31 de agosto de 2009

Propaganda chocante

A quantidade de outdoors que povoa as cidades e as rotundas deste pobre País choca o mais desatento e é revelador do nosso subdesenvolvimento. Estamos em crise? Não parece. Mas colocar grandes outdoors, para a câmara e, vejam bem, até para a JUNTA, é obsceno.
Quem paga? NÓS, NÓS e NÓS, de todas as formas.
Havia necessidade?

O nosso Parque Verde



Em Pombal faltam espaços verdes porque o betão engoliu quase tudo. Mas os nossos visitantes descobriram, no Barco, uma zona verde, constituída por enormes silvados, que utilizam como parque de campismo selvagem. E assim se polui e degrada, ainda mais, uma zona nobre da área urbana da cidade, se reforçam os riscos de incêndio e se compromete a saúde pública.
Até quando?

28 de agosto de 2009

Crimes no urbanismo

O Público de hoje noticia que “A Unidade Especial de Investigação à Câmara de Lisboa acusou o arquitecto Jorge Contreiras de corrupção, branqueamento de capitais, abuso de poder e falsificação de documento. O arguido era assessor de uma das divisões de gestão urbanística da autarquia e terá dado pareceres favoráveis a processos elaborados por um gabinete de projectos de que era sócio”.
A notícia relata como foi apanhado o arquitecto aprendiz de vigarista. E os alfacinhas têm a mania que são muito espertos! Na província os arquitectos vigaristas já não são apanhados desta forma, são muito mais sofisticados, a coisa não é feita de forma tão directa, tipo toma lá dá cá, passa por umas triangulações mais elaboradas, mais dissimuladas e, acima de tudo, mais protegidas.
Anjinho!

Calhaus e Ideias


Penela inaugura primeiro parque infantil de temática romana de Portugal. Há quem aposte em traços diferenciadores e os potencie. No fundo, até que é simples: começa por perceber que o património serve para mais que placas de inauguração ou projectos de requalificação sem objectivos palpáveis. Pode-se até dizer que Pombal não tem um património como a villa do Rabaçal, por exemplo, mas isso é falso. É falso porque nesse capítulo nunca se fez o levantamento do património romano no território do Concelho, se bem que existe um projecto para tentar fazera mesma coisa a uma villa na Freguesia de Santiago de Litém. Mas é preciso não esquecer São Tibério, o próprio Castelo e porque não, a eventual Cidade da Roda, na Redinha. Tudo locais referenciados mas nunca explorados para aferir o seu potencial. É que o que para muitos são meros calhaus, para outros são ideias ou projectos que fazem toda a diferença.

27 de agosto de 2009

Subscrevo

Moita Flores afirmou no DN de ontem que "é costume dos inaptos atirar para cima do Governo com as responsabilidades dos problemas não resolvidos, alijando assim a carga da incompetência dos que governam os municípios".
Por estas bandas a culpa do que falta e do mal feito é sempre do Governo.

Eleições e Candidatos

A degradação da actividade política é uma realidade mais ou menos consensual nesta terra cada vez mais mal frequentada e noutras deste País (e não só) que se manifesta na ocorrência, cada vez mais frequente, de factos escandalosas. A causa primária disto está, como não podia deixar de ser, no político; tal como no circo está no palhaço.
Olhando para o perfil dos candidatos aos próximos sufrágios não são expectáveis melhorias na acção politica. Estou convencido que os critérios de escolha dos candidatos foram, na maioria dos casos, unicamente os definidos na lei: ter capacidade eleitoral activa. Só assim se compreende que as listas estejam povoadas em lugares ilegíveis de gente mal preparada, mal empregada, desempregada ou à procura do primeiro emprego (digno desse nome). No entanto, como o nível de exigência está muito baixo concedo que o recrutamento de candidatos para uma Junta se faça entre a população desempregada ou mal empregada, julgo até que para uma Junta o facto de o candidato estar desempregado poderia ser um dos critério de selecção e até de voto, mas baixar os critérios de selecção a este nível para os órgãos da Câmara ou para deputado da República é demais.
Por este caminho a actividade política rapidamente se transformará na mais rasca das actividades lícitas.

