"E na epiderme de cada facto contemporâneo cravaremos uma farpa: apenas a porção de ferro estritamente indispensável para deixar pendente um sinal."
30 de junho de 2011
Vai sacudir, vai abalar...
Já agora
Ordenamento do Território
- Promover um território inteligente, actualizando as políticas de urbanismo e ordenamento do território;
- Promover um território facilitador da mobilidade social, actualizando os regimes de arrendamento e de reabilitação urbana;
- Promover um território competitivo, através de políticas para a maior competitividade e o maior bem-estar;
- Promover a justiça e a competitividade associadas ao território.
Vá lá que não é um território charneira. E mais uma vez, curioso para ver no que isto dá... aqui e por aí.
29 de junho de 2011
Quero ver isto em prática no "meu" Pombal...
O Governo compromete-se também a “despartidarizar” o aparelho do Estado e a promover o mérito no acesso aos cargos. Neste âmbito, o Governo preparará nova legislação que estabeleça um sistema independente de recrutamento e selecção.
26 de junho de 2011
A torrar na sertã de Pombal
Foram executadas obras junto ao castelo de Pombal, onde foram aplicados muito betão e muita chapa de aço. Tudo planeado para deixar a “pegada” dos autores durante muitos anos…
Poderia e deveria ter-se efectuado obras com madeira tratada e outros materiais naturais de baixo custo, de forma a fazer-se poupança dos recursos dos contribuintes, a respeitar-se a história e a harmonização arquitectónica e a dotar-se o local de uma infra-estrutura funcional.
Do conjunto das edificações, inúteis e anacrónicas, podemos destacar o bar, em cujo interior a temperatura de Verão sobe perto ou acima dos 70 graus centígrados, devido ao calor irradiado pela chapa metálica da cobertura. Só o investimento em ar condicionado e energia permite a utilização do local.
A sertã de Pombal está ao lume em frente ao castelo…
24 de junho de 2011
Desperdício? Não, é de borla!
Conta quem por lá passou, que na velha URSS a maior parte das torneiras perdiam água. Porquê? Porque a água era de borla, mas a reparação das torneiras era por conta dos utentes.
Na Gesteira, freguesia de Abiúl, uma fuga de água da rede pública mantém-se há anos. Uma morada prejudicada pela fuga reclama, reclama, mas nada feito.
Um estudo da Deco aponta a CMP como uma das que mais água desperdiça, perto de 50%. Porquê? Porque para a câmara a é de borla. Estragar muita ou pouca tanto faz. A que o consumidor paga chega para tudo e ainda dá lucro. Logo, deixa andar...
22 de junho de 2011
Barco que se afunda
No Barco (em Pombal) existe uma Urbanização, no lado direito do antigo IC8, atento o sentido Pombal/Ansião, ainda sem edificações mas já ajardinada com silvas abundantes, cerradas e altas e com despejos de destroços de edificações.
No outro lado do antigo IC8, lado esquerdo, podemos encontrar várias casas, mais ou menos recentes, localizadas junto de silvados e de ruínas de edificações mais antigas.
O Barco afunda-se em silvados…
Andam a brincar aos jornais?
21 de junho de 2011
Este parte, aquele parte,...
Depois do Basquetebol, onde o Instituto D. João V chegou a conquistar, na época de 2006/2007, o Campeonato Nacional da I Divisão de Seniores Femininos, o emblema do Louriçal abandona agora a alta roda do Futsal nacional. Num cenário de crise, reforçado pelos cortes no financiamento a que as escolas particulares foram sujeitas, esta notícia acaba por não causar surpresa. Resta saber se haverá potencial económico no concelho para manter inverter a situação. Duvido.
20 de junho de 2011
A AEP já nasceu?
Em 2009, os presidentes das ACSP e da AICP anunciaram a criação (fecundação) de uma nova associação dos empresários de pombal, uma tal AEP.
Passados mais de dois anos a AEP não se vê! Problemas na fecundação: pouca atracção e muita infertilidade!
