31 de janeiro de 2020

Um “improvisto” de ultima hora

Parecia estar a tudo preparado para a eleição dos novos órgãos sociais da Associação Comercial de Pombal para o biénio de 20/21, no passado dia 29 de Janeiro.
Mas um email enviado aos associados, por volta das 19:45h e um aviso na porta, anunciou o adiamento.
Tudo leva a crer que não há lista candidata e que inclusivamente tem havido um sucessivo rol de demissões. Infelizmente, não é só o comércio que está a definhar, mas até a entidade que representa a área vai pelo mesmo caminho ...

Espero mesmo estar enganada. Pelo comércio e pelos comerciantes de Pombal.

30 de janeiro de 2020

Concelhia do CDS-PP renunciou em bloco

A Comissão Política Concelhia do CDS-PP renunciou em bloco ao mandato que terminaria em Abril próximo. “Na base desta demissão está o facto de Liliana Silva ter sido eleita para o conselho nacional, sem o aval da estrutura concelhia”, afirma o comunicado emitido pela concelhia, esta tarde. Mas estamos em condições de afirmar que a decisão foi tomada, ontem, após o presidente Pedro Pinto ter apresentado a sua renúncia, que justificou com quebra de solidariedade e do compromisso político assumido por todos, de não apoiarem nenhum dos candidatos à liderança do partido e trabalharam com o eleito, quebrado por Liliana Silva, o que causou grande mal-estar e levou à renúncia do órgão em bloco.

Liliana Santos é uma “jovem” com entrada fulgurante no associativismo e na política pombalense, dirigente em várias associações espalhadas pelo concelho, membro da Assembleia de Freguesia de Vila Cã, e presença regular na Assembleia Municipal. Apoiou o novo líder do partido – Francisco dos Santos – e foi eleita para o Conselho Nacional.

22 de janeiro de 2020

Nós, os burros!


A política pombalense passa por tempos muito difíceis. Faz lembrar levemente a Idade das Trevas. Esse período longínquo da História caracterizou-se, para além da deterioração cultural, económica e demográfica, pela escassez de registos históricos e outros escritos. Tudo o que se passou nessa altura permanece envolto no mais impenetrável negrume.
Quem nos comanda já acusou o ex-mandante de favorecimento sem nunca o concretizar, já incriminou um vereador de gravíssimas imparidades sem as evidenciar e agora cochichou-a em surdina (aos seus pares) que não se voltará a candidatar ao cargo.
Será que nós (os comuns) não teremos o direito de estar ao corrente destes apólogos, que a todos dizem respeito. Se nos explicassem, como se fossemos muito burros, talvez compreendêssemos.

20 de janeiro de 2020

A cidade e o espaço público: o regresso dos debates do Farpas

Que cidade e espaço público queremos?

Pombal está em obras. Por estes dias a cidade sofre uma mudança sem precedentes, ao abrigo de um plano de reabilitação urbana que avança desde o ano passado, atravessa o Jardim do Cardal e reinventa-o, tal como o das Laranjeiras, caminhando em breve para a Várzea. As decisões do poder sobre o (nosso) espaço público fizeram-se à margem do debate. É nesse ponto que o Farpas que recentrar a discussão: envolver a cidade na sua própria vida.
No plano que traçou para Pombal, chamado PEDU (Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano), a Câmara reclama uma cidade mais atrativa, ativa e inclusiva. Será que estamos a caminhar para lá? Ou a descaracterizar o que é nosso?
É este o tema do nosso primeiro debate de 2020. Venham daí para mais um café e uma farpa, dia 27 de janeiro, às 21 horas, no Café Concerto.
Para começo de conversa convidámos os arquitectos Carlos Vitorino e Tânia Ventura, cada qual com a sua visão sobre o tema. A discussão é para todos ;)


19 de janeiro de 2020

A procissão do descamisado

O passeio domingueiro leva-me regularmente ao Cardal - passo por lá. Hoje, parei… A meia-dúzia de almas que por ali poisa regularmente apanhava sol e conversava por entre um escarro ou outro. Comércio aberto nem vê-lo – já nem o café Nicola aproveita a presença dos beatos. Decididamente, hóstia não combina com café. 