As Obras do Regime (I)

Em Abiúl, mais concretamente no Ramalhais, foi construído um ringue, no cimo de um monte, junto à casa de um activo membro da Junta, contra a vontade da população e da Associação Desportiva Local; longe dos núcleos populacionais, da Escola e do Campo de Futebol, sem balneários e sem uma simples Casa de Banho.
Resultado: não é utilizado, está abandonado.
É o regime no seu melhor.

Continuamos a seguir a pista


Que isto em Pombal é porreiro, pá.
Que o digam os de fora.

25 de agosto de 2009

Recomendação aos políticos

Como estamos em época de campanhas eleitorais achei oportuno relembrar aos nossos políticos a importância de ser pontual. Faço-o com esta pequena história:
Numa determinada terra as pessoas decidiram homenagear o velho padre pelos pelos seus 25 anos de trabalho ininterrupto à frente da Paróquia. Um político, importante, da região, membro da comunidade, foi convidado para entregar o presente e proferir um pequeno discurso durante o jantar, mas atrasou-se.
O sacerdote, incomodado com a espera, decidiu proferir umas palavras, disse:
- “Tive a minha primeira impressão da Paróquia na primeira confissão. A pessoa que se confessou disse-me que tinha roubado um rádio ao vizinho e dinheiro aos pais e na firma onde trabalhava, que se tinha dedicado ao tráfico de droga e que tivera aventuras amorosas com a esposa do patrão e até tinha transmitido uma doença à irmã. Fiquei assustadíssimo... Pensei que o Bispo me tinha enviado para um lugar terrível. Mas fui confessando mais gente, que em nada se parecia com aquele homem... Constatei que na realidade a Paróquia estava cheia de gente responsável, com valores e comprometida com a sua fé. Vivi aqui os 25 anos mais maravilhosos do meu Sacerdócio”.
No momento em que o padre terminou a sua curta intervenção chegou o político. O padre passou-lhe imediatamente a palavra. O político, depois de pedir desculpas pelo atraso, disse:
- “Nunca mais vou esquecer o dia em que o senhor padre chegou à nossa Paróquia. Como poderia? Tive a honra de ser o primeiro da Paróquia a ser por ele confessado!”
Moral da história: nunca chegar atrasado.

21 de agosto de 2009

ETAP, verdade?

A política de verdade, ou de mentira, chegou, também, à ETAP: não paga aos professores e aos fornecedores (atempadamente).
Desbarata-se dinheiro em tanta coisa fútil e depois falta dinheiro para capitalizar a escola e respeitar os compromissos.
Escola de referência? Olha se não fosse!

E já agora...

A Bússola Eleitoral para as Legislativas em Portugal. Giro, giro era se alguém se dedicasse a construir uma coisa destas para as Autárquicas em Pombal...

Guia prático para as festas populares

Num fim-de-semana em que se realizam duas das mais importantes festividades deste concelho - quiçá do país, do universo, sei lá - que são, como é sobejamente conhecido, a festa em honra de Nº Sr. das Misericórdias, na Moita do Boi, e a festa em honra do Sagrado Coração de Jesus, em Vermoil, aqui ficam alguns conselhos para candidatos e demais aspirantes a políticos que eventualmente estejam interessados em caçar por lá uns votos:

1 - Não chegar atrasado à missa. Para isso já basta o José Neves mais velho, no Louriçal, que depois atravessa a capela/igreja toda para se fazer notar. Só que isso do protocolo não é o pão-nosso-de-cada dia e...a malta não percebe.

2 - Acompanhar a procissão no meio do comum dos mortais (bem sei da Gripe e tudo e tudo, mas assim sempre dão um ar de quem não se importa de levar um banho de povo), ao invés de seguirem o padre debaixo do pálio, se o houver.

3 - Deixar em casa a gravata e/ou casaco do fato, pois que não há nada mais deprimente que uma camisa molhada de suor, para além do desagradável que se torna levar um beijinho* ensopado. Opte por camisas de linho e/ou t-shirts de algodão leve e fresco. O engº Narciso deve apostar mais nestas e menos naquelas camisetas/pólos que estão fora de moda. Já o Adelino deve apostar mais nos jeans, que ainda está na idade.

