"E na epiderme de cada facto contemporâneo cravaremos uma farpa: apenas a porção de ferro estritamente indispensável para deixar pendente um sinal."
31 de agosto de 2020
Quem disse que perguntar não ofende?
28 de agosto de 2020
O Parque Verde
26 de agosto de 2020
V de vendetta
Se há algo que tem caracterizado o clima político pombalense nos últimos anos é a exaltação da vingança. Este sentimento (como se veio a demonstrar) foi o único pretexto para a apresentação a sufrágio do Movimento NMPH (ainda hoje não se lhe conhece o projecto político).
A retirada de pelouros ao vereador Pedro Brilhante reabriu a “Caixa de Pandora” do desforço. Se por um lado qualquer sombra de irregularidade deve ser tornada pública, denunciada aos organismos competentes e investigada (MUITO BEM!), o facto deste assunto ocupar, insistentemente, quase em exclusivo as reuniões do Executivo camarário, faz-me crer que, mais do que os factos e os superiores interesses dos pombalenses, se trata de mais uma acirrada prática de vendetta.
Uma análise da substância do episódio (ou sucessão de episódios) poderá levar-nos a pensar que, ao longo do tempo e dos sucessivos Executivos, se possam ter instalado e normalizado práticas menos próprias. Se atentarmos à forma, parece claro que o PSD já tem dificultar em suportar o enorme peso da responsabilidade e do decoro que o exercício do poder exige.
25 de agosto de 2020
Fundo de maneio do GAP – um escândalo
24 de agosto de 2020
Da ilustre Casa Varela
foto: Anteprojectos
Na senda do "faz & desfaz", a Casa Varela lá se vai aguentando de pé, à espera que lhe dêem uso. Já teve mil e um fins, só nunca teve um princípio.
A solícita imprensa local - aquela que não noticia as suspeitas de fraude e peculato na Câmara, mas é lesta a jorrar comunicados do PSD disfarçados de notícia - anunciou em primeiríssima mão que estava escolhido um director para a Casa, mesmo antes de se saber o que vai dirigir.
Parece que é esta tarde que decorre uma acção de propaganda. Está dado o mote, que não podia ser mais explícito, claro e objectivo. Atentem, pois, no exercício maior de português bem escrito e comunicação escorreita, que encravou na palavra 'território' e distribuiu vírgulas como quem espalha facturas em cima da mesa.
"O projeto “Casa Varela” foi concebido para ser como um espaço pertença do território e da comunidade, aliando ao seu passado rico de histórias e memórias, as novas centralidades para as artes, no concelho, na região e no país, atraindo a procura de uma faixa etária jovem e criativa, que venha a induzir no território um novo conhecimento, e um contributo identitário forte.
Pretende ser um espaço incontornável de criação artística, envolvendo Associações/ Artistas locais, reforçando redes nacionais e internacionais, projetando-se como polo de referência e como um centro de conhecimento, promovendo a diversidade da oferta cultural através de uma intervenção inovadora que atraia, de forma sustentada, públicos diversificados, e que concite o apoio da comunidade.
Enquanto ponte de ligação com artistas, a “Casa Varela” prevê, ainda, o desenvolvimento de um território de criação aproximando da cidade criativos do país e do mundo, impulsionando e complementando decisivamente a programação cultural já existente no nosso concelho"
Guerra louca
23 de agosto de 2020
Cena final
21 de agosto de 2020
Agarrem-nos, senão...
Poucas horas antes da reunião de Câmara - que podem acompanhar esta sexta-feira nos canais do município - em que o vereador Pedro Brilhante deverá fazer, ao vivo, meia dúzia de perguntas que já enviou por escrito, envolvendo suspeitas à volta do fundo de maneio gerido pelo Gabinete de Apoio à Presidência, o PSD deu um ar de sua graça neste Agosto: um comunicado em que dá 30 dias ao ex-líder da Jota para "rectificar a sua acção política, ou renunciar ao mandato de vereador", sob pena desta estrutura avançar para medidas drásticas: abrir um processo para o expulsar do partido.
Esta atitude musculada de Pimpão (Pedro) acontece na sequência das suspeitas levantadas nas perguntas, e que incluem Pimpão (João), que é, como sabemos, chefe de Gabinete. Dizem eles que esta atitude de Brilhante é "revanchista, persecutória e difamatória", palavras e actos que, como sabemos, o PSD de uns e outros desconhece...
Mas Pedro (Pimpão)...tantos anos na política e cais na asneira de fazer um comunicado infantil, como este? Então o partido não tinha retirado a confiança política ao vereador Brilhante? O que lhe importa que levante lebres? Ou que mundo ao contrário é este, em que o partido está-se nas tintas para a possibilidade dos seus mexerem indevidamente em dinheiro que é de todos, e mata o mensageiro para não se saber da mensagem?
Está bem de ver, como já aqui disse, que há pessoas que nasceram para ser da oposição - e não do poder. Pedro Brilhante é um caso desses. Uma pena não ter empregue esta energia quando foi vereador a tempo inteiro e com pelouros tão importantes como a Juventude e o Desporto. Mas fica a prova, para os eleitos de outros partidos e movimentos: afinal não é assim tão difícil fazer oposição. Basta querer.
Agora vamos assistir ao clássico.
https://www.youtube.com/watch?v=YHmjQ3VX-cE
20 de agosto de 2020
Onde se dá conta das dores do Pança com a investida do rufia
19 de agosto de 2020
Terras (região) em rumo
13 de agosto de 2020
Democracia à moda do Louriçal
10 de agosto de 2020
Já há cabeça de lista pelo PS: doutora Odete
9 de agosto de 2020
Murtinho
6 de agosto de 2020
Brisazinha
Não me recordo de uma conjuntura tão favorável à mudança de regime em Pombal. Há 3 anos, a disputa entre o PSD A e o PSD B, não configurava exactamente uma perspectiva de transformação.
Entrou Agosto sem que os que se opõem(?!?) ao status quo instalado indicassem os seus postulantes ao Convento do Cardal. Não será crível que alguma decisão tomada em plena silly season acrescente algo de substantivo (seria too silly). Sem essa designação (URGENTE), uma gestão bem-sucedida (vitoriosa) do complexo, difícil e DECISIVO dossier das candidaturas às freguesias ficará seriamente (por ventura, definitivamente) comprometida. Esta contemporização também não favorecerá uma eficaz angariação de apoios / recursos, tão necessários à prossecução de uma campanha eleitoral digna.
Eventuais determinações das estruturas partidárias centrais e distritais (sofrivelmente conhecedoras do nosso “microclima político”) ou quaisquer outras justificações (COVID – 19 incluído) não deveriam ser capazes de obstaculizar a compreensão de que se estão a viver tempos excepcionais. E tempos excepcionais exigem acções excepcionais.
Urge que os “ventos de mudança” (tão propalados em surdina) tomem apressadamente a forma e o corpo de um vendaval erosivo. Até agora, não parecem mais do que uma suave brisa. Daquelas que mal se sentem na cara. Talvez a rentrée coincida com uma eloquente subida na escala de Beufort. OU ENTÃO…
Einstein formulava uma adjectivação curiosa para os que fazem sempre as coisas da mesma forma e esperam resultados diferentes.