19 de junho de 2011
Enfim, a pista
Peões e bicicletas a circular junto ao Rio Arunca
Como todos já deverão ter notado, a Câmara Municipal de Pombal está a construir, junto ao rio Arunca, um “corredor” destinado à circulação de peões e de bicicletas. A “obra” talvez esteja concluída na data das próximas festas do bodo, mesmo antes do prazo contratual.
Certamente que os custos serão elevados e que a “obra” terá uma utilização essencialmente lúdica, por não se adequar aos itinerários de uma parte considerável dos cidadãos, entre as suas casas e os seus empregos. Porém, a “obra” talvez possibilite a criação de uma cultura de locomoção e de substituição de parte do transporte automóvel pela bicicleta, com benefícios para a saúde dos “aderentes”, através do exercício físico e da redução do stress das filas de automóveis no trânsito, para o ambiente, através da redução da circulação de viaturas e da poluição, e para a economia, através da poupança de combustíveis. Se assim for, o investimento fica compensado e os novos hábitos poderão justificar a construção de outros “corredores”, com a mesma finalidade, no centro da cidade.
Eu irei aderir e utilizar a “obra” a pedalar numa bicicleta…
José Gomes Fernandes.
18 de junho de 2011
Problemas técnicos
Temos constatado problemas na edição de comentários e, também, de posts. Tal não se deve a qualquer barreira colocada pelos administradores do blog. Verifica-se, essencialmente, quando se usa o browser Explorer. Assim, quem quiser comentar no Farpas deverá utilizar, preferencialmente, o browser Google Chrome (instalação gratuita a partir do site do Google).
JGF no Farpas
17 de junho de 2011
Um luxo pré-crise
Entretanto, é aproveitar o que resta. E o que resta é muito bom. Hoje, por exemplo, o TAP vai estar na Casa da Música, na Guia, pelas 21h30, a apresentar o seu “Só o Faraó tem Alma”.
14 de junho de 2011
Tostões ou milhões?
Pelo menos 60 mil euros foi quanto tivemos que pagar pelos caprichos de Narciso Mota ao nomear seis vereadores a tempo inteiro em vez de cinco, mesmo esses um exagero. A resposta habitual (também foi a mesma no caso do Boletim Municipal) é a de que isso são trocos no orçamento da autarquia. Este argumento, muito católico, irrita-me profundamente.
Raul Iturra relembra “A ética protestante e o espírito capitalista” de Max Weber (1905) para explicar porque é que os católicos, por oposição ao protestantes, são propensos a estas atitudes. Surgindo de uma cisão com a Igreja de Roma, acusada de viver no meio do esplendor e da riqueza, o protestantismo baseou a sua ética na pobreza. Aos seguidores de Lutero, não lhes sendo permitido ostentar riqueza, restava-lhes o aforro e o investimento dos seus tesouros no comércio e bens de lucro.
Esta postura contrasta com a dos católicos que sempre gastaram à tripa-forra e, como tal, sempre viveram de empréstimos. Além disso, como o catolicismo manteve o sacramento da confissão privada com concessão de perdão (o protestantismo também, mas pública e sem concessão de perdão), fomentou entre os católicos a desvalorização das leis pois sabiam que isso lhes seria perdoado.
O nosso mal, como sociedade, é o de sistematicamente perdoar este tipo de pecados aos políticos. Se fosse eu quem mandasse, não haveria pai-nossos nem ave-marias que valessem ao nosso presidente por assim desperdiçar o dinheiro que é de todos.
Assim acontece...
Note-se que, dada a obsessão por placas, gosta-se muito de fazer e depois ver como se ocupa. Mas estando o "mal" feito e já que a própria autarquia não sabe o que fazer, que se lance uma discussão pública. Eu sou daqueles que gostaria de ver uma Casa da Cultura, com espaço para colectividades (as que têm trabalho que se veja) e um espaço para algumas actividades mais pequenas. Sobre a Pousada da Juventude, tenho dúvidas, mas não a descarto. E quem diz isso, diz outras coisas. Como um Museu do Concelho. Logo, nada descarto e deixaria nas mãos dos cidadãos, sempre com respeito por quem, tecnicamente, pode acrescentar. Mas isto são ideias de um cidadão que, louvando a preservação do património, gostava de ver um fim útil para cada investimento que é feito.