4 - Escolher bem os membros da comitiva, pelo menos nestas ocasiões. Isto é: há aqueles rapazes que andam na noite e que depois têm uma certa dificuldade em andar de dia, mesmo que seja nas festas populares. Têm normalmente atitudes a despropósito e a malta nota-lhe o ar de enfado. (Veja lá se tem mão neles, engº)

5 - Isto de arraiais e festas carece de alguma preparação prévia. Se não tem grandes hábitos de beber refrescos, comece pela mini. Vai ver que lhe dará um jeitão no contacto com o povão. Depois é só juntar-lhe tremoços e pevides, pôr o seu melhor sorriso e ouvir. Por alguma razão Deus nos dois dois ouvidos, e só uma boca.

19 de agosto de 2009

Mais uma grande obra do regime

No próximo domingo, desta vez na Pelariga, vai ser inaugurado, com pompa e circunstância (discursos, foguetes, comes e bebes e música), mais um Parque de Merendas.
Mais uma grande obra do regime! E paga o Zé, e a Maria…

A campanha on-line


Ao contrário do que aconteceu há quatro e há oito anos, tempos em que, em Pombal, apenas a CDU assumia a sua candidatura na internet, proliferam os sites e blogues das diversas forças partidárias. Parabéns! Existe agora uma forma simples de obter informação relativa às agendas de campanha, aos programas eleitorais, etc.

Um "estrangeiro", como eu, pode agora consultar o blogue do Narciso Mota que, pelos vistos, lá arranjou tempo para escrever em blogues (as voltas que o mundo dá...), o site do Adelino Mendes, o blogue do Alcides Simões. Como se pode ver, todas as candidaturas optaram pela personalização da campanha. Não gosto. Mas isso talvez se deva a facto da minha formação privilegiar os projectos colectivos...

Também as candidaturas à junta se começam a perfilar no ciberespaço. Temos o site e o blogue, do João Alvim (sem dúvida o candidato mais habituado a estas andanças), o site e o blogue do José Neves (o homem tem também, pasme-se, facebook, hi5, etc), o site do Dinis Martins.

Passou-se do oito para o oitenta! Agora tudo tem site, blogue, facebook, hi5, twitter e sei lá mais o quê. Eu até comprendo essa parafernália no João Alvim. Como já anda há muitos anos nisto, definiu estratégias diferentes para o site e para o blogue (basta ver a inteligente escolha dos títulos), conseguiu atrair um grande número de seguidores no facebook, objectivou diferentes públicos-alvo para os vários canais que utiliza. Apesar de achar que poderia ter sido mais parcimonioso, não lhe fica mal. Agora, convenhamos: na maioria dos casos é um completo absurdo!

18 de agosto de 2009

É preciso é seguir a pista!

Há entre nós uma nova paixão. Chama-se Aeromodelismo. Ae-ro-mo-de-lismo. Fiquei a saber sábado à noite, quando ouvia uma dissertação do senhor presidente numa festa de um clube de... Atletismo. Ainda julguei tratar-se de um lapso, pois que os muitos adeptos da modalidade reclamam para Pombal uma pista, no Estádio Municipal, que sirva a todos. Mas não. O homem repetiu aquilo. E voltou a repetir. E ainda disse não-sei-quê de falar com verdade e com rosto. A cena passou-se em Vermoil, onde o Atlético local comemorava bodas de prata.

