Os membros da Assembleia Municipal continuam a ocupar tardes e noites com discussões estéreis e propostas patéticas. Discutem até, se é melhor gastar o tempo naquilo que costumam fazer ou a beber uns copos numa taberna.
Na reunião da noite passada, o PSD teve a patética ideia de apresentar e votar um voto de congratulação por, afirmam eles, “o IPL ter a visão de reconhecer Pombal como um território dinâmico e privilegiado para a sua dinâmica de crescimento e progresso, contribuindo certamente para a sua tão desejada afirmação como universidade politécnica de Leiria” - a vacuidade no seu esplendor. E entregou, sem surpresa, a súplica ao jota Antunes do Santos. Escolha acertada: o patético nele é deveras natural.
Como aqui tenho repetidamente afirmado, o voluntarismo político tem perna curta. Impera em Pombal desde Narciso Mota – seu principal artífice -, e é exactamente por isso que o concelho continua a marcar passo, a destruir valor, a adiar o presente e a comprometer o futuro. Achar que esta terra tem condições e necessidade de um pólo ou de um instituto de ensino superior é uma tolice própria de quem decide sem avaliar oportunidade, custo e utilidade – sem se preocupar com a racional aplicação dos dinheiros públicos.
Bastou a eleição de uma nova direcção no IPL para a espécie de ensino superior em Pombal ser posta em causa, para tudo ruir. Não por esta direcção do IPL se apresentar com orientações estratégicas relativamente diferentes - como o doutor Pimpão e outros pensam -, mas por a realidade ser muito abusadora para os voluntaristas.
A artificialidade não agrega valor, destrói. O IPL deve rapidamente inverter a direcção que erradamente vinha seguindo: deve abandonar a dispersão (formativa, territorial, etc) e especializar-se numa oferta educativa de qualidade, nomeadamente nas áreas científicas. A dispersão que vinha fazendo não acrescenta valor para a instituição nem para os concelhos para onde se dispersou, ao contrário do que muitos dirigentes políticos locais pensam e dizem.