12 de junho de 2011
E porque não te demites?
António José Seguro é um dos políticos mais enfadonho e mais banal que conheço. Jamais ganhará uma eleição fora do PS (nem para a junta de freguesia da Marmeleja). Espero que nunca chegue a Secretário-geral do PS, porque, se chegar, o PS descerá no País ao nível que está em Leria.
10 de junho de 2011
Pimpão e a vereação
Aquando das eleições autárquicas, criticámos, aqui no Farpas, a opção de Narciso Mota em dar posse a um executivo com 6 vereadores a tempo inteiro. Pareceu-nos excessivo. Com a decisão de manter o novel deputado Pedro Pimpão na sua equipa, desta vez sem pelouros, Narciso dá-nos agora razão. Depois admirem-se se houver quem afirme que o executivo camarário tem funcionado como uma “extensão do centro de emprego para políticos desempregados”!
7 de junho de 2011
Competência
Numa altura como esta em que vivemos, é essencial ter em conta a opinião dos nossos mais competentes concidadãos. Amanhã (dia 8 de Junho, quarta-feira), no Teatro-Cine, pelas 21h, Pombal tem a oportunidade de poder assistir à palestra “A Biodiversidade e a Floresta”, proferida pelo biólogo Jorge Paiva que, para além de excelente comunicador, é um dos mais informados portugueses nas questões relacionadas com o ambiente. Parabéns ao Departamento do Pré-Escolar do Agrupamento de Escolas Gualdim Pais pela iniciativa.
6 de junho de 2011
Ah esta terra ainda vai cumprir seu ideal...
PS 18,03% 4.967 votos
CDS-PP 11,87% 3.270 votos
B.E. 3,80% 1.046 votos
PCP-PEV 2% 551 votos
PAN 0,99% 274 votos
PCTP/MRPP 0,73% 202 votos
MPT 0,29% 81 votos
MEP 0,27% 74 votos
PTP 0,24% 66 votos
PNR 0,24% 66 votos
PPV 0,24% 66 votos
PPM 0,19% 51 votos
POUS 0,17% 48 votos
EM BRANCO 3,76%1.037 votos
NULOS 1,64%451 votosInscritos: 55.451
Votantes: 27.550O que quer dizer que a abstenção é de quase 51 por cento. Logo, mais de metade não quer saber disto para nada.
Os dados podem ser conferidos aqui, no site da CNE. Ora vamos lá, então, à interpretação.
Aqui a derrota do PS é ainda mais humilhante do que a nível nacional. Na verdade, há freguesias em que o CDS-PP já ultrapassou os socialistas. Mas isso também não quer dizer que os democratas-cristãos tenham grande razão para sorrir. Mesmo com uma estrutura montada (o que em 2009 não sucedeu) não representa mais do que 11,87% dos votos.
Em boa verdade, acho que está na altura do engº Rodrigues Marques ver o que é que se passou em freguesias como Abiul, Ilha, Carnide ou Meirinhas, onde desta vez a votação no PSD ficou aquém dos 80%. Alguma coisa está a ficar, engenheiro.
Registo também com particular apreço a votação no PAN (Partido pelos animais e pela natureza): 274 votos no concelho. Vai-se a ver e a velha máxima de que "até um burro com um chapéu ganhava" não está de todo errada. O Poly da minha avó daria um excelente deputado, estou certa. E a Zizi que todos nós estimamos uma belíssima chefe de gabinete. Está tudo doido, não está?
E porque ainda é de pessoas que se trata aqui, atente-se:
1. Pedro Pimpão foi legitimamente eleito. Levado em ombros pela Jota, na sede do partido em Leiria. Estavam lá a ver a cena os companheiros Diogo Mateus e Micael António**. Julguei que não deixasse escapar esta oportunidade para se livrar rapidamente de Narciso Mota, que logo chamaria para a vereação a senhora que se segue, na lista: Elisabete João. Mas pelos vistos o Pimpão tem mais encanto na hora da despedida, e o presidente já fez saber que não abdica do vereador, mesmo sem pelouros. É bonito.