17 de agosto de 2009

De um simples ribeiro a uma grande praia



Ontem, empurrado pelo meu miúdo, voltei a Castanheira de Pêra para passar o dia na famosa Praia das Rocas. Os miúdos, normalmente, não se enganam na escolha das atractividades lúdicas. Valeu a pena, passámos um belo domingo.
É espantoso como a câmara transformou um simples ribeiro numa enorme e belíssima praia, animada e cheia de atractividades (ver imagens). Fui lá nos primeiros anos (2003 e 2004) e já naquela altura fiquei surpreendido com a visão e o arrojo do executivo camarário que concebeu e realizou aquele avultado investimento público. Temi que depois do epifenómeno inicial a coisa acabasse num enorme elefante branco. Felizmente nada disso aconteceu, o empreendimento continua vivo, com grande capacidade para atrair famílias dos concelhos vizinhos e não só (vi por lá várias famílias de Pombal).
Daqui se conclui que os executivos municipais podem fazer muito mais pelo desenvolvimento das suas comunidades do que à primeira vista se pode pensar. Mas para isso é necessário possuir alguma imaginação e alguma visão (no mínimo para além das próprias palmas das mãos) e não destruir riquezas naturais, valiosíssimas nos dias que correm, nem desbaratar recursos financeiros em subsídios frívolos e em benfeitorias e arranjas de fraco valor.

Agosto

Agora que mês já vai a (mais de) meio, que pese embora a crise o Intermarché continua de prateleiras vazias, que a vacada da Ranha até calhou a um domingo e foi um sucesso ainda maior do que o habitual, que as festas do Louriçal registaram uma verdadeira enchente mesmo com um programa daqueles, que no Osso da Baleia quase não há gelados, que nos dias quentes até o parque aquático enche, mesmo com aquele serviço e o café a um euro (em copo de plástico e colher de gelado),
é tempo de relermos este escrito do Daniel - cujas crónicas bem falta nos fazem, a todos. Porque isto está tudo ligado. O Nel Monteiro já morou na Ranha e agora canta no Louriçal. Depois ainda se admiram de certas e determinadas voltas que a vida dá.

16 de agosto de 2009

Rio Arunca: uma vergonha e um desastre (II)


Todos sabemos que a água é um bem essencial, mas um rio, ou mesmo um simples ribeiro, nos tempos que correm, em que a maioria das pessoas vive encafurnhada em caixotes e rodeada por betão, é uma riqueza preciosa.
Pombal tem um rio, o Arunca, que já não é um rio. É mais um vazadouro para onde a atiram, para o leito e para as margens, todo o tipo de tralha.
Inacreditável? Nem tanto, o Professor explicou muito bem.
PS: E isto não conta para o tal Estudo sobre a Qualidade de Vida. Olha se contasse?

14 de agosto de 2009

Rio Arunca: um desastre e uma vergonha


O Rio Arunca, principalmente a partir da cidade de Pombal, é um esgoto a céu aberto. É um problema que envergonha Pombal e os pombalenses porque é, essencialmente, dentro da cidade que o rio é poluído. Nos dias de hoje será difícil, senão impossível, encontrar no País um rio tão contaminado. Há muito que os rios Alviela e Cávado deixaram de ser a vergonha nacional em que o nosso rio ainda se mantém. Se mantém e se agrava. Há uns anos atrás tínhamos a desculpa da falta de ETAR, hoje é a própria ETAR a fonte de contaminação.
Ontem encontrei o rio num dos seus piores dias e tentei perceber as origens do desastre. Concluí que até ao ponto de descarga da ETAR a água não sendo boa é razoável, é minimamente transparente. Após a descarga da ETAR (ontem estava a descarregar um caudal significativo) não se pode falar em água mas de um efluente negríssimo e pastoso, como as imagens procuram mostrar. Como é possível?
A culpa não era, de certeza, da indústria em frente à ETAR, muitas vezes acusada de ser a principal fonte poluidora, porque estava encerrada e não descarregava nenhum efluente.
Por quanto mais tempo temos que viver com este atentado ambiental?
Há dezasseis anos que o PSD e Narciso Mota prometem a despoluição do rio Arunca. Há dezasseis anos que falham! E contaminam-no.
Como é possível?

12 de agosto de 2009

Farpas dos Leitores

O Fundo do Vale

A minha cidade-natal (à altura vila), Pombal, fica, segundo me esclareceram há muito pouco tempo, num vale. Como vale que se preze, este foi formado pelo movimento das águas. Uma coisa o separa de outros vales, no entanto. Neste, por sobre cidade edificada e habitantes, corre ainda uma corrente. Uma que não molha nem gela, mas arrasta quem ali vive para as profundezas da ignorância e a foz do afastamento em relação a algo que deveria sempre estar ao alcance da mão: a política.