Intrigou-me a dúzia de músicos que por ali se agrupava; um deles – amigo – meteu conversa e aproveitei para lhe perguntar a que se devia a presença da filarmónica; disse-me que iam tocar na procissão do S.º Amaro. Naquele momento, terminou o meu passeio. O ritual medieval das procissões tem sempre as suas curiosidades…

Duas dezenas de curiosos foram-se chegando para apreciar a coisa; uma delas, já incomodada com o atraso, dizia para o companheiro: “Mas eles não são capazes de tirar o santo da igreja”. Pelo que se percebeu, depois, faltava gente para carregar os dois andores de bolos que deviam acompanhar o santo. O historiador bibliotecário - ali no papel de mordomo da festa - teve que vir recrutar voluntários-à-força entre os curiosos para acompanharem o Pedro naquela via-sacra.

Políticos e pessoas principais nem vê-las – dois ou três até apareceram na praça mas só para ver. D. Diogo e a primeira-dama, figuras mui devotas, nem vê-los. Do executivo só apareceu o beato das obras-tortas; os confrades, que dão sempre muita pompa à coisa, também não apareceram. O cura Vaz não rezou nem acompanhou; e a banda tocou uma marcha pro-fúnebre a condizer.
Estamos assim…E não saímos disto.

16 de janeiro de 2020

Autárquicas 2021 - o ovo de Colombo no PSD


Vivemos há semanas envoltos numa bruma de diz-que-disse: numa reunião da comissão política do PSD, quando os pseudo-adversários internos o iam atacar por causa de ter nomeado o "traidor" Pedro Martins como vereador a tempo inteiro, Diogo Mateus terá dito que não se recandidata ao terceiro (e último) mandato.
É inacreditável como é que, até agora, ainda não há uma única declaração pública de Diogo sobre o assunto. Ou melhor, seria inacreditável se não se tratasse dele: sabe mais de estratégia política num espigão da unha do que toda a prole laranja na sua existência. E por isso não deixa de ser um retrato humorístico o rol de declarações prestadas por Pedro Pimpão ao Jornal Terras de Sicó: "Gosto muito de Pombal, foi a terra onde nasci, onde cresci e estarei sempre disponível para servir a minha terra e os meus concidadãos” (ler isto ao som do 'ai meu Pombal, ou de uma moda do Típico).
Pimpão diz ainda que “o PSD, nos seus órgãos e no seu tempo próprio, saberá encontrar uma solução que continue a dar esperança aos pombalenses”. É nisso que anda afincadamente a trabalhar. E por isso é tão importante controlar os órgãos. Já o fizera com o lacaio Manuel António, só que a coisa correu mal antes do tempo, e o ex-presidente da Junta da Guia precipitou-se, e demitiu-se.
Pedro: percebo a ânsia, mas não era pior alguma cautela antes de te colocares em bicos de pés. O que às vezes parece simples, pode não passar de um ovo de Colombo.