2. Adelino Mendes regressará a Pombal e aos quadros do Instituto D.João V? Ui. Pode ser que assim se dedique mais ao partido, por cá.
3. Não vi Jão Coelho em Leiria na noite da derrota. É certo que ia em nono lugar na lista e que só três deputados foram eleitos. Mas perder ou ganhar tudo é desporto. Desporto.
Para mais informações, podemos sempre sintonizar a Rádio Clube de Pombal, que pelos vistos ganhou a sonorização das festas do Bodo. Uma lição para Rui Benzinho e sua equipa. Não é engenheiro?
**também lá estava Ana Gonçalves. As minhas fontes não a reconheceram, mas vislumbrei-a nas fotos da festa ;)
(...Ainda vai tornar-se um imenso laranjal)
Representatividade e "mentira de Hondt", ou a história circular de umas eleições
Legislativas - Análise por distrito/Círculo
Nos Círculos de Bragança, Castelo Branco, Évora, Portalegre, Vila Real e Madeira, não houve qualquer alteração.
Nos Círculos de Aveiro, Beja, Açores, Viseu e Guarda, o PSD ganhou 1 deputado ao PS.
Nos Círculos de Leiria e Santarém, o PSD ganhou 2 deputados, 1 ao PS e 1 ao BE.
Em Coimbra, o PSD ganhou 1 deputado ao PS, e o BE perdeu 1 deputado, resultante da diminuição de 1 deputado neste Círculo.
Em Faro (que ganhou 1 deputado), o PSD e a CDU ganharam 1 deputado, e o PS perdeu 1 deputado.
Em Braga, o PSD ganhou 3 deputados - 2 ao PS, e 1 ao BE.
Em Setúbal, o PSD ganhou 2 deputados ao PS, e o CDS ganhou 1 deputado ao BE (interpretação minha).
Em Lisboa, o PSD ganhou 5 deputados ao PS, e o CDS ganhou 2 deputados ao BE.
Já no Porto, o PSD ganhou os mesmos 5 deputados, capitalizando todas as transferências de voto. O PS perdeu 4 deputados, e o BE perdeu 1 deputado.
Atente-se que PSD, CDS e CDU não perdem deputados em nenhum distrito, e verificam ganhos, e que, ao invés, PS e BE não ganham deputados em qualquer distrito, verificando perdas significativas.
4 de junho de 2011
Em dia de reflexão, vá a uma exposição!
Momento (mais um) para reflectir sobre a aposta turística que o nosso concelho faz (ou deixa de fazer). E sobre as potencialidades que temos e ainda não estamos a explorar.
3 de junho de 2011
Declaração de voto
Depois de 5 de Junho, o cenário é outro. Não serei eu um salvador, muito pelo contrário, mas se depois desse dia muitos estiverem dispostos a dar um passo em frente de modo a mudar o sistema, ajudando aqueles que lá dentro merecem o reconhecimento, deixará de haver desculpas para que no cenário complicado que é o nosso futuro, haja capacidade para construir verdadeiras alternativas.
2 de junho de 2011
Declaração de voto
Vejam bem
Aos 47 anos, não era para admirar: a minha optometrista demonstrou-me que os meus olhos padecem de hipermetropia e presbiopia. O olho esquerdo acumula estas moléstias com um assinalável véu astigmático. Quer dizer que troquei os óculos de leitura por umas cangalhas de lentes progressivas para o resto da vida. Sou, portanto, hipermétrope, presbita e astigmata. Paciência: a idade e as fadigas deram-me as duvidosas mas indubitáveis prendas do “olho curto”, da ovalação da córnea e da formação de imagens atrás da retina.
Quero porém deixar claramente expresso, sem pretender dar nas vistas, que nada disto me impede de ver com toda a nitidez que Sócrates nunca prestou nem presta, que Passos Coelho não presta nem nunca prestará e que Paulo Portas foi, é e será imprestável. Não há desfoque físico que me impeça de ver tudo isto com a mais cristalina, reverberante, nívea, luminosa e iluminada clareza.