Está mais do que discutida a capacidade que o poder ter de revelar o mais profundo da natureza humana. Mais do que sabido que todos adoramos manter os nossos empregos e que, no limite - e Pombal, às vezes, parece-me ter atingido o limite - a emulsão da política na sociedade acaba por se tornar rotina. Pior, acaba por ser normal.

Perdemos a capacidade de indignação e, com isso, o direito a tê-la. Somos, quer queiramos quer não, eleitores mesmo depois de elegermos. E se não o quisermos ser por amor ao jogo político, que o sejamos, pelo menos, na defesa do nosso património e dos nossos. Num mundo ideal, sê-lo-íamos até em defesa da nossa honra e inteligência. As mesmas em que o Correio de Pombal cuspiu. E não é pela constante corrente asfixiante que corre por Pombal que o escarro se nota menos.

Ao publicar, em lugar de uma notícia sobre a JSD de Pombal, sem alterações que não duas expressões no final dos dois últimos parágrafos, um press-release emitido pela própria Jota, o Correio de Pombal tornou-se quase um Caronte para a corrente de que falo. O barqueiro que leva o pensamento livre, a ética e até a inteligência até ao seu destino final. Só as consequências podem ser mais graves por estarmos em clima eleitoral. O acto em si, a falta de independência, o ultraje e a negação da própria natureza do jornalismo que ali estão embutidos são gravíssimos em qualquer altura.

Podem achar que exagero, que a linguagem é demasiado lírica ou que o assunto, tratando-se "apenas" de uma Jota, é demasiado trivial. Mas a JSD tem peso em Pombal, junto de uma faixa importante. Pertence ao partido dominante, até ubíquo, e responsável pelo ambiente político de que João Alvim falou, e muito bem, num post anterior. Nesta situação, e tendo em conta que em Pombal não proliferam jornais, saber que o mais conhecido deles não é pessoa de bem parece-me o cenário perfeito para, caso decidamos não dar importância a isto agora, virmos nós próprios, pombalenses, a lançar a base para uma malha de influência e abuso do poder local ainda mais apertada.


João Gante

11 de agosto de 2009

Duas listas, um destino

A escolha do Louriçal para palco da apresentação das listas do PS à Câmara e Assembleia Municipal é tão emblemática quanto curiosa. Isto para não classificar de provocatória, pois que Adelino Mendes:
1. conhece bem aquele terreno (trabalhou ali para o mesmo António Calvete que dantes era do PS e que agora "vai a todas", como ele próprio explica naquele vídeo que faz sucesso no youtube)
2. tem naquela freguesia a única junta que o partido ganhou há quatro anos.
3. É ali que mora Rui Miranda (lembram-se? Que era do PS de Pombal, saiu, e agora é outra vez do PS em Castelo de Vide e candidato a essa Câmara)
4. São dali naturais dois dos elementos da sua lista: Manuel Jordão Gonçalves (actual presidente da Junta, noutros tempos apoiante incondicional do PSD) e Patrícia Carvalho. Ocupam o 4º e o 7º lugar, respectivamente. No resto da lista (que em nove lugares tem quatro mulheres, como manda a lei) figuram nomes como o de Carlos Lopes (fiel nº 2 de Adelino Mendes também no partido), Marlene Matias (que é de Almagreira - olá Marlene, sei que aqui vens com regularidade e dás a cara nos comentários, o que é logo à partida um ponto a teu favor!), Maria Manuel Gomes (conhecida em Pombal por Mané, filha do falecido professor Gomes, o nº 2 de Carolino noutros tempos), Daniel Francisco (sociólogo, de Vermoil) e Ana Raquel Gomes (que faz carreira num grupo empresarial de nome mas nem por isso se afasta de Pombal).

