado está a razão, por não conhecer os fundamentos técnicos que suportam uma e outra versão.
O primeiro alerta tem que ser para a forma de realizar obra. Sendo a população o verdadeiro e último destinatário da acção política, é conveniente que seja escutada previamente.
Serões Culturais
20 de novembro de 2010
O regresso do CDS que traz até o líder
Ora, sendo assim, faço aqui a minha própria aposta:
Não é Diogo Mateus.
Não deve ser Fernando Parreira.
Não será Pedro Pimpão.
Posso até estar enganada, mas não será nenhuma das moças.
Como o segredo em Pombal tem perna mais curta do que a mentira, não tarda havemos de saber, meus caros leitores. Assim como a lista de apoiantes supostamente alaranjados que, com o tempo, se calhar até com a chuva, desbotaram.
19 de novembro de 2010
Regresso do CDS
Apesar de, politicamente, me situar nos seus antípodas, reconheço o bom trabalho que o CDS tem feito nos últimos anos, sobretudo devido ao crescente protagonismo de uma nova geração de políticos como Nuno Melo ou Assunção Cristas. Além disso, sempre achei que a salvação das democracias ocidentais se encontra no reforço de partidos minoritários como o CDS ou o PCP. Só com uma digna representação dessas forças políticas é possível dar voz a quem não se contenta com o marasmo do "centrão".
Desejo, pois, longa vida ao CDS no concelho e espero da direita pombalense uma forte e inteligente oposição ao PSD local.
18 de novembro de 2010
Orçamentos
Faz bem a autarquia usar dinheiro do QREN? Faz. E seria interessante que todos conhecessem os projectos em causa. Mas tirando o saneamento (sendo que não é um investimento tão linear quanto parece por questões que vão muito além das questões locais), quais serão as opções? Não parecem ser sociais mas sim para cravar a fatídica placa. É que regeneração, numa terra onde a estratégia é fazer primeiro, programar depois, é palavra que mete medo.
Mas agora que estamos quase em época de "pré- E depois do Adeus" (leia-se 2013), o que é que ficará? Note-se que eu não esperava um Orçamento Histórico. Aliás, nem sei bem o que será isso. Se é dizer que se vai gastar muito dinheiro que se foi buscar a outras fontes, ok, está bem, gaste-se, se só pode ser gasto para esses fins. Mas quanto ao orçamento em si, aquele que não depende de QRENs para ser inflacionado e exibido como bandeira, gostaria que tivesse em conta que em breve os cortes a nível nacional atingirão as autarquias, até aquelas que financeiramente não estão mal (e dispenso-me de falar em controlos internos).
Espero, por isso, fora os investimentos de candidaturas, um orçamento de contenção, rigoroso e realista, nunca esquecendo que as Autarquias não são as principais culpadas do descontrolo das contas públicas, embora também dêem os seus maus exemplos. Aliás, suponho que se o PSD local estivesse todo na AR exigiria o mesmo ao Governo: rigor, contenção e realismo. Mas, como aqui, o coração ao pé da boca é vantagem política e os comes e bebes argumento eleitoral, tudo é possível. Até ouvir falar num orçamento histórico em vez de um orçamento realista. Mas o melhor mesmo é esperar para ver, sendo que para já, em termos de discurso, já que de cima não há exemplo que nos inspire, pelo menos que viesse de baixo (em termos de pirâmide). Isso sim, seria Histórico!
15 de novembro de 2010
Cultura em rede
9 de novembro de 2010
Passámos a fasquia!
5 de novembro de 2010
Carneirada
É que ter um cemitério sem enterros é como ter um jardim sem flores. A carneirada não terminou.
Nas bocas do mundo
A primeira foi a da existência de um "Fado Pombal". Sim, tal e qual! O seu autor é o grande José Mário Branco que o escreveu para ser cantado pelo Camané. Este, numa entrevista ao Público, justificou: "a música tem uma terminação que soa um bocado a fado de Coimbra, mas como não é fado de Coimbra nem fado de Lisboa, embora seja inspirado nos dois, ficou intermédio: Pombal."
Esse facto não parece ter comovido o novo guru português da auto-ajuda, Daniel Sá Nogueira (ele há cada cromo!). Em entrevista ao jornal I confessou que, depois de ter nascido na África do Sul, "enfiaram-me me no Pombal que, se ainda hoje não é uma cidade de referência nacional, há 20 anos era o fim do mundo". Por acaso, fiquei com pena que não o tivessem enfiado noutro lugar qualquer.
Como não há duas sem três, deparei-me com a existência de um mochila portuguesa, de grande qualidade, com a referência "Sicó", numa clara homenagem à nossa região e ao seu potencial turístico.
Com mochila e fado, acho que não precisamos de auto-ajuda para acreditar nas potencialidades da terra. Pena é que os nossos eleitos se esforcem tanto para nos fazer acreditar no contrário.
Os medalhados do costume e o teatro que se impõe
Algumas são reincidentes. Percebi, com o tempo, que isto de ser reconhecido pelo poder obedece a um percurso no pódio. Assim sendo, o mérito começa em prata ou bronze, e vai evoluindo para o ouro. Nenhum nos merece particular relevo, o que diz bem do estado boring da efeméride.
Depois há teatro. À falta de uma comemoração popularucha do Dia do Município (que é no dia S. Martinho e isso facilitava tudo), à noite há teatro. O enredo de "Senhor Silva" - a peça que vai trazer a Pombal Tózé Martinho e um rol de actores mais ou menos conhecidos - é perigoso: Escrita por Ray Cooney, “Super Silva”, conta as peripécias de João Silva, um taxista que sendo casado com duas mulheres, Bárbara e Isabel, tenta fazer de tudo para que uma não fique a saber da existência da outra. Esta situação complica-se quando João Silva salva uma velhinha de ser assaltada, envolvendo-se na história dois polícias e um jornalista que quer levar a público a heróica história do taxista. Para ajudar na confusão envolvem-se nesta embrulhada Beto e Aníbal, vizinhos das duas mulheres de João Silva".