Podem ser turvas as minhas escleróticas, pupilas e córneas; pode o meu humor aquoso ter conhecido dias bem mais solares; pode qualquer das minhas íris nunca mais irisar com olhos de ver; pode o humor vítreo estar estilhaçado como nunca; pode o nervo óptico andar mais nervoso do que vidente; pode o cristalino achar-se, até por melancolia, mais turvo do se calhar merecia; podem a retina e a coróideia ter chegado a este ponto algo torpe da insuficiência de acomodação tão própria dos presbitas. Podem, podem.
O que não podem é impedir-me de continuar a ter os olhos abertos. Eles estarão cansados, tristes e a funcionar mal no mundo das volumetrias luminoplastas. Eles, os olhos, estão. A vista está. Mas a visão, não. Olho com dificuldade, mas vejo perfeitamente.
E o que perfeitamente vejo é que Sócrates nunca prestou nem presta, que Passos Coelho não presta nem nunca prestará e que Paulo Portas foi, é e será imprestável. Dia 5 de Junho, na posse dos meus óculos novos, não terei qualquer dificuldade em ver de onde venho e para onde quero ir. Os meus leitores verão, naturalmente, o que quiserem ver. Porque ver é ser, não é olhar para o lado.
O mais que recomendo é que, em vez de vistas curtas, se lembrem da canção que dá nome a esta crónica. Porque “não há só gaivotas (ou milhafres) em terra / quando um homem se põe a pensar”.
Deixem falar o homem!
Narciso Mota disse a uma jornalista da TVI 24h sentir-se “envergonhado, como português e como político, por ter que vir uma troika governar Portugal.” A frase, pelos vistos, causou polémica e é apresentada como sendo a responsável pelo adiamento, para depois das eleições, do programa onde foi proferida.
Uma coisa é certa. O homem tem toda a razão! Todo este período, que culminou no vergonhoso pedido de ajuda externa, tem contribuído para que os portugueses sejam vistos como caloteiros, preguiçosos, vigaristas e desleixados, e Portugal como um país “um degrau acima de lixo”. Não admira que a urgência da mudança seja uma convicção unânime (mesmo entre os eleitores socialistas), caminhando a par com a depressão generalizada resultante da constatação de que Passos é um clone de Sócrates.
Caro Narciso Mota, este domingo é dia de votos. Se, tal como eu, considera importante que algo mude, temos que votar na mudança.
1 de junho de 2011
As barreiras da vergonha - II
Vão 2 anos. DOIS ANOS! Para tapar a m*rda de um buraco...?
P.S. - Estou disponível para alguma acção mais "drástica", no sentido de chamar a atenção à resolução do caso. Juntemo-nos!
... e tem razão, o camarada!
Empate técnico
Os eleitores estão divididos: votar no PS dos sucessivos PECs ou no mais liberal PSD de sempre? Dar a vitória à arrogância de Sócrates ou à inexperiência de Passos? Contrariamente à arrogância, a inexperiência até poderia não ser um defeito, não fosse o homem ser tão permeável às ideias da ala mais radical do PSD e assumir, com toda a naturalidade, a privatização das Águas de Portugal e dos CTT.
A privatização de empresas que prestam um serviço social é imoral e perigosa. É um absurdo pensar que o estado, por má gestão ou incompetência financeira das empresas privadas, possa vir a permitir que o abastecimento de água ou o serviço postal deixem, simplesmente, de operar. E os “comedores de dinheiro” sabem disso! Veja-se o que está a acontecer com a banca. Não podendo falir, os contribuintes pagam (e vão continuar a pagar) todas as asneiras feitas pelos seus gestores.
“Contrariamente à teoria económica e ao mito popular, a privatização é ineficiente”. Quem o diz não sou eu: é Tony Judt no seu brilhante livro “Um tratado sobre os nossos actuais descontentamentos”. Uma excelente leitura para este período pré-eleitoral.