E depois há a lista para a Assembleia Municipal, liderada por Armindo Carolino. Agora que já passaram muitos anos e que o homem já deve ter digerido a derrota, fazendo uma travessia no deserto que costuma ajudar a ver a floresta em vez da árvore, ficamos na expectativa das suas intervenções. Como tenho tanto de iluminada (olá Engº Narciso, escrevo-lhe um dia destes só para si!) como de realista, acredito que o vamos ver na bancada, a devolver algum nível de oratória que se perdeu na Assembleia Municipal. Pelo que sei, essa deixará de contar com a intervenção do camarada Adelino Malho. O que é uma pena. É a vida. Uma andorinha não faz a primavera mas ajuda a fazê-la.

7 de agosto de 2009

Castigo?


Em Ansião, a CDU repete a candidatura de Nídia Valente à câmara pela quarta vez consecutiva!
Pergunto: não deveria haver, também, limitação de candidaturas consecutivas (falhadas)?
Em Pombal, a CDU, pelo menos, vareia.

Tiro nos pés

O Presidente da Distrital de Leiria do PS, João Paulo Pedrosa, não acredita na vitória do PS, nas autárquicas, em Pombal.
Com amigos destes não são necessários inimigos.

6 de agosto de 2009

A Quinta da Gramela


Está à venda. Pela módica quantia de 14,5 milhões de euros, transformando-se numa das duas casas mais caras de Portugal. Pode ser que desta vez a Câmara resista...

5 de agosto de 2009

Um verdadeiro crime paisagístico

Confirmei, durante a visita à Freguesia de Pombal, que a Junta espera ansiosamente que a Câmara concretize a promessa de construir uma nova estrada entre a rotunda do Lavrador (Junto ao IC8) e a aldeia do Vale, cuja finalidade, pasme-se, seria desviar os cerca de 700 camiões de inertes que atravessam o Barrocal e tanto têm castigado a população. O projecto parece estar na fase final e a Junta exigiu à Câmara que as obras se iniciassem o mais breve possível.
Não existe nenhuma razão plausível para fazer a estrada, porque:
- A estrada nunca será a solução para desviar os camiões de inertes que atravessam o Barrocal. Entre o Barrocal e o Ramalhais, existem duas pedreiras: a pedreira do Barrocal e a pedreira do Vale. As pedreiras possuem circuitos independentes para o escoamento dos inertes. Assim, os camiões de inertes que atravessam o Barrocal provêm unicamente da pedreira do Barrocal e é difícil e contraproducente fazê-los passar pela nova estrada. A estrada seria, quanto muito, uma solução para os camiões da pedreira do Vale, sucede que estes não são problema para os habitantes do Barrocal porque saem pela zona do Ramalhais.
- A estrada rasgaria a Aldeia do Vale e o belo vale que vai do fundo da Urbanização da S. Belém até à Aldeia do Vale. Este vale possui um caminho pedestre que é, na ausência de melhor, utilizado por muitas pessoas para praticar desporto.
Pelo que aqui fica dito, a estrada não se justifica e, a concretizar-se, seria um gravíssimo crime paisagístico. Com que interesses?

Pimpão, deputado da nação

Pedro Pimpão vai em 5º lugar na lista do PSD por Leiria. Está eleito deputado, portanto. Pombal continua a dar cartas no plano político nacional. E antes de outra qualquer, esta é já uma vitória da Jota. É verdade que ninguém conhece a cabeça de lista por Leiria, mas isso agora não interessa nada.

4 de agosto de 2009

Singularidades políticas

Por muitas terras deste Portugal (e no próprio Portugal), e seguramente que não apenas a nossa, vigora uma política que tarda em ser extinta. É conhecida como a política da "porta aberta" e como facilmente se constata, implica que a única política a ser defendida seja a tal da porta e nada mais, antes que haja chatices. Isto vai muito para lá da mera troca da liberdade por segurança. É uma das razões pelas quais, faça-se o que se fizer, a desconfiança na actividade política não acaba: quando a única zona verdadeiramente livre para fazer política é na cabine de voto (espera-se), não há responsabilização e fiscalização que nos valha (sim, a todos nós).