13 de janeiro de 2020

Nada de novo

Os leitores quererão informações, ou opiniões, mas não as tenho; e as que tenho preferia não as ter. Nada de novo, portanto.
Só sei que está frio; ou melhor, que o tempo continua frio. Que há obras, paradas, que nos param. E esqueletos a céu aberto. Que há política, ou melhor, politiquice, que não interessa. Que interessa se o Diogo se recandidata ou não? Se os Pimpões avançam para o partido? Se a Odete (por)segue? Se o Narciso continua por cá, a penar?
Podia falar das ambições dos Pimpões, do João e do Pedro, mas não quero. Podia falar dos estratagemas do Diogo para a tramar os Pedros, mas não os conheço. Ou da inexistência da Odete, e do seu partido, que bem conheço. Mas para quê? Ano Novo pede coisas novas, não velhas. Deixemo-los salmourar mais um pouco. 
Nos entretantos, entretenho-me e entretenho-vos com banalidades. Até porque, a frieza reconforta-se melhor com vulgaridades. Estaríamos melhor se o Narciso não tivesse existido? Se o Diogo se tivesse tornado útil? Se o superlativo Pedro já tivesse descoberto o elixir da felicidade? Se a Odete tivesse voz? Não sei. O que é não é o oposto do que não é. Mas estaríamos melhor, com certeza, se o Diogo já tivesse percebido que, por mais alto que seja o trono, nele só se senta em cima do cu.
Quanto ao resto, o nosso drama colectivo é termos demasiados existentes que justificam a existência de outros existentes.

11 de janeiro de 2020

Das eleições em Pombal


Quando muitos dos nossos autarcas menosprezam o valor da crítica e a nossa imprensa local mais parece um caniche inofensivo, vale a pena recordar o Cão de Fila

9 de janeiro de 2020

A escolha será nossa! Será mesmo?

O público foi (novamente) convidado a escolher alguns dos artistas para comporem o cartaz do Bodo 2020. As votações iniciaram ontem e decorrem até o dia 31 de Janeiro aqui.

Foi e é uma boa iniciativa, se não tivéssemos em conta o que sucedeu no passado ano: nunca foram tornado públicos a votação relativamente ao Bodo de 2019!
 Este ano será diferente? A ver vamos…


PS: Ao ver a lista dos “nomeados” fiquei surpreendida por constar o Pedro Abrunhosa. É que me constou que era personna non grata no Largo do Cardal, por ter publicamente criticado Cavaco Silva…

6 de janeiro de 2020

Afinal, ele ouve-nos…

A CMP decidiu abandonar a ideia peregrina de construir um restaurante no rés-do-chão da Casa Varela.
Desfez a tempo; logo, sem grandes custos… Se ouvisse mais, desfazia muita ideia tonta; por exemplo o mamarracho nos Pois, ainda no tosco.


3 de janeiro de 2020

O mistério do campo da bola

Quando o leitor achar que já viu tudo, surpreenda-se com o painel informativo à entrada do campo de futebol de Vermoil, onde há várias proibições. A mais original parece sacada do Entroncamento: é proibido jogar à bola.
Assoberbados com a actividade da Associação (que tutela o espaço, desde que acabou o futebol federado, há coisa de uma década) vamos ali respirar fundo e voltar.

1 de janeiro de 2020

Réveillon Pombalino


Muitos municípios pelo país fora, têm nos últimos anos apostado fortemente em programas de passagem de ano. Aperceberam-se que as pessoas aderem positivamente à ideia de festejar na rua o virar de ano. A verdade, é que estas organizações não são meras “festas” pois acarretam para o comercio local e até para a cidade uma promoção da mesma. Os restaurantes enchem, os bares e cafés enchem, os vendedores ambulantes (desde o que vende material alusivo a festa, até aos balões, pipocas, bifanas, crepes…) fazem negócio. A cidade enche-se de alegria e de vida. Até aquele que estando só ou não tendo possibilidade de pagar um sitio para passar a passagem de ano, tem um sitio onde por meros momentos, com certeza se sentirá menos só.  
Pombal não teve nada disto. Tirando algumas aldeias e algumas colectividades que vão tendo algumas iniciativas, nada acontece em Pombal. É marasmo. É cinzento. É tudo o que contrasta com vida e alegria.
Enquanto isso, vamo-nos continuando a deslocar a outros concelhos, que ano após ano vão apostando neste tipo de eventos (porque cedo perceberam que não se trata apenas de uma mera festa) e nós por cá vamos continuar a questionarmo-nos porque em Pombal tem que ser assim…