E sim, há muitas e honrosas excepções, felizmente. E não, se quisesse falar em "medo", usava a palavra. Não há medo, há é um clima estranho, quase claustrofóbico (nunca pensei em utilizar vocabulário rangélico, mas isto há sempre uma primeira vez para tudo) que não sendo alimentado intencionalmente, acaba por dar jeito a muita gente.

3 de agosto de 2009

Ainda o Estudo sobre a Qualidade de Vida

O estudo “Os Municípios e a Qualidade de Vida em Portugal”, elaborado pelo Prof. José Pires Manso da UBI, é o primeiro estudo, científico, que visa "alcançar uma medida única que permita dar-nos a posição relativa no ranking do bem-estar dos municípios portugueses de um dado concelho em particular”.
É concerteza um valioso instrumento de análise, de decisão e de acção para executivos camarários, oposições, empresas, famílias e eleitores.
A forma como foi recebido, aqui, é revelador de muita coisa.
Penso que o estudo de 2009 ainda é de acesso restrito. No entanto, quando o comentei possuía os resultados e o estudo de 2007. O estudo de 2009 segue, concerteza, a metodologia do estudo de 2007, já que é propósito dos seus autores monitorizar a Qualidade de Vida em Portugal de dois em dois anos.

Nada mais autêntico (II)

O slogan - “Uns prometem, nós trabalhamos” - será, de certeza, o mais autêntico de entre os muitos que surgirão nas próximas eleições autárquicas. Ajusta-se na perfeição a António Carrasqueira.
Afirma ele: “Nós trabalhamos”. É verdade. É vê-lo de manhã, à tarde ou à noite agarrado à camioneta, carregando pedras, brita, areia, sacos de cimento ou manilhas; para aquela estrada, obra ou amigo; faça chuva ou faça sol. Sim, ele trabalha, até demais. Trabalha tanto, tanto, que não lhe resta tempo para fazer contas ao que trabalha.
Afirma, também, ele: “Uns prometem”. Desta forma esclarece-nos que ele não é dos que prometem. É verdade, ele só faz. Mas deveria saber que um político que não promete e que não se compromete, que só faz, não é um Politico, é um tarefeiro.
Como diz o povo: “Quem muito trabalha fica sem tempo para criar riqueza”, para os Abiulenses.

Não há jantares de borla?

Nada mais autêntico






... E até demais!

1 de agosto de 2009

A minha visita(II)


Indo à substância, a visita procurou mostrar, com realismo (descontando a paternidade e o financiamento das obras), o que foi e o que não foi realizado nos últimos quatro anos.
E o que foi realizado? Estradas: asfaltagens, alfastagens e asfaltagens, mais uns quantos empedramentos e aberturas de caminhos; e, Arranjos/Melhoramentos: do largo, das alminhas, do parque de merendas, das fontes (Cinco!), etc.
É disto que precisamos mais? É com isto que abandonamos a cauda do ranking da Qualidade de Vida?
Adenda: Sim, reconheço o realismo da mensagem passada durante a visita, mas isso não altera a minha opinião acerca de tais eventos nem revela nenhuma contradição com o que sempre tenho dito, como alguém já quis fazer passar.
E das duas uma: esta visita foi uma excepção ou a propaganda é feita na divulgação da coisa.

A minha visita(I)

Ontem, depois de confirmar o convite formal, lá fui à visita à Freguesia de Pombal.
Descontando a recepção inicial, a visita decorreu em ambiente descontraído e até com alguma cordialidade. Terminou com uma simpatia do Senhor Presidente da Câmara para comigo que, como não poderia deixar de ser, será tida em consideração nos meus comentários.
Quem faz a visita pela primeira vez tende a achar tudo novidade e acaba por passar um dia diferente e descontraído, foi o meu caso, mas quem conhece o formato da coisa deve achar uma seca e um grande desperdício de tempo. Sim, andar um dia inteiro a mostrar estradas asfaltadas e por asfaltar por entre os pinhais e os lugares mais recônditos da Freguesia não é um passeio, é um castigo.
Do castigo livraram-se os outros Presidentes de Junta, não apareceu nenhum!